Volume 4, fevereiro de 2005 ISSN

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Transcrição:

Volume 4, fevereiro de 2005 ISSN 1679-4389 1

ÍNDICE Nota Editorial...3 Software de Dimensionamento de Redes semfio para Ambientes Indoor...4 Princípio do RDS e Aplicação no DSP-10, DSPX e FPGA com Sistema Semi- Embarcado...9 2

NOTA DO EDITOR No volume 4, que abre o ano de 2005, a Revista Digital Online traz ao conhecimento da sociedade acadêmica, duas pesquisas em andamento que foram submetidas e estão sendo realizadas na região Centro-oeste. Tais pesquisas possuem grandes valores agregados e são ferramentas necesárias para o desenvolvimento do país. No Instituto de Ensino Superior de Brasilia (IESB), trabalhos estão sendo realizados quanto à investigação da propagação em ambientes fechados e desenvolvimento de sistemas de predição, com o objetivo de obter modelos mais refinados e um software nacional que auxilie nos projetos de cobertura de sistemas celulares, WLAN, WPAN, etc. Na Universidade de Brasília (UnB), um grande desafio foi levantado pelo Departamento de Engenharia Elétrica, no sentido de desenvolver Rádios Definidos por Software e sistemas auto-reconfiguráveis. Como trabalho inicial, uma evolução de uma plataforma COTS está sendo realizada para obter-se um sistema mais próximo de um RDS ideal. Dando continuidade a este trabalho, pretende-se chegar a uma plataforma de RDS ideal, composto de antenas inteligentes e considerando a adoção de sistemas MIMO. Como objetivo inicial, caminha-se na direção de se obter um sistema que permita a adoção de interfaces aéreas de sistemas de comunicações móveis conjugadas com possíveis padrões de TV Digital. Boa leitura! André Gustavo Monteiro Lima glima@revdigonline.com 3

SOFTWARE DE DIMENSIONAMENTO DE REDES SEM FIO PARA AMBIENTES INDOOR YGOR COSTA LIMA Engenharia de Computação Instituto de Educação Superior de Brasília - IESB http://www.iesb.br e-mail: ygorlima@gmail.com Resumo As redes sem fio surgiram nos últimos anos em complemento ao mundo das redes com fio dando um novo alcance às redes locais. No planejamento destas redes, a cobertura deve ser observada com maior cuidado, pois, a falta de cobertura em uma determinada área pode gerar uma desconexão de serviço, e a cobertura excessiva pode gerar um problema de segurança da informação. Por estes e outros motivos, cada vez mais, redes sem fio são projetadas utilizando-se softwares de predição específicos para diminuir os efeitos causados por estes dois problemas. Estas são algumas das razões que apontam para a importância de se desenvolver uma ferramenta nacional que simule a cobertura de uma rede sem fio para ambientes indoor e que possa facilitar os testes de cobertura. Abstract -The wireless networks appeared in the last years in complement of the wired networks giving a new reach to the local nets. In the planning of these nets, the covering should receive better care, because, the covering lack in a certain area can generate a service disconnection, and the excessive covering can generate a problem of security of the information. For these and other reasons, more and more, wireless networks are being projected using specific prediction software to reduce the effects caused by these two problems. These are some of the reasons that appear for the importance of developing a national tool that simulates the covering of a wireless network for indoor places and that can facilitate the covering tests. Keywords Rede sem fio, indoor, software, dimensionamento. 1 Introdução O Instituto de Ensino Superior de Brasília criou uma linha de pesquisa na área de propagação em ambientes fechados, com o objetivo de desenvolver tecnologia relacionada a este tema, que está em crescente evolução atualmente. Esta linha de pesquisa possui vários objetivos, desde o aprimoramento de modelos de propagação em ambientes fechados, ao desenvolvimento de softwares, baseados em plataforma livre, para o cálculo de cobertura, utilizando para isso modelos determinísticos e/ou empíricos, que possuam as funcionalidades de importar plantas baixas de softwares CAD e levar em consideração os diagramas de radiação das antenas. O primeiro passo nesta linha de pesquisa foi o desenvolvimento de um software em linguagem Java que leva em consideração um dos modelos One-Slope, Montley-Keenan e o modelo da ITU definido pela recomendação p.1283. Esta primeira versão do software, descrita neste artigo, considera apenas antenas do tipo Omnidirecionas. 2 Desenvolvimento Para a implementação do software foi necessário definir quais modelos de propagação que seriam implementados. Estes modelos se dividem, basicamente, em modelos empíricos e determinísticos. Embora este cálculo também possa ser efetuado utilizando as equações de Maxwell, tal abordagem é matematicamente muito complexa. Modelos determinísticos são dependentes das informações a respeito do ambiente em questão, como o tipo de material, as mobílias, o posicionamento, etc. Pela sua abrangência, por um lado, permite considerar todos os aspectos envolvidos, por outro, precisam ser redefinidos para cada ambiente. Este tipo de modelo utiliza a forma de um raio óptico, fazendo uso da técnica de lançamento de raios (Ray Tracing), baseada em ótica geométrica, para simular os efeitos da reflexão, difração e 4

espalhamento da onda emitida por um rádio-transmissor. Esta técnica consiste basicamente em um número prédeterminado de raios lançados da antena do transmissor em uma direção específica. Para cada raio são analisados seu traçado e suas intersecções com as paredes e pisos, determinando se os raios incidentes são penetrados ou refletidos em alguma direção. Cada raio penetrado e refletido é novamente analisado até uma nova interseção com outro obstáculo. A seqüência se repete até que: a amplitude do raio caia abaixo de um valor limiar prédefinido; ou que, após um certo número de interações, o mesmo não atinja o receptor. Desta maneira a potência recebida será a soma das potências dos raios recebidos por vários percursos dos raios traçados. O modelo de traçado de raios deve ser usado junto com outras técnicas que possibilitem a otimização de processamento, pois ele pode se tornar muito pesado computacionalmente. Existem modelos que utilizam técnicas estatísticas para otimizar o processamento do método de traçado de raios, pois o padrão e o comprimento dos raios dos caminhos são relacionados com parâmetros estatísticos de características específicas de ambientes fechados, como a geometria plana do chão [5]. Os modelos empíricos são baseados em medições feitas nos ambientes em questão e, a partir destes dados, são efetuados modificações e ajustes no modelo de atenuação no espaço livre dada pela equação de Friis. No projeto do software não é possível implementar todos os modelos de propagação existentes atualmente, devido à grande quantidade dos mesmos, o que tornaria a complexidade do software muito elevada e inviabilizando assim a sua implementação. Por este motivo foram implementados os seguintes modelos: Modelo de perda dependente da distância (COST231 One-Slope), Modelo de Motley- Keenan (COST231 para paredes múltiplas), Modelo da UTI-R (definido pela recomendação P.1283). No modelo COST231 One-Slope a atenuação média do sinal transmitido aumenta exponencialmente com a distância [1,2]. O modelo de Modelo de Motley- Keenan considera que a atenuação entre a antena transmissora e a antena receptora é causada, também, por perdas na penetração do sinal em paredes e pisos, o que pode variar dependendo do tipo de material utilizado em sua construção e da freqüência utilizada. Desta forma, diferentemente do modelo COST231 One- Slope, o modelo de Montley-Keenan considera a atenuação em cada parede que se encontra no percurso do sinal. Esta característica deste modelo introduz um fator de correção na equação do modelo One-Slope. Assim a atenuação no percurso para este modelo pode ser calculada através do somatório das atenuações causadas por cada parede e piso entre o receptor e o transmissor somada à atenuação decorrente da distância. O modelo da UIT-R é utilizado para predições de propagação em freqüências entre 900MHz e 100GHz. Este modelo não considera as perdas nas paredes, apenas em pisos, somado a um fator de correção [3]. 4 Linguagem de Programação Para a implementação do software foi escolhida a linguagem Java por apresentar alta potencialidade, facilidade de personalização e por possuir bibliotecas específicas para construção de interfaces gráficas e ser uma linguagem orientada a objeto, permitindo com isso modelar o sistema como um conjunto de objetos cooperativos entre si, aumentando assim, a possibilidade de estudo da complexidade do sistema. Estes objetos são compostos por dados e processos (mensagens). Os dados representam o estado do objeto e as mensagens o seu comportamento. Este tipo de linguagem de programação enfoca o encapsulamento, permitindo com isso um controle de acesso ao estado do objeto (um dado só pode ser acessado utilizando uma mensagem para tal). Com este enfoque, a manutenção e o desenvolvimento do software tornam-se mais produtivos, pois é possível, além de facilitar o entendimento do sistema, o reaproveitamento de código para a continuação da linha de pesquisa [6] [7]. 5 Modelo Entidade Relacionamento A proposta do software necessita de um repositório multiplataforma para não perder a característica principal, a 5

independência de plataforma (sistema operacional). Devido a esta restrição e à dificuldade de encontrar repositórios livres orientados a objeto, o repositório utilizado foi o MySQL Server 4.1, o qual é um repositório relacional, multiplataforma e com poucas funcionalidades, com isso reduzindo os requisitos computacionais necessários para executar o sistema. S[ db] = G + P (20log(4π / 300)) + 20log f 10n log d) a r + S = 1 + 1 ( 27,558 + 20*log800 + 10*3,14*log10,07) S = 60,999[ db] (1) 6 Validação Para a validação do software, foram realizados cálculos manualmente, em diversos pontos, para cada tipo de ambiente (sem parede, com uma parede, com duas paredes). Após estes cálculos, os ambientes foram representados no software e seus resultados foram comparados nos diversos pontos do ambiente. Para demonstrar a validação, serão apresentados os procedimentos de comparação, tomando como referência um ponto em cada tipo de ambiente. O equipamento escolhido para a demonstração, representado por um círculo azul, será composto por um rádio, com potência de transmissão igual a 1 db, e uma antena, com um ganho de 1 db. O ponto onde ocorreu o cálculo está representado pelo término da linha horizontal que inicia do equipamento e termina no ponto de referência. A distância do ponto de medição ao equipamento está apresentada, em metros, no canto inferior direito da figura. Este cálculo é realizado automaticamente pelo software. As paredes são representadas por uma linha vertical. O número do equipamento de onde provém o sinal de maior intensidade, está apresentado após a letra A:, o valor do sinal no ponto, apresentado após a letra S: em db. A freqüência utilizada é apresentada em MHz dentro da caixa de texto após a palavra Freqüência.. Para o cálculo da atenuação são utilizadas as equações referentes ao modelo selecionado e os valores de n obtidos segundo as tabelas encontradas em [1] e [8]. A figura 1 representa um ambiente sem paredes entre o equipamento transmissor e o ponto de referência. Na figura 1, foi utilizando o modelo One Slope para cálculo da cobertura. O valor do sinal, calculado pelo software, no ponto de referência nesta simulação foi de - 61 db e o resultado do cálculo manual é apresentado na equação 1. Figura 1: Cálculo utilizando o modelo One Slope sem atravessar parede. Figura 2: Cálculo utilizando o modelo UIT atravessando uma parede do tipo leve. Na figura 2, foi utilizando o modelo UIT para cálculo da cobertura. Segundo o software, o valor no ponto de referência é de -55 db. Este modelo também não considera perdas ocasionadas por obstáculos, considerando apenas a atenuação referente aos pisos. Nesta versão, o software considera os pisos como independentes, e esta atenuação é considerada nula. Assim, o resultado do cálculo fica idêntico ao de um ambiente sem paredes. O resultado do cálculo manual é apresentado na equação 2. 6

S[ db] = G + P (20log f + nlogd + A ( p) 28) a r S = 1+ 1 (20*log800 + (33 + 20) / 2*log10,06 28) S = 54,677[ db] (2) Figura 3: Cálculo utilizando o modelo Montley-Keenan atravessando duas paredes do tipo leve. Na figura 3 é representado um ambiente com duas paredes do tipo leve entre o equipamento e o ponto de referência. Nela o software apresenta o valor do sinal igual à 65 db. O valor do sinal, segundo os cálculos teóricos é apresentado na equação 3. S[ db] = G a + 10nlogd + + P (20*log(4 *3,14/300) + 20*log f N r k A [ db] + wi n= 1 wi N k A [ db] pj j = 1 S = 1+ 1 ( 27,558 + 20*log800 + 10*3,14*log10,1 + (2,1 + 2,1) + 0 Sinal = 64,782[ db] (3) Comparando-se os resultados, é possível verificar que os resultados obtidos pelo software são iguais ou bem próximos ao teórico. 7 Conclusão A grande evolução e popularização das redes sem fio estão possibilitando pj f diversos serviços, os quais visão permitir uma maior mobilidade aos usuários. Porém, atualmente, existe uma grande dificuldade de projetar redes sem fio devido às dificuldades de predição de sua cobertura. O software apresentado neste artigo, JSISCAF 1.0, visa facilitar o projeto de redes sem fio, tomando como base para os cálculos de predição os modelos atuais mais utilizados. Ele permite ainda ao usuário, a escolha do modelo para o cálculo da predição e a independência de plataforma, por possuir um banco de dados e ser desenvolvido em uma linguagem multiplataforma, não obrigando o usuário a possuir um determinado sistema operacional. Por fim, este software contribuiu para o desenvolvimento, na área de projeto de rede sem fio, visando a crescente tendência de mercado de utilizar redes sem fio, especialmente em ambientes fechados. Para a continuação da linha de pesquisa, existem as propostas de implementação do software utilizando modelos determinísticos, modificação do JSiscaf para levar em consideração vários tipos de antenas e seus diagramas de radiação, a possibilidade de importação de plantas baixas desenvolvidas em softwares CAD e automatizar a instalação do software juntamente com o seu banco de dados. Agradecimentos Agradeço a todos os professores do IESB, pelo excelente trabalho e pelo apoio no desenvolvimento de trabalhos relacionados a pesquisas. Referências Bibliográficas [1] MIKAS, Z. F. P. Measurement and prediction of signal propagation for wlan system. Dissertação (Mestrado) Czech Techinical University in Prague, 2002. [2] SARKAR, T. K. A survey of varius propagation models for mobile communication. [S.l.]: Sarkar, 2003.. [3] PROPAGATION Data and Prediction Models for the Planning of Indoor Radio communication system and Radio Local Area Netwoorks in the 7

Freqquency Range 900 MHz to 100 GHz. [4] SOUZA, R. M. D. PROPAGAÇÃO NO INTERIOR DE EDIFICAÇÕES. Dissertação (Mestrado) INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA, 1998. [5] HASSAN-ALI, M.; PAHLAVAN, K. A New Statistical Model for Site-Specific Indoor Radio Propagation Prediction Based on Geometric Optics and Geometric Probability. [S.l.], JANEIRO 2002. Biografia Ygor Costa Lima. Engenheiro de Computação formado pelo Instituto de Educação Superior de Brasília. [6] HOTSTMANN, C. S.; CORNELL, G. Core Java - Fundamentos. [S.l.]: Makron books, 2001. [7] DEITEL, H. M.; DEITEL, P. J. Java Como Programar. [S.l.]: Bookman, 2003. [8] RAPPAPORT, T. S. Wireless Communications Principles Practice. [S.l.]: Prentice Hall, 1996. 8

PRINCÍPIO DO RDS E APLICAÇÃO NO DSP-10, DSPX E FPGA COM SISTEMA SEMI-EMBARCADO FERNANDA BRANDI DA SILVA FRANCISCO AUGUSTO DA COSTA GARCIA IZUMI RENATA SANTOS TAKADA MARCELLO GURGEL SASAKI Engenharia Elétrica Universidade de Brasília - UnB http://www.ene.unb.br e-mail: sdr_unb@yahoogroups.com Resumo A partir da década de 90, principalmente nessa primeira década do novo milênio, quando os recursos de comunicação sem-fio dos dispositivos eletrônicos e as inovações na telefonia móvel se tornaram não só inevitáveis, mas extremamente atraentes, o RDS tem-se apresentado como uma nova alternativa para a revolução dos dispositivos portáteis. Para se ter acesso a todos os serviços disponíveis, dever-se-ia carregar um ou dois celulares, um computador portátil, um palm top, um GPS... A substituição dos circuitos, antes inflexíveis, por uma tecnologia de circuitos reconfiguráveis, certamente trará vantagens tanto para os usuários finais, que, com apenas um dispositivo, podem ter acesso a diversas interfaces aéreas, quanto para os desenvolvedores e empresas, por não precisarem investir em hardwares especializados que podem consumir muito dos orçamentos. A UnB, Universidade de Brasília, indo ao encontro desse panorama mundial, está criando um grupo de pesquisa dedicado a estudar essas aplicações. Este artigo pretende apresentar os trabalhos que estão sendo realizados nessa pesquisa, abordando os principais desafios e caminhos a serem seguidos no sentido de se obter uma plataforma de desenvolvimento de rádio definido por software. Abstract - Since the 90 s, especially at this first decade of the new millennium, when the advances in mobile communication grew and wireless communication resources became very attractive and even inevitable, SDR appears as a new alternative to this wave of portable devices. One carries not only one or two cell phones, but also a handheld computer, a palm top, GPS just to have access to every service offered nowadays. The substitution of the circuits before inflexible for a technology of reconfigurable circuits, brings, certainly, advantages to the final user that with only one device can have access to many wireless networks. As well as advantages to the companies and developers that can offer these services without having to invest in new hardware that can spend a lot of the monetary capital. UnB, University of Brasilia, with a global view has a study group dedicated to Software Defined Radio and its applications. This article will present the work done so far as well as the barriers that has to be broken in the process of developing a Software Defined Radio. Keywords Software Defined Radio, SDR, Digital signal processor, DSP, Amateur radio. 1 Introdução O Rádio Definido por Software (RDS) deve alterar progressivamente o paradigma do Rádio Definido por Hardware (RDH), já tão conhecido e usado no mundo inteiro. Em vista desse panorama, a UnB, Universidade de Brasília, possui hoje um grupo de estudos em RDS e dispositivos reconfiguráveis, que tem como objetivo projetar e construir um protótipo e uma plataforma de desenvolvimento de um RDS a partir de um RDH. Esse trabalho envolve mais do que montar um rádio autoreconfigurável, devendo se estender às aplicações dos dispositivos lógicos reconfiguráveis, antenas inteligentes e problemas de segurança relacionados ao sistema. Esse rádio deve ser versátil, na medida em que pode ser atualizado por 9

meio de um software recebido de um servidor ou criado localmente, para modificar toda a interface aérea do rádio, adaptando-o para uma melhor configuração ou simplesmente mudando o serviço disponível no terminal. Tal projeto conta com alunos de doutorado, mestrado e graduação, envolvendo as áreas de eletromagnetismo, comunicação digital, processamento de sinais, etc... Como ponto de partida deste desenvolvimento, foi adquirido um front-end RF basicamente analógico. Trata-se de um COTS (commercial off the shelf) conjugado com um dispositivo de processamento digital de sinais, o DSP-10 [2]. De forma a permitir uma evolução com a introdução de novas interfaces aéreas, essa plataforma deve ser alterada para: acomodar outros dispositivos lógicos reconfiguráveis, como um DSP e um FPGA externos com maior capacidade; aproximação da digitalização do sinal da antena; definição de um projeto para o seu uso combinado com o GNUradio [6]; permitindo que os modos definidos nestes dispositivos possam ser executados e a informação transmitida em uma arquitetura básica de RDS. 2 Princípios de RDS e comparação com o RDH Primeiramente, para apontar as diferenças entre os dois tipos de dispositivos, é aqui introduzido o funcionamento básico de cada um deles: o que é considerado Rádio Definido por Hardware e o que se diz de Rádio Definido por Software. Para aperfeiçoar o entendimento, apresenta-se a seguir uma explanação comparativa quanto ao RDS e ao RDH. Uma observação inicial pode ser realizada em relação à antena e ao amplificador, necessários em ambas as arquiteturas, uma vez que os mesmos não podem ser realizados por meio de software, tanto na transmissão quanto na recepção, conforme se pode verificar nas Figuras 1 e 2, as quais ilustram, respectivamente, as arquiteturas de um Rádio Definido por Hardware e por Software. Figura 1 Modelo simplificado de um Rádio definido por Hardware [11 modificado] Em um RDH, Figura 1, seja com processamento analógico ou digital, como os celulares, tem-se uma estrutura para conversão do sinal modulado em um sinal com freqüência menor, denominada freqüência intermediária, até alcançar a banda básica, sendo filtrado, amplificado, demodulado e decodificado para, então, reconstruir a informação transmitida. Parte dessas funções pode ser realizada por um dispositivo de processamento digital de sinal, a partir de uma conversão Analógico- Digital. Comparativamente, o RDS, Figura 2, apresenta as mesmas funções que o RDH. Entretanto, todas as funções, com exceção das funções de potência, são realizadas com um dispositivo de processamento digital. Esse dispositivo pode, inclusive, ter um sistema embarcado com funções complexas de filtragem e algoritmos para segurança. A grande vantagem trazida por esse processo está na portabilidade da informação. Esse esquema de circuito, portanto, deve, além de digitalizar o sinal tão próximo da antena quanto possível, ser passível de alterações quanto ao tipo de modulação, largura de banda desejada, freqüência de operação e tipos de filtragem. Para que esse diagrama responda de igual forma para todas as possibilidades de configuração, a antena também deve ser reconfigurável e multibanda ou banda larga. Figura 2 Modelo de um Rádio definido por Software, com processamento e modulação digitais [11 modificado] 10

3 O DSP-10 O DSP-10 foi desenvolvido para uso em rádio amadorismo. Em sua criação, teve como principal preocupação a utilização de um computador pessoal ou um notebook como um front panel para um rádio transceptor de duas vias, e não a criação de um RDS ideal. A utilização do DSP, nesse caso, tem como objetivo criar uma versatilidade nos esquemas de modulação, filtragem e processamentos específicos, como análise do espectro da série de Fourier para o caso discreto. Alguns tipos de filtros usados são muito mais simples de serem implementados com o uso de DSP s. Acrescente-se a esse fato que o desenvolvimento de hardware analógico envolve mais trabalho e técnica que o desenvolvimento de um pequeno programa ou descrição de hardware. A esses fatores, alia-se o baixo custo dos DSP s atualmente, fato observado por Robert Larkin, projetista do front-end RF [2]. No futuro, com o avanço das tecnologias de conversão de sinal analógico para digital, esse tipo de protótipo pode vir a se tornar comercialmente uma placa PCI ou PCMCIA, para conexão direta com o computador, como uma placa de rede ou um modem. Entretanto, quando se fala de RDS, deve-se ter uma digitalização ainda na antena, em RF, e não em banda básica, conforme ocorre com o projeto DSP-10. A configuração de fábrica do DSP- 10 considera um rádio de baixa potência com digitalização na última freqüência intermediária (FI). A interface com o usuário é feita por meio de um computador que permite monitorar quase todas as operações para a transmissão e recepção. Potencialmente, essa configuração já prevê a transmissão para UHF e transmissão de microondas. A configuração original especifica transmissão na banda de VHF alta. Os esquemáticos das Figuras 3 e 4 mostram como o sinal se comporta no front-end RF do DSP-10. A antena capta um sinal de baixa potência na faixa de 144-148MHz. Após a recepção na antena, o sinal passa por um filtro passa-faixa, Figura 4, selecionando essa banda desejada. Após passar pelo amplificador RF, o sinal passa pelo primeiro misturador com oscilador local (OL) de 124,3-129MHz que desloca a freqüência de 146MHz para 19,665MHz, a primeira FI. O segundo misturador, com OL de 19,680MHz, é responsável por abaixar o sinal para 15 khz. Figura 3 Esquemático básico com diagrama de blocos do sistema de recepção e transmissão amplificador do front-end RF [2 modificado] Figura 4 - Esquemático básico com diagrama de blocos do sistema de sintonia e FI do front-end RF [2 alterado] O último filtro, com freqüência de corte de 28 khz, logo após o segundo OL, é o ultimo estágio antes da amplificação final e digitalização. O sinal é amplificado em 50 db e digitalizado em banda básica, a 15 khz. Digitalizado, o sinal passa pelo detector de FM, SSB ou CW, demodulado e processado digitalmente (Figura 5). Figura 5 Diagrama de blocos referente à parte de processamento digital [2] A potência irradiada na transmissão é da ordem de miliwatts. Amplificadores externos podem ser utilizados para incrementar esse valor. Na transmissão, o sinal é gerado no DSP a 15 khz e sofre um processo que é, em tudo, equivalente ao descrito para a recepção. A potência máxima é alcançada em um processo de três fases, a fim de evitar 11

ruídos na amplificação direta, realizando uma filtragem em cada etapa. Dado esse panorama do front-end RF do DSP-10, percebe-se que várias etapas são necessárias para adaptá-lo a um RDS. O primeiro passo é obter o sinal modulado e digitalizá-lo mais próximo da antena. A exclusão da segunda freqüência intermediária, simplificando o front-end resultante, pode ser realizada modificandose o conversor digital analógico por outro, que ainda atenda ao critério de Nyquist. Para o caso do COTS adquirido pela Universidade, com a segunda freqüência intermediária em 15 khz, o conversor analógico-digital de 48 khz utilizado pelo DSP-10 é suficiente para esta função, considerando o critério de Nyquist, que postula que para um sinal com banda de B Hz, a menor taxa de amostragem para que a conversão de sinal possa ser recuperada sem perda é de, no mínimo, 2*B Hz. O DSP-10, processador incluso no rádio em estudo, está capacitado para alterar a sua taxa de amostragem de acordo com comandos do programador. Essa alteração no programa pode inclusive fazer uma superamostragem em 96 khz. A substituição do conversor analógico-digital por outro, com o objetivo de amostrar o sinal na primeira freqüência intermediária, suprimindo a segunda, deve, em contrapartida, alterar o software do DSP-10. Dado essa alteração, o processamento deve ficar extremamente lento causando interrupções e/ou inoperância no sistema. Observa-se ainda que a simples substituição do conversor por outro, com as devidas alterações no software no DSP-10, a fim de realizar uma superamostragem, não indica um passo adiante no desenvolvimento do proposto RDS se essa amostragem estiver ainda sendo feita com o sinal banda básica do circuito posterior ao segundo OL. Entretanto, considerando uma freqüência intermediária em, aproximadamente, 19MHz, e uma taxa de amostragem de, no mínimo, 40MHz, o sistema exige uma resposta rápida à entrada do sinal. Estudos com outros DSP s, como o caso do DSPX, mostram que os modos implementados podem ter uma resposta mais satisfatória devido à robustez do segundo. Este passo configura uma primeira evolução no sentido de amostrar o sinal ainda na antena. A implementação de modulações digitais de fase, FM digital, no DSPX já foi assunto de vários estudos, podendo ser adaptada e introduzida no kit do DSP-10 [9]. A próxima freqüência intermediária, em 146 MHz, impõe restrições, tanto orçamentárias quanto físicas. Um circuito que faça aquisição em tão alta freqüência, principalmente se comparado com os conversores usuais, é de difícil construção, devido à própria física dos semicondutores, e por isso apresenta um orçamento inviável dentro dos recursos disponíveis. Outros objetivos que se pretendem alcançar relacionam as antenas e a segurança da informação. A antena ideal para o protótipo em estudo deve ser multi-banda ou banda larga e reconfigurável. Estudos teóricos na área de antenas inteligentes estão sendo realizados, pretendendo-se implementar um protótipo no futuro. Por hora, faz-se uso de uma antena comercial de VHF, de 134MHz até 174MHz, com diagrama de radiação descrito pelas Figuras 6 e 7,as quais mostram os diagramas de irradiação da antena no plano horizontal e vertical. Figura 6 Diagrama de radiação azimutal da antena [10] Figura 7 Diagrama de radiação da antena Elevação [10] Numa etapa posterior, será utilizado o GNU-radio. Esse é um software de código livre, em plataforma linux, que implementa funções de tratamento de 12

sinais de rádio. O propósito será a aplicação dessas funções nos sinais recebidos pelo DSP-10, a fim de, utilizando um sistema embarcado, tornar o conjunto mais robusto. O GNU-radio já possui algoritmos para demodulação de sinal de TV analógica e digital, Radio FM, exemplificando a vantagem de um dispositivo reconfigurável. 5 Conclusão O estudo com o DSP-10 é apenas o começo de um projeto que promete ter contribuições significativas para o estado da ciência. Os dispositivos de comunicação definidos por software, que possuem diversas possibilidades de aplicação, devem, no entanto, esperar que os desafios relacionados com a tecnologia dos componentes envolvidos sejam vencidos. Um longo caminho de pesquisas e testes ainda deve anteceder a implementação comercial dessa nova tecnologia. Estimase que, dentro de 10 anos, a maioria dos dispositivos de rádio tenha sido substituída por sistemas definidos por software. A camada de aplicação mais alta deve conter restrições acerca de alterações maliciosas e/ou fora da regulamentação. Isso requer normatização por parte dos órgãos governamentais e de gestão. Como frutos desse sistema, surgirão novas antenas inteligentes, compostas por vários elementos reconfiguráveis que possam também ser alterados via software. A implementação desses modos em uma plataforma RDS favorece desenvolvedores ao redor do mundo, ainda que não possuam domínio sobre a tecnologia de criação do hardware, como é o caso dos países em desenvolvimento. Agradecimentos Aos professores André Gustavo Monteiro Lima e Eduardo Wolski pela oportunidade de escrever sobre o tema e apresentar os resultados da pesquisa para a comunidade científica, ao Prof. Leonardo Menezes, pelo apoio e pela iniciativa do projeto. Referências Bibliográficas [2] LARKIN, Robert, DSP-10 Project, http://www.proaxis.com/~boblark/dsp10. htm [3] LARKIN, Robert, The DSP-10: An All- Mode 2-Meter Transceiver Using a DSP IF and PC-Controlled Front Panel Part I, disponível online em: http://www.arrl.org/tis/info/pdf/9909033. pdf [4] LARKIN, Robert, The DSP-10: An All- Mode 2-Meter Transceiver Using a DSP IF and PC-Controlled Front Panel Part II, disponível online em: http://www.arrl.org/tis/info/pdf/9910034. pdf [5] LARKIN, Robert, The DSP-10: An All- Mode 2-Meter Transceiver Using a DSP IF and PC-Controlled Front Panel Part III, disponível online em: http://www.arrl.org/tis/info/pdf/9911042. pdf [6] Project: Linux DSP-10, disponível online em: http://sourceforge.net/projects/ linux-dsp -10/ [7] Fórum sobre Rádio Definido por Software www.sdrforum.org [8] LARKIN, Robert, REED, Mike, On-line User s Manual DSP-10 2 Meter Transceiver, disponível online em http://members.ispwest.com/kd7ts/ver3/ Man2.html [9] SCHNYDER, Franz, Haller, Implementation on FM Demodulator Algorithms on a High Performance Digital Signal Processor, Diploma Theses, Nanyang Technological University [10] Antenas Aquário, http://antenas.aquario.com.br [11]HOSKING, Rodger, Digital Receiver Handbook: Basics of Software Radio, disponível online em: www.pentek.com/ Products/GetOTD.CFM/DgtlRcvrHbk43. pdf?filename=dgtlrcvrhbk43.pdf [1] BOUTIN, Paul, Acabando com a sobrecarga dos portáteis, disponível online em: http://br.wired.com/ wired/tecnologia/ 0,1155,13321,00.html 13

Biografias Fernanda Brandi da Silva é estudante de Engenharia Elétrica na UnB, Universidade de Brasília, onde cursa o 6 semestre. Aluna de IC-PIBIC/UnB Francisco Augusto da Costa Garcia é estudante de Engenharia Elétrica na UnB, Universidade de Brasília, onde cursa o 6 semestre. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC UnB/CNPq Izumi Renata Santos Takada é estudante de Engenharia Elétrica na UnB, Universidade de Brasília, onde cursa o 6 semestre. Aluna de IC-PIBIC/UnB Marcello Gurgel Sasaki é estudante de Engenharia Elétrica na UnB, Universidade de Brasília, onde cursa o 6 semestre. Trabalho desenvolvido com o apoio do CNPq/PIBIC - UnB 14