3.2 Interferência por multipercurso (Eco ou Fantasma) com a presença de ruído interferente. 3.2.1 Objetivo O teste descrito no item 3.1 mostra o comportamento do receptor digital para sinais com Eco na ausência de ruído (C/N superior a 0 db). O objetivo deste método de ensaio é verificar o comportamento dos sistemas DVB-T, ATSC e ISDB-T com "eco interferente", quando se reduz a relação sinal / ruído. 3.2.2 Característica dos Parâmetros Básicos 3.2.2.1 D= potência do sinal principal. 3.2.2.2 E= potência do sinal Eco 3.2.2.3 D/E = relação entre o sinal principal e o sinal Eco D/E (db) = D (dbm) - E (dbm). 3.2.2.4 N= potência do ruído gaussiano na entrada do receptor. 3.2.2. D/N = relação sinal principal / ruído 3.2.2.6 C/N = relação sinal (sinal principal + sinal "Eco") / ruído 3.2.2.7 BER = taxa de erro de bits. 3.2.3 Valores e Características Iniciais 3.2.3.1 Potência do sinal principal = Aproximadamente -39dBm. 3.2.3.2 Relação sinal/ruído C/N onde C é a potência do sinal digital medida na entrada do receptor (sinal principal + sinal "Eco": superior a 0 db (durante o teste será variável). Página 1 de 13
3.2.4 Descrição Geral De Medida Deixar o sinal principal com 0 db (Aproximadamente -39dBm). Aumentar o nível do Eco até obter, no medidor de taxa de erro, o valor de limiar de taxa de erro". Atenuar o Eco em degraus consecutivos de 1 db. Para cada operação de atenuação do Eco, aumentar o nível de ruído para a leitura do medidor de taxa de erro ficar igual ao limiar de taxa de erro. Traçar a curva (D/N) em função de (D/E). 3.2. Instrumentos e Equipamentos Utilizados (14) Transmissor digital com moduladores COFDM e 8VSB (canal 3) (03) Atenuador HP (0-120 db) modelo: 3D (31) Simulador de Eco TAS modelo: TAS 400 (06) Combinador de sinal HP modelo: 09-071 () Gerador de ruídos TAS modelo: 420 (07) Divisor de sinal HP modelo: 09-071 (20) Receptor digital ATSC - Zenith (21A) Receptor digital DVB NDS (21B) Receptor digital ISDB (04A) Medidor de taxa de erro TEKTRONIX modelo: PB200 (04B) Medidor de taxa de erro HP3764A (apenas p/ ISDB). (32) Analisador de sinal HP89441-V (04) Atenuador 0-12dB modelo 3C (13) Atenuador 0-110dB (0,1dB de passo) Rohde & Schwarz RSP (43) Carga de 0 ohm HP909C Página 2 de 13
3.2.6 Lay out básico para medida de interferência por "eco", com a presença de ruído interferente. 14 TRANSMISSOR DIGITAL CANAL 3 NEC ATSC, DVB-T ou ISDB PESCA -40 db ATENUADOR 0-12dB HP3 C 3 ATENUADOR 0-120 db HP3D HP 909C CARGA 0 OHM GERADOR DE RUÍDO 13 ATENUADOR 0-110 db 31 SIMULADOR DE ECO B TAS 400 TAS 420 R&S RSP 6 COMBINADOR HP 09-071 7 DIVISOR HP 09-071 32 ANALISADOR DE SINAL HP89441 V 20 21A ATSC DVB RX DIGITAL 8VSB COFDM 21B ISDB 04B 04A TEKTRONIX PB200 HP3764A (apenas p/ ISDB) MEDIDOR TAXA DE ERRO Página 3 de 13
3.2.7 Procedimento de Teste 3.2.7.1 Ajustar os atenuadores (0) e (03) para que o nível de sinal na entrada do Simulador de Eco TAS 400 aproximadamente 20dBm. (31) seja de 3.2.7.2 Deixar o atenuador (13) na condição de máxima atenuação. 3.2.7.3 No simulador de eco (31), desligar os sinais de eco deixando apenas o caminho do sinal principal (D). Note-se que nessa condição o nível de sinal na saída de simulador de eco será aproximadamente 27 dbm consequentemente o nível de sinal na entrada do receptor digital será de aproximadamente 39 dbm. Medir e anotar este nível pois ele será a referência D para as demais medições. 3.2.7.4 No ponto B desligar o cabo que chega do simulador de eco e substituí-lo por uma carga de 0 ohm. 3.2.7. Deixar o atenuador (13) na condição de mínima atenuação. 3.2.7.6 O nível de saída do gerador de ruído TAS 420 () é de aproximadamente 14dBm. Nessas condições o nível de ruído na entrada do receptor digital será de aproximadamente 26dBm. Através do analisador vetorial (32) medir a potência de ruído na banda do canal (6MHz) na entrada do receptor digital. Ela será o valor de referência para as demais medições de ruído (N). 3.2.7.7 Deixar o atenuador (13) na condição de máxima atenuação. Tirar a carga de 0 ohm do ponto B e religar o cabo que chega do simulador de eco (31). 3.2.7.8 Ajustar o simulador de eco para obter um eco simples com atraso de 1µs (Pós eco). Página 4 de 13
3.2.7.9 Ligar o sinal de eco e ajustar o seu nível até que a leitura no medidor de taxa de erro (4) indique o limiar da taxa de erro. Este será o ponto de partida para o início do ensaio. 3.2.7.10 No simulador de eco atenuar o sinal de eco em 1dB e anotar a correspondente relação (D/E) db. 3.2.7.11 Atuar no atenuador (13) até que o medidor de taxas de erro (4) volte a indicar a taxa de erro de limiar. 3.2.7.12 Pela leitura do atenuador (13) em relação ao valor da potência de ruído lido no item 3.1.7.6. calcular o valor de N em dbm. 3.2.7.13 Calcular a relação (D/N) db subtraindo o valor de N obtido no item 3.1.7.12 do valor de D obtido em 3.1.7.3. Esta relação (D/N) db será correspondente ao valor (D/E)db lido no item 3.1.7.10. 3.2.7.14 Atenuar sucessivamente o sinal de eco em degraus de 1dB, sempre repetindo as medições na mesma maneira como mostrado nos itens 3.2.7.10 a 3.2.7.13. Quando a variação não for significativa, aumentar os degraus para 2dB ou db. Continuar as medições até notar que a influência do Eco se torna desprezível. 3.2.7.1 Traçar a curva (D/N) em função do nível de Eco (D/E). 3.2.7.16 Repetir os itens 3.2.7.8 até 3.2.7.1 para os seguintes valores de tempo de retardo: 2 µs, 4 µs, 8 µs, 16 µs, 32 µs, 64 µs, 128 µs, e 170 µs. 3.2.7.17 Repetir todos os procedimentos descritos nos itens 3.2.7.8 a 3.2.7.17 trocando o atraso por avanço no simulador de eco. Página de 13
3.2.8 Resultados Figura 3.2.8.1: Relação Sinal Ruído em função da Relação entre Potência do Sinal e Potência do Eco - PÓS-ECO (ATSC) Ensaio 3.2 40 3 (D/N) db 2 20 Pos-eco=1 us Pós-eco=2 us Pós eco=4 us Pós eco=8 us Pós eco=16 us Pós eco=32 us 1 10 0 10 1 20 2 3 (D/E)dB Página 6 de 13
Figura 3.2.8.2: Relação Sinal Ruído em função da Relação entre Potência do Sinal e Potência do Eco - PRÉ-ECO (ATSC) Ensaio 3.2 40 3 (D/N) db 2 Pré eco=1 us Pré eco=2 us Pré eco=4 us Pré eco=8 us 20 1 10 0 10 1 20 2 3 (D/E) db Página 7 de 13
Gráfico 3.2.8.3: Relação Sinal Ruído em função da relação Sinal Eco DVB (FEC3/4 GI1/16 2K) Pós Eco 40 3 D/N 2 20 Pós Eco=1us Pós Eco=2us Pós eco=4us Pós eco=8us Pós eco=16us Pós eco=32us Pós eco=64us 1 10 0 10 1 20 2 D/E Página 8 de 13
Gráfico 3.2.8.4: Relação Sinal Ruído em função da relação sinal eco DVB (FEC3/4 GI1/16 2K) Pré Eco 40 3 D/N 2 20 Pré eco=-1us Pré eco=-2 us Pré eco=-4us Pré eco=-8us Pré eco=-16us Pré eco=-32us Pré eco =-64us 1 10 0 10 1 20 2 D/E Página 9 de 13
Gráfico 3.2.8.: Relação Sinal Ruído em função da relação Sinal Eco DVB (FEC3/4 GI1/16 8K) Pós Eco 40 3 D/N 2 1us 2us 4us 8us 16us 32us 64us 128us 20 1 10 0 10 1 20 2 D/E Página 10 de 13
Gráfico 3.2.8.6: Relação Sinal Ruído em função da relação sinal eco DVB (FEC3/4 GI1/16 8K) Pré Eco 40 3 D/N 2 20. -1us -2 us -4us -8us -16us -32us -64us 128us 1 10 0 10 1 20 2 D/E Página 11 de 13
Gráfico 3.2.8.7: Relação Sinal Ruído em função da relação Sinal Eco ISDB (FEC3/4 GI1/16 4K 0,1s) Pós Eco 40.0 (D/N)dB 3.0.0 2.0 20.0 1us 2us 4us 8us 16us 32us 64us 128us 1.0 10.0 0 10 1 20 2 (D/E)dB Página 12 de 13
Gráfico 3.2.8.8: Relação Sinal Ruído em função da relação Sinal Eco ISDB (FEC3/4 GI1/16 4K 0,1s) Pré Eco 40.0 (D/N)dB 3.0.0 2.0 20.0 1us 2us 4us 8us 16us 32us 64us 128us 1.0 10.0 0 10 1 20 2 (D/E)dB Página 13 de 13