REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS DA ERSE

Documentos relacionados
ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º A / 2002

Proposta de alteração do. Regulamento de Relações Comerciais. para permitir a sua aplicação nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira

REGULAMENTO INTERNO DO PROVEDOR DO CLIENTE DO BCN CAPÍTULO I. Princípios Gerais

Consulta Pública - Projeto de Regulamento de Mediação e de Conciliação

Regulamento de funcionamento do Provedor do Cliente

e interesses dos consumidores em Portugal Vital Moreira (CEDIPRE, FDUC)

Proposta de Lei nº 132/XII/1ª

Provedoria do Cliente. Regulamento de Funcionamento

PROPOSTA DA ERSE. No âmbito do presente Contrato de Uso das Redes, entende-se por:

Protecção dos Utentes de Serviços Públicos Essenciais (Lei nº 23/96, de 23.7)

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Despacho n.º A/2006

A RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS DE CONSUMO

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS DIRETIVA N.º 2/2012

Regulamento Interno do Serviço de Provedoria da Câmara dos Solicitadores

PROTOCOLO DE MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE CLÁUSULAS GERAIS. Cláusula 1ª Princípios aplicáveis

Artigo 1º ÂMBITO. Artigo 2º EQUIDADE, DILIGÊNCIA E TRANSPARÊNCIA

Regulamento de Arbitragem. Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Algarve

Regulamento do Provedor do Adepto Provas da Associação de Futebol de Aveiro

REGULAMENTO DO CENTRO NACIONAL DE INFORMAÇÃO E ARBITRAGEM DE CONFLITOS DE CONSUMO

RECOMENDAÇÃO N.º 1/2017 SERVIÇOS ADICIONAIS PRESTADOS POR COMERCIALIZADORES DE ENERGIA ELETRICA E GÁS NATURAL

POLÍTICA DE TRATAMENTO DA GNB - COMPANHIA DE SEGUROS, S.A

Enquadramento. A consulta

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE TRATAMENTO - TOMADORES DE SEGUROS, SEGURADOS, BENEFICIÁRIOS OU TERCEIROS LESADOS -

logo.pt Regulamento da Política de Tratamento da Seguradoras Unidas, S.A.

A Regulação do Mercado dos Serviços Postais Enquadramento Regulamentar. PROJEP Direito das Comunicações

REGULAMENTO. Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Vale do Ave/Tribunal Arbitral

Regulamento do CNIACC. Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo

Decreto-Lei n.º 69/2002 de 25 de Março

Código de Conduta do Comercializador de Último Recurso de Gás Natural

Artigo 1.º. Objeto do Regulamento

VICTORIA Seguros de Vida, S.A.

Julho de 2009 Informação Geral Relativa à Gestão de Reclamações

LEI DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS

Artigo 1º ÂMBITO. Artigo 3º INFORMAÇÃO E ESCLARECIMENTO

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º

Tem um litígio de consumo?

SERVIÇO DE GESTÃO DE RECLAMAÇÕES

AUDIÇÃO GRUPO DE TRABALHO REGULAÇÃO DA CONCORRÊNCIA E DEFESA DO CONSUMIDOR. Instituto de Seguros de Portugal. 18 de Novembro de 2010

Livro de reclamações

LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO DE ELECTRICIDADE DESDE SETEMBRO DE 2006 PODE ESCOLHER O SEU FORNECEDOR DE ELECTRICIDADE

REGULAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DO METROPOLITANO DE LISBOA

CONDIÇÕES GERAIS. (Anexo II do Despacho nº /2007, de 9 de Outubro de 2007)

CÓDIGO DE CONDUTA 1/6

EUROVIDA - COMPANHIA DE SEGUROS DE VIDA, S.A.

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO PROVEDOR DO CLIENTE DE SEGUROS DA CARAVELA - COMPANHIA DE SEGUROS, S.A. ARTIGO 1º PROVEDOR DO CLIENTE

Código de Conduta Operador da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural. Edição: 1 Data:

REGULAMENTO DE GESTÃO DE RECLAMAÇÕES

Decreto-Lei nº 144/2009, de 17 de Junho

CÓDIGO de CONDUTA. Operador da Rede Nacional de Transporte de Energia Eléctrica. Edição: 1 Data:

Adoptado pela Direcção 26 de Setembro de 2011 e aprovado pela Assembleia Geral 24 de Setembro de 2011

provedoria do Cliente regulamento

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. DESPACHO N.º 2030-A/ 2005, de 27 de Janeiro

A Informação do Sector Público O acesso aos documentos da Administração Pública. Juiz Conselheiro Castro Martins ( CADA )

Ministério d. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas. da Presidência do Conselho, em 3 de Março de 2008

Despacho n.º B/99

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

REGULAMENTO DO REGIME DE VINCULAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE DE CARREIRA CONTRATO EM FUNÇÕES PÚBLICAS ISCTE-INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA

Regulamento do Centro de Informação de Consumo e Arbitragem do Porto. Capítulo 1 Objeto, natureza e âmbito geográfico. Artigo 1.

O Empoderamento dos Consumidores de Energia Elétrica

REGULAMENTO DO COMITÉ DE NOMEAÇÕES E REMUNERAÇÕES

Lei dos Serviços Públicos Essenciais

11621/02 JAC/jv DG H II PT

EUROVIDA - COMPANHIA DE SEGUROS DE VIDA, S.A.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ARBITRAGEM CÓDIGO DEONTOLÓGICO DO ÁRBITRO

PROJETO DE LEI N.º 760/XIII/3.ª. Reforça o dever de informação do comercializador ao consumidor de energia EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Regulamento da CMVM n.º 2/2016 Reclamações e resolução de conflitos (com as alterações introduzidas pelo Regulamento da CMVM n.

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS. Diretiva n.º 5/2012

PROJECTO DE REGULAMENTO INTERNO DE CONTRATAÇÃO DE DOCENTES ESPECIALMENTE CONTRATADOS EM REGIME CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS

REGULAMENTO PROVEDOR DO CLIENTE DE SEGUROS DA GROUPAMA SEGUROS DE VIDA, S.A., E DA GROUPAMA SEGUROS, S.A.

REGULAMENTO DE BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1º Âmbito

CÓDIGO DE CONDUTA DA FUNDAÇÃO VISABEIRA INSTITUIÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL CÓDIGO DE CONDUTA

RECOMENDAÇÃO N.º 1 /2019

Proposta de alteração do. Regulamento do Acesso às Redes e às Interligações

PROJETO DE NORMA REGULAMENTAR GESTÃO DE RECLAMAÇÕES POR MEDIADORES DE SEGUROS

ENTIDADE REGULADORA DO SECTOR ELÉCTRICO. Despacho n.º B / 2002

Elaborado por: Aprovado por: Versão Reitor Gabinete de Apoio à Reitoria

REGULAMENTO PROVEDORIA DO CLIENTE CAPITULO I - PRINCIPIOS GERAIS

Consulta Pública da ERS nº 1/2015. Sobre a regulamentação do procedimento da Entidade Reguladora da. Saúde de resolução de conflitos

APRESENTAÇÃO PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR CONDUTA DE MERCADO. Instituto de Seguros de Portugal. 6 de Maio de 2009

1. A Empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores que se encontrem ao seu serviço, enquanto vigorarem os contratos de trabalho.

DESPACHO ISEP/P/48/2010 REGULAMENTO PARA CARGOS DE DIRECÇÃO INTERMÉDIA DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DO PORTO

MODELO DE REGULAMENTO DE BOLSAS NOTA EXPLICATIVA

DECRETO N.º 255/XIII. Regime de cumprimento do dever de informação do comercializador de energia ao consumidor

REGULAMENTO PROVEDOR DO ESTUDANTE

ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

Sinopse da Acção do Centro

REVISÃO DO REGULAMENTO DE RELAÇÕES COMERCIAIS DOCUMENTO JUSTIFICATIVO

Regulamento do Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo do Distrito de Coimbra

MINISTÉRIOS DA SAÚDE E DO AMBIENTE. Portaria n. 174/97 de 10 de Março

CÓDIGO DE CONDUTA DA AGÊNCIA PARA O INVESTIMENTO E COMÉRCIO EXTERNO DE PORTUGAL, E.P.E. (AICEP) CAPÍTULO I - Âmbito e Objectivo. Artigo 1º (Âmbito)

Seguradoras Unidas, S.A. Provedor do Cliente Estatuto e Regulamento de Procedimentos Aplicáveis

Lei n.º 23/96, de 26 de Julho, Cria no ordenamento jurídico alguns mecanismos destinados a. proteger o utente de serviços públicos essenciais

sobre procedimentos de gestão de reclamações relativas a alegadas infrações à Segunda Diretiva dos Serviços de Pagamento

Comunicado de imprensa. Tarifas e preços para a energia eléctrica e outros serviços em 2003

Transcrição:

REGULAMENTO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS DA ERSE Outubro de 2002

Recentes Recomendações da Comissão Europeia interpelam as várias entidades com competências em matéria de resolução de conflitos a adoptar um conjunto de princípios orientadores da actividade de resolução extrajudicial de litígios, dos quais se destacam os princípios da independência, imparcialidade, transparência e equidade. No caso particular da ERSE, estão em causa os conflitos de natureza comercial e contratual emergentes do relacionamento entre a entidade concessionária da RNT, as entidades titulares das licenças de produção ou distribuição e os consumidores de energia eléctrica, bem como aos conflitos da mesma natureza que possam emergir do relacionamento entre as entidades concessionárias e licenciadas e entre elas e os consumidores de gás natural. A resolução extrajudicial de conflitos constitui uma solução alternativa, apresentando várias qualidades comparadas com as proporcionadas pelo sistema judicial convencional. Entre elas destacam-se a celeridade, a informalidade e os reduzidos custos ou mesmo a gratuitidade. Na regulação de litígios, a ERSE tem pautado a sua intervenção promovendo o recurso à arbitragem voluntária e fazendo uso da mediação e da conciliação como mecanismos de resolução extrajudicial de conflitos. Neste quadro, apresenta-se o Regulamento de Mediação e Conciliação de Conflitos da ERSE (RMC). Regulamento de Mediação e Conciliação de Conflitos da ERSE Artigo 1.º Objecto O presente regulamento estabelece as regras aplicáveis aos procedimentos de mediação e conciliação de conflitos de natureza comercial e contratual emergentes do relacionamento entre: a) A entidade concessionária da RNT, as entidades titulares de licenças de produção ou distribuição e os consumidores de energia eléctrica, ocorridos em território Português. b) As entidades concessionárias e licenciadas e entre elas e os consumidores de gás natural ocorridas em território continental Português.

Artigo 2.º Natureza 1. Para efeitos do presente regulamento, a mediação e a conciliação são procedimentos de resolução extrajudicial de conflitos, com carácter voluntário, cujas decisões são da responsabilidade das partes em conflito, na medida em que a solução para o conflito concreto não é imposta pela ERSE. 2. Através da mediação e da conciliação, a ERSE pode, respectivamente, recomendar a resolução do conflito e sugerir às partes que encontrem de comum acordo uma solução para o conflito, em conformidade com o disposto nos artigos 6.º e 7.º. 3. A mediação e a conciliação de conflitos são realizadas por funcionários da ERSE, designados para o efeito. Artigo. 3.º Competências da ERSE 1. Sem prejuízo do recurso a outras instâncias, a mediação e a conciliação de conflitos podem ser solicitadas à ERSE sempre que se trate de um conflito emergente do relacionamento previsto no artigo 1.º. 2. Para efeitos do número anterior, considera-se que existe um conflito quando, na sequência de reclamação apresentada junto da entidade com quem se relaciona, não tenha sido obtida uma resposta atempada ou fundamentada ou a mesma não resolva satisfatoriamente a pretensão do reclamante. Artigo 4.º Princípios aplicáveis Os procedimentos de mediação e de conciliação de conflitos devem assegurar o respeito pelos princípios da independência, da imparcialidade, da transparência, do contraditório, da eficácia, da legalidade, da liberdade, da representação e da equidade, de acordo com o disposto nas Recomendações da Comissão Europeia n.º 98/257/CE, de 30 Março e n.º 2001/310/CE, de 4 de Abril. Artigo 5.º Iniciativa 1. A intervenção da ERSE através dos procedimentos de mediação e de conciliação de conflitos depende de solicitação do interessado, individualmente ou através de entidades representativas dos seus interesses. 2. Para efeitos do número anterior, a intervenção da ERSE deve ser solicitada por escrito, invocando os factos que motivaram a reclamação e apresentando todos os elementos de prova de que se disponha. 3. Os pedidos de intervenção dirigidos à ERSE devem ser redigidos, preferencialmente, em língua portuguesa ou inglesa, sendo as mesmas utilizadas nas diligências realizadas pela ERSE.

4. A intervenção da ERSE através dos procedimentos descritos no presente artigo não suspende quaisquer prazos de recurso às instâncias judiciais e outras que se mostrem competentes. 5. Salvo disposição em contrário, e nos termos da lei, a adesão do consumidor ao procedimento de mediação ou de conciliação não o priva do direito de recorrer aos órgãos jurisdicionais competentes para resolver o conflito. 6. O presente regulamento aplica-se igualmente quando um conjunto de reclamantes com interesses homogéneos solicita a intervenção da ERSE com vista à resolução de conflitos com objecto idêntico, desde que obtida a aceitação expressa de cada um dos reclamantes. Artigo 6.º Avaliação preliminar 1. Recebida e registada a reclamação na ERSE, a reclamação é submetida a uma avaliação preliminar, tendo em vista o seu enquadramento jurídico em face dos factos apresentados e dos elementos de prova fornecidos. 2. Concluída a avaliação preliminar da reclamação, a ERSE realizará uma das seguintes diligências: a) Solicita à entidade reclamada que se pronuncie sobre a reclamação. b) Solicita ao reclamante que preste informações e esclarecimentos complementares. c) Arquiva a reclamação, informando e esclarecendo o reclamante. 3. No âmbito das diligências previstas no número anterior, as partes em conflito devem ser informadas pela ERSE, nomeadamente, sobre o seguinte: a) O direito de aceitar ou recusar a solução recomendada ou sugerida. b) O recurso à mediação e à conciliação não exclui a possibilidade de recorrer ao sistema judicial e a outros procedimentos de resolução extrajudicial de conflitos, sendo admissível a desistência do procedimento a qualquer momento. c) No caso da conciliação, a solução sugerida poderá ser menos favorável do que uma resolução por via judicial e mediante a aplicação das normas legais vigentes. d) O direito de procurar aconselhamento independente antes de aceitar ou recusar a solução recomendada ou sugerida. e) O valor jurídico da solução acordada ou recomendada.

Artigo 7.º Instrução 1. Iniciado o procedimento de mediação, a entidade responsável pelo objecto da reclamação deverá disponibilizar à ERSE, no prazo máximo de 20 dias úteis, as informações solicitadas para a devida apreciação do conflito. 2. Se a reclamação for total ou parcialmente contestada pela entidade reclamada, a ERSE realizará uma das seguintes providências: a) Recomenda a resolução do conflito, o que pode incluir uma proposta de solução. b) Solicita novos elementos junto do reclamante. c) Sugere a conciliação das partes, visando que as partes encontrem uma solução de comum acordo. d) Esclarece o reclamante, a entidade reclamada ou ambos sobre a legislação e a regulamentação aplicáveis ao caso concreto. 3. Em qualquer das situações previstas no número anterior, deve ser assegurado às partes o direito de conhecer as posições e os factos invocados pela outra parte, bem como, se for esse o caso, as declarações dos peritos. 4. As diligências referidas nos números anteriores podem ser efectuadas por qualquer meio de comunicação à distância ou, quando tal se justifique, através de contacto presencial com uma ou ambas as partes, podendo ainda a ERSE decidir pela deslocação ao local que esteja associado ao conflito. Artigo 8.º Encargos A intervenção da ERSE através dos procedimentos de mediação e de conciliação de conflitos é gratuita. Artigo 9.º Cessação dos procedimentos 1. Salvo casos excepcionais, a instrução dos procedimentos de mediação e de conciliação deverá estar concluída no prazo máximo de 120 dias. 2. Os resultados do procedimento da mediação serão sempre comunicados, por escrito, ao reclamante, salvo quando as circunstâncias concretas justifiquem a utilização de outro meio. 3. Os resultados da conciliação em cujo procedimento a ERSE tenha tido intervenção serão reproduzidos em documento escrito e entregue às partes. 4. A decisão final relativa aos procedimentos de mediação e de conciliação deve ser fundamentada e comunicada aos interessados no prazo de trinta dias após a sua adopção. 5. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 7.º, se as partes em conflito não prestarem as informações e os esclarecimentos necessários e solicitados, a ERSE

determinará a cessação dos procedimentos de mediação e de conciliação iniciados, decorrido o prazo previsto no n.º 1. Artigo 10.º Contra-ordenações e crimes Sempre que no âmbito de um procedimento de mediação ou de conciliação de conflitos se verificar a existência de factos que possam constituir contra-ordenação ou crime público, a ERSE tomará as providências necessárias, designadamente a sua comunicação às autoridades competentes. Legislação e Regulamentação Relevantes Decreto-Lei n.º 69/2002, de 25 de Março: estendeu as competências da ERSE às Regiões Autónomas dos Açores e Madeira Decreto-Lei n.º 97/2002, de 12 de Abril: criou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e aprovou em anexo os respectivos estatutos Despacho n.º 18 413-A/2001, de 1 Setembro: aprovou o Regulamento Tarifário, o Regulamento de Relações Comerciais, o Regulamento do Acesso às Redes e às Interligações e o Regulamento do Despacho, com a redacção atribuída pelo Despacho n.º 19 734-A/2002, de 5 de Setembro Despacho n.º 2 410-A/2003, de 5 de Fevereiro: aprovou o Regulamento da Qualidade de Serviço, relativo ao Sistema Eléctrico de Serviço Público (SEP)