ÂNGELO ANTÔNIO LEITHOLD RELAÇÃO GANHO IMPEDÂNCIA DE CIRCUITOS DE TRANSÍSTORES CURITIBA 1975

Documentos relacionados
Eletrônica Aula 06 CIN-UPPE

EN Dispositivos Eletrônicos

Eletrônica Aula 06 CIN-UPPE

1/6/2010 IFBA. CELET Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Professor: Edvaldo Moraes Ruas, EE. Vitória da Conquista, 2010 IFBA.

Eletrônica Aula 04 - transistor CIN-UPPE

Transistor. Este dispositivo de controle de corrente recebeu o nome de transistor.

Transistores Bipolares Parte I. Prof. Jonathan Pereira

REVISÃO TRANSISTORES BIPOLARES. Prof. LOBATO

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Plano de Aula. 1 Diodos. 2 Transistores Bipolares de Junção - TBJ. 3 Transistores de Efeito de campo - FETs. 4 Resposta em Frequência

Análise de TJB para pequenos sinais Prof. Getulio Teruo Tateoki

PSI2306 ELETRÔNICA 1 o. Semestre ª LISTA DE EXERCÍCIOS

Introdução 5. Amplificador em base comum 6. Princípio de funcionamento 8 Com sinal de entrada positivo 8 Com sinal de entrada negativo 10

AMPLIFICADOR BASE COMUM

AMPLIFICADOR COLETOR COMUM OU SEGUIDOR DE EMISSOR

LABORATÓRIO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS Guia de Experimentos

Introdução Teórica aula 9: Transistores

Capítulo. Meta deste capítulo Relembrar os principais circuitos de polarização de transistores bipolares.

TRANSISTOR BIPOLAR DE JUNÇÃO (Unidade 5)

REGULADOR A DIODO ZENER

Aula 4. Amplificador Operacional Configurações I

A seguir, uma demonstração do livro. Para adquirir a versão completa em papel, acesse:

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA Eletrônica Básica e Projetos Eletrônicos

Tecnologia em Automação Industrial ELETRÔNICA II. Aula 02. Revisão: transistores BJT. Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino

Revisão de Amplificadores Operacionais e Polarização de

Capítulo 3 Transistor Bipolar de Junção - TBJ. Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Definição: Dimensionar os resistores de polarização de modo que o transistor opere na região linear.

Laboratório 10 - Transistor BJT

Capítulo. Meta deste capítulo Entender o princípio de funcionamento de osciladores Armstrong.

Proposta de Trabalho. Amplificador de Áudio. Especificações:

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte II

Aula 23. Transistor de Junção Bipolar I

LABORATÓRIO DE DCE 2 EXPERIÊNCIA 2: CIRCUITOS DE POLARIZAÇÃO CC DO TRANSISTOR BIPOLAR. Identificação dos alunos:

Fontes de Alimentação CIN - UFPE

CURVAS CARACTERÍSTICAS DO

P U C E N G E N H A R I A LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA 2 EXPERIÊNCIA 5: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET

BREVE HISTÓRICO SOBRE O TRIODO

LABORATÓRIO DE DCE3 EXPERIÊNCIA 3: Amplificador com Transistor de Efeito de Campo de Junção - JFET Identificação dos alunos: Data: Turma: Professor:

Transistores Bipolares de Junção (TBJ) Parte I

29/10/2010. Vcc Vce ic Rc. Vcc Rc. ic Vce. Ganho DC dotransistor. Vcc Vce ic Rc. VBB Rb. ib Vbe. ic ib ib. Vcc Vce ic Rc. VBB Vbe.

CAP. 2 RESPOSTA EM FREQUÊNCIA TE 054 CIRCUITOS ELETRÔNICOS LINEARES

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. Aula 13

Introdução 5. Amplificador em coletor comum 6. Princípio de funcionamento 7

Amplificadores Operacionais

Introdução 5. Polarização de base por corrente constante 6. Análise da malha da base 7 Determinação do resistor de base 8. Estabilidade térmica 10

Programa de engenharia biomédica

Transistor de Junção Bipolar (TJB)

Terceira Lista-Aula - Disciplina : Eletrônica - PSI 2306

PSI2306 ELETRÔNICA 1 o. Semestre 2013 Gabarito da 3ª. Lista de Exercícios

1 ELETRÔNICA BÁSICA - LISTA DE EXERCÍCIOS. Coordenadoria de Eletrotécnica Eletrônica Básica Lista de Exercícios Transistor

( ) ELT413 ELETRÔNICA ANALÓGICA II ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO N O 3: AMPLIFICADOR EC E CC EM CASCATA, RIN, ROUT. V o1... sem R V o2...

Amplificadores de pequenos sinais ( emissor comum )

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica COB781. Módulo 2

UNIVERSIDADE PAULISTA. Circuitos Eletrônicos Relatório de Laboratório de Eletrônica. Realizada : / / 2011 Entrega : / / 2011

Circuitos Elétricos I EEL420

Aula 7 Transistores. Patentes

Análise CA para o TBJ. Prof. Dr. Ulisses Chemin Netto ET74C Eletrônica 1

Aula Prática 01. O Amplificador Diferencial e Aplicações

P U C E N G E N H A R I A LABORATÓRIO DE DCE 2 EXPERIÊNCIA 1: CURVAS CARACTERÍSTICAS DO TBJ E RETA DE CARGA. Identificação dos alunos:

1. TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR

ELETRÔNICA II CAPÍTULO 2

Painel para análise de circuitos resistivos DC. (Revisão 00) Circuitos Paralelos e a Associação Paralela de Resistores

CAPÍTULO 5 TRANSISTORES BIPOLARES

Objetivo: Teoria Nota: - npn pnp símbolo eletrônico estrutura modelo de bandas de energia

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. II _ html.

Transistor BJT FABRÍCIO RONALDO - DORIVAL

Aula 2 Amplificadores de Pequenos Sinais Capacitores de Acoplamento e de Desvio

Campus de Guaratinguetá Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim

1 a AULA PRÁTICA - ESTUDO DE BJT (NPN)

EletrônicaII. Germano Maioli Penello. II _ html. Aula 17

Capítulo. Meta deste capítulo Entender o princípio de funcionamento de osciladores Colppits.

ROTEIRO 09 e 10 Circuito Amplificador de Pequenos Sinais

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. II _ html.

Aula 21: Análise CC (Polarização) em circuitos com TBJs (p.246, p )

Amplificadores de Múltiplos Estágios

Painel para análise de circuitos resistivos CC. (Revisão 00) Circuitos Paralelos e a Associação Paralela de Resistores

Tutorial Projeto de amplificadores Classe- A

Eletrônica II. Germano Maioli Penello. II _ html.

III. Análise de Pequenos Sinais do BJT. Anexo

Polarização do BJT FABRÍCIO RONALDO - DORIVAL

Introdução teórica Aula 10: Amplificador Operacional

Aula 22: O Transistor como Amplificador (p , p )

GUIA DE LABORATÓRIO PARA AS AULAS PRÁTICAS DE ELETRÔNICA II

A figura 1 apresenta um esboço da polarização de um J-FET canal N: junção PN inversamente polarizada, VGS 0, e VDS positivo (VDS > 0).

Análise de Circuitos II. Sumário

EXPERIMENTO N O 03 TRANSISTOR BIPOLAR

AMPLIFICADOR DIFERENCIAL

28/10/2010 IFBA. CELET Coordenação do Curso Técnico em Eletrônica Professor: Edvaldo Moraes Ruas, EE. Vitória da Conquista, 2010.

TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR - I Prof. Edgar Zuim

NBESTA00713SA Eletrônica Analógica Aplicada AULA 18. Osciladores. Prof. Rodrigo Reina Muñoz T2 de 2018

Prof. Sérgio Takeo Kofuji Prof. Antonio Carlos Seabra

Electrónica II. 1º Trabalho de Laboratório Realimentação

Seja o quadripolo abaixo. Lembrando que analise deste sistema pode ser feito por parâmetros híbridos, determine os lembrando que:

ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIODÉCIMO FACULDADE PIO DÉCIMO, CAMPUS III ARACAJU, SERGIPE QUESTÕES PARA AULA DO ENAD ÁREA ESPECÍFICA

Estruturas Analógicas

Aula 17 As Capacitâncias de Difusão e de Depleção na junção pn. Prof. Seabra PSI/EPUSP 415

EXERCÍCIOS DE PREPARAÇÃO B1i EXERCÍCIO REFERENTE À AULA DE AMPLIFICADORES DIFERENCIAIS.

ELETRÔNICA I. Apostila de Laboratório. Prof. Francisco Rubens M. Ribeiro

Transcrição:

ÂNGELO ANTÔNO LETHOLD RELAÇÃO GANHO MPEDÂNCA DE CRCUTOS DE TRANSÍSTORES CURTBA 1975

Este material tem a finalidade de resumir rapidamente a relação ganho-impedância de circuitos amplificadores. Para que possa realizar um projeto de circuito eletrônico, o projetista deve necessariamente estar familiarizado com ganhos e impedâncias dos circuitos propriamente ditos. Num transistor, por exemplo, seu ganho como amplificador deve ser sempre controlado em termos de realimentações locais e significativas, ou globais. Pois, quando a realimentação é significativa, os ganhos e impedâncias são independentes dos parâmetros dos transistores, e as equações necessárias para o desenho devem ser simplificadas. Um exemplo seria um amplificador de uma etapa com realimentação pelo emissor (Figura 1.1), onde as resistências Rb/Re são denominadas fator S do amplificador. Figura 1.1: Amplificador com realimentação por emissor etapa é S=R f /R L. Outro exemplo seria a etapa com realimentação por coletor (Figura 1.2), o fator S da Figura 1.2: Amplificador com realimentação por coletor.

Nos dois casos, com realimentação adequada, o ganho de corrente da etapa é independente dos parâmetros do transistor, uma vez que seu valor é S e pode ser empregado como fator de amplificação com realimentação. Substituindo, por exemplo os transistores por amplificadores em que o ganho é controlado pelos mesmos resistores, o ganho total dom amplificador é determinado pelo mesmo fator S. Assim, a impedância de entrada da etapa com realimentação é independente do ganho (β) do transistor. Os parâmetros da etapa amplificadora, por exemplo, compostos por um transistor, são empregados para determinar os efeitos de sua variação. Para o ganho de corrente de um transistor se usa o β do circuito equivalente em T que o h fe é mais difícil de determinar. Similarmente, a impedância de entrada dum trnasístor na configuração base comum (BC) denomina-se como h em vez de h ib, e a impedância de entrada na configuração EC pode ser escrita como β h. Para demonstrar que existe uma dependência com relação ao ganho de corrente, escreve-se h ie. Para encontrar β = h fe nas tabelas de parâmetros, não é necessário o emprego do circuito híbrido equivalente aos parâmetros híbridos. A impedância de entrada de um transistor BC em curto-circuito que naturalmente aparece em algumas equações, pode ser calculado pela relação de Shockley, que mostra que o h varia inversamente com a corrente de emissor e com a temperatura absoluta, conforme a equação 1.1: 26 T j h =. (1.1) 273 E onde h é expresso em Ohms, E em ma, e a temperatura da junção do semicondutor em K. Em temperatura ambiente considera-se a relação de Shockley como a equação 1.2: 26 h = (1.2) E considera-se o h com valor de 26 Ω quando a corrente de emissor é 1 ma. O ganho de um circuito pode ser medido a partir de um multímetro ou de um osciloscópio, mas quando se faz tal medição, pensa-se em termos de ganho de tensão. Assim, pode-se obter a relação de

ganho a partir da tensão de saída, i o.r L dividida pela tensão de entrada i.r que é expresso pela equação 1.3 e figura 1.3: R O L G v = (1.3) R Figura 1.3: Amplificador com relações RG-T Substituindo o ganho total de corrente G i por O /i em 1.3, é obtida a equação 1.4: R L G v = G (1.4) R A equação 1.4 mostra a relação ganho-impedância do transistor que é aplicada na maioria dos amplificadores transistorizados, inclusive amplificadores que utilizam transformadores como realimentação. Para verificar o ganho de tensão conhecendo o ganho de corrente, deve-se determinar a resistência, ou impedância de saída e a impedância de entrada. Na prática, o ganho de corrente pode ser verificado medindo a corrente de entrada e a de saída. Considerando um amplificador com diversos acoplamentos, RC ou com etapas acopladas diretamente, a impedância de entrada de cada etapa é a impedância de carga da etapa anterior, logo R = R L e R L /R é igual a um. O ganho de tensão da etapa é o ganho de corrente S da etapa. Na prática, para uma melhora de qualidade, o ganho de corrente de um amplificador é limitado pelos projetistas na ordem de 30 por etapa utilizando ou realimentação local ou global. O ganho de tensão grande em relação ao ganho de corrente é tolerável, e a relação R L /R deve ser maior que a unidade. Se a relação de impedâncias for inferior à unidade, o ganho da etapa é inferior a 30.

BBLOGRAFA GE transistor manual 6th ed. Semiconductor Products Department. Technical editor: J.F. Cleary. Contributors: J.H. Phelps [and] others. Published 1962 in Syracuse, N.Y. DRETOS AUTORAS RELAÇÃO GANHO MPEDÂNCA DE CRCUTOS DE TRANSÍSTORES by Leithold, Angelo Antonio is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 3.0 Unported License.