PALAVRAS-CHAVE Exame Ginecológico. Teste de Papanicolaou. Leucorréia.

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Transcrição:

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE (X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA QUEIXA DE LEUCORRÉIA E RESULTADOS DE PAPANICOLAOU Bianca Souza (biia-s@live.com) Michelly Fernanda Fachin (mi_fachin@hotmail.com) Cecilia Sanchez (ceci_linkin8@hotmail.com) Eva Aparecida Almeida (evabioenf@hotmail.com) Ednéia Peres Machado (edpmach@ig.com.br) O Exame de citopatologia oncótica pela coloração de Papanicolaou é usado no rastreamento de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Este método também permite detectar condições não cancerosas como infecção ou inflamação causada pela alteração da microbiota vaginal. Mediante o exposto, objetivou-se relacionar a queixa de leucorreia, apresentadas na entrevista, com os resultados do exame colpocitológico realizados pelo Projeto de Extensão Prevenção e educação na atenção à saúde da mulher: Coleta de exame Papanicolaou. Estudo analítico-descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa; analisado 157 prontuários com resultados de exames de pacientes que realizaram exames de colpocitologia oncótica no ambulatório da UEPG no período de 2011-2012. Dos prontuários analisados, 28% das mulheres tinham idade entre 17-25 anos, 17,2% entre 26-35, 20,4% entre 36-45, 24,2% entre 46-55, 7% entre 56-65 e 3,2% entre 66-75 anos; 45,2% relataram leucorreia; 13,4% apresentaram resultado sugestivo de Gardenerella sp e Candida sp, porém, destas, somente 3,8% referiram leucorreia. PALAVRAS-CHAVE Exame Ginecológico. Teste de Papanicolaou. Leucorréia. Introdução O projeto Prevenção e educação na atenção à saúde da mulher: Coleta de exame Papanicolaou está operante desde 2012. Conta com a atuação de professores e acadêmicos dos cursos de farmácia, enfermagem e participação da enfermeira responsável pelo ambulatório da UEPG. Os alunos de enfermagem atuam na entrevista, exame físico, orientação e coleta de material cérvicovaginal, já os acadêmicos de farmácia realizam a análise do material coletado e fornecem o laudo do exame. Mediante parceria com Secretaria Municipal de Saúde, são coletadas duas amostras de material para colpocitologia oncótica para análise pelo método de coloração de Papanicolaou; destes uma amostra é encaminhada para análise no laboratório credenciado pelo SUS e outra é analisada no Laboratório Universitário de Análises Clínicas (LUAC). O projeto atende mulheres da comunidade e funcionárias da UEPG. As clientes recebem dois laudos, um fornecido pelo projeto e outro pelo SUS. Seu principal objetivo é atuar na prevenção e rastreamento do câncer do colo do

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 útero por meio da realização do exame de Papanicolaou e orientação à comunidade sobre os fatores de riscos para a doença. Além dos benefícios à comunidade, o projeto também proporciona acréscimo na formação acadêmica por permitir a integração entre cursos diferentes. O câncer do colo do útero é o 3º tipo de tumor mais frequente entre as mulheres no Brasil. De acordo com o INCA, a estimativa é de 15.590 novos casos no Brasil para ano de 2014. A realização periódica do exame citopatológico de Papanicolaou é a principal estratégia para detecção precoce de lesões precursoras do câncer do colo uterino. O exame é feito por meio da coleta e análise de material celular do colo do útero na região denominada junção escamo-colunar (JEC) (BRASIL, 2013). A partir desse exame, também é possível detectar condições não cancerosas como sinais de infecção ou inflamação, decorrentes de alterações na microbiota vaginal (vulvovaginites). Esses sinais caracterizam-se por aumento do conteúdo vaginal acompanhado de odor desagradável, o qual piora durante o período menstrual e após a relação sexual, e, pode ser identificado na consulta ginecológica de enfermagem como sinais e sintomas de leucorreia (BRINGEL et al 2012). Juntamente ao desconforto nas pacientes, alguns agentes patogênicos causadores de alterações da microbiota vaginal são considerados doenças sexualmente transmissíveis (DST), caracterizando as vulvovaginites um problema de saúde pública (BRINGEL et al 2012). O tratamento adequado dessas infecções num primeiro contato entre pacientes e profissionais de saúde é uma importante medida de prevenção de agravos (BARCELOS et al, 2008). Diante desta problemática, faz-se necessária a avaliação dos laudos citopatológicos, uma vez que estes direcionam a conduta terapêutica a ser adotada no caso de resultados positivos para alterações na microbiota vaginal (LEITÃO et al, 2008). Objetivo Correlacionar a queixa de leucorreia, apresentada na anamnese, com os resultados de exames citopatológicos pela coloração de Papanicolaou, realizados pelo Projeto de Extensão Prevenção e educação na atenção à saúde da mulher: Coleta de exame Papanicolaou. Referencial teórico-metodológico

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 Trata-se de um estudo analítico-descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio dos resultados de exames de Papanicolaou de 157 mulheres atendidas no ambulatório da UEPG pelo projeto de extensão Prevenção e educação na atenção à saúde da mulher: Coleta de exame Papanicolaou no período de 2011 a 2012. A coleta de material cérvico-vaginal ocorreu durante a consulta ginecológica de enfermagem realizada por docentes e acadêmicas do curso de Enfermagem e pela Enfermeira responsável pelo ambulatório. Considerando a coleta de material para colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolaou, um procedimento complexo, que demanda competência técnica e científica em sua execução, este procedimento deve ser executado no contexto da Consulta de Enfermagem, atendendo-se os princípios da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher e determinações da Resolução Cofen nº 381/2011 (COFEN, 2014). Resultados Dos 157 prontuários analisados, 28% das mulheres tinham idade entre 17-25 anos, 17,2% entre 26-35, 20,4% entre 36-45, 24,2% entre 46-55, 7% entre 56-65 e 3,2% entre 66-75 anos (Quadro 1); 45,2% relataram leucorréia; 13,4% (21) apresentaram resultado sugestivo de Gardenerella sp e Candida sp, porém, destas, somente 3,8% (6) referiram leucorreia (Quadro 2). Quadro 1. Faixa etária das participantes Idade Número de Mulheres Porcentagem 17-25 anos 44 28% 26-35 anos 27 17,2% 36-45 anos 32 20,4% 46-55 anos 38 24,2% 56-65 anos 11 7% 65-75 anos 5 3,2% Fonte: As autoras. Quadro 2. Correlação entre queixas ginecológicas e resultados sugestivos de alterações na flora vaginal. Número de Mulheres Porcentagem Queixa de leucorreia 71 45,2% Resultados sugestivos de 21 13,4%

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Gardnerella e Candida sp Queixa de leucorreia e resultado sugestivo de Gardnerella e Candida sp Fonte: As autoras. 6 3,8% Considerações Finais O resultado sugestivo de Gardenerella sp e Candida sp, pode ser considerado normal nos laudos de Papanicolaou, já que estes microorganimos são encontrados em pequenas quantidades na microbiota vaginal (BRINGEL et al, 2012). Dessa forma, o tratamento só é indicado quando existe queixa de leucorreia associada. Pode estar relacionado à atividade sexual que ocorre com maior frequência na menacme, fase da maioria da população alvo desta pesquisa (SANTOS et al, 2006). A ausência de micro-organismos associados à infecção, nos resultados de exames citopatológicos de Papanicolaou, das pesquisadas que relataram leucorreia, pode ser um indicativo da interpretação errônea, por parte das clientes, em diferenciar a secreção fisiológica daquela relacionada à alteração da flora vaginal. Deve-se levar em consideração também o fato das amostras serem colhidas das regiões da junção escamo-colunar (JEC) e da endocérvice, com exclusão da região do fundo de saco vaginal, conforme preconiza o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo Uterino. Como a amostra ideal para o diagnóstico das vulvovaginites infecciosas deve coletada da região do fundo de saco vaginal (HOSLT, GOFFENG e AMDERSH, 1994), e alguns pesquisadores consideram a flora microbiana como cofator na patogênese da neoplasia de colo uterino, motivou a extensão em gerar o projeto de pesquisa Determinação da acurácia entre os métodos de Papanicolaou e Gram na avaliação da microbiota de amostras ginecológicas de mulheres atendidas no projeto de extensão: Prevenção e educação na atenção à saúde da mulher: coleta de exame Papanicolaou. Dessa forma, é fundamental que o profissional de saúde que realiza a anamnese estabeleça a diferença entre as características da secreção vaginal fisiológica e secreção vaginal decorrente de vaginoses. Referências BARCELOS, M. R. et al. Infecções genitais em mulheres atendidas em Unidade Básica de Saúde: Prevalência e fatores de risco. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Ribeirão Preto, v. 30, n. 7, p. 349-354, mai./jul. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v30n7/a05v30n7.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2 ed. Brasília, 2013. BRINGEL, A.P.V. et al. Análise dos Laudos de Papanicolaou realizados em uma unidade básica de saúde. Cogitare Enfermagem, Juazeiro do norte, v. 17, n. 4, p. 745-75, out./dez. 2012. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/cogitare/article/viewfile/30385/19661>. Acesso em: 04 abr. 2014 COFEN, Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 358/2009. Disponível em: <http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3812011_7447.html. >. Acesso em: 10 abr. 2014 HOLST, E.; GOFFENG, A.R.; AMDERSCH, B. Bacterial vaginoses and vaginal microorganism in idiopathic premature labor and association with pregnancy outcome. Journal of Clinical Microbiology. USA. v. 32, n.1, jan, p. 176-186, 1994. LEITÃO, M. A. et al. Avaliação dos laudos citopatológicos de mulheres atendidas em um serviço de enfermagem ginecológica. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 12, n. 4, mai./dez. 2008. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/295>. Acesso em: 04 abr. 2014. SANTOS, R. C. et al. Prevalência de Vaginoses Bacterianas em pacientes ambulatoriais atendidas no Hospital Divina Providência, Porto Alegre, RS. NewsLab, 75 ed. p 160-164, 2006. Disponível em: <http://www.newslab.com.br/ed_anteriores/75/art08.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014.