SINDICOMIS/ACTC é contra o cadastramento de Agentes de Carga pela Infraero

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Transcrição:

www.sindicomis.com.br Ano 24 - nº 203 - São Paulo/SP - Setembro/10 Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC SINDICOMIS/ACTC é contra o cadastramento de Agentes de Carga pela Infraero Entidade entende que a Infraero não é agência reguladora, além da atividade não ser de sua competência Preocupada com o desenrolar da Resolução 116 da Anac, que repassou o cadastramento, homologação e fiscalização dos agentes de carga para a Infraero, a diretoria do SINDICOMIS/ACTC realizou reunião específica sobre o assunto. O resultado da reunião foi a elaboração de um ofício à Anac (ver página 3) e uma minuta contendo sugestões de alterações na Resolução 116. Haroldo Piccina, presidente do SINDI- COMIS/ACTC, manifestou o descontentamento do setor de carga aérea em relação à resolução da Anac, que inclusive descaracteriza a importância do agente de carga, equiparando sua atividade àquelas da categoria de serviços auxiliares de transporte aéreo. A afirmação de Piccina foi compartilhada por Francisco Uceda, diretor da entidade, que julga haver um erro grave de interpretação da Anac, pois os serviços auxiliares em aviação são os chamados serviços de rampa, direcionados à preparação de aeronaves para vôos. Aguinaldo Rodrigues, diretor executivo do sindicato, compareceu a diversas reuniões sobre a Resolução 116 e citou que os participantes destas afirmam que a Infraero pode no máximo cadastrar; mas não homologar, normalizar e fiscalizar estas atividades. A Anac abriu mão da atribuição alegando excesso de serviço e devolveu todo o pessoal que estava lotado na área de homologação para a Infraero. Piccina esclareceu que a legislação não especifica exatamente a posição do Agente de Carga Aérea: os agentes ficam jogados como sendo serviços auxiliares e nunca houve uma separação em relação a isso; para o serviço auxiliar que a Anac entende faz sentido a Infraero fiscalizar; no caso do Agente de Carga não. Piccina citou que os agentes estão nessa situação porque não há uma norma específica sobre isso e a Anac não quer assumir uma posição firme sobre o assunto, deixando a situação como está. O SINDICOMIS/ACTC está participando de comissão formada pelos setores envolvidos nas reuniões com demais entidades. Essa comissão elaborou uma minuta caracterizando o agente de carga. A comissão apresentará duas minutas na próxima reunião no SNEA, em 5 de outubro, com a presença do SINDICOMIS/ACTC, na qual será proposto que o Agenciamento de Carga retorne à Anac e que ela reveja essa posição da Resolução 116. Francisco Uceda mencionou que desde a emissão da Resolução 116 o mercado está desregulamentado e quem abrir uma empresa nova e quiser se credenciar não pode fazê-lo. A diretoria da entidade aprovou várias ações, entre elas o envio de uma circular anexando a Resolução original e a minuta a todos os associados e filiados, relatando todo o trabalho feito até o momento. A posição contrária da Entidade à passagem do controle de agenciamento de carga para a Infraero, recomendando a todos que não tomem medida nenhuma de registro na Infraero até novos desdobramentos do assunto. FAÇA CURSO DE INGLÊS PELA INTERNET COM 5% DE DESCONTO. ACESSE OS SITES: www.cursodeinglesxpress.com.br www.sindicomis.com.br Ou ligue para (0XX) (16) 3253-5003

Palavra do PresidentePalavra do Presidente Novela sem fim A Resolução 116 da Anac continua trazendo várias consequências negativas para os agentes de Carga, representados por nossa entidade. Análises mais profundas do documento revelam que, para a Anac, o fornecedor de lanches para aeronaves e o agente da carga aérea estão no mesmo ramo de atividade. Nada contra os fornecedores de lanches, mas cada prestador de serviços no setor aéreo tem claramente delineado nos documentos de constituição de suas empresas quais são suas atividades. A Anac desconhece a multiplicidade de funções e a complexidade do tema carga aérea. Basta ver a forma como ela vem tratando os problemas relativos à aviação civil de uma forma geral, desde que foi criada. A recente confusão com as companhias aéreas, com maciço cancelamento de vôos, mostra bem os níveis de competência da agência. Para nós, agentes de carga, a equiparação aos demais serviços no setor aeronáutico não significa uma depreciação da categoria. Significa que a Anac desconhece, ou finge desconhecer, as diferenças entre essas atividades. O segundo capítulo desta história é igualmente descabido: a atribuição do papel de credenciador e fiscalizador dos agentes à Infraero. Já manifestei meu repúdio a esta atitude absolutamente descabida na última edição, mas não posso me furtar a reiterar meu protesto de forma veemente. A Infraero nada tem a ver com o agenciamento de cargas, que não faz parte dos serviços de pista, ou rampa, conforme são conhecidos. A Infraero não tem equipe suficiente, não tem pessoal qualificado em todos os pontos onde opera, e deveria, desde as primeiras tratativas com a Anac, recusar essa atribuição. A empresa não está preparada para esta atividade. A Anac acredita que com a remoção de poucos funcionários de seu quadro, remanescentes do extinto DAC, para a Infraero esta estará automaticamente apta para cumprir uma função que desconhece. Se em 2007 a imprensa qualificou a situação do setor como caos aéreo, ela pode reservar muito espaço nos próximos meses para revelar à população os problemas que ocorrerão em função das decisões erradas da Anac. Nós, do SINDICOMIS/ACTC estamos mais que atentos: estamos participando ativamente de todas as reuniões realizadas por empresas e entidades do setor aéreo e lutando para reverter essa situação absurda. Esse foi o tema principal de nossa última reunião de diretoria e, com certeza, será tema obrigatório das próximas. Nesta edição estamos mostrando tudo que temos feito para buscar uma solução plausível para o problema. Você, associado, pode ter certeza que lutaremos, como sempre fizemos, para que você possa exercer sua função livremente, como responsabilidade e comprometimento. Essa é a função de nossa entidade: amparar seus associados nos momentos mais difíceis para suas empresas. É isso que pauta nosso trabalho, pode ter certeza. DIRETORIA: Presidente Haroldo Silveira Piccina; Vice-presidente Luiz Antonio Silva Ramos; Diretores Roberto Schiavone, José Emygdio Costa e Regynaldo Mollica; Suplentes Ricardo Messias Sapag, Laércio Anjos Fernandes, Jair do Valle, Milton Lourenço, Luiz Raize Filho e Luis César Correia de Amorim; Conselho Fiscal Darcy Franzese, Odair dos Santos, Francisco Uceda; Suplentes do Conselho Fiscal André Gobersztejn, Evaristo dos Santos e Paulo Ferreira; Diretor Executivo Aguinaldo Rodrigues; Diretora Jurídica Maristela Noronha Gonçalves Moreira; Delegados Representantes junto à Fecomercio SP Haroldo Silveira Piccina e Luiz Antonio Silva Ramos; Suplentes de Representantes junto à Fecomercio SP Regynaldo Mollica e Roberto Schiavone; Secretário Executivo Armando de Souza Siqueira Franco; Delegado Representante em Santos Darcy Franzese; Delegado Representante em Campinas Luiz Antonio Silva Ramos. SINDICOMIS ACONTECE: Publicação Mensal Órgão do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo e da Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais. Sede: Rua Avanhandava, 126, 6º andar - Conj. 60 e 61 - Bela Vista - São Paulo - CEP 01306-901 - Tel.: (11) 3255-2599 / Fax: (11) 3255-2310. Internet: www.sindicomis.com.br - e-mail: actc@sindicomis.com.br. Jornalista Responsável Álvaro C. Prado - MTb nº 26.269. Reportagens Álvaro C. Prado. Revisão Gisele E. Prado. Projeto Gráfico Salve! Design & Media Tel/fax.: (11) 6601-7868. Impressão 2 Setembro/10

Notícias do Sindicato Notícias do Sindicato OFÍCIO ENVIADO PELO SINDICOMIS/ACTC À ANAC, EM 27 DE SETEMBRO São Paulo, 27 de setembro de 2010. Ofício SI/036/10 Prezada Presidente, O SINDICOMIS Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo, fundado em 1947, e a ACTC Associação Nacional das Empresas Transitarias, Agentes de Carga Aérea, Comissária de Despachos e Operadores Intermodais, fundada em 1980, representam todos os Agentes de Carga em São Paulo e no território nacional e, na ocasião da publicação da portaria que criou o Agente de Carga Aérea, nossas Entidades participaram ativamente desse trabalho colaborando com o DAC. A Diretoria do SINDICOMIS e ACTC tomou conhecimento da transferência pela ANAC à INFRAERO, da atribuição de cadastramento, credenciamento e fiscalização dos Agentes de Carga Aérea. Preocupada com situações conflitantes e com a competência legal da INFRAERO para tal função, a Diretoria do SINDICOMIS está acompanhando de perto o desenvolvimento do assunto, participando de todas as reuniões sobre o assunto, bem como demonstrando seu posicionamento contrário frente a tal decisão, objetivando, principalmente, assegurar a adequada continuidade das atividades dos seus Associados na prestação de serviços de Agenciamento de Cargas Aéreas aos seus clientes. Após reuniões realizadas na INFRAERO no Rio de Janeiro, na IATA e na ABAG, em São Paulo, com a nossa participação e das Companhias Aéreas, INFRAERO, SNEA e ANAC, o SINDICOMIS/ACTC confirmou seu entendimento de que a atividade de agenciamento de Carga Aérea é independente da INFRAERO e complementar à venda de transporte aéreo, sendo, portanto, tomador dos serviços prestados pela INFRAERO nos Aeroportos e não serviços Auxiliares Aeroportuários. Esta situação é conflitante com as atuais funções da INFRAERO nos Aeroportos se vier a exercer, também, a função de cadastramento, habilitação, normatização e fiscalização da atividade das empresas de Agenciamento Aéreo, além de não ter amparo legal para Isso, função de uma Agência Reguladora. Desta forma o SINDICOMIS/ACTC vem manifestar o seu desacordo com a transferência da homologação dos Agentes de Carga e solicitar a manutenção da ANAC como único órgão homologador para a atividade por ser o órgão oficial para o exercício de tal função, o que não ocorre com a INFRAERO. O SINDICOMIS/ACTC, no caso da ANAC ter dificuldade em executar os serviços de cadastramento das empresas ou outro serviço relacionado, se oferece para fazer todo o trâmite de recolhimento das documentações e encaminhar a ANAC para homologação, ou, qualquer outra forma a ser estudada. Diga-se de passagem que, em quase todos os países do mundo, esse tipo de cadastramento de agentes de carga aérea é feito pelas Associações para homologação em órgão superior. Agradecemos a atenção e permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos que se façam necessários. Atenciosamente, HAROLDO SILVEIRA PICCINA - PRESIDENTE Ilma. Sra. Dra. SOLANGE VIEIRA M.D. Presidente da ANAC-AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL Setembro/10 3

Notícias do Sindicato Notícias do Sindicato CIRCULAR SI/042/10 A seguir reproduzimos a Circular SI/ 042/10, enviada a todos os associados e filiados, reportando a situação que envolve os Agentes de Carga Aérea frente à Resolução 116 da Anac. Circular SI/042/10 Prezados Senhores, A Diretoria do SINDICOMIS e ACTC tomou conhecimento da transferência, pela ANAC à INFRAERO, da atribuição de cadastramento, credenciamento e fiscalização dos Agentes de Carga Aérea. Circular a respeito foi enviada pe lo SIN- DICOMIS/ACTC aos Associados e Filiados, anexando a circular expedida pela INFRAERO: CIRC nº 20377/DCLC (LCSO)2010 de 19 de Agosto de 2010. Preocupada com situações conflitantes e com a competência legal da INFRAE- RO para tal função, a Diretoria do SINDI- COMIS está acompanhando de perto o desenvolvimento do assunto, participando de todas as reuniões sobre o assunto bem como demonstrando seu posicionamento contrário frente a tal decisão objetivando, principalmente, assegurar a adequada continuidade das atividades dos seus Associados na prestação de serviços de Agenciamento de Cargas Aéreas aos seus clientes. Após reuniões realizadas na INFRAE- RO no Rio de Janeiro, na IATA e na ABAG, em São Paulo, com a nossa participação e das Compa nhias Aéreas, INFRA- ERO, SNEA e ANAC, o SINDICOMIS/ ACTC confirmou seu entendimento de que a atividade de agenciamento de Carga Aérea é independente da INFRAERO, e complementar a venda de transporte aéreo, sendo, portanto, tomador dos serviços prestados pela INFRAERO nos Aeroportos e não serviços Auxiliares Aeroportuários. Esta situação é conflitante com as atuais funções da INFRAERO nos Aeroportos se vier a exercer, também, a função de cadastramento, habilitação, normatização e fiscalização da atividade das empresas de Agenciamento Aéreo, além de não ter amparo legal para Isso, função de uma Agência Reguladora. Não se questiona, no caso, sua capacidade, mas sua competência legal e, em especial, pelo flagrante conflito de ordem comercial, por ser prestadora de serviços às empresas de Agenciamento de Carga Aérea. Em Reunião de Diretoria realizada em 23/09/2010, a Diretoria do SINDICO- MIS/ACTC, aprovou a adoção das seguintes medidas para apresentar à ANAC: 1. Encaminhar ofício à ANAC demonstrando seu desacordo com a transferência da homologação dos Agentes de Carga; 2. Elaborar minuta (anexa) alterando e adaptando a Resolução Nº 116 de 29 de Outubro de 2009 às funções do Agente de Carga Aérea; 3. Propor a manutenção da ANAC como único órgão homologador para a atividade por ser o órgão oficial para o exercício de tal função, o que não ocorre com a INFRAERO. 4. Recomendar a todos os Associados e Filiados que não protocolem seus pedidos de credenciamento e homologação para o exercício de suas atividades junto à INFRAERO, até que o SINDICOMIS/ ACTC tenha definido com a ANAC o impasse criado. 5. Solicitar, como forma de colaboração, que os Associados e Filiados analisem a minuta anexa, podendo livremente propor quaisquer alterações ou inclusões que julgarem pertinentes. IMPORTANTE: Os comentários e propostas à minuta deverão ser enviadas ao SIN- DICOMIS/ACTC até o dia 01/10/10, para que possam ser incluídos no ofício que será entregue à ANAC na reunião a ser realizada no SNEA, no Rio de Janeiro, em 05/10/10. Ficamos à disposição de todos os Agentes de Carga, para esclarecer qualquer dúvida com relação a esse assunto. Atenciosamente, HAROLDO SILVEIRA PICCINA Presidente SINDICOMIS/ACTC ATO ADMINISTRATIVO INFRAERO A Infraero publicou, em 13 de setembro, o Ato Administrativo n o 424/SBGR(GRLC)/2010, que dispõe sobre alterações na composição na Comissão de Coordenação do Terminal de Logística de Carga CCT, do Aeroporto de Guarulhos. O Ato nomeia os funcionários da Infraero para os cargos da CCT, os representantes da Receita Federal, da Anvisa e da Vigiagro. O presidente da CCT é o funcionário Antonio Montano, Superintendente do Aeroporto. Em relação à participação do SINDICOMIS/ ACTC, ficou nomeado Aguinaldo Rodrigues, diretor executivo da entidade como seu representante na situação de Membro Permanente do Plenário da CCT; e Regynaldo Mollica, diretor do SINDICOMIS/ACTC como seu suplente. O ato já entrou em vigor. MINUTA DE SUGESTÕES DE ALTERAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO 116 O SINDICOMIS/ACTC participou com demais entidades da elaboração de minuta de alterações na Resolução 116 da Anac. As principais propostas da entidade visam à descaracterização dos agentes de carga como prestadores de serviços realizados na chamada área de rampa, onde as aeronaves são preparadas para continuar viagem. Assim, logo no capítulo 1 da Resolução foi proposta a separação dos serviços de agenciamento de carga aérea daqueles auxiliares no transporte aéreo. Dessa alteração inicial decorrem outras diversas. Na continuidade do documento, o SINDICOMIS/ACTC reitera que a responsabilidade de credenciar as empresas de agenciamento de carga é exclusiva da Anac, excluindo a Infraero desta atribuição. O documento finaliza com a lista de documentos necessários ao credenciamento, sua validade e demais procedimentos. Cabe ressaltar que o SINDICOMIS/ACTC está totalmente empenhado na solução desta questão, que já está gerando prejuízos ao setor de carga aérea e principalmente às agências. Setembro/10 5

Notícias do Sindicato Notícias do Sindicato REUNIÕES DO CONSELHO DE SERVIÇOS DA FECOMERCIO SP Reunião de 30 de agosto Haroldo Piccina, presidente do Conselho de Serviços e do SINDICO- MIS/ACTC, iniciou a reunião dando as boas vindas aos Conselheiros e aproveitou a oportunidade para cumprimentar Milton José Santana, novo integrante do Conselho Municipal de Tributos da Cidade de São Paulo, indicado pela Fecomercio SP. Piccina informou sobre ofício encaminhado ao Senador Osmar Dias e aos membros da Comissão de Agricultura solicitando apoio às alterações introduzidas ao PL 327/2006, que dispõe sobre a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação, a fim de reduzir as dificuldades atuais. A Assessoria Legislativa informou sobre os andamentos das propostas em fim de legislatura, esclarecendo que poucas seguirão para votação de acordo com o próprio regimento interno da Câmara, visto que seguirão apenas os projetos que são de autoria do Senado ou do Executivo e aquelas que já passaram por todas as Comissões Permanentes. As outras propostas, que tramitam na Câmara dos Deputados, serão arquivadas de acordo com o art. 105 do RICD. da Previdência Social, solicitando que a portaria projete os seus efeitos para o futuro. A proposta foi atendida por meio da Portaria 408/2010 projetando os seus efeitos a partir do dia 16/06/2010. Lei nº 12.275 Depósito de Recurso para Agravo de Instrumento: foi sancionada a lei tornando obrigatório o depósito de 50% do valor do depósito recursal para impetração do agravo de instrumento. A Federação estuda meios para questionar a nova lei. Instrução Normativa nº 1.052, de 5 de julho de 2010: a nova norma institui a escrituração fiscal digital da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins e obriga o envio de informações assinadas digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador constituído. PL 7.202/2010 Inclui assédio moral entre os tipos de acidentes de trabalho: tramita na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados o projeto que inclui o assédio moral como acidente de trabalho, com a justificativa que a ofensa moral cada vez mais vem sendo reconhecida como fator de risco nos ambientes de trabalho. O assessor legislativo do Conselho informou que essa proposta provavelmente será arquivada, por não haver mais tempo hábil para tramitar em todas as comissões. Decreto Municipal nº 51.701, de 10 de agosto de 2010: Liberação do VUC na ZMRC a Prefeitura de São Paulo publicou a medida liberando os Veículos Urbanos de Carga VUC na Zona de Máxima Restrição de Circulação ZMRC, no período compreendido entre 10 (dez) e 16 (dezesseis) horas, sem o rodízio de placas par e ímpar. Palavra dos Conselheiros O Presidente do Sindijore, Tabajara Abranches, consultou os demais Conselheiros sobre a intenção de convidar Ivo Dall Acqua, Presidente do Conselho de Assuntos Sindicais para a próxima reunião, a fim de debater sobre a Reforma Sindical e o andamento das Negociações Coletivas em especial da categoria de Serviço. Sendo assim, ficou deliberado pelo Presidente Haroldo Piccina o encaminhamento do convite a Ivo Dall Acqua. O Presidente do Sinbfir de Ribeirão Preto, Paulo Elias Galeazzi, sugeriu incluir na programação do Conselho uma reunião no SESC Bertioga. A Assessora Jurídica informou o andamento dos dispositivos a seguir: Portaria nº 1.987, de 18 de agosto de 2010 Obrigatoriedade do Ponto Eletrônico: o Ministro Carlos Lupi adiou a vigência dos efeitos da referida norma para 01/03/2011. A alteração foi resultado de mais um pleito realizado pela Fecomercio ao Ministro. Portaria nº 333, de 30.06.2010 Reajuste dos Aposentados: alterada pela Portaria Interministerial MPS/MF 408, de 17 de agosto de 2010. O Ministério da Previdência Social ampliou a faixa de contribuição e retroagiu os seus efeitos causando questionamentos para as empresas e contabilidades. A Fecomercio oficiou o Ministro Haroldo Piccina recebeu Ivo Dall Acqua Júnior no Conselho de Serviços, na reunião em setembro 8 Setembro/10

Notícias do Sindicato Notícias do Sindicato Maristela Moreira, do SINDICOMIS, alertou a todos sobre os pedidos de fundação de sindicatos que são publicados diariamente no Diário Oficial da União. Observou que esses sindicatos acabam invadindo as bases já representadas, restando aos sindicatos apenas proporem as suas impugnações a tempo. Flávio Fernandes, Diretor do Selemat, propôs para a próxima reunião uma discussão sobre a incidência do ISS nas locações de bens móveis, em especial máquinas e equipamentos. Reunião de 20 de setembro Haroldo Piccina iniciou a reunião informando a decisão do Supremo Tribunal Federal STF que isentou as microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no Simples Nacional do pagamento da contribuição sindical patronal. A Confederação Nacional do Comércio CNC ingressou com ação direta de inconstitucionalidade contra a LC 123/2006. A CNC alega que a Contribuição Sindical patronal deve ser cobrada de todos os integrantes de uma determinada categoria, independentemente de sua filiação ou não a sindicatos. O pagamento está previsto na CLT e tem respaldo na Constituição de 1988 e, por esta razão, não poderia ser alterada por lei complementar. A Fecomercio SP foi contra o ingresso da Adin, mas após interposta apoiou-a ingressando nos autos como Amicus Curiae. Agora aguarda o inteiro teor da decisão para estudar se há medida para reverter a posição do judiciário. Convidado Ivo Dall Acqua Júnior, Presidente do Conselho Sindical da Fecomercio, discorreu sobre a Representação Sindical e os efeitos da Portaria 186/09. Agradeceu ao convite formulado pelo Conselho de Serviços e parabenizou pelo crescente desenvolvimento do setor de serviços, desde os anos 80. Sobre a Portaria 186/09 aduziu que o seu texto dá margens a várias interpretações o que gera problema à representação sindical. Alertou o setor de serviços no sentido de acompanhar a publicação do Ministério do Trabalho sobre a fundação de novos sindicatos, o que vem ocorrendo em decorrência da Portaria 186/09 e a necessidade de impugnação dos setores, sob pena de perda da representação sindical. Concluiu informando que o Conselho de Serviços, na pessoa do presidente Haroldo Piccina, tem assento no Conselho Sindical o que possibilitará a harmonização de postura dos vários setores que compõem a Fecomercio SP: comércio varejista, comércio atacadista, serviços e turismo. Manifestaram-se sobre o assunto os Conselheiros: Tabajara Ferro Abranches, José Carlos Larocca, Flávio Figueiredo, Luciano Tadeu Damiani, Artur Almeida e Wagner Sanches. Assessoria A assessoria apresentou uma síntese das Convenções Coletivas de Trabalho dos Setores de Serviços. Legislação A assessoria apresentou o seguinte Projeto de Lei PL 7.617/2010 que reduz a alíquota da Cofins para as empresas prestadoras de serviços. A proposta altera a Lei 10.833/03 para estender a essas empresas a incidência cumulativa da Cofins, com alíquota de 3%. Atualmente, a maioria das empresas da área de serviços está incluída na regra da incidência não cumulativa da Cofins, com alíquota de 7,6%. Foi deliberado o acompanhamento do Conselho de Serviços ao PL e o encaminhamento do texto aos membros do Conselho. Certificação Digital Débora Paiva, do setor de produtos da Fecomercio SP, apresentou ao Conselho de Serviços a empresa Certisign que oferece aos Sindicatos filiados o serviço de certificação digital. PROJETO SINDICOMIS/SEBRAE INICIA OFICINAS DE CAPACITAÇÃO EM OUTUBRO O Projeto SINDICOMIS/Sebrae atinge uma nova etapa, com o oferecimento de Oficinas e Cursos para preparar o empresário na administração de sua empresa por meio de educação para o trabalho da autoaprendizagem. Calendário das Oficinas 27/10 14h: SINDICOMIS Oficina Marketing de Serviços Objetivo: orientar sobre os principais conceitos e benefícios do Marketing de Serviços na aproximação e fidelização dos clientes. 10/11 14h: SINDICOMIS Oficina de Atendimento ao Cliente: Como Satisfazer e Encantar os Seus Clientes Objetivo: A importância do cliente como indicador da qualidade no atendimento de qualidade, a partir da orientação aos colaboradores. 17/11 14h: SINDICOMIS Oficina Gerenciando o Fluxo de Caixa com Eficiência Objetivo: Ter controle sistemático da área Financeira da empresa por meio da administração correta do fluxo de caixa e da utilização de ferramentas que possam garantir lucro líquido decorrente das atividades operacionais. Esta é mais uma iniciativa do SINDICOMIS/ACTC, procurando melhorar cada vez mais os serviços a seus associados. Acesse o site www.sindicomis.com.br e conheça as demais parcerias da entidade: Curso de Inglês on-line (X-Press); Cursos/ Livros/Treinamentos Aduaneiras; Certificação Digital Certisign/Fecomercio SP. Setembro/10 9

Entrevista Hormino Maia completa 88 anos de atividades em comércio exterior Ivon Bulgarelli está na empresa há 40 anos e hoje é seu diretor Sindicomis Acontece: Com 88 anos de atividade, a Hormino Maia é uma das empresas mais antigas do setor. Ela está entre as dez mais antigas? Ivon Bulgarelli: Sim, apesar do contrato social ser de 1944 (15/09/44), temos uma procuração outorgada ao despachante aduaneiro Sr. Hormino Maia, como pessoa física, datada de 1922, para o trâmite dos procedimentos perante a Alfândega de Santos. Outros documentos mostram que ele, naquela época, já contava com alguns funcionários, além de não haver a figura da Comissária de Despachos. SA: Quantas gerações da família já se sucederam à frente da empresa? IB: Como Hormino Maia não tinha filhos quando faleceu em 1944, sua esposa decidiu com alguns funcionários pela criação da empresa com o nome em sua homenagem e, a partir daí, a empresa não tem sucessão familiar, pois, a cada sócio que se retira, os funcionários que mais se destacam dentro da empresa são convidados a fazerem parte do quadro societário. Esta filosofiacontinua ate os dias de hoje sempre dando oportunidades aos funcionários que mais de destacam dentro da empresa. Hoje a empresa passou a denominar-se Hormino Maia Logistica. SA: Quais são as principais atividades da empresa atualmente? IB: Despacho Aduaneiro, Assessoria Aduaneira, Transporte Rodoviário e Logística Internacional, como parceira de um grupo Internacional com representação em 120 países e com mais de 250 escritórios mundiais. Somos bem reconhecidos no mercado e temos diversas autorizações (fora o ISO), tais como Certificações Iata, SNEA, DAC/Anac e recentemente finalizando a Nova Certificação pela Infraero no Rio de Janeiro, OTM, Bacen (remessas financeiras). SA: Você está completando 40 anos de empresa. Conte-nos como foi sua carreira na Hormino Maia. IB: Comecei na empresa como Office boy em 01/10/1970 passei por varias áreas dentro e fora da empresa. Os antecessores me convidaram a fazer parte do quadro acionário e hoje sou um dos Diretores da empresa. (40 anos de história muito foi feito e ainda há muito para se realizar). SA: Quais as principais mudanças na empresa nestes últimos 40 anos? IB: Muitas, em função das várias alterações feitas pelo Governo Federal, em especial com a implantação do Siscomex. Investimos muito em TI (Tecnologia da Informação) em decorrência dessas necessidades e também para atender melhor nossos clientes inclusive com integração entre sistemas. Entramos também na área de Agenciamento de Cargas e transporte Rodoviário, por intermédio da Hormino Maia Cargo, para atendimento de nossa carteira. SA: Como a empresa se adaptou às principais mudanças no comércio exterior e na legislação brasileira? IB: Investimento na qualificação de nossos funcionários com cursos, palestras e as aquisições de ferramentas necessárias para o melhor desempenho das atividades ligadas ao Comércio Exterior, aumentando nossa infraestrutura para melhor atendimento ao nosso principal foco: os clientes. Além disso, investimos pesado na implementação de um SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade) e fomos certificados pela SGS na Norma ISO 9001/2000 em 2007 e recertificados em setembro deste ano na versão 2008 da mesma norma. SA: Quando você entrou na empresa, há 40 anos, começava a introdução do contêiner nos portos brasileiros. Há algum registro ou memória deste fato na empresa? IB: Infezlimente não. Quando entrei na empresa já eram utilizados os famosos cofres de carga que depois foram chamados de contêineres, já que os mesmos eram utilizados desde a 2ª guerra mundial (cofres de madeira e que depois passaram a cofres de aço). Havia sim uma certa facilidade e segurança das mercadorias importadas ou exportadas, porém, pelo que me lembro, era ainda um começo. Temos uma DI de nº 000001 de 28/12/1964. O lote era de carga solta: 130 volumes porém registrado como o movimento de contêineres (embora tenhamos sido, com certeza, uma das primeiras empresas a desembaraçar contêineres, só que infelizmente não temos registro disso). SA: Qual sua análise sobre o momento atual do comércio exterior e quais são as perspectivas para a empresa no cenário atual e futuro? IB: Levando em consideração que a participação do Brasil no comércio exterior mundial é muito pequena, algo em torno de 2%, pensamos que há um enorme espaço para o crescimento desse volume nos próximos anos. SA: Como você se sente após 40 anos de empresa? IB: Ótimo... o relacionamento na empresa é excelente e, principalmente, pelo fato de conseguirmos manter a filosofia inicial do Sr. Hormino Maia, pois todos os sócios têm mais de 20 anos de empresa, onde começaram como office-boys, os homens; ou auxiliar de escritório, as mulheres. Hoje o corpo societário é formado por 11 sócios, sendo 04 diretores principais: Ivon Bulgarelli e Higino Frias em São Paulo; Marco Cyrino e Walmir Rodrigues em Santos, e mais 07 sócios como diretores adjuntos, ocupando áreas especificas dentro da empresa. SA: Ao longo dos últimos 40 anos como foi seu relacionamento com o SINDICOMIS/ACTC? IB: Bem, sempre foi excelente, tanto que há alguns anos fui convidado pelo SINDICOMIS a fazer parte do Conselho. Carlos Frederico Simon, da Hormino Maia, foi presidente da entidade. Em 14 de maio de 2008, o Escritório Hormino Maia de Despachos foi agraciado pelo SINDICOMIS como um dos mais antigos associados, com 60 anos de associação. 10 Setembro/10