IDENTIFICAÇÃO DE MOTIVOS DA NÃO ADESÃO AO EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

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Transcrição:

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA IDENTIFICAÇÃO DE MOTIVOS DA NÃO ADESÃO AO EXAME DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Daiandra Fatima Da Rosa Colarites (daiandra020194@hotmail.com) Makcine Timm Da Silva (mak_tds@hotmail.com) Silvia Dimbarre Ingles (silviadimbarre@gmail.com) Ana Paula Veber (anapaulaveber@hotmail.com) RESUMO O câncer do colo uterino constitui um sério problema de saúde pública. O exame Papanicolau permitiu associar as alterações celulares pré-maligna com a atividade sexual, e ao agente etiológico da doença, o papiloma vírus humano (HPV). O trabalho teve como objetivo conhecer e avaliar os motivos que levam as mulheres a não realização do preventivo. A pesquisa foi realizada por duas acadêmicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa extensionistas do projeto PET- Saúde. Os dados foram coletados durante a ação denominada de Dia Rosa onde 174 mulheres participaram respondendo um questionário. Vários motivos para o atraso do exame foram citados pelas mulheres como a falta de tempo, desconfiança no profissional de saúde ou constrangimento frente a este, o desconforto do exame e receio do resultado. Considerando o objetivo principal do trabalho, e que apenas 23% das mulheres responderam o motivo do atraso, se faz necessário mais estudos para definir quais seriam os motivos além destes citados e tentar esclarecer as mulheres sobre o exame preventivo para que o número de mulheres em atraso com o exame diminua e para que se mantenha as mulheres que estão em dia com o exame. PALAVRAS-CHAVE Preventivo. Motivo. Atraso. Introdução O câncer do colo uterino constitui um sério problema de saúde pública. No mundo corresponde ao segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres constituindo aproximadamente 15% de todos os tipos de cânceres femininos. (RAMOS et al, 2006). Historicamente a associação do vírus HPV com o câncer do colo de útero começou em 1949, quando o patologista George Papanicolau introduziu o exame mais difundido no mundo para detectar a doença, o exame Papanicolau. O exame permitiu associar as alterações celulares pré-malignas com a atividade sexual, mais tarde na década de 70 estudos surgiram

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 sobre o agente etiológico da doença, o papiloma vírus humano (HPV), associando as verrugas e condilomas com a infecção pelo vírus. (NAKAGAWA, SCHIRMER, BARBIERI, 2010). O exame preventivo é indolor e eficaz (MINISTÉRIO DA SÁUDE, 2000). A utilização do exame citopatológico no rastreamento do câncer possibilita sua prevenção visto que identifica lesões ainda em seus estágios anteriores à neoplasia (DIAS DA COSTA, 2010).O diagnóstico precoce por meio deste exame é eficiente caminho para sua prevenção (PINHO, 2003). Um procedimento simples, rotineiro, rápido e indolor aos olhos do profissional pode ser visto como um procedimento agressivo físico e psicologicamente para a mulher que busca o serviço, pois ela traz consigo sua bagagem social, cultural, familiar e religiosa. (MERIGNI, HAMANO, CAVALCANTE, 2002). Cumprindo o papel de ordenar a formação de profissionais de saúde, o Ministério da Saúde institui o PET-Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) em 2007, e tem por objetivo fomentar grupos de aprendizagem tutorial em áreas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS) servindo como um instrumento de qualificação em serviço dos profissionais de saúde, iniciação ao trabalho e vivências dirigidos aos estudantes de graduação em saúde, e tem como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade (ABRAHÃO et al, 2011). Dentro do exposto sobre o câncer do colo de útero e o papel do PET-Sáude na comunidade, acadêmicos de diferentes cursos de saúde integrantes do projeto junto a Unidade de Saúde parceira, foi realizado um evento que foi denominado como Dia Rosa, onde o foco foi a realização do exame preventivo nas mulheres e a educação em saúde através de palestras sobre o câncer do colo de útero e mama e demais assuntos relacionados a saúde da mulher. Objetivos O estudo foi realizado com o objetivo principal de conhecer e avaliar os motivos que levam as mulheres a não realização do preventivo. Referencial teórico-metodológico

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 A pesquisa realizada foi uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo, realizado por duas acadêmicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa, dos cursos de graduação enfermagem e farmácia, extensionistas do projeto PET- Saúde, com o auxílio da equipe da Unidade de Saúde participante do projeto e dos integrantes do PET- Saúde e Vigilância, em Ponta Grossa, no ano de 2014. A vigente pesquisa analisou os principais motivos que leva as mulheres a não realizaram o exame preventivo de câncer de colo do útero com a frequência preconizada pelo ministério da Saúde. Os dados foram coletados durante a ação denominada de Dia Rosa, esta ação visava a coleta do exame preventivo e foi realizada pelos integrantes dos projetos citados anteriormente junto a Unidade de Saúde. O número total de mulheres que realizaram o exame preventivo durante esta ação foi de 174, com critério de exclusão aquelas que não cumpriram as orientações que antecede o exame, como não ter relação sexual nas 48 horas anteriores, não fazer uso de duchas e pomadas ginecológicas, não estar em período menstrual e trazer documentação necessária. O questionário foi aplicado antes da coleta, abordando a faixa etária dessas mulheres, se a mesma já havia realizado o exame preventivo alguma vez, data do último preventivo, qual o motivo do atraso se houvesse e se a mulher tinha conhecimento sobre o câncer de colo de útero e se considera o preventivo um exame importante para a saúde. Resultados As principais faixas etárias que realizaram o exame foram: 19-24; 31-35; e 55-60 anos, representando 32% dos 174 exames preventivos realizados, as mulheres que tinham entre 61-65 anos foram as que menos realizaram o exame, representando apenas 3% do total, menores de 18 anos representavam 4%. Do total de mulheres que realizaram o exame, 96% já haviam realizado anteriormente, 3% ainda não haviam feito o exame e 1 % não respondeu. Considerando o intervalo estabelecido pelo Ministério da Saúde entre um preventivo e outro 54% das mulheres haviam realizado o exame há um ano, 21% há dois anos, e 6% há três anos. Apenas 14% estavam com o exame preventivo atrasado há mais de 3 anos e 5% não responderam ou não souberam responder. Quando foi verificado o motivo do atraso, foco da pesquisa, 77% das mulheres não responderam ou não souberam responder, apenas 23% responderam. Das mulheres que

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 realizaram o exame 99% acreditam que o exame é importante na saúde da mulher e apenas 1% não acredita ser importante. Considerações Finais As três principais faixas etárias que realizaram o exame nos deram uma noção geral de como está o cuidado com a saúde da mulher nos 3 principais estágios da vida: jovem, representado pelas mulheres entre 19 e 24 anos; fase adulta representado pelas mulheres entre 31 e 35 anos e na fase mais madura próxima a fase idosa representada pelas mulheres entre 55 e 60 anos. Analisando o grupo de mulheres mais jovens, entre 13 e 18 anos que realizaram o exame, vemos que a atividade sexual está sendo iniciada cada vez mais cedo, e o foco da atenção à saúde da mulher deve ir ao encontro destas jovens para orientação sexual e prevenção do câncer de colo do útero nesta faixa etária. Das mulheres que ainda não haviam realizado o exame os motivos citados por elas para não o terem realizado foram o medo e também por terem iniciado a vida sexual recentemente. O objetivo principal da ação realizada, Dia Rosa, era realizar o exame das mulheres que se encontram em atraso há mais de 3 anos. Os resultados mostram que a maioria das mulheres que realizaram o exame estava em dia com o preventivo e que apenas 14% das mulheres em atraso foram alcançadas e deve-se considerar que dentre estas nem todas eram moradoras da área atendida pela Unidade de Saúde. Vários motivos para o atraso do exame foram citados pelas mulheres como a falta de tempo, desconfiança no profissional de saúde ou constrangimento frente a este, o desconforto do exame e receio do resultado. Vendo que a maioria considerava importante a realização do exame, ainda sim entre estas havia algumas em atraso, provavelmente devido um dos motivos citados acima. Considerando o objetivo principal do trabalho, e que apenas 23% das mulheres responderam o motivo do atraso, se faz necessários mais estudos para definir quais seriam os motivos além destes citados e tentar esclarecer as mulheres sobre o exame preventivo para que o número de mulheres em atraso com o exame diminua e para que se mantenham as mulheres que estão em dia com o exame.

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 APOIO: (se for o caso de contar com órgãos financiadores) Referências ABRAHÃO, A. L., et al. A pesquisa como dispositivo para o exercício no PET- SAÚDE UFF/FMS Niterói. Revista Brasileira de Educação Médica. 35 (3): 435-440; 2011. DIAS DA- COSTA, J.S. et al. Cobertura do exame citopatológico na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, BR. Cad. Saúde Pública. 19 (1): 197-7; 2003). MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Secretaria Nacional de Assistência a Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de prevenção e vigilância. Falando sobre o Câncer do Colo de útero, Rio de Janeiro (RJ): MS/INCA; 2000. MERIGUI, M.A.B., et al. O exame preventivo do câncer cérvico-uterino: conhecimento para os funcionários de uma escola de enfermagem de uma instituição pública. Revista Esc Enferm USP. 36 (3): 289-96; 2002. NAKAGAWA, J.T.T., et al. Vírus HPV e câncer de útero. Revista Brasileira de Enfermagem. 63 (2): 307-11; 2010. PINHO, A.A., et al. Prevenção do câncer do colo de útero: um modelo teórico para analisar o acesso e a utilização do teste de Papanicolau. REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL. 3 (1): 95-112; 2003.