FNB MOÇAMBIQUE, SA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS 31 de Dezembro de 2009

ÍNDICE PÁGINA Relatório de Auditoria 1 2 Demonstração dos Resultados 3 Demonstração do Rendimento Integral 4 Balanço 5 Demonstração de Alterações nos Fundos Próprios 6 Demonstração dos Fluxos de Caixa 7 Notas às Demonstrações Financeiras 8 82

Aprovação da Administração Os Administradores do FNB Moçambique, S.A. são responsáveis pela preparação, integridade e objectividade de Demonstrações Financeiras anuais que apresentem, de forma adequada, a situação financeira do Banco no final do exercício assim como o resultado líquido e os fluxos de caixa do exercício. Para efeitos de preparação das presentes demonstrações financeiras foram adoptadas as Normas Internacionais de Relato Financeiro, aplicadas políticas contabilísticas apropriadas e efectuadas estimativas consideradas razoáveis nas circunstâncias. Em conformidade com a filosofia de boa governação adoptada pelo Banco, as Demonstrações Financeiras incorporam a totalidade das divulgações e responsabilidades. A Administração do Banco procedeu à revisão do orçamento e dos fluxos de fundos previstos para o exercício económico a findar em 31 de Dezembro de 2010. Tendo por base a revisão efectuada, e considerando a actual posição financeira da Instituição, não existem razões para que a Administração não acredite na continuidade das actividades futuras do FNB Moçambique, S.A. Nestas circunstâncias, as Demonstrações Financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações. As Demonstrações Financeiras foram auditadas pelos auditores externos do Banco, PricewaterhouseCoopers, Lda, cuja opinião consta nas páginas 1 e 2. As Demonstrações Financeiras do exercício económico findo em 31 de Dezembro de 2009, constantes nas páginas 3 a 82, foram aprovadas pelo Conselho de Administração e vão assinadas em seu nome pelos seguintes representantes: Presidente do Conselho de Administração Director-Geral

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Valores expressos em milhares de Meticais) Notas 2009 2008 Juros e proveitos equiparados 5 238 693 238 177 Juros e custos equiparados 5 (97 583) (85 081) Margem financeira antes da imparidade 141 110 153 096 Imparidade do crédito 13 (14 487) (10 115) Margem financeira após imparidade 126 623 142 981 Outros resultados de exploração 6 159 255 71 214 - Resultados de serviços e comissões 159 255 71 214 Proveitos operacionais 285 878 214 195 Custos operacionais 7 (279 980) (160 973) Proveitos antes de impostos 5 898 53 222 Impostos indirectos 8 (1 247) (1 402) Resultados antes de impostos 4 651 51 820 Imposto sobre o rendimento 9 (3 690) (7 469) Lucro do exercício 961 44 351 (O Técnico de Contas) (O Representante da Administração) 3

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Valores expressos em milhares de Meticais) Notas 2009 2008 Lucro do exercício 961 44 351 Diferenças cambiais na conversão de operações estrangeiras Ganhos líquidos em activos financeiros disponíveis para venda - Ganhos líquidos não realizados que surgiram no período, antes de impostos - - Ajustamentos líquidos de reclassificação para perdas líquidas realizadas, antes de impostos - - Cobertura de fluxos de caixa -Perdas líquidas em coberturas reconhecidas noutras componentes do rendimento integral, antes de impostos - - - Valor líquido reclassificado nas demonstrações financeiras, antes de impostos - - Ganhos actuarias em planos de benefício de reforma definidos - - Participação em resultados integrais em associadas, reconhecidos pelo método de equivalência patrimonial - - Imposto sobre o rendimento relativo a componentes do rendimento integral - - Outro rendimento integral do exercício, depois de impostos - - Total do rendimento integral do exercício Total do rendimento integral do exercício, atribuível a: 961 44 351 Accionistas do Banco - Total do rendimento integral do exercício proveniente de operações em continuidade - - - Total do rendimento integral do exercício proveniente de operações em descontinuidade - - Interesses minoritários - Total do rendimento integral do exercício proveniente de operações em continuidade - - - Total do rendimento integral do exercício proveniente de operações em descontinuidade - - 4

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Valores expressos em milhares de Meticais) Notas 2009 2008 ACTIVO Caixa e outras disponibilidades a curto prazo 11 444 577 526 261 Adiantamentos 12 e 13 1 542 767 935 077 Activos financeiros e outros investimentos 14 391 635 202 854 - Activos financeiros detidos até à maturidade 391 635 202 854 Contas a receber 15 112 517 29 835 Investimentos em associadas 16 1 088 1 088 Outros activos tangíveis 18 223 353 126 691 Activos por impostos diferidos 19 2 164 3 123 Activos intangíveis 20 13 870 106 Activos subordinados 17 6 597 5 763 Activos por impostos correntes 15 398 8 584 Total do Activo 2 753 966 1 839 382 FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO Passivo Depósitos 21 2 228 007 1 490 267 -Depósitos e contas correntes 2 228 007 1 490 267 Credores e acréscimos de custos 22 93 132 55 208 Provisões 23 23 890 5 223 Passivos por impostos correntes 11 451 6 914 Passivos por impostos diferidos 19 623 158 Passivos subordinados 24 29 190 25 500 Total do Passivo 2 386 293 1 583 270 Fundos Próprios Capital e reservas atribuíveis aos accionistas do Banco Capital 25 190 332 190 332 Reservas atribuíveis aos accionistas do Banco 27 27 784 21 132 Prestações suplementares 28 110 600 - Lucros/(prejuízos) de exercícios anteriores 27 37 996 297 Lucro do exercício 961 44 351 Total de Fundos Próprios 367 673 256 112 Total do Passivo e Fundos Próprios 2 753 966 1 839 382 (O Técnico de Contas) (O Representante da Administração) 5

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NOS FUNDOS PRÓPRIOS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Valores expressos em milhares de Meticais) Capital Reservas Prestações suplementares Resultados Acumulados Saldo em 01 de Janeiro de 2008 190 332 20 099-1 328 211 759 Ajustamentos - - - 2 2 Transferência para reservas gerais - 1 032 - (1 032) - Lucro líquido do exercício - - - 44 351 44 351 Saldo em 31 de Dezembro de 2008 190 332 21 131-44 649 256 112 Aumento de capital - - 110 600-110 600 Transferência para reservas gerais - 6 653 - (6 653) - Total do rendimento integral do exercício - - - 961 961 Saldo em 31 de Dezembro de 2009 190 332 27 784 110 600 38 957 367 673 Total (O Técnico de Contas) (O Representante da Administração) 6

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (Valores expressos em milhares de Meticais) Fluxos de caixa de actividades operacionais Notas 2009 2008 Lucro do exercício 961 44 351 Ajustamentos: Depreciações e amortizações 7 22 702 10 759 Imparidade do crédito 13 14 487 10 114 Margem financeira (141 110) (153 096) Impostos sobre o rendimento (pagos) 9 3 690 7 469 Fluxos de caixa operacionais, antes das alterações em fundos próprios Variação em créditos a clientes (608 751) (58 087) Variação em créditos a instituições de crédito (43) (126 910) Abate de créditos (13 383) - Variação em depósitos de instituições de crédito 4 349 (42 721) Variação em depósitos de clientes 733 392 156 883 Variação em juros a receber 8 775 (5 424) Variação em impostos diferidos 959 (9) Variação em outros activos (83 707) 279 123 Variação em outros passivos e provisões 61 593 18 305 Juros recebidos 238 693 238 177 Juros pagos (97 583) (85 081) Imposto sobre o rendimento (15 399) (3 625) Fluxos líquidos de caixa de actividades operacionais 228 894 370 631 Fluxos de caixa de actividades de investimento Aquisição de outros activos tangíveis (118 850) (73 984) Variação em investimentos detidos até à maturidade (188 780) (14 890) Aquisição de activos intangíveis (15 466) (94) Alienação de activos intangíveis 1 188 - Aumento de prestações suplementares 28 110 600 - Fluxos líquidos de caixa de actividades de investimento (211 308) (88 968) Variação líquida em caixa e seus equivalentes (81 684) 201 260 Efeitos da flutuação da taxa de câmbio - 319 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 526 261 324 682 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 444 577 526 261 (O Técnico de Contas) (O Representante da Administração) 7

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de Dezembro de 2009 Nota 1 Introdução O FNB Moçambique S.A. (o Banco) é uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, constituída em 13 de Março de 2000, sob a designação de BDC Banco de Desenvolvimento e Comércio, S.A.R.L., que iniciou a sua actividade operacional em 14 de Maio de 2001. O maior accionista do Banco, detentor de 90% do seu Capital Social é a FirstRand Moçambique Holdings, Lda. O endereço da Sede do Banco é: Av. 25 de Setembro, 420 1.º Andar Sala 8 Prédio JAT Maputo - Moçambique O Banco possui agências em Maputo (7), Nampula (2) e Tete (1) e presta serviços bancários e de investimento a empresas e particulares. As demonstrações financeiras anuais relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 foram aprovadas para publicação pelo Conselho de Administração do Banco em 23 de Março de 2010. Nota 2 Resumo das principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas adoptadas para efeitos de preparação das demonstrações financeiras foram aplicadas de forma consistente em todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras excepto quando indicado em contrário. 2.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anuais do Banco foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) emitidas pelo IASB e foram tomadas em consideração, sempre que tal se revelou necessário, as informações complementares exigidas por leis e regulamentos nacionais. As demonstrações financeiras compreendem a demonstração dos resultados, a demonstração do rendimento integral, o balanço, a demonstração de alterações nos fundos próprios, a demonstração dos fluxos de caixa e as notas explicativas. 8

As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, na base da continuidade das operações, modificado pela aplicação do justo valor para determinados activos financeiros e passivos financeiros detidos para negociação com excepção daqueles em que o justo valor não se encontra disponível. Os outros activos e passivos financeiros e os activos e passivos não financeiros são registados ao custo amortizado ou ao custo histórico e as despesas são classificadas de acordo com a sua natureza. As demonstrações financeiras são apresentadas em Meticais, que é a moeda de apresentação adoptada pelo Banco. Salvo indicação em contrário, os valores apresentados nas demonstrações financeiras encontram-se expressos em milhares de Meticais (MZN'000). As divulgações sobre os riscos dos instrumentos financeiros são apresentadas no relatório de gestão do risco financeiro, contido na Nota 3. A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIRF requer determinadas estimativas contabilísticas críticas e requer ainda que o Conselho de Administração formule julgamentos no processo de aplicação das políticas contabilísticas do Banco. As alterações ao nível dos pressupostos podem ter um impacto significativo no período em que as alterações se consubstanciem. O Conselho de Administração entende que os pressupostos descritos são apropriados e que estas demonstrações financeiras dão uma imagem apropriada da posição financeira e dos resultados do Banco. As questões que requerem maior julgamento, que se revestem de maior complexidade ou relativamente às quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos para as demonstrações financeiras, são apresentadas na Nota 4. (a) Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas que entraram em vigor em, ou após 1 de Janeiro de 2009 As normas contabilísticas e interpretações abaixo indicadas, cuja entrada em vigor ocorreu em 2009, podem ser consideradas relevantes para o Banco. Normas / Interpretações Conteúdo Aplicável para períodos financeiros com início em / ou após NIRF 7 Instrumentos financeiros: Divulgações 01-Jan-09 NIC 1 Apresentação das demonstrações financeiras 01-Jan- 09 NIC 23 Custos de empréstimos obtidos 01-Jan- 09 9

NIRF 7 (Alterada) Instrumentos Financeiros: Divulgações O IASB emitiu a NIRF 7 (Alterada) em Março de 2009. A alteração requer informação adicional nas divulgações sobre a mensuração dos justos valores e sobre o risco de liquidez. Em particular, a alteração exige que os justos valores sejam apresentados em três níveis hierárquicos definidos na própria interpretação. Face à natureza destas alterações (divulgações adicionais), as mesmas não tiveram impacto sobre a situação financeira ou sobre o rendimento integral do Banco. NIC 1 (Revista) Apresentação das Demonstrações Financeiras A versão revista da NIC 1 foi publicada em Setembro de 2007. A norma proíbe a apresentação de contas de custos e de proveitos (que representam alterações de fundos próprios relativas a entidades não detentoras de capital) na demonstração de alterações nos fundos próprios, exigindo que aquele tipo de transacções seja apresentado separadamente das alterações de fundos próprios relativas aos accionistas, na demonstração do rendimento integral. Assim sendo, o Banco apresenta na demonstração de alterações nos fundos próprios a totalidade das alterações decorrentes de transacções efectuadas com accionistas, sendo as decorrentes de transacções com outras entidades apresentadas na demonstração do rendimento integral. A informação comparativa foi também alterada no sentido de cumprir com a norma. De acordo com as alterações da NIC 1, deve ser feita uma reconciliação entre o valor contabilístico no início e no final do exercício de cada componente dos fundos próprios, incluindo cada uma das transacções registadas na demonstração do rendimento integral. Devido ao facto das alterações na política contabilística apenas terem impacto em termos de apresentação, não existe qualquer efeito ao nível dos resultados transitados. NIC 23 (Revista) Custos de Empréstimos Obtidos Uma versão revista da NIC 23 foi publicada pelo IASB em Março de 2007. A mesma define que os custos de empréstimos obtidos directamente atribuíveis ao custo de aquisição, construção ou produção de um activo (activo elegível) são parte integrante do seu custo. Assim, a opção de registar tais custos directamente nos resultados é eliminada. A revisão da NIC 23 não teve impacto material nos resultados do Banco nem em rubricas do balanço. As normas contabilísticas e interpretações abaixo apresentadas entraram em vigor em 2009, mas não são relevantes para as actividades do Banco: Normas / Interpretações NIRF 2 Conteúdo Pagamento em acções condições de aquisição e de cancelamento Aplicável para períodos financeiros com início em / ou após 01-Jan-09 NIRF 8 Segmentos operacionais 01-Jan-09 Instrumentos financeiros remíveis e obrigações NIC 32 e NIC 1 resultantes de liquidação 01-Jan- 09 10

NIRF 2 Pagamento em Acções Condições de Aquisição e de Cancelamento O IASB publicou uma alteração à NIRF 2 "Pagamentos em acções", em Janeiro de 2008. As alterações permitiram clarificar que as condições de aquisição dos direitos inerentes a um plano de pagamentos com base em acções limitam-se a condições de serviço ou de desempenho e que qualquer cancelamento de tais programas, quer pela entidade quer por terceiras partes, têm o mesmo tratamento contabilístico. O Banco, com referência a 31 de Dezembro de 2009, não tem qualquer plano de remuneração com acções, pelo que a entrada em vigor desta norma não teve qualquer impacto ao nível das suas demonstrações financeiras. NIRF 8 Segmentos Operacionais A NIRF 8 foi publicada em Novembro de 2006 e, excluindo as situações em que a mesma foi antecipadamente adoptada, a sua adopção passou a ser exigida para exercícios a começarem em/ou a partir de 1 de Janeiro de 2009. A norma substituiu a NIC 14 Relato por Segmentos, e exige a determinação de segmentos operacionais primários e secundários. A aplicação da NIRF 8 não tem qualquer impacto para o Banco uma vez que este não é obrigado a apresentar a informação por segmentos. NIC 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação O IASB alterou a NIC 32 em Fevereiro de 2008. Esta alteração requer que alguns instrumentos financeiros que cumprem actualmente os requisitos da definição de passivo financeiro passem a ser classificados como instrumentos de capital se (i) representarem um interesse residual nos activos líquidos de uma entidade, (ii) fizerem parte de uma classe de instrumentos subordinados a qualquer outra classe de instrumentos emitidos pela entidade e (iii) caso todos os instrumentos desta classe tenham os mesmos termos e condições. Foi também efectuada uma alteração ao nível da apresentação das demonstrações financeiras para adicionar um novo requisito de apresentação dos instrumentos financeiros remíveis e das obrigações resultantes da liquidação. A adopção da alteração à NIC 32 não tem qualquer impacto material para o Banco. 11

(b) Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor As normas contabilísticas e interpretações abaixo indicadas foram emitidas e são obrigatórias para os períodos contabilísticos com início em ou após 1 de Julho de 2009. Normas / Interpretações NIRF 1 e NIC 27 Conteúdo Adopção das NIRF pela primeira vez - Custo de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada Aplicável para períodos financeiros com início em / ou após 01-Jul-09 NIRF 3 Concentrações de actividades empresariais 01-Jul-09 NIC 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas 01-Jul-09 NIC 39 Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração activos elegíveis para cobertura 01-Jul-09 IFRIC 17 Distribuições em espécie a accionistas 01-Jul-09 IFRIC 18 Transferências de activos de clientes 01-Jul-09 Instrumentos financeiros parte 1: Classificação e NIRF 9 mensuração 01-Jan-13 NIRF 1 Adopção pela Primeira vez das NIRF Custo de um investimento numa Subsidiária, Entidade Conjuntamente Controlada ou Associada As alterações vieram permitir que as entidades que estão a adoptar as NIRF pela primeira vez na preparação das suas contas individuais adoptem como custo contabilístico ( deemed cost ) dos seus investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, o respectivo justo valor na data da transição para as NIRF ou o valor de balanço determinado com base no referencial contabilístico anterior, suprimem a definição do método do custo previsto na NIC 27 e prescrevem que as entidades apresentem os dividendos provenientes de subsidiárias, entidades conjuntamente controladas ou associadas, como rendimentos nas demonstrações financeiras separadas da empresa-mãe. Estas alterações não terão impacto para o Banco uma vez que a adopção das NIRF para efeitos de preparação das demonstrações financeiras já ocorreu, pelo que a NIRF 1 não será aplicável futuramente. NIRF 3 Concentrações de Actividades Empresariais A norma revista continua a aplicar o método de aquisição para concentrações de actividades empresariais com algumas mudanças significativas. Por exemplo, todos os pagamentos referentes à aquisição de um negócio devem ser registados ao justo valor, na data da aquisição, devendo os pagamentos contingentes ser classificados em rubricas de devedores ou de fundos próprios, sendo posteriormente remensurados para a demonstração dos resultados. 12

A norma permite optar quanto ao tratamento de aquisições parciais, em que os interesses sem controlo (antes denominados de interesses minoritários) poderão ser mensurados ao justo valor (o que implica também o reconhecimento do goodwill atribuível aos interesses sem controlo) ou como parcela atribuível aos interesses sem controlo do justo valor dos capitais próprios adquiridos (tal como actualmente requerido). O registo dos custos directamente relacionados com a aquisição de uma subsidiária passa a ser directamente imputado a resultados. A adopção antecipada desta norma é permitida. O Banco não espera quaisquer impactos significativos decorrentes da adopção desta norma. NIC 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas A norma revista requer que o efeito de todas as transacções com entidades não controladas seja registado ao nível dos fundos próprios, caso não tenham sido registadas alterações no controlo das entidades e essas transacções não venham a resultar no registo de um goodwill ou de ganhos e perdas. A norma especifica ainda o tratamento contabilístico a adoptar em casos de perda de controlo; qualquer interesse remanescente na entidade é remensurado ao justo valor, devendo os ganhos ou perdas daí resultantes ser reconhecidos na demonstração dos resultados. As alterações afectam ainda a alocação das perdas de uma subsidiária na qual a entidade não detenha o controlo. Todas estas alterações são de aplicação prospectiva e não implicam a alteração dos valores reconhecidos nas demonstrações financeiras em data anterior a 1 de Julho de 2009. O Banco não teve quaisquer impactos significativos decorrentes da adopção da norma revista. NIC 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração: Activos Elegíveis para Cobertura A alteração foi publicada em Julho de 2008 e clarifica a aplicação dos princípios existentes que determinam quais os riscos elegíveis de serem incluídos numa operação de cobertura, nomeadamente: (i) na designação de um risco unilateral em determinado item coberto, a NIC 39 conclui que a opção adquirida, designada na sua totalidade como o instrumento de cobertura de risco, não será efectiva; e (ii) a designação da inflação como um risco coberto (no todo ou em parte) não é permitida senão em situações específicas. Esta alteração não deverá dar origem a quaisquer alterações nas demonstrações financeiras do Banco. 13

IFRIC 17 Distribuições em Espécie a Accionistas A IFRIC 17 foi emitida em Novembro de 2008 e visa clarificar o tratamento contabilístico das distribuições em espécie a accionistas. A obrigação da distribuição de determinados activos em espécie é reconhecida após a sua distribuição ter sido aprovada por parte da entidade competente para o efeito e dos activos a distribuir terem deixado de estar à disposição da entidade. As distribuições em espécie devem ser registadas ao justo valor, sendo a diferença para o valor de balanço dos activos distribuídos reconhecida na demonstração dos resultados quando da distribuição. Divulgações adicionais deverão ser efectuadas sempre que os activos líquidos detidos para distribuição observem a definição de uma operação em descontinuidade. A aplicação da IFRIC 17 não terá impacto sobre as demonstrações financeiras do Banco. IFRIC 18 Transferências de Activos de Clientes A IFRIC 18 foi emitida em Janeiro de 2009. Esta interpretação visa clarificar o tratamento contabilístico de acordos celebrados mediante os quais uma entidade recebe activos de clientes para sua própria utilização e com vista a estabelecer uma ligação dos clientes a uma rede ou conceder aos clientes acesso contínuo ao fornecimento de bens ou serviços. Esta interpretação não é aplicável para o Banco. Melhorias às NIRF As Melhorias às NIRF foram publicadas em Maio de 2008 (aprovadas pela União Europeia em 23 de Janeiro de 2009) e em Abril de 2009 (estas últimas ainda não aprovadas pela União Europeia). Estas melhorias contêm diversas emendas às NIRF, que, apesar de não serem consideradas urgentes pelo IASB, são por si consideradas como necessárias. As Melhorias às NIRF" incluem alterações que resultam em mudanças nos métodos de contabilização, de apresentação, reconhecimento e mensuração, bem como alterações na terminologia relativa a uma variedade individual de NIRF s. A grande maioria das alterações são efectivas para períodos anuais cujo início tenha ocorrido em ou após 1 de Janeiro de 2009 e em ou após 1 de Janeiro de 2010, respectivamente, sendo permitida a sua adopção antecipada. Não são esperadas alterações significativas nas políticas contabilísticas como resultado destas alterações e não existem alterações significativas decorrentes das melhorias publicadas relativamente ao presente exercício que afectem o Banco. NIRF 9 Instrumentos Financeiros Parte 1: Classificação e Mensuração A NIRF 9 foi publicada em Novembro de 2009 e substitui as partes da NIC 39 respeitantes à classificação e mensuração de activos financeiros. Os principais aspectos considerados são os seguintes: 14

(i) Os activos financeiros podem ser classificados em duas categorias: ao custo amortizado ou ao justo valor. Esta decisão será efectuada no momento inicial de reconhecimento dos activos financeiros. A classificação atribuída depende de como uma entidade apresenta no modelo de gestão do negócio, esses activos financeiros e as características contratuais dos fluxos financeiros associados a cada um deles; (ii) Apenas podem ser mensurados ao custo amortizado os instrumentos de dívida cujos fluxos financeiros contratados representam apenas capital e juros, isto é, que contenham apenas características básicas de dívida, e para os quais uma entidade, no modelo de gestão do negócio apresente esses activos financeiros com o objectivo de capturar apenas esses fluxos financeiros. Os restantes instrumentos de dívida são reconhecidos ao justo valor através de resultados; (iii) Todos os instrumentos de capital emitido por terceiras entidades devem ser subsequentemente reconhecidos ao justo valor. Os instrumentos de capital adquiridos para negociação devem ser mensurados ao justo valor através de resultados. Contudo, uma entidade poderá irrevogavelmente eleger instrumentos de capital para os quais as variações de justo valor e as mais ou menos-valias realizadas são reconhecidas na demonstração do rendimento integral. Os ganhos e perdas aí reconhecidos não podem ser reciclados por resultados. Esta decisão é feita instrumento a instrumento, não implicando que todos os instrumentos de capital assim sejam tratados. Os dividendos recebidos são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício. Embora a adopção desta norma apenas seja obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2013, a sua adopção antecipada é permitida. O Banco está a avaliar o impacto da adopção desta norma e o período em que a mesma poderá vir a ser por si adoptada. (c) Adopção antecipada de normas Em 2009 o Banco não antecipou a adopção de quaisquer normas contabilísticas novas ou revistas. 2.2 Conversão de saldos e transacções em moeda estrangeira Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras encontram-se expressas em Meticais ("MZN'000"), que é a moeda funcional e de apresentação do Banco. Saldos e transacções As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional à taxa de câmbio em vigor à data da operação. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Meticais à taxa de câmbio em vigor à data do balanço. 15

As diferenças cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes nas datas das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são registadas na demonstração dos resultados do exercício. 2.3 Investimentos em associadas Os investimentos adquiridos e detidos exclusivamente para venda a curto prazo (dentro de 12 meses), não são contabilizados mediante a utilização do método de equivalência patrimonial, sendo reconhecidos ao seu justo valor, deduzido do custo associado à sua venda, como prescrito pela NIRF 5. O Banco reconhece os investimentos detidos no capital de outras empresas ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade. 2.4 Activos financeiros e passivos financeiros O Banco reconhece um activo financeiro ou um passivo financeiro no balanço quando, e apenas quando, se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A gestão determina a classificação dos instrumentos financeiros aquando do seu reconhecimento inicial, sendo os mesmos mensurados em função da classificação que lhes for atribuída. Excepto no que respeita aos instrumentos financeiros reconhecidos pelo justo valor através de resultados, todos os instrumentos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor acrescido dos respectivos custos de transacção. 2.4.1 Activos financeiros O Banco classifica os seus activos financeiros nas seguintes categorias previstas na NIC 39: activos financeiros pelo justo valor através de resultados; empréstimos concedidos e contas a receber; activos financeiros disponíveis para venda; e investimentos detidos até à maturidade. (a) Instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados Esta categoria divide-se em duas subcategorias: activos financeiros detidos para negociação e activos financeiros designados ao justo valor através de resultados. 16

Um activo financeiro é classificado como detido para negociação se for adquirido ou emitido com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo ou se fizer parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e para os quais existe evidência de um padrão recente de tomada de lucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura eficaz). Constituem-se como activos financeiros detidos para negociação os instrumentos de dívida, incluindo obrigações e empréstimos bancários, e instrumentos de capital, assim como os activos financeiros com derivados embutidos. Os mesmos são reconhecidos no balanço na rubrica de Activos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros incluídos nesta categoria são reconhecidos inicialmente ao justo valor através de resultados quando: através deste reconhecimento se verifica uma redução significativa de inconsistências ao nível da sua mensuração, a qual poderia suceder caso fosse adoptada uma base diferente para efeitos de reconhecimento dos activos e passivos e dos ganhos e perdas que lhes estão associados; ou se trata de um grupo de activos financeiros e/ou passivos financeiros que é gerido e cujo desempenho é avaliado numa base de justo valor, de acordo com uma gestão de risco devidamente documentada ou de uma estratégia de investimento, e esta é a base de onde provêm internamente as informações acerca dos activos e/ou passivos fornecidas às pessoas chave afectas à gestão; ou se tratam de instrumentos financeiros que contenham derivados embutidos significativos e que careçam de uma separação inequívoca. Os principais activos financeiros designados ao justo valor através de resultados estão representados por diversos empréstimos a clientes. O Banco reconhece ao nível dos resultados operacionais os ajustamentos do justo valor dos activos financeiros considerados ao justo valor. Os proveitos de juros gerados por aqueles activos são incluídos no ajustamento do justo valor e reconhecidos como proveitos de justo valor ao nível dos proveitos não operacionais. O valor das alterações ocorridas ao longo do período e acumuladas no justo valor dos empréstimos e devedores e dos passivos financeiros, que sejam atribuíveis a alterações do risco de crédito, são determinados como o valor das alterações no justo valor não atribuíveis a alterações nas condições do mercado que possam ser entendidas como risco do mercado (moeda, taxas de juro e outros riscos de preço). 17

(b) Crédito a clientes e contas a receber O crédito a clientes e as contas a receber são activos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e que não se encontram cotados em qualquer mercado activo, para além: daqueles que o Banco tem intenção de vender de imediato ou no curto prazo, os quais são classificados como detidos para negociação, e aqueles que a entidade, após o seu reconhecimento inicial, designa ao justo valor através de resultados; daqueles que o Banco, após o seu reconhecimento inicial, designa como disponíveis para venda; ou aqueles em relação aos quais o detentor não possa recuperar substancialmente a totalidade do seu investimento inicial por motivos diferentes da deterioração do crédito. O crédito a clientes e as contas a receber são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor (que representa o valor utilizado para criar ou adquirir o empréstimo, incluindo os custos de transacção) e subsequentemente mensurados ao custo amortizado com base no método da taxa de juro efectiva. O crédito a clientes é apresentado em balanço na rubrica de Adiantamentos. Os juros obtidos de créditos a clientes são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados, na rubrica de "Juros e proveitos equiparados. As perdas por imparidade são deduzidas ao valor dos créditos a clientes, sendo reconhecidas na demonstração dos resultados ao nível da rubrica de Imparidade do crédito. (c) Investimentos detidos até à maturidade Nesta categoria são reconhecidos activos financeiros, não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidade fixa, para os quais o Banco tem a intenção e capacidade de manter até à maturidade, para além: daqueles que o Banco não designou, após o seu reconhecimento inicial, na categoria de activos financeiros ao justo valor através de resultados; daqueles que o Banco não designou na categoria de activos financeiros disponíveis para venda; e aqueles que cumprem com a definição de créditos a clientes. Qualquer reclassificação ou venda de activos financeiros reconhecidos nesta categoria que não seja realizada próxima da maturidade obrigará o Banco a reclassificar integralmente esta carteira para activos financeiros disponíveis para venda. O Banco reconhece os investimentos detidos até à maturidade ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva, deduzido de quaisquer perdas por imparidade. 18

(d) Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que o Banco entende manter por um período de tempo indefinido e que pode vender como resposta a necessidades de liquidez ou a alterações de taxas de juro, de taxas de câmbio e de preços de capital ou que não tenham sido classificados como créditos a clientes, investimentos detidos até à maturidade ou activos financeiros ao justo valor através de resultados. Os activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos ao justo valor. Os ganhos ou perdas não realizadas são reconhecidas ao nível da demonstração do rendimento integral, líquidos de impostos sobre os rendimentos aplicáveis, até ao momento em que os investimentos são vendidos ou utilizados de outra forma, ou quando existem perdas de imparidade. Na alienação dos activos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos ao nível da demonstração do rendimento integral são reconhecidos na rubrica de Outros proveitos da demonstração dos resultados. Os ganhos e perdas na alienação são determinados utilizando o método de custeio médio. Os bilhetes do tesouro, obrigações ou acções, detidos pelo Banco com o objectivo de serem mantidos numa base contínua, são classificados como activos financeiros disponíveis para venda, excepto se tiverem sido reconhecidos ao justo valor através de resultados. 2.4.2 Passivos financeiros O Banco classifica os seus passivos financeiros nas seguintes categorias da NIC 39: Passivos financeiros pelo justo valor através de resultados; e Passivos financeiros ao custo amortizado. (a) Passivos financeiros pelo justo valor através de resultados Esta categoria divide-se em duas subcategorias: passivos financeiros detidos para negociação, e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, por decisão do próprio Banco. Um passivo financeiro é classificado como detido para negociação se for adquirido ou emitido com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo ou se faz parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados e para os quais existe evidência de um padrão recente de tomada de lucros no curto prazo ou que se enquadrem na definição de derivado (excepto um derivado que seja um instrumento de cobertura eficaz). 19

Os instrumentos financeiros incluídos nesta categoria são reconhecidos inicialmente ao justo valor através de resultados quando: através deste reconhecimento se verifica uma redução de inconsistências ao nível da sua mensuração, a qual poderia suceder caso fosse adoptada uma base diferente para efeitos de reconhecimento dos activos e passivos e dos ganhos e perdas que lhes estão associados; ou se trata de um grupo de activos financeiros e/ou passivos financeiros que é gerido e cujo desempenho é avaliado numa base de justo valor, de acordo com uma gestão de risco devidamente documentada ou de uma estratégia de investimento, e esta é a base de onde as informações acerca dos activos e/ou passivos é fornecida internamente às pessoas chave afectas à gestão; ou se tratam de instrumentos financeiros que contenham derivados embutidos significativos e que careçam de uma separação inequívoca. Os ganhos e perdas decorrentes de alterações no justo valor dos passivos financeiros classificados como detidos para negociação são incluídos na demonstração dos resultados, reportados na rubrica de "Ganhos/perdas líquidas com instrumentos financeiros classificados como detidos para negociação". Os custos financeiros relacionados com passivos financeiros detidos para negociação são incluídos na margem financeira. (b) Outros passivos mensurados ao custo amortizado Todos os passivos financeiros que não se encontram registados na categoria de passivos financeiros ao justo valor através de resultados incluem-se nesta categoria, sendo reconhecidos ao custo amortizado. Os juros correlacionados são reconhecidos durante o período dos empréstimos pelo método da taxa de juro efectiva. Esta categoria de passivos financeiros inclui depósitos de bancos e de clientes, títulos de dívida nos quais a opção do justo valor não é aplicada, obrigações convertíveis e dívidas subordinadas (c) Determinação do justo valor dos activos financeiros e dos passivos financeiros Para os instrumentos financeiros negociados em mercados activos, a determinação do justo valor dos activos e passivos financeiros baseia-se em preços de mercado ou cotações de preços do revendedor. Um instrumento financeiro é considerado como cotado num mercado activo se os preços de cotação estiverem imediata ou regularmente disponíveis em Bolsa, num revendedor, num grupo industrial, numa agência de rating ou numa agência reguladora e se esses preços representarem transacções reais que ocorrem regularmente no mercado e que se encontram ao alcance de qualquer interessado. Se o critério acima não for cumprido, o mercado é considerado como estando inactivo. 20

Um mercado é considerado inactivo quando existe uma ampla oferta, e um aumento significativo de oferta, mas onde tenha ocorrido um número pouco significativo de transacções. No que respeita aos restantes instrumentos financeiros, o seu justo valor é determinado mediante a utilização de técnicas de avaliação. Mediante a utilização destas técnicas, o justo valor é estimado a partir de dados observáveis relativos a instrumentos financeiros semelhantes, utilizando modelos para estimar o valor presente dos fluxos de caixa futuros ou outras técnicas de avaliação, o uso de outras ferramentas (por exemplo a evolução das taxas de juro MAIBOR, taxas de câmbio, volatilidades e taxas spread praticadas por contrapartes), que se encontrem disponíveis à data de relato. O Banco utiliza modelos de avaliação amplamente conhecidos para a determinação dos valores de mercado dos instrumentos financeiros não standardizados de menor complexidade, tais como opções, taxas de juros ou swaps de moeda. Para esses instrumentos financeiros, a informação utilizada nos modelos é observável no mercado. Para instrumentos financeiros mais complexos, o Banco utiliza modelos desenvolvidos internamente, que se baseiam em métodos e técnicas de avaliação geralmente reconhecidas como padrão no sector. Os modelos de avaliação são utilizados principalmente para valorizar os derivados transaccionados ao balcão, títulos de dívida pública não cotados (incluindo os derivados embutidos) e outros instrumentos de dívida para os quais os mercados se tornaram ilíquidos. Algumas das informações utilizadas para estes modelos poderão não ser observáveis no mercado, sendo portanto estimados com base em pressupostos definidos. Os resultados do modelo são sempre uma aproximação ou estimativa de um valor que não pode ser determinado com exactidão e as técnicas de avaliação utilizadas podem não reflectir, na totalidade, todos os factores relevantes para as posições que o Banco detém. As avaliações são objecto de ajustamento posterior, sempre que necessário, para permitir a introdução de outros factores, nomeadamente os riscos do modelo, de liquidez e de crédito da contraparte. Com base no modelo estabelecido para o cálculo do justo valor e nas medidas de controlo e procedimentos aplicados, a gestão acredita que estes ajustamentos são necessários e adequados para determinar o valor dos instrumentos financeiros, reconhecidos ao justo valor no balanço. O valor e os parâmetros utilizados no processo de mensuração são geralmente analisados/ajustados, se necessário, tendo em especial consideração a evolução registada no mercado actual. Nos casos em que o justo valor de determinados instrumentos financeiros de capital, não cotados, não possa ser determinado com fiabilidade, os instrumentos são contabilizados ao custo, deduzido de perdas de imparidade. O justo valor dos empréstimos e adiantamentos, assim como o das responsabilidades para com bancos e clientes é determinado utilizando o modelo de valor actual, na base dos fluxos de caixa contratados, tendo em conta a qualidade de crédito, de liquidez e os custos. O justo valor dos passivos contingentes e de compromissos de crédito irrevogáveis corresponde ao valor contabilístico dos mesmos. 21

(d) Desreconhecimento de activos financeiros e de passivos financeiros O Banco procede ao desreconhecimento de um activo financeiro quando: os direitos aos fluxos de caixa futuros do activo expiram; ou existe a transferência dos direitos contratuais e foram transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios do activo financeiro; ou se o Banco retiver os direitos contratuais de receber os fluxos de caixa do activo financeiro mas assumir uma obrigação contratual de pagar os fluxos de caixa a outra entidade e, consequentemente, transferir substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao activo financeiro. Sempre que o Banco mantenha todos os riscos e benefícios associados à propriedade do activo financeiro, o mesmo deve continuar a ser reconhecido. Se determinada transferência não resultar no desreconhecimento de um activo financeiro em virtude do Banco ter retido parte substancial dos riscos e benefícios decorrentes da propriedade do activo transferido, o Banco continua a reconhecer o activo transferido na sua totalidade, reconhecendo o valor da retribuição recebida como um passivo financeiro. Em períodos posteriores, o Banco reconhece qualquer rendimento obtido com o activo financeiro transferido e qualquer gasto incorrido com o passivo financeiro. Caso o Banco não proceda à transferência do activo nem retenha substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua propriedade, deve determinar até que ponto ainda detém o controlo do activo financeiro. Neste caso: se o Banco não detém o controlo, desreconhece o activo financeiro e reconhece separadamente como activo ou passivo quaisquer direitos ou obrigações criados ou retidos com a transferência; ou se o Banco detém o controlo, continua a reconhecer o activo financeiro, na medida do seu envolvimento continuado no activo financeiro. O Banco procede ao desreconhecimento de passivos financeiros, no seu todo ou em parte quando estes são cancelados ou extintos (e) Classes de instrumentos financeiros O Banco classifica os instrumentos financeiros em classes que reflectem a natureza das informações e toma em consideração as características desses instrumentos financeiros. A classificação efectuada é apresentada nas tabelas abaixo: 22

Categorias (de acordo com NIC 39) Activos financeiros Activos Financeiros ao justo valor através de resultados Crédito e contas a receber Investimentos detidos até à maturidade Activos financeiros disponíveis para venda Derivados de cobertura Categorias (de acordo com NIC 39) Passivos financeiros ao justo valor através de resultados Categorias (de acordo com o Banco) Activos financeiros detidos para venda Activos financeiros ao justo valor através de resultados Empréstimos e adiantamentos a bancos Empréstimos e adiantamentos a clientes Instrumentos de dívida Títulos de dívida Títulos de dívida Títulos de dívida Instrumentos de Capital Derivados Títulos de dívida Instrumentos de Capital Empréstimos e adiantamentos a bancos Empréstimos e adiantamentos a clientes Empréstimos a particulares (retalho) Empréstimos a empresas Descobertos Cartões de crédito Empréstimos a termo Hipotecas Grandes empresas PMEs Outros Cotados Não cotados Cotados Não cotados Cotados Não cotados Cotados Não cotados Instrumentos de capital Instrumentos de cobertura ao justo valor Instrumentos de cobertura em disponibilidades Instumentos de cobertura como investimentos líquidos Categorias (de acordo com o Banco) Passivos financeiros detidos para negociação Passivos financeiros ao justo valor através de resultados Passivos financeiros Instrumentos financeiros não reconhecidos no balanço Depósitos de outras instituições financeiras Depósitos de clientes Clientes retalho Clientes Corporate Passivos financeiros ao custo Obrigações do tesouro amortizado Obrigações convertíveis Empréstimos subordinados Compromissos Garantias bancárias, cartas de crédito e outros Compensação de instrumentos financeiros Os activos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido reconhecido no balanço quando o Banco tem um direito legal de compensar os valores reconhecidos e as transacções podem ser liquidadas pelo seu valor líquido, ou a realização do activo e a exigibilidade do passivo ocorram em simultâneo. 23

Imparidade dos activos financeiros (a) Geral Considera-se que um activo está com imparidade quando o seu valor contabilístico é superior ao seu montante recuperável estimado. (b) Activos avaliados ao custo amortizado Em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de uma evidência objectiva de imparidade de um activo ou de um conjunto de activos financeiros. A perda de valor recuperável de um activo financeiro ou de um conjunto de activos financeiros apenas ocorre se existir uma evidência objectiva de imparidade em resultado de um ou de vários eventos ocorridos após o seu reconhecimento inicial ( perda eventual ) e se o referido evento (ou eventos) tenha um impacto adverso nos fluxos de caixa futuros estimados do activo financeiro ou grupo de activos financeiros, que possa ser medido de forma fiável. O critério utilizado pelo Banco para determinar acerca da existência de evidência objectiva de imparidade de um activo financeiro ou de um grupo de activos financeiros inclui informação observável acerca dos seguintes eventos: dificuldades financeiras significativas do emissor ou devedor; uma quebra de contrato, tal como atraso ou incumprimento na liquidação de juros ou na amortização de capital; se mostre provável que o mutuário entre em processo de falência ou reorganização financeira; o desaparecimento de um mercado activo para esse activo financeiro devido a dificuldades financeiras; ou dados observáveis que indiciem um decréscimo mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de um grupo de activos financeiros desde o reconhecimento inicial desses activos, embora o decréscimo ainda não possa ser identificado com os activos individuais da carteira, incluindo: (i) alterações adversas no estado de cumprimento por parte dos mutuários do grupo, ou (ii) condições económicas nacionais ou locais que contribuam para a falta de cumprimento por parte dos activos da carteira. O Banco avaliará em primeiro lugar a existência de uma evidência objectiva de imparidade relativamente a activos financeiros significativos a título individual, e, individual ou colectivamente para activos financeiros que, individualmente, não sejam significativos. Caso o Banco conclua pela inexistência de evidência objectiva de imparidade relativamente a um activo financeiro avaliado individualmente, quer seja significativo ou não, considera o referido activo num grupo de activos financeiros com características de risco de crédito semelhantes e avalia esses activos de forma colectiva quanto à sua imparidade. Os activos 24

avaliados individualmente e para os quais já tenham sido ou continuem a ser reconhecidas perdas de imparidade não são considerados para efeitos de avaliação colectiva de imparidade. Se existir prova objectiva de que existe uma perda por imparidade, o montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não tenham sido incorridas), descontado à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. O valor contabilístico do activo é reduzido por contrapartida da respectiva conta de provisão, sendo o montante da perda reconhecido na demonstração dos resultados. Caso um empréstimo ou um investimento mantido até à maturidade tenha uma taxa de juro variável, a taxa de desconto para efeitos de mensuração de uma perda do valor recuperável é a taxa de juro actual efectiva determinada contratualmente O cálculo do valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados de um activo financeiro colateral reflecte os fluxos de caixa que podem resultar da execução de uma hipoteca, deduzido dos custos para obter ou vender o activo colateral, sendo ou não provável a sua execução. Para efeitos de avaliação colectiva da imparidade, os activos financeiros são agrupados de acordo com características de risco de crédito semelhantes, isto é, na base do processo de classificação atribuído pelo Banco, o qual considera o tipo de activo, sector, localização geográfica, tipo de colateral, comportamento passado e outros factores relevantes. As características escolhidas são relevantes para efeitos de determinação dos fluxos de caixa futuros estimados relativamente a grupos de determinados activos, servindo como indicadores da capacidade dos devedores para pagarem a totalidade das quantias devidas de acordo com os termos contratuais dos activos objecto de avaliação. Os fluxos de caixa futuros num grupo de activos financeiros avaliados colectivamente em termos de imparidade são determinados tendo por base os fluxos de caixa dos activos previstos nos contratos de financiamento celebrados com o Banco e na experiência em termos de perdas históricas para activos com características de risco de crédito semelhantes às do grupo. A experiência de perdas históricas é ajustada com base nos dados observáveis disponíveis de forma a reflectir os efeitos das condições actuais que não afectaram o período no qual se baseia a experiência de perdas históricas e a remover os efeitos de condições consideradas como válidas no período histórico mas que não se verificam no período actual. 25