AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs)

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Transcrição:

AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs) Danielle Feijó de Moura (1); Cleciana Maristela de Souza (1); Glória Félix de Brito (1); Indira Maria Estolano Macedo (2); Liderlanio de Almeida Araújo (1) D.F.M (1); C.M. S (1); G.F.B (1); I.M.E.M (2); L.A.A (1). 1- Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, e-mail: cybs_yara@hotmail.com; 2- Universidade Federal Rural Pernambuco-UFRPE. Resumo: As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são enfermidades causadas por vírus, fungos, protozoários e bactérias. Geralmente, a forma de transmissão ocorre por contato sexual, transfusão de sangue com material contaminado e compartilhamento de objetos de uso íntimo e pessoal. As ações para o controle e prevenção das DSTs são realizadas, principalmente, através de atividades educativas. Os principais gruposalvo das intervenções educativas são as crianças e adolescentes, porém é importante a participação da família no compartilhamento de informações. Estas ações na prevenção de DSTs são meios de sensibilizar a população para desenvolverem atitudes sexualmente seguras e quebrarem paradigmas existentes. Desse modo, o objetivo do trabalho foi realizar uma ação de educação em saúde sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis em uma escola pública municipal em Vitória de Santo Antão-PE. Realizou-se uma ação de educação associada a saúde com 30 mulheres, mães de escolares. Inicialmente aplicou-se um pré-teste com perguntas sobre DSTs, em seguida, foi feita uma palestra sobre DSTs e posteriormente as mães foram submetidas ao mesmo teste do inicio da pesquisa. De acordo com os dados obtidos, foi possível constatar que as mães dos alunos possuíam um conhecimento prévio sobre DSTs, porém, ainda havia conceitos que precisavam ser mais explanados, pois se observou no pós-teste o aumento do número de acertos depois da intervenção. Perante aos dados obtidos, verificou-se que a educação em saúde é um bom instrumento de transmissão de informações, podendo viabilizar uma forma mais adequada e interativa das mães abordarem sobre as DSTs com seus filhos. Palavras-chave: Educação em saúde, DSTs, palestra, mães, escolares. Introdução: As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são enfermidades causadas por diferentes grupos de agentes etiológicos como vírus, fungos, protozoários e bactérias. Normalmente, a forma de transmissão ocorre por contato sexual, transfusão de sangue com material contaminado e compartilhamento de objetos de uso íntimo e pessoal (GERHARDT et al, 2008). As DSTs são responsáveis por muitos casos de óbitos e privação da qualidade de vida em todo mundo, gerando graves manifestações médicas e psicológicas em homens e mulheres (SOUZA et al, 2008). As principais doenças que compõe o grupo das DSTs são: a Tricomoníase, o Papiloma Vírus Humano (HPV), a Clamídia, a

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), o Cancro mole, a gonorreia, a sífilis, o herpes, e as hepatites virais (principalmente B e C). Vale ressaltar que o diagnóstico dessas doenças é dificultado pelo fato delas apresentarem poucos sintomas visíveis e, muitas vezes, serem assintomáticas (MARTINS, 2013). As ações para o controle e prevenção das DSTs são realizadas, principalmente, através de atividades educativas, que enfatizam e propõem a diminuição dos riscos que a relação sexual desprotegida, o compartilhamento de agulhas, seringas e objetos de uso íntimo, oferece, frente ao desenvolvimento dessas doenças (BESERRA et al, 2008). Os principais grupos-alvo das intervenções educativas são as crianças e adolescentes, por isso é necessário que esse conhecimento dissemine-se até esses grupos, sendo estes sexualmente ativos ou não (GERHARDT et al, 2008). Dessa forma, a família se insere como um meio de colaboração para difundir as informações sobre essas doenças, porém, muitos pais ainda desconhecem as formas adequadas para orientar seus filhos, criando uma barreira para falar sobre sexualidade e sexo seguro. Isto pode acontecer devido a fatores como constrangimento, falta de conhecimento sobre DSTs e ausência de diálogo livre com os filhos, tornando importante e necessária à atuação do profissional de saúde na educação e mediação do diálogo com pais e filhos sobre o tema. (BESERRA et al 2006). As ações educativas na prevenção de DSTs são maneiras que propõem a sensibilização da população, para que tenham atitudes sexualmente seguras, auxiliando na quebra de tabus e esclarecendo dúvidas sobre a temática, fazendo consequentemente, com que diminuam ou anulem os riscos de contaminação, possibilitando a promoção de hábitos comportamentais mais saudáveis por meio do diálogo (BARBOSA et al, 2010; BESERRA et al, 2008). Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma ação de educação em saúde sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis com mães de estudantes de uma rede pública de ensino. Metodologia Para o estudo, foi realizada uma ação de educação em saúde na Escola Municipal Major Manoel Fortunato. Fez-se uma palestra sobre DSTs para 30 mulheres, mães de escolares, de modo que, todas participaram da intervenção após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para maiores de 18 anos, Resolução 466/12.

Antes do início da explanação sobre o assunto, as mães responderam a um pré-teste com perguntas de múltipla escolha sobre as características das DSTs, em seguida, foi apresentada a palestra destacando os principais aspectos das Doenças Sexualmente Transmissíveis e após isso, as mulheres foram submetidas novamente ao questionário realizado no inicio da pesquisa (pós-teste) a fim de, verificar o conhecimento assimilado sobre a abordagem. Resultados e discussão De acordo com a análise dos dados do préteste, foi possível observar que as mães dos alunos possuíam um conhecimento prévio sobre o assunto, porém, alguns conceitos ainda precisavam ser abordados de um modo mais esclarecedor, isto, pode ser observado no gráfico 1 que demonstra o aumento de acerto das questões no pós-teste. Gráfico 1- Percentual de acertos por questão no pré-teste e pós-teste. Através da avaliação dos pré e pós-testes, observou-se que, quando questionada sobre o que eram DSTs (questão 1), 57,49% das mulheres assinalaram a alternativa correta no pré-teste, já no pós-teste o número de acertos aumentou para 92,5%, mostrando que algumas participantes ampliaram seu conhecimento. Na questão número 2, que tratava das doenças consideradas DSTs, 52,5% responderam corretamente, porém o percentual aumentou para 82,5 no pós-teste, o que sugere que houve assimilação de quais eram as DSTs mais comuns. Na terceira questão, as mães demostraram que possuíam conhecimento sobre as doenças, porém, algumas ainda apresentavam dificuldades, apresentando 62,5% de acertos, mas, no pós-teste a quantidade de acertos aumentou para 95%; podendo-se observar que algumas participantes compreenderam melhor o conteúdo sobre as formas de transmissão do HIV. As questões que a maioria das mulheres apresentaram dificuldades foram as 4 e 5,

nestas, houve cerca de 48% e 40% de acertos por questão respectivamente. Entretanto, no pós-teste os percentuais aumentaram para 85 na questão 4 e 97,5 na questão 5, demostrando que houve ampliação no nível de conhecimento das mães sobre os tipos de relações sexuais que poderiam transmitir DSTs e sobre as características da sífilis. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que este estudo fortaleceu o pressuposto apresentado na pesquisa de Felipe e colaboradores (2012) a qual afirma que a educação em saúde visa contribuir para que as pessoas tenham autonomia na identificação e utilização de formas e meios que possam preservar e melhorar a qualidade de vida. Conclusões Frente a dados analisados, verificou-se que a educação em saúde pode ser considerada um importante veículo de informação, uma vez que, traz novos conceitos, fundamenta informações corretas já conhecidas pela comunidade e esclarece dúvidas sobre as DSTs. Além disso, transmitir o conhecimento para mães de alunos as coloca na posição de disseminadoras de informação, fazendo com que elas possam orientar adequadamente seus filhos quanto à gravidade das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Referências BARBOSA, S.M., DIAS F.L.A., PINHEIRO, A.K.B., PINHEIRO, P.N.C., VIEIRA, N.F.C. Jogo educativo como estratégia de educação em saúde para adolescentes na prevenção às DST/AIDS. Rev. Eletr. Enf. v. 12, n. 2, p.337-341. 2010. BESERRA, E.P.; ARAÚJO, M. F. M.; BARROSO, M. G. T. Promoção da saúde em doenças transmissíveis - uma investigação entre adolescentes. Acta Paul Enferm. v. 19, n.4, p. 402-407. 2006. BESERRA, E.P.; PINHEIRO, P.N.C.; BARROSO, M.G.T. Ação educativa na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Esc. Anna Nery Ver. Enferm., v. 12, n.3, p. 522-528. 2008. FELIPE, G. F.; SILVEIRA, L.C.; MOREIRA, T.M.M.; FREITAS, M.C. Presença implicada e em reserva do enfermeiro na educação em saúde à pessoa com hipertensão. Rev. enferm. UERJ., v. 20, n. 1, p. 45-9, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v20n1/v20n1a08.pd f Acesso: 28 de abril de 2016. GERHARDT, C.R.; NADER, S.S.; PEREIRA, D N. Doenças Sexualmente Transmissíveis: conhecimento, atitudes e comportamento entre os adolescentes de uma escola pública. Ver. Bras. Med. Fam. e Com. v.3, n. 12, p. 257-270. 2008. MARTINS, J.V.S. Uma revisão de literatura acerca das doenças sexualmente transmissíveis. 2013, 15f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires, Valparaíso de Goiás, 2013. SOUZA, M.M.; DEL-RIOS, N.H.A.; MUNARI, D.B.; WEIRICH, C.F. Orientação

sexual: conhecimentos e necessidades de professores de um Colégio Público de Goiânia-GO. Rev. Eletr. Enf. v.10, n. 2, p. 460-471. 2008.