RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: cafeicultura irrigada, algas, produtividade, resistência a doenças.

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO EXTRATO DE ALGAS (Ascophyllum nodosum) NO DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO E PRODUTIVO DO CAFEEIRO IRRIGADO POR GOTEJAMENTO E CULTIVADO EM CONDIÇÕES DE CERRADO André Luís Teixeira Fernandes 1, Reginaldo de Oliveira Silva 2 1. Eng. Agrônomo, Ms. Irrigação e Drenagem, Dr. Engenharia Agrícola, Professor e Pesquisador Universidade de Uberaba e Faculdades Associadas de Uberaba, Av. Nenê Sabino, 1801 Bloco M, CEP 38055-500, Uberaba, MG. Fone: (0xx34) 3319 8963, Fax: (0xx34) 3314-8910. E-mail: andre.fernandes@uniube.br 2. Gestor de Agronegócios, Gerente Campo Experimental Izidoro Bronzi, Araguari MG, E-mail: rs5059@gmail.com Data de recebimento: 07/10/2011 - Data de aprovação: 14/11/2011 RESUMO A utilização na agricultura de produtos que exibam ação bioestimulante tem sido objeto de estudos de diversos autores. Um deles é à base da alga A. nodosum, que tem sido utilizado para aumento da produção comercial e no pegamento dos frutos. Dentro deste contexto, foi instalado na Fazenda Escola da Universidade de Uberaba um experimento em lavoura de café Catuaí Vermelho IAC 144, com 7 anos de idade. Foram realizadas medidas de biometria (número de internódios), produtividade, infestação e infecção de pragas e doenças e qualidade dos frutos café. Após dois anos de experimento, concluiu-se que o extrato de algas promove significativo aumento na produtividade da lavoura, de 37 a 70%, comparando-se com a testemunha; a dose mais indicada é a de 2,0 l/ha, que obteve média de 39 sacas beneficiadas por hectare; com relação à qualidade da bebida, a melhor nota foi obtida com o tratamento baseado na dose de 4,0 l/ha (nota 79), sendo também superior aos demais na maturação (58% de grãos cereja e apenas 4% de verdes). O extrato de algas pode auxiliar no controle das principais doenças do cafeeiro, além de permitir aumento na produtividade. PALAVRAS-CHAVE: cafeicultura irrigada, algas, produtividade, resistência a doenças. EVALUATION OF THE EXTRACT SEAWEED (Ascophyllum nodosum) ON VEGETATIVE DEVELOPMENT AND PRODUCTION OF IRRIGATED COFFEE GROWN IN THE BRAZILIAN SAVANNAH ABSTRACT The application of bio-stimulating products has been object of study for many authors. One of them is based on the algae A. nodosum, which has been used for increasement in commercial production and fruit sett. In this context, was installed in Scholl Farm of Uberaba University a experiment in a 7 year old Catuaí Vermelho IAC 144 coffee crop. For the two year of the experiment, it ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 147

were made measurements of biometrics (number of internodes), productivity, infection and infestation of pests, diseases and quality of coffee. The product Acadian-LSC promoted significant increase in crop productivity from 37 to 70%, as compared with the control. The optimal dose was 2.0 l/ha, which had an average of 40 bags per hectare benefit. Regarding the quality of the drink, the best score was obtained with treatment based on the doses of 4.0 l/ha. Were observed in two year of studies, that the product Acadian-LSC, particularly at doses of 2.0 and 4.0 l/ha, can help control the major diseases of coffee. KEYWORDS: coffee planting irrigation, algae, productivity, disease resistance INTRODUÇÃO A utilização na agricultura de produtos que exibam ação bioestimulante (CASTRO, 2006) tem sido objeto de estudos de diversos autores (ZHANG et al., 1999; ZHANG et al., 2002; PAYAN e STALL, 2004). Segundo VIEIRA (2001), a mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou dos mesmos com outras substâncias de natureza bioquímica, como aminoácidos, vitaminas e nutrientes, são denominados bioestimulantes. Produtos de origem natural obtidos a partir do extrato da alga Ascophyllum nodosum também tem sido utilizados como bioestimulantes em diversas culturas (BROWN, 2004), sendo que, na Europa é freqüente o uso de produtos comerciais à base de extrato de alga para aplicações foliares ou no solo, inclusive na agricultura orgânica (MASNY et al., 2004; ANDERSON et al., 1987). Esses efeitos são devidos, principalmente, ao fortalecimento da estrutura da planta (aperfeiçoa a eficiência dos insumos; aumenta a qualidade da planta; melhora na resistência ao estresse e aumenta a qualidade no beneficiamento do produto) e ao melhor desenvolvimento das raízes (maior crescimento lateral). Vários trabalhos na literatura demonstram que produtos a base da alga apresentam importantes funções na planta, das quais se destacam: a) atividade citocínica (aumento na divisão celular e mais controle do fruto); b) atividade auxínica (controle do crescimento do caule); atividade giberelínica (elasticidade e plasticidade da célula); betaínas (reduz estresses relacionados à água e rupturas) e manitol (agente quelante). Especificamente para café, ainda são poucos os trabalhos publicados, porém, as perspectivas de sucesso para uma cultura perene são muito boas. Autores como Reiber e Nueman (1999); Zhang e Schimidt (2000) descreveram o extrato de alga como sendo uma fonte natural de citocininas, classe de hormônios vegetais que promovem a divisão celular e retardam a senescência (MUSGRAVE, 1994). No Brasil, o uso do extrato de alga na agricultura é regulamentado pelo Decreto número 4.954 (BRASIL, 2004) enquadrado como agente complexante em formulações de fertilizantes para aplicação foliar e fertirrigação. Dentro deste contexto, foi instalado em 2007, na Fazenda Escola da Universidade de Uberaba, um experimento em lavoura de café Catuaí Vermelho IAC 144, com 7 anos de idade. Após dois anos de experimento, foram realizadas medidas de biometria (número de internódios), produtividade, infestação e infecção de pragas e doenças e qualidade do café. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 148

MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado no Campus Experimental da Universidade de Uberaba Fazenda Escola, em lavoura de café Catuaí 144, plantado em dezembro de 1999 no espaçamento de 4,0 x 0,5 m, na cidade de Uberaba, MG, cujas coordenadas geográficas são: latitude 19º44 13 S, longitude 47º57 27 W e altitude de 850 m, em um solo classificado como Latossolo Vermelho Amarelo, distrófico, com teores de areia de 72,64%, argila de 21,96% e silte de 5,4%. O clima de Uberaba é classificado pelo método de Köppen, como Aw, tropical quente e úmido, com inverno frio e seco. A precipitação anual é de 1474 mm e a temperatura média anual é de 22,6ºC. Antes do início do experimento, foram retiradas amostras de solo em cada parcela, que foram submetidas à análise. As características físico-hídricas do solo do experimento estão agrupadas na Tabela 1. Tabela 1 - Características físico-hídricas do solo do experimento. Características Valor Areia 72,60% Silte 5,40% Argila 21,96% Ponto de murcha permanente 0,132 cm 3 cm -3 Capacidade de campo 0,213 cm 3 cm -3 Água disponível 0,081 cm 3 cm -3 Densidade aparente 1,47 kg dm 3 O controle da irrigação foi realizado a partir de uma estação agrometeorológica automática, marca METOS, modelo Micrometos 300, que possibilitou a estimativa da evapotranspiração da cultura pelo Método de Penman Monteith, segundo recomendações da FAO. A estação meteorológica automática tem dimensões reduzidas (27,0 cm de comprimento x 11,5 cm de diâmetro) no centro da estrutura. A estação consistiu de um coletor de dados com 512 Kb de memória não volátil (PCB), um monitor de cristal líquido (LCD) para mostrar os valores registrados, uma porta de infravermelho para comunicação com computador pessoal, um protetor de radiação direta para impedir os sensores de temperatura e umidade relativa de ficarem superaquecidos com a luz do sol incidindo diretamente, e uma conexão de entrada com os seguintes sensores: a) Temperatura e umidade relativa do ar: foram medidos com uma unidade que combina um sensor SME 160-30 para temperatura e um sensor HC 200 para umidade relativa. O sensor de temperatura tem uma faixa de operação de 30 a + 90ºC, com uma precisão de 0,5ºC. O sensor de umidade relativa apresenta uma faixa de operação de 10 a 98% de umidade relativa. Na faixa entre 30 e 90%, a precisão é de 3% e na faixa de 25 a 95%, a precisão é de 4%; ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 149

b) Insolação: montado diretamente no PCB, um photo resistor foi usado como sensor. O limiar de duração do dia é ajustado para aproximadamente 300 lux, sendo a faixa de medida de 0 a 2000 lux; c) Radiação solar global: utilizou-se um sensor do tipo fotocélula especialmente projetada para absorver a luz numa faixa de 400 nanômetros (nm) a 1000 nm de comprimento de onda. A faixa de medida está entre 0 a 2000 W.m -2 ; d) Velocidade de vento: O anemômetro utilizado opera num intervalo de valores entre 0,1 m.s -1 e 40 m.s -1. As variáveis monitoradas foram registradas automaticamente a partir do sensor infravermelho, que estabelecia o contato entre a estação e um microcomputador portátil. Através das medidas obtidas pelos sensores (temperatura, umidade relativa, velocidade de vento e radiação solar), foi estimada a evapotranspiração da cultura pelo método de Penman Monteith. Esse método é uma adaptação do modelo original de Penman, introduzindo os conceitos de resistência do dossel (r c ) e de resistência aerodinâmica (r a ) (MONTEITH, 1965), e é recomendado pela FAO, segundo Smith (1991). Os tratos fitossanitários foram semelhantes, sendo realizada mensalmente uma avaliação da infestação de doenças e pragas, por repetição. A aplicação dos produtos para controle da ferrugem e bicho-mineiro foi realizada por atomização tratorizada. Na Tabela 2, constam os tratamentos, as respectivas doses e as formas de aplicação. Tabela 2. Descrição dos tratamentos e freqüência de aplicação, Fazenda Escola da Universidade de Uberaba, Uberaba MG. Tratamentos Forma de aplicação Dosagem Litros por ha T1) Testemunha (água) Fertirrigação - T2) Extrato de algas 1ª 0,5 (Figura 1) aplicação T3) Extrato de algas T4) Extrato de algas T5) Extrato de algas Pulverização demais aplicações 1,0 2,0 4,0 Freqüência de aplicação Aplicações quinzenais. O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições, totalizando 20 parcelas experimentais. Cada parcela tinha 100 m, correspondendo a 200 plantas de café. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Após a verificação da normalidade e homocedasticidade dos dados, foi utilizada a ANOVA. Após a verificação da significância da ANOVA, foi utilizado o teste de Tukey para comparações múltiplas. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 150

Figura 1 - Ascophyllum nodosum Em cada ano do experimento, a primeira aplicação do produto, de acordo com os tratamentos (0,5, 1,0; 2,0 e 4,0 L ha -1 ) foi realizada via sistema de irrigação por gotejamento, marca Netafim, Modelo Tiram 2,3 L.h -1, espaçados a cada 0,75 m. A injeção foi realizada através de injetor tipo venturi 2, com capacidade de injeção de 500 L.h -1. As aplicações subseqüentes (2ª a 5ª aplicações) foram realizadas na forma de pulverização. As demais aplicações de nutrientes (macro e micronutrientes) foram realizadas de forma idêntica em todos os tratamentos. As aplicações foram feitas em: Pré-florada; 14 dias pós-florada; 15 dias após 2ª aplicação; 15 dias após 3ª aplicação; 15 dias após 4ª aplicação. Antes da colheita, foram feitas avaliações mensais, após a aplicação, de biometria e níveis de danos de pragas e doenças. As colheitas foram realizadas em junho de 2008 e junho de 2009. As amostras foram enviadas para laboratório credenciado para análise sensorial (qualidade da bebida). RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas Tabelas 3 e 4, constam os resultados das avaliações de bicho mineiro, ferrugem e cercóspora, para os diferentes tratamentos, após 4 avaliações. Os valores apresentados representam médias de 4 parcelas por tratamento, para cada ano. Avaliando-se a Tabela 3, verifica-se que a infecção de ferrugem somente aumentou na testemunha na quarta avaliação (janeiro de 2008), quando a ferrugem atingiu quase 15% de infecção. Este nível de dano pode ser considerado alto para este período do ano (janeiro), podendo chegar, se a doença não for controlada, a até 100% em maio/junho do mesmo ano. O que é interessante notar é que com o aumento na quantidade aplicada do Extrato de algas (produto Acadian-LSC), houve redução na infestação da doença, com destaque para as doses de 2,0 e 4,0 litros. Segundo REIBER; NUEMAN (1999) E ZHANG; SCHIMIDT (2000), isto é explicado devido ao fato ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 151

do extrato de alga ser uma fonte natural de citocininas, classe de hormônios vegetais que promovem a divisão celular e retardam a senescência. Pode-se afirmar, que para este quesito, auxílio no controle de ferrugem, a dose mais indicada é a de 2,0 l/ha, por ser estatisticamente igual à dose de 4,0 l/ha. Com relação à cercóspora, apenas na terceira avaliação houve pequenas diferenças entre os tratamentos, com destaque para a dose de 4,0 l/ha do produto, que proporcionou lavoura com apenas 0,75% da doença, comparado com 4,75% na testemunha. Para bicho mineiro, devido à baixa pressão da praga, não foi possível avaliar o efeito do produto no controle da mesma. É importante notar que os tratamentos fitossanitários foram exatamente iguais para todos os tratamentos, sendo as diferenças obtidas unicamente pelo produto à base de algas. Tabela 3 Valores percentuais de pragas e doenças para os diferentes tratamentos, 1º ano do experimento, Fazenda Escola da Uniube, Uberaba MG. Tratamentos 1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação Ferrugem (% de infecção) T1) Testemunha (água) 3,0 a 3,0 a 1,75 a 14,75 a T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 0,5 a 0,5 a 1,50 a 14,00 a T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 3,0 a 3,0 a 1,25 a 9,25 ab T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 1,5 a 1,5 a 1,50 a 5,50 b T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 1,5 a 1,5 a 0,50 a 6,00 b C.V.(%) 9,52 22,77 10,98 32,42 Cercóspora (% de infecção) T1) Testemunha (água) 3,0 a 0,5 a 4,8 a 1,5 a T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 1,0 a 0, a 4,3 abc 1,8 a T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 1,7 a 0, a 2,5 abc 1,3 a T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 1,5 a 0, a 1,3 bc 1,3 a T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 1,2 a 0, a 0,8 c 2,3 a C.V.(%) 8,66 25,82 5,40 6,04 Bicho mineiro (% de infestação) T1) Testemunha (água) 0,7 a 0 0 0 T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 1,2 a 0 0 0 T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 0,5 a 0 0 0 T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 0,5 a 0 0 0 T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 0,5 a 0 0 0 C.V.(%) 13,01 1 1 1 Na Tabela 4, constam os dados do segundo ano do experimento, onde se notou também superioridade dos tratamentos 4 e 5 para ferrugem, com superioridade estatística. Para cercóspora, não se observou diferença entre os tratamentos. Para bicho-mineiro, não houve problema da praga para este segundo ano de experimento. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 152

Tabela 4 Valores percentuais de pragas e doenças para os diferentes tratamentos, 2º ano do experimento, Fazenda Escola da Uniube, Uberaba MG. Tratamentos 1ª avaliação 2ª avaliação 3ª avaliação 4ª avaliação Ferrugem (% de infecção) T1) Testemunha (água) 1,0 a 1,9 a 2,9 a 22,0 a T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 0,5 a 0,5 a 3,5 a 15,0 b T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 0,9 a 2,5 a 5,2 a 12,0 b T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 0,5 a 2,5 a 2,0 a 4,5 c T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 0,5 a 1,0 a 0,5 a 2,0 c C.V.(%) 13,26 25,50 15,69 35,00 Cercóspora (% de infecção) T1) Testemunha (água) 2,0 a 1,5 a 4,8 a 2,5 a T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 1,0 a 1,5 a 5,2 a 2,7 a T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 1,7 a 1,2 a 3,0 a 1,7 a T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 1,5 a 1,5 a 3,0 a 2,5 a T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 1,2 a 2,0 a 2,5 a 2,2 a C.V.(%) 26,20 13,89 15,60 12,40 Bicho mineiro (% de infestação) T1) Testemunha (água) 0 0 0 0 T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 0 0 0 0 T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 0 0 0 0 T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 0 0 0 0 T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 0 0 0 0 Os dados de produtividade obtidos das safras 2007/2008 e 2008/2009 estão dispostos na Tabela 5. Para o primeiro ano do experimento, o melhor tratamento, diferente estatisticamente da testemunha, foi o baseado na aplicação de 2,0 l/ha do extrato de algas (tratamento 4). Porém, entre todos os tratamentos do produto, não houve diferença significativa. Para o segundo ano, esta tendência se repetiu, com superioridade para os tratamentos que utilizaram o extrato de algas, com ganhos de produtividade, sendo estatisticamente diferentes da testemunha. Na média de duas safras, observou-se aumento de 37 a 70% na produtividade, quando comparado com a testemunha onde não houve a aplicação do produto. Para efeito de recomendação, sugere-se a dose de 2 L/ha do produto, que foi estatisticamente igual à dose de 4,0 l/ha, que obteve a melhor produtividade relativa. Este aumento expressivo de produtividade comprova a eficiência do produto, pela melhoria na autodefesa da planta, na melhor utilização dos insumos e na promoção de um maior desenvolvimento radicular. Apesar de ainda serem novidades no Brasil, produtos de origem natural obtidos a partir do extrato da alga Ascophyllum nodosum tem sido utilizados como bioestimulantes em diversas culturas (BROWN, 2004), com resultados semelhantes aos obtidos neste experimento de café. Na Tabela 6, constam os dados de distribuição de peneiras para os diferentes tratamentos, para os dois anos de condução do experimento. Notase no primeiro ano superioridade evidente dos tratamentos que foram ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 153

baseados na aplicação do extrato de algas, tanto na percentagem de peneiras maiores que 16 quanto na renda total do café (32% e 37% superior, respectivamente para os tratamentos 4 e 5). Tabela 5 Produtividade, em sacas beneficiadas por hectare, para os diferentes tratamentos, duas safras, Fazenda Escola da Uniube, Uberaba / MG. Tratamentos 1ª safra 2ª safra Média T1) TESTEMUNHA 26,22 b 20,2 a 23,2 a T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 35,94 ab 29,1 ab 32,5 ab T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 33,92 ab 29,5 ab 31,7 ab T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 43,33 a 34,6 ab 39,0 b T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 38,18 ab 40,5 b 39,4 b C.V.% 19,71% 25,37% 20,25% Fator F 2,58 3,71 2,89 Médias seguidas pela mesma letra são iguais estatisticamente a 5% de probabilidade Para a safra 2008/2009, houve melhoria de peneiras, em todos os tratamentos. Para as peneiras acima de 16, a testemunha apresentou valor de 70%, igual ao tratamento 3 e superior ao tratamento 4 (68%), embora sem diferenças significativas. Tabela 6 Distribuição de peneiras e renda total, para os diferentes tratamentos, duas safras, Fazenda Escola da Uniube, Uberaba / MG. TRATAMENTOS PENEIRAS 1ª safra (%) 19 18 17 16 15 14 T1) TESTEMUNHA 1 4 18 28 19 15 T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 2 7 18 25 17 13 T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 1 5 22 25 20 15 T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 3 9 24 26 16 13 T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 2 9 20 28 19 11 TRATAMENTOS PENEIRAS 2ª safra (%s) 19 18 17 16 15 14 T1) TESTEMUNHA 8 15 26 22 14 8 T2) Ext. de algas 0,5 l/ha 5 12 27 29 15 6 T3) Ext. de algas 1,0 l/ha 4 15 28 23 13 9 T4) Ext. de algas 2,0 l/ha 6 12 24 25 18 7 T5) Ext. de algas 4,0 l/ha 8 20 37 17 9 5 Base: 1 kg de café em coco ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 154

Na Tabela 7, constam os valores de maturação para os diferentes tratamentos, 45 dias antes da colheita, para os dois anos do experimento. Nota-se que no primeiro ano da avaliação, a percentagem de verdes ainda era alta, em todos os tratamentos. No segundo ano (safra 2008/2009), não se observaram grandes diferenças entre os tratamentos, com ligeira superioridade para o tratamento T5 (4 l/ha de extrato de algas), que permitiu a obtenção de 58% de grãos cereja e apenas 4% de grãos verdes na colheita. Com relação à qualidade da bebida (análise sensorial), verificou-se que a testemunha teve nota 70, uma das piores notas, semelhante ao tratamento 4 (2,0 l/ha), com nota 66. A melhor nota foi obtida com o tratamento 5 (nota 79). Notas acima de 80 já classificam o café como bebida tipo exportação. Tabela 7 Maturação, em %, dos grãos de café, para os diferentes tratamentos, duas safras Fazenda Escola da Uniube, Uberaba / MG. Tratamentos Verde Verde Cana Cereja Passa Bóia 1ª Safra T1 48 a 24 a 17 a 6 a 5 a T2 34 a 27 a 23 a 6 a 11 a T3 32 a 30 a 26 a 4 a 9 a T4 41 a 25 a 19 a 3 a 12 a T5 33 a 20 a 27 a 8 a 13 a C. V. (%) 3,7 4,0 4,1 6,0 10,6 2ª Safra T1 7 8 46 28 10 T2 15 17 42 21 5 T3 13 12 42 28 6 T4 10 13 35 20 23 T5 4 8 58 22 7 C. V. (%) 85,0 33,8 67,3 58,2 52,0 CONCLUSÕES Após dois anos de condução do experimento, foi possível concluir que: O extrato de algas Ascophyllum nodosum promove significativo aumento na produtividade da lavoura, de 37 a 70%, comparando-se com a testemunha; A dose mais indicada é a de 2,0 l/ha, que obteve média de 39 sacas beneficiadas por hectare; Com relação à qualidade da bebida, a melhor nota foi obtida com o tratamento baseado na dose de 4,0 l/ha (nota 79), sendo também foi superior aos demais na maturação (58% de grãos cereja e apenas 4% de verdes); ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 155

O extrato de algas Ascophyllum nodosun, principalmente nas doses de 2,0 e 4,0 l/ha, pode auxiliar no controle das principais pragas e doenças do cafeeiro. REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto nº. 4.954, de 14 de Janeiro de 2004. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 de jan. 2004. Seção 1, p. 2. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarlegislacao.do;> Acesso em: 15/02/2006. BROWN, M. A. The use of marine derived products and soybean meal in organic vegetable production. 94 p. Thesis (Master in Science) Department of Horticultural Science, North Carolina State University, Raleigh, 2004. CASTRO, P. R. C. Agroquímicos de controle hormonal na agricultura tropical. Piracicaba: ESALQ, n. 32, 2006. 46 p. (Série Produtor Rural) DREYER, A.; COELLO, N.; MONDIEL, E. Utilización de la metodologia de superfície de respuesta de la optimización de un medio de cultivo para la producción de L-lisin por Corynebacterium glutamicum. Agronomía Tropical, v. 50, n. 2, p. 167-88, 2000. MASNY, A.; BASAK, A.; ZURAWICZ, E. Effects of foliar application of KELPAK SL and GOEMAR BM 86 preparations on yield and fruit quality in two strawberry cultivars. Journal of Fruit and Ornamental Plant Research, v. 12, p. 23-27, 2004. MUSGRAVE, M. E. Cytokinins and oxidative processes. In: MOK, D. W. S, MOK, M. C. (Ed.) Cytokinins, chemistry, activity and function. Boca Raton: CRC Press, 1994, p. 167-178. PAYAN, J. P. M.; STALL, W. Effects of aminolevoluric acid and acetyl thioproline on weed free and weed infested St. Augustine Turfgrass. Proceedings Florida State Horticultural Society, v. 117, p. 282-285, 2004. REIBER, J. M.; NUEMAN, D. S. Hybrid weakness in Phaseolus vulgaris disruption of development and hormonal allocation. Plant Growth Regulators, v. 24, p. 101-106, 1999. SANDERSON, K. J.; JAMESON P. E.; ZABKIEWICZ, J. A. Auxin in a seaweed extract: identification and quantification of Indol-3-acetic acid by gas ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011 Pág. 156

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