CAPITANIA DOS PORTOS DO CEARÁ



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MARINHA DO BRASIL AS/RS/20 010.2 ET-2013/12-01637 CAPITANIA DOS PORTOS DO CEARÁ PORTARIA Nº 52/CPCE, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2013. Aprovo as Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos do Ceará NPCP/2013. O CAPITÃO DOS PORTOS DO CEARÁ, de acordo com o contido no artigo 4º da Lei 9.537, de 11 de dezembro de 1997 (LESTA), que "Dispõe sobre a Segurança do Tráfego Aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências", e na Portaria nº 29, de 30 de março de 2005, da Diretoria de Portos e Costas, resolve: Art. 1º Aprovar a 1º revisão das Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos do Ceará NPCP/CE, Edição 2013, que esta acompanham. A NPCP/CE encontra-se disponível no site: www.mar.mil.br/cpce. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na presente data. Art. 3º Revoga-se a Portaria nº 28, de 30 de novembro de 2006. ADAUTO BRAZ DA SILVA JUNIOR Capitão-de-Mar-e-Guerra Capitão dos Portos ASSINADO DIGITALMENTE Distribuição: ComemCh, DPC, Com3ºDN, CHM, ComGptPatNavNE, DPHDM (Arq MB), CP/DEL/AG e Internas (3). Organizações Extra-Marinha: Governo do Estado do Ceará, Prefeituras Litorâneas da Área de Jurisdição, Agências Marítimas do Estado do Ceará, Ceará Marine Pilots (Empresa de Praticagem do Estado do Ceará Ltda), Ceará State Pilots (Empresa de Praticagem do Estado do Ceará Ltda), Federação dos Pescadores do Estado do Ceará, Brasimar Serviços Marítimos Ltda, Sobrare Servemar Ltda, Seaport Serviços Marítimos Ltda, Iate Clube de Fortaleza, Marina de Iracema Park S/A, Federação Cearense de Vela e Motor, Companhia Docas do Ceará, CEARAPORTOS e PE- TROBRAS. 63035.002661/2013-15

ÍNDICE FOLHA DE ROSTO PORTARIA DE ENTRADA EM VIGOR FOLHA DE REGISTRO DE MODIFICAÇÕES ÍNDICE I II III IV CAPÍTULO 1 1 ÁREAS DE JURISDIÇÃO 1 SEÇÃO I 1 ORGANIZAÇÃO, JURISDIÇÃO E LIMITES 1 0101 ORGANIZAÇÃO E JURISDIÇÃO 1 0102 ATENDIMENTO AO PÚBLICO 2 0103 DENÚNCIAS E SUGESTÕES 3 0104 LIMITES PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR 3 SEÇÃO II 4 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO PORTO DE FORTALEZA, TERMINAL PORTUÁRIO DO PECÉM E SUAS ADMINISTRAÇÕES 4 0105 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS 4 0106 ADMINISTRAÇÃO 8 CAPÍTULO 2 9 FATOS E ACIDENTES DA NAVEGAÇÃO 9 0201 APLICAÇÃO 9 0202 RETENÇÃO DA EMBARCAÇÃO 12 0203 PROCEDIMENTOS EM CASO DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO MERCADORIAS PERIGOSAS 12 CAPÍTULO 3 15 DOTAÇÃO DE MATERIAL DE SEGURANÇA DAS EMBARCAÇÕES E DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS 15 0301 EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE SALVATAGEM, DE NAVEGAÇÃO E PUBLICAÇÕES, DE RADIOCOMUNICAÇÕES, CARTAZES E DISPOSITIVOS 15 0302 DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS 15 0303 INSPEÇÕES 16 CAPÍTULO 4 17 PROCEDIMENTO PARA NAVIOS NO PORTO 17 SEÇÃO I 17 PROCEDIMENTOS PARA O TRÁFEGO E PERMANÊNCIA NO PORTO 17 0401 TRÁFEGO NO PORTO 17 0402 CANAL DE ACESSO E BALIZAMENTO 17 0403 ENTRADA, DESPACHO E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES 17 0404 FERROS E AMARRAÇÃO 17 0405 TRANSPORTE DE MATERIAL E PESSOAL 18 0406 REPAROS 18 OSTENSIVO IV REV.1

SEÇÃO II 18 SERVIÇO DE REBOCADORES 18 0407 EMPREGO OBRIGATÓRIO DE REBOCADORES 18 0408 SITUAÇÕES DE MAIOR RISCO 19 0409 RECOMENDAÇÕES SOBRE TIPO E MÉTODO DE EMPREGO DE REBOCADORES 19 0410 REQUISITOS PARA OPERAR 20 0411 SITUAÇÕES DE FORÇA MAIOR 21 0412 DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES 21 SEÇÃO III 22 PRATICAGEM 22 0413 SERVIÇO DE PRATICAGEM 22 0414 CARACTERÍSTICAS, ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DAS ZP DA ÁREA DE JURISDIÇÃO E NÚMERO DE PRÁTICOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DAS FAINAS DE PRATICAGEM 23 0415 ESCALA DE PRÁTICO 24 0416 OBRIGAÇÕES DO COMANDANTE 24 0417 OBRIGAÇÕES DO PRATICO E DO PRATICANTE DE PRATICO 25 0418 IMPRATICABILIDADE DA BARRA 25 0419 QUALIFICAÇÃO DO PRATICANTE DE PRÁTICO 26 0420 MANUTENÇÃO DA HABILITAÇÃO DO PRÁTICO 27 SEÇÃO IV 29 SEGURANÇA 29 0421 SEGURANÇA DAS EMBARCAÇÕES CONTRA ASSALTOS, ROUBOS E SIMILARES 29 SEÇÃO V 30 MEIO AMBIENTE 30 0422 PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 30 0423 CARGA OU DESCARGA DE PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS, PRODUTOS QUÍMICOS A GRANEL E GÁS LIQUEFEITO 31 0424 MERCADORIAS PERIGOSAS 32 SEÇÃO VI 34 FISCALIZAÇÃO POR AUTORIDADES NACIONAIS 34 0425 ENTRADA DA EMBARCAÇÃO 34 0426 SAÍDA DA EMBARCAÇÃO 35 0427 PORT STATE CONTROL E FLAG STATE CONTROL 36 0428 NAVIOS METANEIROS COM CARGA DE GNL 36 CAPÍTULO 5 37 PARAMETROS OPERACIONAIS DO PORTO E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 37 SEÇÃO I 37 RESTRIÇÕES OPERACIONAIS 37 0501 CALADO MÁXIMO RECOMENDADO (CALADO OPERACIONAL) 37 0502 RESTRIÇÕES DE VELOCIDADE, CRUZAMENTO E ULTRAPASSAGEM 39 0503 RESTRIÇÕES DE HORÁRIO 39 0504 RESTRIÇÕES DE PORTE DAS EMBARCAÇÕES 39 0505 RESTRIÇÕES DE FUNDEIO - FUNDEADOUROS 40 OSTENSIVO V REV.1

0506 MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES BATIMÉTRICAS 42 0507 MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS 42 0508 OUTRAS RESTRIÇÕES 42 SEÇÃO II 43 PLATAFORMAS, NAVIOS SONDA, FPSO, FSU e DEMAIS CONSTRUÇÕES E BÓIAS DE GRANDE PORTE 43 0511 PLATAFORMAS, NAVIOS SONDA, FPSO, FSU e DEMAIS CONSTRUÇÕES QUE VENHAM A ALTERAR SUAS POSIÇÕES NAS ÁGUAS JURISDICIONAIS BRASILEIRAS 43 0512 RECOMENDAÇÕES PARA FUNDEIO DE PLATAFORMAS EM ÁGUAS ABRIGADAS E SEMI-ABRIGADAS 44 0513 BÓIAS DE GRANDE PORTE 45 0514 OPERAÇÕES DE MERGULHO 46 SEÇÃO III 46 EVENTOS NÁUTICOS ESPECIAIS 46 0515 PRINCIPAIS PROCISSÕES MARÍTIMAS E DEMAIS EVENTOS NÁUTICOS NA ÁREA DE JURISDIÇÃO 46 0516 CAMPANHAS EDUCATIVAS 48 CAPÍTULO 6 49 VIAS NAVEGÁVEIS DA JURISDIÇÃO 49 SEÇÃO I 49 CONDIÇÕES DE NAVEGABILIDADE, SINALIZAÇÃO NÁUTICA E NAVEGAÇÃO 49 0601 VIAS NAVEGÁVEIS NÃO CARTOGRAFADAS 49 0602 REGRAS NA NAVEGAÇÃO INTERIOR 49 0603 DEVER DE INFORMAÇÃO 49 SEÇÃO II 50 OBRAS, DRAGAGENS E EXTRAÇÃO MINERAL 50 0604 OBRAS E DRAGAGENS 50 0605 ATUALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS NÁUTICOS 50 ANEXOS 3-A - NORMAS PARA EMBARCAÇÕES DE PESCA, COM PROPULSÃO A MOTOR E COM AB ATÉ 50, EMPREGADAS NA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO (ATÉ O LIMITE DE VISIBILIDADE DA COSTA NÃO EXCEDENDO A 20 MILHAS NÁUTICAS) 3-B - NORMAS PARA EMBARCAÇÕES DE PESCA, COM PROPULSÃO A MOTOR E COM AB ATÉ 50, EMPREGADAS NA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO (ALÉM DO LIMITE DE VISIBILIDADE DA COSTA EXCEDENDO A 20 MILHAS NÁUTICAS) 3-C- NORMAS PARA EMBARCAÇÕES DE PESCA, COM PROPULSÃO À VELA EMPREGADAAS NA NAVEGAÇÃO EM MAR ABERTO 3-A-1 3-B-1 3-C-1 3-D - NORMAS PARA JANGADAS EMPREGADAS NA ATIVIDADE DE PASSEIO COM 3-D-1 OSTENSIVO VI REV.1

TURISTAS 3-E- NORMAS PARA EMBARCAÇÕES (CANOAS E SIMILARES) COM AB MENOR QUE 20 EMPREGADAS NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS EM RIOS E AÇUDES 3-F - NORMAS PARA BALSAS EMPREGADAS NA ATIVIDADE DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E VEÍCULOS NA TRAVESSIA DO RIO GURIÚ 3-E-1 3-F-1 3-G- NORMAS DE SEGURANÇA PARA BATEIRAS EMPREGADAS NA ATIVIDADE DE TRANSPORTE DE TURISTAS/PASSAGEIROS PARA EMBARCAÇÕES FUNDEADAS NA ENSEADA DO MUCURIPE 3-G-1 4-A - COMPROVANTE DE MANOBRA DE PRATICAGEM 4-B-1 4-B- GUIA PARA ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PARA PRATICANTE DE PRÁTICO DO PORTO DE FORTALEZA E TERMINAL PORTUÁRIO DO PECÉM 4-B-1 4-C - RELATÓRIO DE MANOBRA COM PRATICANTE DE PRÁTICO 4-C-1 4-D - QUADRO-RESUMO MENSAL DE MANOBRAS POR PRATICANTE DE PRÁTICO EM ESTÁGIO DE QUALIFICAÇÃO 4-D-1 4-E - DECÁLOGO DE SEGURANÇA 4-E-1 OSTENSIVO VII REV.1

CAPÍTULO 1 ÁREAS DE JURISDIÇÃO SEÇÃO I ORGANIZAÇÃO, JURISDIÇÃO E LIMITES PROPÓSITO Este documento tem por propósito consolidar, em uma única publicação, o detalhamento das Normas da Autoridade Marítima, ajustando-se às peculiaridades locais da área de jurisdição da Capitania dos Portos do Ceará e das suas Agências subordinadas. Estas Normas e Procedimentos constituem o único documento normativo desta Capitania dos Portos, entretanto, ressalta-se que seu conhecimento não desobriga os utilizadores de conhecerem os dispositivos da Legislação/Regulamentação superiores, bem como aqueles previstos nas Convenções Internacionais aplicáveis e ratificadas pelo Brasil. 0101 ORGANIZAÇÃO E JURISDIÇÃO A Capitania dos Portos do Estado do Ceará (CPCE) é composta pela sua sede e duas Agências subordinadas: - Agência da Capitania dos Portos em Camocim (AgCamocim); e - Agência da Capitania dos Portos em Aracati (AgAracati). OSTENSIVO - 1 - REV.1

a) Capitania dos Portos do Ceará - CPCE A jurisdição da CPCE é limitada pelos municípios de Amontada e Cascavel, sendo sua área de atuação direta nos seguintes municípios: Acarape, Acopiara, Aiuaba, Altaneira, Amontada, Antonina do Norte, Apuiarés, Aquiraz, Aracoiaba, Araripe, Aratuba, Arneiroz, Assaré, Banabuiú, Barreira, Baturité,, Boa Viagem, Campos Sales, Canindé, Capistrano, Caridade, Cariús, Cascavel, Catarina, Caucaia, Choró, Chorozinho, Deputado Irapuan Pinheiro, Eusébio, Farias Brito, Fortaleza, General Sampaio, Guaiúba, Guaramiranga, Horizonte, Ibaretama, Iguatu, Independência, Irauçuba, Itaitinga, Itapajé, Itapipoca, Itapiúna, Itatira, Jucás, Madalena, Maracanaú, Maranguape, Milhã, Miraíma, Mombaça, Mulungu, Nova Olinda, Ocara, Orós, Pacajus, Pacatuba, Pacoti, Palmácia, Paracuru, Paraipaba, Parambu, Paramoti, Pedra Branca, Pentecoste, Pindoretama, Piquet Carneiro, Potengi, Quiterianópolis, Quixadá, Quixelô, Quixeramobim, Redenção, Saboeiro, Salitre, Santana do Cariri, São Gonçalo do Amarante, São Luis do Curu, Senador Pompeu, Solonópole, Tarrafas, Tauá, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Umirim e Uruburetama. b) Agência da Capitania dos Portos em Camocim - AgCamocim A jurisdição da AgCamocim é limitada pelos municípios de Barroquinha e Itarema, sendo sua área de atuação direta nos seguintes municípios: Acaraú, Alcântaras, Ararendá, Barroquinha, Bela Cruz, Camocim, Cariré, Carnaubal, Catunda, Chaval, Coreaú, Crateús, Croatá, Cruz, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Granja, Groaíras, Guaraciaba do Norte, Hidrolândia, Ibiapina, Ipaporanga, Ipú, Ipueiras, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Marco, Martinópole, Massapê, Meruoca, Monsenhor Tabosa, Moraújo, Morrinhos, Mucambo, Nova Russas, Novo Oriente, Pacujá, Pires Ferreira, Poranga, Reriutaba, Santa Quitéria, Santana do Acaraú, São Benedito, Senador Sá, Sobral, Tamboril, Tianguá, Ubajara, Uruoca, Varjota e Viçosa do Ceará. c) Agência da Capitania dos Portos em Aracati - AgAracati A jurisdição da AgAracati é limitada pelos municípios de Beberibe e Icapuí, sendo sua área de atuação direta nos seguintes municípios: Abaiara, Alto Santo Aracati, Aurora, Baixio, Brejo Santo, Barro, Beberibe, Caririaçu, Cedro, Crato, Ererê, Fortim, Granjeiro, Ibicuitinga, Icapuí, Iço, Ipaumirim, Iracema, Itaiçaba, Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaribe, Jaguaruana, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Limoeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Morada Nova, Palhano, Pena Forte, Pereiro, Porteiras, Potiretama, Quixeré, Russas, São João, do Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, Umari e Várzea Alegre. 0102 ATENDIMENTO AO PÚBLICO a) A sede Capitania dos Portos do Ceará está localizada no seguinte endereço: - Avenida Vicente de Castro, nº 4917 - Mucuripe - Fortaleza CE - CEP: -60180-410; OSTENSIVO - 2 - REV.1

- Telefone: (85) 3133-5100, atendimento 24 horas ou FAX: (85) 3219 2802; - O Serviço de Despacho de Embarcações funciona em atendimento permanente 24 horas. Contatos por FAX (085) 3263 1774 ou e-mail: despacho@cpce.mar.mil.br; - VHF: guarnecimento permanente do canal 16; e - O Serviço de Atendimento ao Público funciona de segunda a quinta feira, de 08h15 às 16h00. b) A Agência da Capitania dos Portos em Camocim está localizada no seguinte endereço: - Avenida Dr. João Tomé, nº 445 - Centro - Camocim CE - CEP: 62.400-000; - Telefone: (88) 3621-1003, atendimento 24 horas ou FAX: (88) 3621-1003; - O Serviço de Despacho de Embarcações funciona, na Agência, de segunda à quinta-feira, das 08h15 às 12h15; - O Serviço de Atendimento ao Público funciona de segunda a quinta-feira das 08h15 às 12h15; e - E-mail: secom@agocim.mar.mil.br. c) A Agência da Capitania dos Portos em Aracati está localizada no seguinte endereço: - Avenida Coronel Alexanzito, nº 955 - Centro - Aracati CE - CEP: 62.800-000; - Telefone: (88) 3421-1495, atendimento 24 horas; - O Serviço de Despacho de Embarcações funciona, na Agência, de segunda-feira a sextafeira, de 08h00 as 13h00; e - O Serviço de Atendimento ao Público funciona de segunda a sexta-feira de 08h00 às 13h00. A relação completa dos serviços prestados pela Capitania dos Portos do Ceará e por suas Agências subordinadas, bem como os prazos e documentação necessária para a solicitação desses serviços, poderão ser encontradas na Carta de Serviços ao Cidadão da Capitania, disponível no sítio www.mar.mil.br/cpce. 0103 DENÚNCIAS E SUGESTÕES A Capitania e suas Agências possuem um canal para receber denúncias e sugestões através do e- mail: ouvidoria@cpce.mar.mil.br e telefone (85) 3133-5134. 0104 LIMITES PARA NAVEGAÇÃO INTERIOR No Estado do Ceará, as áreas marítimas consideradas como navegação interior estão limitadas nos seguintes pontos: a) no litoral dos Municípios de Fortaleza, Caucaia e São Gonçalo do Amarante, cujos limites são definidos com a linha imaginária que liga as seguintes coordenadas: - Ponto A - Latitude 03º 41,93 S - Longitude 038º 28,94 W (Farolete Titan); OSTENSIVO - 3 - REV.1

- Ponto B - Latitude 03º 41,23 S - Longitude 038º 31,77 W (Bóia Cega Recife da Velha nº1); - Ponto C - Latitude 03 39,50' S - Longitude 038º 35,90 W; - Ponto D - Latitude 03º 35,00 S - Longitude 038º 45,00 W; - Ponto E - Latitude 03º 31,50 S - Longitude 038º 47,00 W; e - Ponto F - Latitude 03º 30,50 S - Longitude 038º 49,00 W até a costa, no sentido sul. b) No município de Jijoca de Jericoacoara cujos limites são definidos com a linha imaginária que liga as seguintes coordenadas: - Ponto A - Latitude 02 46,00 S e Longitude 040 30,00 W; e - Ponto B - Latitude 02º 49,67 S e Longitude 040º 34,11 W. A B De acordo com as Normas da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na Navegação Interior (NORMAM-02/DPC), disponível no sítio www.dpc.mar.mil.br, essas Áreas de Navegação classificam-se como ÁREA 2. Para a Enseada do Mucuripe, as embarcações miúdas, de passageiros e de esporte e/ou recreio, previamente classificadas como navegação interior, só poderão navegar na área delimitada pelos pontos A, B e C até a costa, no sentido sul. OSTENSIVO - 4 - REV.1

SEÇÃO II CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO PORTO DE FORTALEZA, TERMINAL PORTUÁRIO DO PECÉM E SUAS ADMINISTRAÇÕES 0105 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS PORTO DE FORTALEZA O Porto Organizado de Fortaleza está localizado na enseada do Mucuripe é um porto marítimo artificial e está centrado na posição geográfica latitude 03º 42,63 S e longitude 038º 28,50 W, referenciada ao Datum WGS-84. De acordo com o Decreto nº 4333, de 12 de agosto de 2002, a área do Porto de Fortaleza é constituída: I - pelas instalações portuárias terrestres e marítimas, delimitadas pela poligonal definida pelos vértices, de coordenadas geográficas, indicados pelos seguintes pontos: Ponto A: Latitude 03º 43,25 S, Longitude: 038º 28,61 W; Ponto B: Latitude 03º 43,10 S, Longitude 038º 28,73 W; Ponto C: Latitude 03º 43,26 S, Longitude 038º 29,00 W; Ponto D: Latitude 03º 43,26 S, Longitude 038º 29,45 W; Ponto E: Latitude 03º 42,66 S, Longitude: 038º 29,45 W; Ponto F: Latitude 03º 41,91 S, Longitude 038º 30,63 W; Ponto G: Latitude 03º 41,00 S, Longitude 038º 30,63 W; Ponto H: Latitude 03º 41,00 S, Longitude 038º 26,80 W; Ponto I: Latitude 03º 42,63 S, Longitude: 038º 26,80 W; Ponto J: Latitude 03º 43,23 S, Longitude 038º 28,15 W; Ponto K: Latitude 03º 43,00 S, Longitude 038º 28,16 W; Ponto L: Latitude 03º 43,16 S, Longitude 038º 28,48 W, abrangendo todos os cais, docas, pontes, píeres de atracação e de acostagem, armazéns, silos, rampas ro-ro, pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do Porto de Fortaleza, ou sob sua guarda e responsabilidade; II - pela infra-estrutura de proteção e acesso aquaviário, tais como áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a este, até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item anterior, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por órgão do Poder Público. Suas características principais são: a) um cais comercial acostável com 20 metros de largura e 1.116 metros de extensão, com 5 berços de atracação, sendo um berço de 10,30 metros, dois berços de 10,50 metros, um berço de 7 metros e um berço de 5 metros de profundidade, para navios Full Container, Carga Geral e Granéis Sólidos; OSTENSIVO - 5 - REV.1

b) um píer petroleiro constituído de uma plataforma de operação, com extensão de 90 metros e profundidade de 13 metros (berço externo) e 13 metros (berço interno), possuindo uma ponte de acesso, com 853 metros de comprimento, 2 berços de atracação e 7 tubovias; c) o porto e seu acesso constam da carta náutica DHN-701, devendo ser consultada a publicação ROTEIRO COSTA NORTE, bem como observadas as informações divulgadas nos Avisos aos Navegantes no sítio: www.dhn.mar.mil.br; d) canal de acesso de cerca de 3500 metros de comprimento por 160 metros de largura, retilíneo, conduzindo diretamente a uma área de fundeio e bacia de evolução; e) uma bacia de evolução com 610 metros de largura e profundidade variando de 13,5 a 14 metros, protegida por um molhe de 1.910 metros de comprimento, localizado na parte norte do cais; f) Profundidade dos berços, porte bruto máximo e dimensões máximas dos navios (de acordo com o Ofício DIRPRE 187, de 23/04/2013, da Companhia Docas do Ceará): Berço Profundidade (m)* TPB (t) Comprimento (m) Boca (m) 102 5 a 7 50.000 232 30 103 10,10 a 11,50 50.000 232 30 104 13 50.000 232 30 105 13 50.000 232 30 106 13 50.000 232 30 201 13 40.000 222 33 202 13 50.000 222 33 * Em relação ao nível de redução. g) correntes - a corrente de maré tem velocidade média de um nó no sentido SE; h) variação média de maré - 1,55 metros; i) natureza do fundo - arenito; e j) principais obstáculos à navegação - os perigos à navegação estão discriminados no ROTEIRO COSTA NORTE, editado pela DHN, especificamente no parágrafo denominado perigos, além do tráfego de jangadas e embarcações de pesca na área portuária, que constitui obstáculo à navegação. TERMINAL PORTUÁRIO DO PECÉM O Terminal Portuário do Pecém está localizado na Esplanada do Pecém, s/nº - Distrito do Pecém, município de São Gonçalo do Amarante e é parte integrante do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, sendo um terminal marítimo Off Shore, artificialmente abrigado por quebra-mar. Está centrado na posição geográfica latitude 03º 30,00 S e longitude 039º 50,00 W, referenciada ao Datum WGS-84: Visando garantir a segurança das instalações do Terminal Portuário do Pecém por sua característica de mar aberto (Off Shore), assim como a proteção dos navios em manobra na bacia de evolução, atracados e em operação, foi criada uma área em torno do mesmo, denominada de Área de OSTENSIVO - 6 - REV.1

Segurança do Terminal Portuário do Pecém (ASTPP), delimitada pelos seguintes pontos: Ponto A: Latitude 03 32,60 S, Longitude 038 48,70 W; Ponto B: Latitude 03 32,20 S, Longitude 038 48,20 W; Ponto C: Latitude 03 31,64 S, Longitude 038 48,64 W; Ponto D: Latitude 03 31,84 S, Longitude 038 47,92 W; Ponto E: Latitude 03 31,08 S, Longitude 038 47,30 W; e Ponto F: Latitude 03 32,80 S, Longitude 038 48,50 W. Suas características principais são: a) terminal de uso privativo misto, podendo movimentar cargas próprias e de terceiros. O Estado do Ceará é que detém sua propriedade. A administração e exploração são feitas pela Companhia de Integração Portuária do Ceará (CEARÁPORTOS), constituída sob a forma de sociedade anônima de economia mista do Estado do Ceará. Ver o sítio: www.cearaportos.ce.gov.br; b) por não ser um porto público ou porto organizado, não dispõe das figuras da administração portuária, do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), do Operador Portuário e do Regulamento de Exploração e Tarifas. A execução dos serviços portuários é realizada através de prestadores de serviços credenciados, com utilização de mão-de-obra própria e contratos individuais de trabalho; c) localização Latitude 03º 30,00 S / Longitude 039º 50,00 W, no litoral oeste do Ceará, a 56 Km por rodovia da cidade de Fortaleza; d) não possui canal balizado. As instalações de atracação estão ligadas diretamente ao mar aberto; e) o terminal e seu acesso constam da carta náutica DHN-705, publicada pela DHN em 28/09/2002, observadas as informações divulgadas nos Avisos aos Navegantes pelo sítio www.dhn.mar.mil.br; f) bacia de evolução - distância de 300 metros entre os Píeres 1 e 2 e de 350 metros entre o Píer 2 e o Terminal de Múltiplas Utilidades TMUT. Profundidade variando de 15,62 a 17,5 metros; e g) cais acostável: - O Píer 1, destinado a granéis sólidos e carga não conteineirizada, com comprimento de 350 metros e largura de 45 metros, com dois berços de atracação e profundidades de projeto 16,03 metros no berço externo e de 15,62 metros no berço interno; - O Píer 2, destinado a granéis líquidos, gás liquefeito de petróleo (GLP) e gás natural liquefeito (GNL), com comprimento de 398 metros e plataforma de operação de 45 metros por 32 metros, com dois berços de atracação; e - O TMUT, destinado a cargas granéis sólidos, carga geral conteineirizada e não conteineirizadas tem comprimento de 760 metros e plataforma de largura de 119 metros, comprimento acostável de 680 metros, com dois berços de profundidade de projeto de 17,5 metros. OSTENSIVO - 7 - REV.1

O Terminal Portuário do Pecém possui ainda um quebra-mar tipo BERMA, em forma de L, orientação cardeal NO, paralelo a ponte de 868 metros e outro paralelo à praia, de 1800 metros. A ponte de acesso aos píeres possui 2.502 metros de comprimento total, 1.789,3 metros até o Píer 1 e 2142,6 metros até o Píer 2, com uma faixa de rolamento de 7,20 metros de largura e faixa lateral para pedestre de 1,30 metros de largura e padrão TR-45. h) correntes - a corrente de maré tem velocidade de 1 (um) nó no sentido SE; i) variação média de maré - 1,55 metros; j) profundidade ao longo dos píeres - variando de 15,0 a 17,5 metros; e k) porte bruto máximo e dimensões máximas dos navios (de acordo com a Carta-Pres. nº 372/2013, de 19/04/2013, da CEARÁPORTOS S/A): Berço Profundidade (m)* TPB (t) Comprimento (m) Boca (m) Píer 1 interno 14,00 75.000 280 37,5 Píer 1 externo 15,00 125.000 300 47,0 Píer 2 interno 15,50 100.000 290 42,0 Píer 2 externo 15,50 175.000 310 52,0 TMUT berço nº 4 13,50 (baixamar) 140.000 310 50,0 14,50 (preamar) (**) TMUT berço nº 5 13,50 (baixamar) 14,50 (preamar) (**) * Em relação ao nível de redução. profundidade. 140.000 310 50,0 ** Em caráter experimental, aguardando a CEARAPORTOS apresentar ao CHM os dados de 0106 - ADMINISTRAÇÃO a) O Porto de Fortaleza é administrado pela Companhia Docas do Ceará (CDC), cujo titular é o seu Diretor-Presidente, estando localizada à Praça Amigos da Marinha, S/N, Mucuripe, Fortaleza CE, telefone (85) 3266-8900 e telefax para (85) 3266-8814. Ver o sítio www.docasdoceara.com.br; e b) O Terminal Portuário do Pecém é administrado pela empresa CEARÁPORTOS S.A., cujo titular é o seu Diretor-Presidente, estando localizada à Esplanada do Pecém, S/N, São Gonçalo do Amarante-CE, telefone (85) 3315-1977 e telefax (85) 3315-1974. OSTENSIVO - 8 - REV.1

CAPÍTULO 2 FATOS E ACIDENTES DA NAVEGAÇÃO 0201 - APLICAÇÃO A ocorrência de acidentes ou fatos da navegação, conforme conceituada nas Normas da Autoridade Marítima para Inquéritos Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação (NORMAM- 09/DPC), disponível no sítio www.dpc.mar.mil.br, deverá, obrigatoriamente, ser comunicada à Capitania dos Portos ou uma de suas Agências, a qualquer tempo, pessoalmente, por fax, ofício ou através do disque denúncia da CPCE: no telefone (85) 3313-5134 ou pelo email: ouvidoria@cpce.mar.mil.br, para instauração do competente Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN). A NORMAM-09/DPC se aplica a: a) embarcações mercantes e de esporte e recreio de qualquer nacionalidade, em águas jurisdicionais brasileiras; b) embarcações mercantes e de esporte e recreio brasileiras em alto-mar ou em águas estrangeiras; c) embarcações estrangeiras em alto-mar, no caso de estarem envolvidas em qualquer acidente, incidente ou fato da navegação, no qual tenha pessoa física brasileira perdido a vida ou sofrido ferimentos graves, ou que tenham provocado danos graves a navios ou a instalações brasileiras ou ao meio marinho, de acordo com normas do Direito Internacional; d) aquaviários e amadores brasileiros; e) aquaviários e amadores estrangeiros, em território ou águas jurisdicionais brasileiras; f) proprietários, armadores, operadores, locatários, carregadores, agentes, consignatários de carga, sociedades classificadoras e respectivos prepostos de embarcações brasileiras e estrangeiras; g) empreiteiros e proprietários de construções executadas sob, sobre e às margens das águas interiores e do mar territorial brasileiro, sob e sobre a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileira e que, por erro, ou inadequação de projeto, ou execução, ou pela não observância de especificações técnicas de materiais, métodos e processos adequados, ou ainda, por introduzir modificações estruturais não autorizadas nas obras originais, atentem contra a segurança da navegação; h) toda pessoa jurídica ou física envolvida com construção e reparo naval; i) marinas, clubes náuticos, pontões, trapiches e similares; j) ilhas artificiais, instalações estruturais, bem como embarcações de qualquer nacionalidade empregadas em operações relacionadas com pesquisa científica marinha, prospecção, exploração, explotação, produção, armazenamento e beneficiamento dos recursos naturais, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental brasileira, respeitados os acordos bilaterais ou multilaterais firmados pelo País e as normas do Direito Internacional; e OSTENSIVO - 9 - REV.1

k) toda pessoa jurídica ou física envolvida em Acidente ou Fato da Navegação, por qualquer forma ou motivo, respeitados os demais instrumentos do Direito Interno e as normas do Direito Internacional. São casos passíveis de instauração de IAFN: 1) acidentes da navegação: a) naufrágio afundamento total ou parcial da embarcação por perda de flutuabilidade, decorrente de embarque de água em seus espaços internos devido a adernamento, emborcamento ou alagamento; b) encalhe contato das chamadas obras vivas da embarcação com o fundo, provocando resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da embarcação; c) colisão choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e acessórios, contra qualquer objeto que não seja outra embarcação ou, ainda, contra pessoa (banhista, mergulhador etc). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tal como: recife, cais, casco soçobrado, boia, cabo submarino etc; d) abalroação ou abalroamento choque mecânico entre embarcações ou seus pertences e acessórios; e) água aberta ocorrência de abertura nas obras vivas que permita o ingresso descontrolado de água nos espaços internos, ou a descarga de líquidos dos tanques, por rombo no chapeamento, falhas no calafeto, ou nas costuras, por válvulas de fundo abertas ou mal vedadas, por defeitos nos engaxetamentos dos eixos, ou qualquer falha ou avaria que comprometa a estanqueidade da embarcação; f) explosão combustão brusca provocando a deflagração de ondas de pressão de grande intensidade; g) incêndio destruição provocada pela ação do fogo por: combustão dos materiais de bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou inflamável, curto-circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou explosivo; h) varação ato deliberado de fazer encalhar ou pôr em seco a embarcação, para evitar que evento mais danoso sobrevenha; i) arribada fazer entrar a embarcação num porto ou lugar não previsto para a presente travessia, isto é, que não seja o porto ou local de escala programada ou de destino; e j) alijamento é o ato deliberado de lançar n água, no todo ou em parte, carga ou outros bens existentes a bordo, com a finalidade de salvar a embarcação, parte da carga ou outros bens. Observação: Nos casos de acidentes com mergulhadores, quando no exercício de atividades subaquáticas, será obrigatória a instauração de IAFN / IA (conforme o caso envolver ou não embarcações). OSTENSIVO - 10 - REV.1

2) fatos da navegação: a) mau aparelhamento da embarcação (a falta ou a impropriedade de aparelhos, equipamentos, peças sobressalentes, acessórios e materiais, quando em desacordo com o projeto aprovado, as exigências da boa técnica marinheira e demais normas e padrões técnicos recomendados); b) impropriedade da embarcação para o serviço ou local em que é utilizada (utilização da embarcação em desacordo com sua destinação, área de navegação ou atividade estabelecidas em seu Título de Inscrição); e c) deficiência de equipagem (falta ou deficiência quanto à quantidade e à qualificação de tripulantes, em desacordo com as exigências regulamentares, como a do cumprimento do cartão da tripulação de segurança da embarcação). 3) arribada (desvio da derrota inicialmente programada e para a qual o navio estava aprestado, pondo em risco a expedição ou gerando prejuízos); 4) má estivação da carga (que sujeite a risco a segurança da expedição má peiação, colocação em local inadequado ou a má arrumação no porão, no convés ou mesmo no interior do container, quer no granel, quer na carga geral, sem observar, ainda, a adequabilidade da embalagem, pondo em risco a estabilidade do navio, a integridade da própria carga e das pessoas de bordo); 5) recusa injustificada de socorro à embarcação ou a náufragos em perigo; 6) todos os fatos que prejudiquem ou ponham em risco a incolumidade e segurança da embarcação, as vidas e fazendas de bordo (presença de clandestino a bordo); e 7) emprego da embarcação, no todo ou em parte, na prática de atos ilícitos, previstos em lei como crime ou contravenção penal, ou lesivos à Fazenda Nacional (contrabando ou descaminho). As Estações-Rádio Costeiras, as Estações Terrenas do Sistema INMARSAT e as estações de qualquer Sistema de Informações de Navio deverão retransmitir as informações citadas acima à Capitania dos Portos ou Agência da jurisdição, a fim de que as mesmas sejam retransmitidas: a) ao país da bandeira do navio implicado; e b) a qualquer outro país que também possa ser afetado. Há ainda a possibilidade de serem instaurados Inquéritos Administrativos (IA) para apurar infrações à LESTA, não enquadradas como fatos ou acidentes da navegação. Esses IA, normalmente, precederão a aplicação das penas de suspensão superiores há 60 dias ou de cancelamento do Certificado de Habilitação. 0202 - RETENÇÃO DA EMBARCAÇÃO A embarcação será retida, para investigação, apenas por tempo suficiente para tomada de depoimentos de tripulantes e a realização do exame pericial, a fim de instruir o respectivo IAFN. Tal OSTENSIVO - 11 - REV.1

fato não deve ser confundido com eventuais retenções pelo Port State Control (PSC) ou para cumprimento de exigências de vistorias. A Capitania dos Portos e suas Agências subordinadas somente emitirão certidão de permanência no porto, ou sobre-estadia, a pedido da parte interessada, exclusivamente nos casos de ocorrência de acidente ou fato de navegação, cuja investigação demande tempo além do previsto para estadia normal da embarcação. 0203 PROCEDIMENTOS EM CASO DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO MERCADORIAS PERIGOSAS São consideradas mercadorias perigosas todas as substâncias assim classificadas pela Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar SOLAS-74 como os gases, líquidos ou sólidos inflamáveis, substâncias comburentes, oxidantes, peróxidos orgânicos, venenosas, infecciosas, radioativas e corrosivas. Devendo ser observado o contido na NORMAM 29/DPC, a qual trata do transporte de Cargas Perigosas. Os acidentes com embarcações transportando mercadorias perigosas, devem imediatamente informar o fato a Capitania dos Portos e as demais autoridades competentes da área onde tenha ocorrido o acidente, utilizando o modelo do Anexo 5-F da NORMAM-01/DPC ou NORMAM-02/DPC, conforme aplicável. Qualquer notícia de mercadorias perigosas caídas no mar, à deriva, ou chegadas às praias, deverá ser imediatamente informada a Capitania dos Portos ou a qualquer das suas Agências subordinadas, ao IBAMA, à Diretoria de Portos e Costas, ao Comando do 3º Distrito Naval, bem como aos Órgãos Estadual e Municipal do Meio Ambiente e as Prefeituras Municipais da jurisdição. a) Requisitos para o transporte O transporte de mercadorias perigosas obedecerá às normas contidas na Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar - SOLAS-74, no Internacional Maritime Dangerous Goods Code - IMDG Code e demais normas previstas na legislação vigente. b) Embarcações que chegam ao Porto A Capitania dos Portos deverá ser notificada pelo Comandante da embarcação ou por seus agentes, de toda carga perigosa que chegar ao porto, seja para descarga ou em trânsito. Esta notificação deverá ser feita de acordo com o previsto no Anexo 5-B da NORMAM-01/DPC ou NORMAM-02/DPC, conforme aplicável. c) Embarcações que deixam o Porto OSTENSIVO - 12 - REV.1

Cópia do Manifesto de Carga, tendo em anexo a Declaração de Mercadorias Perigosas (Anexo 5-A da NORMAM-01/DPC ou NORMAM-02/DPC, conforme aplicável), deverá ser entregue até 24 horas antes da saída da embarcação à Capitania dos Portos. O Termo de Responsabilidade previsto no Anexo 5-C (NORMAM-01/DPC ou NORMAM- 02/DPC) deverá ser emitido para os navios de bandeira brasileira, classificados para o transporte de carga e/ou passageiros. d) Alterações Todas as alterações no Manifesto de Carga, bem como as confirmações de chegada e saída das embarcações deverão ser informadas, por telex ou fax, à Capitania dos Portos ou sua Agência. e) Regras As mercadorias perigosas, para serem transportadas a bordo de embarcação, deverão estar: 1) com embalagem correta e em bom estado; 2) com os recipientes marcados e etiquetados com o nome técnico exato, sendo que o nome comercial não é admitido, e com uma etiqueta ou marca contendo o símbolo indicando claramente a natureza perigosa do seu conteúdo; 3) documentadas na origem por seus expedidores, contendo, além do manifesto de carga, um certificado ou declaração atestando que a mercadoria está corretamente embalada, marcada e etiquetada e que atende as condições exigidas para seu transporte; e 4) estivadas de maneira apropriada e segura, conforme sua natureza. As mercadorias incompatíveis devem ser separadas umas das outras. O transporte de explosivos a bordo de navios de passageiros atenderá às restrições especiais previstas na Regra 7 do Capítulo VII da Convenção SOLAS- 74. As operações de carga e descarga de mercadorias perigosas deverão, sempre que possível, ser realizadas no período diurno A manobra à noite somente será admitida em casos de reconhecida necessidade e com condições favoráveis de tempo e iluminação do local. Será obrigatório para operação normal de carga e descarga: amarração dobrada/reforçada, nos casos em que o estado do mar seja sentido pela embarcação atracada, em especial por ocasião de ressacas; operações; uso de defensas apropriadas para evitar possíveis danos ao casco da embarcação durante as disponibilidade de equipamentos e medicação de uso emergencial apropriado, nos casos de manobras com material tóxico; e manobras. disponibilidade de viatura para rápida evacuação de feridos por ocasião de acidentes nas f) Irregularidades OSTENSIVO - 13 - REV.1

O descumprimento dessas regras ou a constatação de divergência entre documentos e carga sujeitarão o infrator, além das demais penas previstas, no impedimento da carga ou descarga da mercadoria. g) Sinalização de Carga Perigosa Toda embarcação transportando carga perigosa deverá içar os sinais previstos no Código Internacional de Sinais, durante o período em que o navio estiver com a carga no porto. Durante a carga ou descarga de inflamáveis ou explosivos, a embarcação deverá arvorar uma bandeira bravo (encarnada e drapeada), de dia, ou exibir uma luz vermelha, a noite, ambas no mastro principal. OSTENSIVO - 14 - REV.1

CAPÍTULO 3 DOTAÇÃO DE MATERIAL DE SEGURANÇA DAS EMBARCAÇÕES E DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS 0301 - EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE SALVATAGEM, DE NAVEGAÇÃO E PUBLICAÇÕES, DE RADIOCOMUNICAÇÕES, CARTAZES E DISPOSITIVOS As embarcações que operam nas áreas de jurisdição da Capitania dos Portos, da AgCamocim e AgAracati deverão obedecer as normas especiais complementares a seguir mencionadas: a) As embarcações de pesca, com propulsão a motor e com AB até 50, empregadas na navegação em mar aberto (até o limite de visibilidade da costa não excedendo a 20 milhas náuticas) deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-A desta NPCP; b) As embarcações de pesca, com propulsão a motor e com AB até 50, empregadas na navegação em mar aberto (além do limite de visibilidade da costa excedendo a 20 milhas náuticas) deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-B, desta NPCP; c) As embarcações de pesca, com propulsão à vela (jangadas, botes, canoas, paquetes, catamarãs, etc) empregadas na navegação em mar aberto deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-C desta NPCP; d) As jangadas empregadas na atividade de passeio com turistas deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-D desta NPCP; e) As embarcações (canoas e similares) com AB menor que 20, empregadas na atividade de transporte de passageiros em rios e açudes deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-E desta NPCP; f) As balsas empregadas na atividade de transporte de passageiros e veículos na travessia do rio Guriú deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-F desta NPCP; e g) As bateiras, empregadas na atividade de transporte de turistas/passageiros para embarcações fundeadas na Enseada do Mucuripe deverão obedecer às normas constantes do Anexo 3-G desta NPCP. 0302 - DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS Todas as embarcações deverão portar os certificados ou documentos obrigatórios exigidos, dentro dos seus respectivos prazos de validade, de acordo com as NORMAM. As embarcações empregadas na atividade de turismo náutico deverão confeccionar uma lista de passageiros, assinada por representante autorizado do proprietário, em duas vias, devendo uma permanecer a bordo e outra no ponto de embarque dos passageiros, com no mínimo: nome, identidade, endereço e contato telefônico. Os passageiros das embarcações em atividade de turismo náutico deverão ser orientados, pelos respectivos comandantes, antes de suspender, quanto ao uso correto do colete salva-vidas, OSTENSIVO - 15 - REV.1

procedimentos de abandono e identificação dos locais de guarda dos coletes a bordo. Estes deverão estar facilmente acessíveis e não poderão estar presos nem amarrados. A lotação máxima permitida para a embarcação deverá estar indicada em local visível, apresentada em um quadro ou placa, onde constará também o telefone de contato da Capitania dos Portos, da AgCamocim ou da AgAracati. 0303 INSPEÇÕES As embarcações não sujeitas às vistorias periódicas previstas nas NORMAM, deverão ser inspecionadas, por equipe da Capitania dos Portos, da AgCamocim ou da AgAracati, nas seguintes ocasiões: a) Inspeção Inicial realizada antes da inscrição, de forma a verificar se as características da embarcação e do motor (quando aplicável) conferem com a documentação apresentada no processo de inscrição. Poderá ser dispensada para embarcações construídas em série, cujo pedido de inscrição tenha sido protocolado na Capitania dos Portos, da AgCamocim ou da AgAracati, até trinta dias após a aquisição (data da Nota Fiscal), acompanhado de fotografias do número de série do chassis, motor e mostrando a embarcação de perfil; e b) Inspeção Periódica realizada a cada cinco (05) anos ou quando da reforma da embarcação ou substituição do motor, de forma a verificar se as características da embarcação e do motor (quando aplicável) conferem com as constantes do TIE/TIEM, suas condições de navegabilidade e segurança da navegação, bem como se atendem aos requisitos previstos nestas normas. As inspeções acima serão gratuitas, devendo o proprietário providenciar os meios necessários para sua realização. OSTENSIVO - 16 - REV.1

CAPÍTULO 4 PROCEDIMENTO PARA NAVIOS NO PORTO SEÇÃO I PROCEDIMENTOS PARA O TRÁFEGO E PERMANÊNCIA NO PORTO 0401 - TRÁFEGO NO PORTO O tráfego no porto obedecerá à legislação vigente, bem como as regras previstas em convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, além das normas ora estabelecida e aquelas emitidas pela Administração do Porto. Na eventualidade da Administração do Porto não proceder à divulgação das Normas de Tráfego do Porto, previstas em Lei, o Capitão dos Portos do Ceará a alertará, formalmente, sobre o fato e suas possíveis implicações. 0402 CANAL DE ACESSO E BALIZAMENTO a) Porto de Fortaleza O balizamento do canal de acesso ao Porto de Fortaleza tem as seguintes características: ALFA Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 1; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 40.541'S e 038º 29.299'W, datum WGS-84; Característica: R. E.; Período: 1 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 0,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Encarnada; BRAVO Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; OSTENSIVO - 17 - REV.1

Nome: BL Mucuripe nº 2; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 40.537'S e 038º 29.205'W, datum WGS-84; Característica: R. V.; Período: 1 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 0,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Verde; CHARLIE Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 3; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 41.059 S e 038º 29.281 W, datum WGS-84; Característica: Lp. E.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 2,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Encarnada; DELTA Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 4; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 41.074 S e 038º 29.192 W, datum WGS-84; Característica: Lp. V.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 2,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Verde; OSTENSIVO - 18 - REV.1

ECHO Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 5; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 41.575 S e 038º 29.269 W, datum WGS-84; Característica: Lp. E.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 2,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Encarnada; FOXTROT Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 6; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 41.557 S e 038º 29.198 W, datum WGS-84; Característica: Lp. V.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 2,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Verde; GOLF Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 7; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.030 S e 038º 29.290 W, datum WGS-84; Característica: Lp. E.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 2,5; OSTENSIVO - 19 - REV.1

Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Encarnada; HOTEL Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 8; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.010 S e 038º 29.190 W, datum WGS-84; Característica: Lp. V.; Período: 3 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 2,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Verde; INDIA Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 9; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.520 S e 038º 29.210 W, datum WGS-84; Característica: Lp. (2) E.; Período: 5 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 0,5 - E. 0,5 - Ecl. 3,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Encarnado; JULIET Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Mucuripe nº 10; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.340 S e 038º 28.920 W, datum WGS-84; OSTENSIVO - 20 - REV.1

Característica: Lp. (2) V.; Período: 5 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 0,5 - V. 0,5 - Ecl. 3,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Verde; KILO Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Terminal; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.680 S e 038º 29.146 W, datum WGS-84; Característica: R. (3) B.; Período: 10 seg.; Fase detalhada: B. 0,5 Ecl. 0,5 - B. 0,5 - Ecl. 0,5 - B. 0,5 - Ecl. 7,5; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Preta com uma larga faixa horizontal amarela; LIMA Nº de ordem: * ; Local: Enseada do Mucuripe, cidade de Fortaleza-CE; Nome: BL Titan; Carta náutica: 701; Posição geográfica: 03º 42.327 S e 038º 28.669 W, datum WGS-84; Característica: R (6) B. + LpL. B.; Período: 15 seg.; Fase detalhada: B. 0,3 Ecl. 0,7 - B. 0,3 - Ecl. 0,7 - B. 0,3 Ecl. 0,7 - B. 0,3 - Ecl. 0,7 - B. 0,3 Ecl. 0,7 - B. 0,3 - Ecl. 0,7 - B. 2,0 Ecl. 7,0; Intensidade: 49 cd; Alcance luminoso: 5 MN; e Descrição: Amarela sobre preta. * Nota: Em definição. b) Porto de Pecém OSTENSIVO - 21 - REV.1

O balizamento do Canal de Acesso ao Terminal Portuário de Pecém tem as seguintes características: ALFA Nº de ordem: 884.2; Local: Terminal Portuário do Pecém, CE; Nome: Pecém nº 1; Carta náutica: 705; Posição geográfica: 03º 30.80 S e 038º 48.80 W, datum WGS-84; Característica: Lp. (2) E; Período: 5 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 4,5; Intensidade: 78 cd; Alcance luminoso: 6 MN; e Descrição: Encarnada; BRAVO Nº de ordem: 884.3; Local: Terminal Portuário do Pecém, CE; Nome: Pecém nº 3; Carta náutica: 705; Posição geográfica: 03º 31.66 S e 038º 48.55 W, datum WGS-84; Característica: Lp. (2) E; Período: 5 seg.; Fase detalhada: E. 0,5 Ecl. 0,5 E. 0,5 Ecl 3,5; Intensidade: 99 cd; Alcance luminoso: 6 MN; e Descrição: Encarnada; CHARLIE Nº de ordem: 884.4; Local: Terminal Portuário do Pecém, CE; Nome: Quebra-Mar Noroeste; Carta náutica: 705; Posição geográfica: 03º 31.55 S e 038º 47.81 W, datum WGS-84; Característica: Lp. V; Período: 6 seg.; Fase detalhada: V. 0,5 Ecl. 5,5; OSTENSIVO - 22 - REV.1

Intensidade: 88 cd; Alcance luminoso: 6 MN; Alcance Geográfico: 9 MN; e Descrição: Torre tronco piramidal em treliça de fibra de vidro, branca; DELTA Nº de ordem: 884.6; Local: Terminal Portuário do Pecém, CE; Nome: Quebra Mar Central; Carta náutica: 705; Posição geográfica: 03º 31.88 S e 038º 47.55 W, datum WGS-84; Característica: Lp. A; Período: 6 seg.; Fase detalhada: A. 0,5 Ecl. 5,5; Intensidade: 164 cd; Altitude: 5 m; Alcance luminoso: 8 MN; Alcance Geográfico: 9 MN; e Descrição: Torre tronco piramidal em treliça de fibra de vidro, branca; 0403 ENTRADA, DESPACHO E SAÍDA DE EMBARCAÇÕES As embarcações que demandarem o Porto de Fortaleza e ao Terminal Portuário do Pecém, ambos integrados ao Sistema Porto Sem Papel, deverão cumprir o estabelecido na NORMAM-08/DPC, disponível no sítio www.mar.mil.br/dpc, referente aos procedimentos de entrada, despacho e saída. Para esses procedimentos a Capitania dos Portos funciona de forma ininterrupta, todos os dias do ano. 0404 FERROS E AMARRAÇÃO a) Ferros: as embarcações, quando em movimento no canal, deverão manter os ferros prontos para serem largados em caso de emergência. b) Amarração: 1) No Porto de Fortaleza deverá ser respeitada a distância mínima de 30 metros entre navios e 15 metros de distância longitudinal entre as extremidades do navio (proa e popa) ao cabeço onde serão encapelados os lançantes de proa e de popa. Para amarração de navios no píer interno e externo do Píer petroleiro, deverá obrigatoriamente ser utilizada para auxilio, no mínimo uma lancha de amarração com 02 eixos; e 2) No Terminal Portuário do Pecém deverá ser respeitada a distância mínima de 56 metros (02 cabeços) entre navios e 15 metros de distância longitudinal entre as extremidades do navio (proa e popa) ao cabeço onde serão encapelados os lançantes de proa e de popa, para atracação de navios no TMUT. OSTENSIVO - 23 - REV.1

Para amarração de navios no píer interno e externo, deverá obrigatoriamente ser utilizada para auxilio, no mínimo uma lancha de amarração com 02 eixos. 0405 - TRANSPORTE DE MATERIAL E PESSOAL Somente as embarcações de pequeno porte, autorizadas pela Capitania dos Portos, estão autorizadas a trafegar entre navios e pontos de terra, para transporte de pessoal e material. O embarque e o desembarque em terra somente poderão ser efetuados em um dos pontos fiscais, em obediência à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Receita Federal e Polícia Federal. 0406 - REPAROS É proibido, ao navio atracado, o reparo que o impossibilite de manobrar, salvo em situação especial e desde que obtida a concordância da Administração do Porto ou Terminal. É autorizado o tratamento e pintura nos conveses e costados, devendo o navio cercar-se das medidas necessárias para evitar a queda de pessoas e material no mar. Poderão ser arriadas pranchas e chalanas, sem licença prévia da Capitania dos Portos, as quais, entretanto deverão ser recolhidas ao final da faina ou ao pôr do sol. A movimentação de navios, impossibilitados de manobrar com seus próprios recursos, de ou para área de fundeio, deverá ser executada utilizando dispositivo especial de rebocadores adequado à situação de rebocado sem propulsão. Essas manobras não deverão ser realizadas na baixa-mar, para navios de calado maior que 5 metros. SEÇÃO II SERVIÇO DE REBOCADORES 0407 - EMPREGO OBRIGATÓRIO DE REBOCADORES Devido às condições peculiares, principalmente, de vento e marés, do Porto de Fortaleza e Terminal Portuário do Pecém, os navios em manobra de atracação ou desatracação, deverão, obrigatoriamente, efetuá-la com auxílio de rebocadores. A decisão de como empregar os rebocadores é de competência exclusiva do Comandante do navio, sendo recomendável ouvir a sugestão do Prático, se o serviço de praticagem estiver sendo utilizado, exceto para navios metaneiros de GNL, que obedecerá a regras específicas para essa classe de navio. Caberá ao Armador ou seu preposto Agente Marítimo requisitar os rebocadores necessários às manobras a serem efetuadas. Por ocasião da manobra, o Comandante da embarcação decidirá o dispositivo para o reboque: o número de rebocadores e seus posicionamentos para formarem o OSTENSIVO - 24 - REV.1