Modelos de Cores CMY e YIQ no SPRING e no MATLAB para Análise Visual de Imagens IKONOS e CBERS

Documentos relacionados
Universidade do Estado de Minas Gerais Curso de Sistemas de Informações. Multimídia. A Imagem (Parte I)

Mudanças de Coordenadas em Sistemas de Cores

SEL-0339 Introdução à Visão Computacional. Aula 3 Processamento de Imagens Coloridas

Cores em Imagens e Vídeo

CARTOGRAFIA TEMÁTICA Teoria das cores. Prof. Luciene S. Delazari Departamento de Geomática Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura

Processamento Digital de Imagens. Cor

Processamento de Imagens Coloridas. Prof. Adilson Gonzaga

Processamento digital de imagens

TEORIA DE CORES ALEXANDRE KEESE

Modelo RGB - Aplicações

Fundamentos sobre. Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE. Antonio G. Thomé Sala AEP/1033. Processamento de Imagens

Fundamentos de Processamento Gráfico. Modelos de cores. Fátima Nunes. Profa. Fátima L. S. Nunes

INTRODUÇÃO AO DESENVOLVIMENTO WEB. PROFª. M.Sc. JULIANA H Q BENACCHIO

PROCESSAMENTO DE IMAGENS COLORIDAS

Método de classificação não supervisionada por empilhamento no espaço de atributos. Adauto Pereira Ramos Costa Ana Lúcia Bezerra Candeias

Computação Gráfica Síntese de Cores

PROCESSAMENTO DE IMAGENS COLORIDAS. Nielsen Castelo Damasceno

Cor SCC0251 Processamento de Imagens

Introdução ao Processamento de Imagens Digitais Aula 01

Manipulação, Visualização e Interpretação de Imagens de Sensoriamento Remoto

Imagens digitais. Armando J. Pinho. Introdução à Análise e Processamento de Sinal Universidade de Aveiro.

LAYER: Software para Extração de Feições em um Mapa Topográfico

EXTRAÇÃO DE BORDAS EM IMAGEM DE ALTA RESOLUÇÃO UTILIZANDO TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO DE IMAGEM

CARTOGRAFIA TEMÁTICA Teoria das cores. Prof. Luciene S. Delazari Departamento de Geomática Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura

Processamento de imagem a cores

PROCESSAMENTO DE IMAGENS DIGITAIS PARA VISÃO ROBÓTICA. Digital Image Processing for Robotic Vision

[2CTA121] Processamento de Imagens em Alimentos: Conceitos e Aplicações

Corel Draw. Editoração Gráfica. Professor: Jarbas Araújo CENTRO EDUCACIONAL RADIER.

Imagem bitmap. Gráfico vetorial. gráficos vetoriais

METODOLOGIA PARA A QUANTIZAÇÃO DE CORES PELO MÉTODO SMCb: INTRODUÇÃO E EXEMPLOS DE RESULTADOS

FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA UTILIZANDO IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO

FILTROS PARA EXTRAÇÃO DE BORDAS: UM ESTUDO PRELIMINAR PARA A ÁREA DO RESERVATÓRIO DE ITAPARICA

Aquisição/Codificação de Vídeo

Imagem Digital. Claudio Carvilhe

Gerenciamento da Cor em Sistemas Digitais. Hermes Renato PUCSP 2018

Sistema de Cores. Guillermo Cámara-Chávez

APLICAÇÃO E ANÁLISE DAS TÉCNICAS DE FUSÃO IHS E COMPONENTES PRINCIPAIS EM IMAGENS DO SATÉLITE CBERS-2B MULTISSENSORES HRC/CCD RESUMO ABSTRACT

PEF 5743 Computação Gráfica Aplicada à Engenharia de Estruturas

Processamento de Imagens Coloridas. 35M34 Sala 3D5 Bruno Motta de Carvalho DIMAp Sala 15 Ramal 227

Anais do XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto -SBSR

Aplicações Informáticas B 12º Ano

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40

Princípios sobre imagens digitais

EXTRAÇÃO DE TELHADOS DE BARRO EM IMAGENS DE ALTA RESOLUÇÃO CLAY ROOF EXTRACTION IN HIGH RESOLUTION IMAGES

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA MAXVER E DISTÂNCIA MÍNIMA NA ANÁLISE DO USO E COBERTURA DO SOLO NA REGIÃO DO ALTO ARAGUAIA

A Luz-Cor EDUCAÇÃO VISUAL 8º ANO

Sensoriamento Remoto II

MODELOS DE COR. Intensity is radiant power in a particular direction.

Sensoriamento Remoto II

Copiright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total desta aula só é permitida através de autorização por escrito de

Material protegido pelas leis de direito autoral Proibida qualquer tipo de divulgação sem à devida autorização ou citada a fonte de forma correta.

PROCESSAMENTO DE IMAGENS. Eduardo Ribeiro

Processamento Digital de Imagens SER Prática de Laboratório

Diagramas e Camadas Representação e Linguagem em Arquitetura ARQ1342 Tópicos Especiais em Arquitetura XXVII Prof. Gabriel Duarte

Mídias Discretas. Introdução à Ciência da Informação

Espaço de Cor Fotografia Digital Prof. Rogério Simões

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia Características das Imagens

Luz e Cor. Sistemas Gráficos/ Computação Gráfica e Interfaces FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Então, como saber se uma cor que esteja sendo vista na tela será obtida com a mesma aparência na impressão? É aí que entram os modos de cor.

Luz e Cor. Luz. Onda eletro-magnética. Computação Gráfica Interativa - Gattass 10/26/2004. Luz e Cor. λ (m) f (Hertz)

Computação Gráfica. Prof. MSc André Yoshimi Kusumoto

Luz, Cor e Percepção Visual

GUIA DE PREPARAÇÃO DE ARQUIVOS PARA IMPRESSÃO OFFSET.

Universidade Aberta da Terceira Idade Sub-Reitoria de Extensão e Cultura

VISÃO anatomia do olho. Retina: região no fundo do olho onde os estímulos visuais são captados e transmitidos ao

SISTEMAS DE VÍDEO. Instrutor : Claudio Younis

Pantone 1375 C TEORIA DAS CORES. Prof Djavan Loureiro

ESTUDO DA IDENTIFICAÇÃO DE TELHADOS DE CERÂMICA EM IMAGEM DE SATÉLITE DE ALTA RESOLUÇÃO NA CIDADE DE ITAQUITINGA-PE

Sensoriamento Remoto

Processamento Digital de Imagens

Luz, Visão Humana e Cor Modelos de Cores

Cores. Misturando apenas essas três cores, em proporções e intensidades variadas, podemos obter todas as outras, mesmo as que não estão no

Período: 5 Carga Horária: 45 horas. UFPR Departamento de Geomática Prof. Jorge Centeno 2013 centenet

As imagens. As imagens. Representação digital de imagens. As imagens Wilson de Pádua Paula Filho 1

5 Experimentos Corpus

PROGRAMA DESENVOLVIDO EM MATLAB PARA PROCESSAMENTO DE IMAGEM DIGITAL

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Sensoriamento Remoto.

Sensoriamento Remoto Engenharia Ambiental Prática #1

SMCB: METODOLOGIA PARA A QUANTIZAÇÃO DE CORES EM IMAGENS FACIAIS

RESOLUÇÃO. RESOLUÇÃO DE UMA IMAGEM - A resolução é a medida do detalhe de uma imagem que um dispositivo pode capturar ou reproduzir.

MANUAL.

REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Daniel C. Zanotta 14/03/2018

09/03/2017. O que é Sensoriamento Remoto? Tipos de Sensoriamento Remoto REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Satélites.

Representação de cores. Computação Gráfica Cores. O que é luz. Distribuição espectral da iluminação 11/12/12

UTILIZAÇÃO DE IMAGENS DO SATELITE CBERS-4 E LINGUAGEM PYTHON PARA DETERMINAÇÃO DO ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NDVI E SAVI

Introdução a Análise de Imagens Digitais

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS

Teoria da Cor - Fundamentos Básicos

Luz e Cor. por Marcelo Gattass Departamento de Informática PUC-Rio

Módulo Processamento de Imagens

Fundamentos de Sensoriamento Remoto

RESTAURAÇÃO RADIOMÉTRICA DE FAIXAS E LISTRAS DE IMAGENS CCD DO CBERS 2B COM MÁSCARAS

Características da cor

Implementação de um Sistema de Fusão de Imagens no Modelo

Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser

EXTRAÇÃO DE FALHAS EM PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR USANDO O ATRIBUTO COR EM IMAGEM DE VANT

Guia de qualidade de cores

Transcrição:

Modelos de Cores CMY e YIQ no SPRING e no MATLAB para Análise Visual de Imagens IKONOS e CBERS Léa Queiroz Valongo de Souza 1 Lorena Iumatti Siqueira Carneiro 2 Profª. Drª. Ana Lúcia Bezerra Candeias 3 1, 2, 3 Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Centro de Tecnologia e Geociências - CTG Departamento de Engenharia Cartográfica, Recife - PE ¹leavalongo@yahoo.com.br, ²lorena.iumatti@gmail.com, 3 analucia@ufpe.br Abstract - Most devices that deposit colored pigments on paper, such as color printer require CMY data input or internal conversion. On the other hand, the YIQ color specification system, used in commercial color TV and video systems, is based on NTSC (National Television Standard committee. The YIQ model was developed to take advantage of human visual system represented by the luminance Y. This paper demonstrate RGB to CMY model transform and RGB to YIQ model theory and their implementation with SPRING-INPE tools and MATLAB software. IKONOS and CBERS-CCD images are selected to analyses the results with these three color methods in high and media spatial resolution. The study area show that these models can help in urban area with emphasis on roads in IKONOS image and show the drainage and irrigated areas near Itaparica s reservoir with a special contrast in CBERS CCD image. Palavras-chave: color modeling, RGB visualization, contrast, modelo de cores, visualização RGB, contraste. 1 Introdução Os modelos orientados para o hardware utilizam em geral, o modelo RGB (Red, Green, Blue) tais como monitores coloridos, câmeras de vídeo etc., pois estão baseados no sistema aditivo de cores. Já para o caso de impressoras coloridas, o modelo usado é o CMY (Cyan, Magenta, Yellow) que está baseado no sistema subtrativo de cores. No caso de transmissão de televisão colorida tem-se o padrão YIQ empregado no sistema NTSC (National Television Standards Committee). A representação dos modelos de cores RGB e IHS(Intensity, Hue, Saturation) para o sensoriamento remoto são bem difundidas na análise visual e no processamento de imagens. Porém outros modelos tais como o CMY e YIQ podem gerar produtos coloridos que complementam determinadas análises. Neste trabalho mostra-se o embasamento dos modelos CMY e YIQ, em seguida, utilizamse estes modelos na visualização de imagens IKONOS composição RGB 321 e CBERS2B- CCD composição colorida 432 e faz-se a análise visual dos alvos. Finalmente, compara-se estes ao modelo RGB. 1.1 Sistema CMY O sistema CMY é baseado nas cores primárias subtrativas: azul (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo (Yellow). Tais cores são resultados da junção das cores do sistema RGB, ou seja, a soma das cores Red e Blue que gera a cor Magenta, a soma das cores Red e Green dá origem a cor Yellow e a soma das cores Blue e Green gera a cor Cyan. A soma das três cores deste sistema resulta na cor preta (C + M +Y= preto) enquanto que a soma das cores do sistema RGB dá origem a cor branca (R + G + B = branco) (Gonzalez e Woods, 2008). 7173

Este sistema é utilizado, por exemplo, na impressão a cores em papel branco. A transformação do sistema RGB para o sistema CMY é efetuada por operações matemáticas com matrizes mostradas na equação 1: (1) 1.2 Sistema YIQ O sistema YIQ, empregado no sistema NTSC (National Television Standards Committee), foi um dos modelos criados para permitir que as emissões dos sistemas de televisão em cores fossem compatíveis com os receptores em preto e branco. Ele se baseia na separação dos sinais de cor RGB em um sinal de luminosidade ou luminância (Y), e dois sinais de cromaticidade ou diferença de cor (Venetsanopoulos e Platanitis, 2008; Centeno, 2004). A transformação do sistema RGB para o sistema YIQ é dada pelas equações 2, 3 e 4: Y = 0.299R + 0.587G + 0.114GB I = 0.74(R Y) 0.27(B Y) Q = 0.48(R Y) + 0.41(B Y) (2) (3) (4) Também pode ser obtido pela multiplicação das matrizes mostradas pela equação 5: (5) 2 Material Utilizado Imagem Ikonos PSM, região de Paulista e Olinda PE. Imageada em 08 de Janeiro de 2001. Bandas Red, Green, e Blue, Resolução espacial de 1 metro. Imagem CBERS2 CCD, região da barragem de Itaparica - Petrolândia PE. Imageada em 06 de Novembro de 2008. Bandas 2, 3 e 4. Resolução espacial 20m. Imagem em 8 Bits - 256 níveis de cinza. Formato: Geotiff (Tiff + tfw). Os programas utilizados para as transformações das imagens foram o Matlab (matrix laboratory) e o SPRING 4.3.3 (Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas). 3 Utilização do programa SPRING para a transformação RGB-CMY e RGB em YIQ O SPRING não possui a conversão RGB para CMY. Desenvolvem-se aqui os passos na obtenção desta conversão. Existem duas formas para transformar uma imagem RGB em CMY no SPRING 4.3.3. A primeira é fazer o negativo das bandas RGB e aplicar a imagem original 7174

e salvando está nova imagem. Esta mudança se faz através do contraste no menu operação, e basta selecionar a banda e clicar no item negativo. A segunda maneira é utilizar operações aritméticas do menu Imagem. Para fazer a transformação utiliza-se a operação da soma das bandas RGB duas a duas, ou seja: R + B = M, R + G = Y, G + B = C. (6) (7) (8) Todas com o valor 1 (hum) para o ganho e valor 0 (zero) para o offset. A combinação das equações (8), (6) e (7) para os canais R, G e B irão definir também o CMY Para a obtenção das cores do YIQ é necessário aplicarmos a equação (5) que trata da multiplicação de matrizes. Para obtermos a imagem da banda Y, por exemplo, temos a seguinte formulação: Y = 0.299R+0.587G+0.114B, (9) ou seja, geramos três imagens distintas para depois somá-las. As outras bandas I e Q são obtidas da mesma maneira, mudando-se apenas os coeficientes (ver equação 5). Os valores do ganho e offset são os mesmos utilizados na transformação para o CMY. A Figura 1 mostra as telas do SPRING onde foram obtidas as Imagens. Figura 1 Telas do SPRING - Negativo da imagem. Operações aritméticas. 4 Utilização do MATLAB para a transformação RGB para CMY e RGB para YIQ No MATLAB a função utilizada para transformar RGB em CMY e a função para transformar o RGB em YIQ foram desenvolvidas conforme a Figura 2. 7175

Figura 2 Programação para obtenção dos sistemas CMY e YIQ. 5 Resultados A Figura 3 mostra a Imagem RGB da região de Olinda e Paulista PE e a Imagem CMY da região de Olinda e Paulista PE. Figura 3 Imagem de Olinda e Paulista PE Imagem Original. Imagem CMY Fonte: http://www.engesat.com.br Percebe-se na Figura 3 telhados de varias formas e tonalidades, vegetação arbórea e rasteira, estradas e ruas, o encontro do mar com a areia e as piscinas das residências são 7176

facilmente interpretados. Já na Figura 3 tem-se: Os arrecifes com a tonalidade acinzentada; As ruas, que obtiveram tons escuros delimitando com melhor clareza as quadras da região e a estrada obteve uma cor mais clara, mas com uma boa visibilidade. A Figura 4 é uma ampliação de um recorte da Figura 3 e tem-se que para o modelo CMY: As piscinas de algumas residências receberam um tom avermelhado. Em relação aos telhados, alguns ficaram azulados outros quase com as mesmas cores originais e outros com a mesma tonalidade que a areia da praia, então não foi possível encontrar alguma utilização desses objetos nesta imagem. As árvores receberam a cor branca e a vegetação rasteira uma cor lilás, estes objetos não se destacaram nesta imagem. Figura 4 Ampliação da Imagem de Olinda e Paulista PE (Figura 5) Imagem Original. Imagem CMY. Fonte: www.engesat.com.br A Figura 5 mostra o resultado obtido para a Imagem YIQ da região de Olinda e Paulista PE. Figura 5 Imagem de Olinda e Paulista PE Imagem Original. Imagem YIQ Fonte: http://www.engesat.com.br Os objetos que se destacaram mais nessa imagem em YIQ foram: Os arrecifes com a tonalidade amarelada; A estrada em asfalto obteve tom escuro com um ótimo contorno, já as ruas receberam uma cor muito clara dificultando a identificação das quadras; As piscinas 7177

residenciais com maior área também receberam um tom avermelhado sendo possível a visualização das mesmas; A vegetação arbórea obteve um verde escuro, sendo possível a identificação dos locais onde elas se encontram. Nas três imagens RGB, CMY e YIQ há uma evidência da linha de contorno entre o mar e a areia, os arrecifes também são muito visíveis. A Figura 6, a seguir mostra a Imagem RGB e a Imagem CMY da região da barragem de Itaparica - Petrolândia PE. (c) (d) Figura 6 Barragem de Itaparica, Petrolândia PE Imagem Original. Imagem CMY. (c) Ampliação da imagem CMY mostrando a rede de drenagem. (d) Ampliação da imagem CMY mostrando o reservatório e as áreas de cultivo irrigado em magenta. Fonte: http://www.dgi.inpe.br Comparando as imagens da Figura 6, vemos que na imagem CMY os resultados foram: rios delimitados devido a presença de vegetação em suas margens. Esta vegetação tem maior teor de umidade em suas folhas proporcionando uma cor roxa e delimitando a hidrografia local deixando-a mais visível. A vegetação de caatinga densa e não densa e que estão mais afastadas dos rios, tem o teor de umidade menor, e estão se confundindo entre si. As áreas de 7178

cultivo irrigado receberam a cor lilás e a caatinga mais densa, uma cor rosa. O solo recebeu uma cor clara, quase um branco, não sendo possível a identificação de estrada locais que possam existir. A Figura 7 a seguir mostra a Imagem RGB e a Imagem YIQ da região da barragem de Itaparica - Petrolândia PE. (c) (d) Figura 7 Barragem de Itaparica, Petrolândia PE Imagem Original. Imagem YIQ. (c) Ampliação da imagem YIQ mostrando a rede de drenagem. (d) Ampliação da imagem YIQ mostrando o reservatório e as áreas de cultivo irrigado em magenta. Fonte: http://www.dgi.inpe.br Comparando as imagens da Figura 7 temos que na YIQ os resultados foram: As linhas da hidrografia local estão visíveis o suficiente para identificá-las. A vegetação de cultivo irrigado e caatinga mais fechada ficaram avermelhadas, sendo possível a sua identificação. A caatinga menos densa está em um tom amarronzado. O solo ficou amarelo podendo ser feita uma distinção entre solo exposto e solo coberto. Nas três imagens da Figura 7, há uma evidência do rio de maior volume, as matas e áreas de cultivo. O solo só está bem definido na imagem original e na YIQ. 7179

6 Conclusão A imagem de sensoriamento remoto, normalmente visualizada em RGB pode ser modificada para outros modelos do espaço de cores tais como CMY e YIQ. Com isto têm-se novas cores definindo os objetos. Dependendo do trabalho a ser desenvolvido, utilizar um novo espaço de cores como o CMY ou o YIQ pode ser bastante útil em estudo de análise visual. Os principais resultados para imagens de média resolução tais como CBERS2B-CCD composição colorida 432 mostra que os modelos CMY e YIQ geram imagens onde a rede hidrográfica e as áreas de cultivo são bem realçadas. Já para as imagens de alta resolução tais como a do IKONOS tem-se as definições das estradas nas imagens geradas a partir do CMY são bem identificadas. Outros resultados para o YIQ foram que o cultivo irrigado e caatinga mais fechada ficaram avermelhados, sendo possível a sua identificação. A caatinga menos densa está em um tom amarronzado. O solo ficou amarelo podendo ser feita uma distinção entre solo exposto e solo coberto com vegetação. Referências Bibliográficas Divisão de Geração de Imagens. Disponível em <http://www.dgi.inpe.br>. Acesso em 06.nov.2008. Centeno, J. A. S. Sensoriamento remoto e processamento de imagens digitais, Curitiba: Ed. Curso de Pós Graduação em Ciências Geodésicas, Universidade Federal do Paraná, 2004. cap. 4 p. 152. Imagens Engesat. Disponível em <http://www.engesat.com.br >. Acesso em 07.nov.2008. Gonzalez, R. C.; Woods, R. E. Digital Image Processing. 3ª edição. Disponível em <http://books.google.com.br/books?id=8ugonjrgezoc&pg=pa403&lpg=pa403&dq=rgb+cube+%2bgonzale z&source=bl&ots=8tsjxa8049&sig=og1gueitdg5q-oaxzghbyy-jpku&hl=pt- BR&sa=X&oi=book_result&resnum=1&ct=result#PPP1,M1>. Acesso em 01 nov. 2008. Venetsanopoulos, A. N.; Platanitis, K. N. Color Image Processing and Applications. Disponível em <http://books.google.com.br/books?id=vum9-hdespyc&pg=pa23&dq=yiq#ppp1,m1 >Acesso em 07 nov. 2008. 7180