RELATÓRIO SOBRE OS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS E NAS CIDADES GAÚCHAS AGOSTO DE 2014

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Transcrição:

1 FURG INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS ICEAC CENTRO INTEGRADO DE PESQUISAS CIP www.cip.furg.br e-mail: cip@furg.br Coordenador: Prof. Tiarajú Alves de Freitas Bolsista: Acadêmico: Augusto Natal Zonatto Projeto de pesquisa: Análise da dispersão dos preços para sinalização de práticas anticompetitivas no mercado de combustíveis (Projeto registrado conforme ATA 001/2007 do ICEAC) RELATÓRIO SOBRE OS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS E NAS CIDADES GAÚCHAS AGOSTO DE 2014 O Centro Integrado de Pesquisas CIP é um centro que desenvolve pesquisas econômicas sendo vinculado ao Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis ICEAC da Universidade Federal do Rio Grande FURG e, uma de suas pesquisas em andamento é a análise da dispersão dos preços da gasolina tendo como base a coleta de preços divulgados semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo ANP 1. O Índice Concorrencial de Preços, criado pelo CIP/ICEAC, é um instrumento pelo qual se pode averiguar a concorrência ou a não-concorrência entre os postos de combustíveis, de acordo com o nível de dispersão dos preços. Esse indicador mostra que para valores abaixo de 1% verificase a não-concorrência, caso em que os preços encontram-se fortemente alinhados. Para valores acima de 1% verifica-se um mercado competitivo. Portanto, quanto mais afastado do 1% positivamente for o ICP, melhor o desempenho nesse sentido. Na seção a seguir apresenta-se a nota metodológica sobre o cálculo do ICP. Após, tem-se os resultados e a análise do ICP para o Brasil, para o Rio Grande do Sul e para o município de Rio Grande, respectivamente. 1 Quem desejar ver os dados divulgados semanalmente pela ANP é só se dirigir ao site www.anp.gov.br.

2 Nota metodológica Para verificar a possível ocorrência de práticas anticompetitivas pode-se analisar a dispersão dos preços através do cálculo do coeficiente de variação. O coeficiente de variação é interpretado como a variabilidade dos dados em relação à média e quanto menor este coeficiente mais homogêneo é o conjunto de dados, ou seja, mais os preços estão alinhados. Como estamos tratando do nível de concorrência entre os postos de combustíveis chamamos o Coeficiente de Variação de Índice Concorrencial de Preços (ICP). O ICP é o desvio-padrão dos preços dos combustíveis para um grupo de postos dividido pelo preço médio do combustível neste mesmo grupo. A interpretação do ICP é fácil: quanto mais próximo de zero for o seu valor, maior é o alinhamento de preços e menor a concorrência entre os postos (Tabela 1). Ademais criamos uma linha divisória que indicaria a região de baixíssima dispersão de preços que poderia indicar um conluio ou formação de cartel. Um ICP abaixo de 1% entra na categoria de não-concorrência, ou seja, os preços apresentam-se alinhados. É importante salientar que não é uma prova de cartel explícito ou proposital se o ICP estiver nesta região, mas uma indicação para que se façam maiores análises desses resultados. Dentro desta área podem-se encontrar acordos propositais e acidentais. Os acordos acidentais são decorrentes das características estruturais do mercado e da homogeneidade do produto. É comum encontrarmos explicações por parte dos postos de que dada a estrutura de custos semelhante, os preços tendem a ficarem alinhados. Já os acordos propositais significam um conluio para promoverem a prática de um mesmo preço no mercado por um grupo que tenha representatividade no mesmo. Para se saber qual tipo de acordo está ocorrendo são necessárias pesquisas mais detalhadas podendo gerar inclusive abertura de processos junto à agência reguladora do setor, ANP e, a Secretaria de Direito Econômico - SDE. TABELA 1 - Características do Índice Concorrencial de Preços ICP para sinalizar Valor ICP Denominação Significado Concorrência ICP 1% Área de Os preços estão fortemente alinhados Praticamente não existe concorrência ICP > 1% Área de concorrência Os preços não estão Existe concorrência fortemente alinhados. Fonte: CIP/ICEAC da FURG Obs.: A área denominada como não-concorrência contempla as situações de cartel tácito e explícito.

3 O ICP no Brasil Sete capitais apresentaram um forte alinhamento de preços no mês de agosto. Porto Alegre está entre as seis capitais com melhor nível de concorrência entre os postos de combustíveis Sete capitais apresentam um forte alinhamento de preços no mês de agosto, entre 24 e 30 de agosto de 2014, ou seja, quase não houve concorrência entre os postos de gasolina dessas cidades. Podemos notar que o número de capitais que tiveram ICP menor que 1% manteve-se estável quando comparado ao mês de julho, o qual apresentava sete capitais com forte alinhamento de preços. Nesse mês de agosto tivemos a capital do Distrito Federal Brasília - com o pior índice, sendo de 0,38% o ICP dessa capital. As cidades que apresentaram a melhor situação para o consumidor foram: Salvador com ICP de 8,24% e São Paulo com ICP de 5,49%. Porto Alegre é a sexta capital com maior nível de concorrência entre os postos de combustíveis. Gráfico 1 Obs.: O ICP é o desvio-padrão do preço do combustível dividido pelo preço médio do combustível. Para maiores detalhes ver a seção Metodologia. Fonte: Centro Integrado de Pesquisas (CIP) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG). As capitais nas quais a concorrência encontra-se acima de 1% são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Belém, Florianópolis, Teresina, Macapá, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Natal, Goiânia, Campo Grande, João Pessoa e Porto Velho, Salvador, Aracaju. Por outro lado, as que se encontram abaixo do nível de 1% foram: Brasília, Fortaleza, Palmas, Boa Vista, São Luís, Rio Branco e Vitória. O Gráfico 2 apresenta o ICP por classe de veículos nas capitais brasileiras para a gasolina comum. Constata-se que as capitais com mais de 1,001 milhões de veículos apresentaram a concorrência de 6,87%. Sendo que os municípios com o número de carros abaixo de 100.000

4 tiveram um ICP de 0,54%. Os municípios com o número da frota entre 100.001 a 200.000 apresentam um índice de 1,63% de concorrência, os municípios entre 200.001 a 500.000 automóveis tiveram um ICP de 2,71% e os com número entre 500.001 e 1.000.000 tiveram o ICP de 3,29%. Gráfico 2 Fonte: Centro integrado de Pesquisas (CIP) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Alguns outros destaques no mês de agosto: Recife, capital da Pernambuco e Manaus, capital do Amazonas, foram as que obtiveram a maior margem de revenda, sendo de 16%. Já as capitais Belo Horizonte e Belém tiveram a menor margem, sendo 9% como mostra a tabela 2. Rio Branco é a capital que possui o maior preço ao consumidor de R$3,323 e Salvador tem o menor preço ao consumidor da Gasolina Comum R$2,778. (Preço médio). Em São Paulo esteve a gasolina mais barata que a Distribuidora cobrou dos postos, R$ 2,442 e em Rio Branco onde se cobra mais caro R$2,811 uma diferença de R$0,369 entre São Paulo e Rio Branco.

5 A seguir, na Tabela 2, estão os preços médios da gasolina, bem como os preços médios cobrados pelas distribuidoras e a margem dos preços em todas as capitais brasileiras: Tabela 2 Nível de concorrência entre capitais brasileiras para a gasolina comum no período de 24 a 30 de agosto: 6 CAMPO GRANDE 2,78% 2,808 2,5 11% concorrência 7 CUIABA 2,07% 2,947 2,618 11% concorrência 8 CURITIBA 2,37% 2,908 2,527 13% concorrência 9 FLORIANOPOLIS 2,99% 2,945 2,526 14% concorrência 10 FORTALEZA 0,44% 2,984 2,601 13% 18 PORTO ALEGRE 3,00% 2,869 2,505 13% concorrência 19 PORTO VELHO 2,00% 3,193 2,759 14% concorrência 20 RECIFE 3,37% 2,968 2,507 16% concorrência 21 RIO BRANCO 0,72% 3,323 2,811 15% 22 RIO DE JANEIRO 4,19% 3,099 2,691 13% concorrência Preço Médio Nº Capitais ICP Nos Postos Distribuidora Margem Situação 1 ARACAJU 2,80% 2,932 - - concorrência 2 BELEM 3,19% 2,949 2,688 9% concorrência 3 BELO HORIZONTE 2,89% 2,842 2,584 9% concorrência 4 BOA VISTA 0,59% 3,065 2,609 15% 5 BRASILIA 0,38% 3,132 2,736 13% 11 GOIANIA 1,69% 3,131 2,715 13% concorrência 12 JOAO PESSOA 1,83% 2,849 2,544 11% concorrência 13 MACAPA 2,15% 2,924 2,62 10% concorrência 14 MACEIO 2,21% 2,99 2,598 13% concorrência 15 MANAUS 1,39% 3,17 2,677 16% concorrência 16 NATAL 1,25% 3,035 2,626 13% concorrência 17 PALMAS 0,70% 3,156 2,683 15% 23 SALVADOR 8,24% 2,778 2,465 11% concorrência 24 SAO LUIS 0,60% 2,978 2,582 13% 25 SAO PAULO 5,49% 2,825 2,442 14% concorrência 26 TERESINA 2,98% 2,787 2,508 10% concorrência 27 VITORIA 0,94% 3,073 2,602 15% Fonte: Elaborado pelo CIP/ICEAC/FURG a partir dos dados fornecidos pela ANP. Notas: 1. O ICP é o desvio-padrão entre os preços praticados pelos postos em cada cidade dividido pelo preço médio que os postos cobram ao consumidor pela gasolina comum; 2. A variável Margem é construída através do peso do preço do combustível que o posto paga para a distribuidora sobre o preço que o posto cobra ao consumidor. O percentual obtido é a margem entre estes dois preços. A fórmula fica então assim: Margem = (1 (P d/p c)), onde P d é o preço cobrado pela distribuidora e P c é o preço que o posto cobra ao consumidor.

6 3. A ANP não informou o preço pago pelos postos às distribuidoras da cidade de Aracajú, impedindo o cálculo da margem de revenda nesta cidade. A concorrência entre os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul Nove cidades do Rio Grande do Sul apresentam forte alinhamento de preços entre os postos de combustíveis para a gasolina comum. Sete cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre estão entre as 10 cidades com maior nível de concorrência entre os postos de combustíveis para a gasolina comum. Nove cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre estão entre as 10 com menor preço da gasolina comum. Canoas tem o preço da gasolina comum mais barato entre as cidades pesquisadas pela ANP no Estado. Rio Grande apresenta o quinto maior preço médio entre as 43 cidades pesquisadas e um forte alinhamento dos preços para a gasolina comum. O município de Pelotas é o nono.bagé apresenta o maior preço médio praticado no Rio Grande do Sul. De uma forma geral, o nível de concorrência entre as cidades gaúchas quando comparadas entre o mês de julho e agosto percebe-se uma piora. Em julho de 2014 tínhamos sete cidades com forte alinhamento de preços entre os postos para a gasolina comum. E em agosto passou a termos nove cidades. Para o consumidor ter uma noção do que isso significa para o seu bolso, nas cidades que apresentaram concorrência entre os postos poderia se alcançar uma economia de trinta e seis centavos por litro de gasolina. Já nas cidades com forte alinhamento de preços a economia seria de de um centavo, apenas. Pontualmente pode-se citar o município de Canoas como ponto positivo para a concorrência. Já no outro extremo podemos citar a cidade de Jaguarão. No período de 24 a 30 de agosto de 2014, percebe-se que Rio Grande apresenta o quinto maior preço médio ao consumidor (R$3,158), dentre as 43 cidades pesquisadas no Rio Grande do Sul. A tabela 3 mostra os dez maiores preços médios da gasolina comum praticados nas cidades pesquisadas pela ANP. Tabela 3 Nível de preço entre as cidades gaúchas para a gasolina comum no período de 24 a 30 de agosto de 2014 Nº Município Preço nos postos 01 Bagé 3,252 02 Santana do Livramento 3,233 03 Jaguarão 3,225 04 São Gabriel 3,201 05 Rio Grande 3,158 06 Santa Vitória do Palmar 3,147 07 Caçapava do Sul 3,136 08 Santa Rosa 3,13 09 Pelotas 3,129 10 São Luiz Gonzaga 3,125 Fonte: Elaborado pelo CIP/ICEAC/FURG. Outro ponto importante analisado pela equipe do CIP é o nível de concorrência entre os postos. Vale lembrar que quanto mais próximo de zero for o Índice Concorrencial de Preços ICP mais alinhados estarão os preços praticados entre os concorrentes. Ou seja, esta situação reflete

7 àquele consumidor que não percebe diferença entre os preços praticados entre os postos. O ICP de Rio Grande piorou, quando comparado com o mês de julho, ficando em 0,98%, o que caracteriza um aumento no alinhamento de preços. A cidade de Jaguarão apresentou, neste mês, o pior índice de concorrência (0,16%). Os dez municípios que apresentaram forte alinhamento de preços no estado foram: Tabela 4 As dez cidades gaúchas em que os preços da gasolina comum estão mais alinhados no período de 24 a 30 de agosto de 2014 Nº Município ICP (%) 01 Jaguarão 0,16% 02 Santana do Livramento 0,31% 03 Sapiranga 0,41% 04 Santa Vitória do Palmar 0,76% 05 Caçapava do Sul 0,77% 06 São Borja 0,85% 07 Pelotas 0,86% 08 Bagé 0,89% 09 Rio Grande 0,98% 10 Guaíba 1,02% Fonte: Elaborado pelo CIP/ICEAC/FURG a partir dos dados fornecidos pela ANP. No outro extremo, estão as cidades que registraram os dez níveis de concorrência mais elevados. Aqui, temos as cidades onde o consumidor percebe diferença entre os preços praticados pelos postos. A cidade com o melhor índice de concorrência, ou seja, o maior ICP, ficou por conta de Canoas (4,42%). Se o consumidor realizasse uma pesquisa prévia antes de decidir onde abastecer, por exemplo, nesta cidade, ele conseguiria economizar até R$ 0,36 por litro. A tabela 5 mostra os municípios com o maior nível de concorrência entre os postos. Tabela 5 As dez cidades gaúchas em que há maior concorrência entre os postos para a gasolina comum no período de 24 a 30 de agosto de 2014 Nº Município ICP (%) 01 Canoas 4,42% 02 Vacaria 3,13% 03 Porto Alegre 3,00% 04 Gravataí 2,92% 05 Cruz Alta 2,80% 06 Alvorada 2,79% 07 Santa Cruz do Sul 2,60% 08 Sapucaia do Sul 2,60% 09 Uruguaiana 2,48% 10 Esteio 2,47% Fonte: Elaborado pelo CIP/ICEAC/FURG a partir dos dados fornecidos pela ANP. Entre as 43 cidades do Rio Grande do Sul pesquisadas pelo CIP/ICEAC, Rio Grande foi a cidade com o quinto maior preço médio da gasolina (R$3,158). A cidade de Canoas apresentou o menor preço médio ao consumidor (R$ 2,693). De uma forma geral, os preços médios da gasolina no estado oscilam entre R$ 3,252 Bagé e R$ 2,693 Canoas. A margem de revenda oscila entre 20% - São Gabriel e 9% Sapiranga. A tabela 6 a seguir mostra a situação geral no estado.

8 Tabela 6 - Concorrência no Rio Grande do Sul - gasolina comum 24 a 30 de agosto 2014 Preço Médio Nº Município Frota - Jan/12 ICP Distribuidora Posto Margem Situação 1 Alegrete 27.817 1,77% 2,616 3,115 16% concorrência 2 Alvorada 58.915 2,79% 2,507 2,938 15% concorrência 3 Bagé 50.247 0,89% 2,656 3,252 18% não-concorrência 4 Bento Gonçalves 67.225 1,62% 2,571 3,022 15% concorrência 5 Caçapava do Sul 13.571 0,77% - 3,136 - não-concorrência 6 Cachoeira do Sul 36.646 2,30% 2,503 2,87 13% concorrência 7 Cachoeirinha 58.428 1,44% 2,508 2,908 14% concorrência 8 Canoas 156.233 4,42% 2,42 2,693 10% concorrência 9 Caxias do Sul 256.383 1,93% 2,555 3,059 16% concorrência 10 Chuí 2.628 2,28% 2,54 3,068 17% concorrência 11 Cruz Alta 28.231 2,80% 2,584 3,039 15% concorrência 12 Erechim 57.134 1,67% 2,56 3,054 16% concorrência 13 Esteio 38.438 2,47% 2,472 2,791 11% concorrência 14 Gramado 20.410 1,07% 2,567 3,002 14% concorrência 15 Gravataí 111.319 2,92% 2,513 2,805 10% concorrência 16 Guaíba 37.531 1,02% 2,524 2,842 11% concorrência 17 Ijuí 42.399 2,08% 2,571 3,071 16% concorrência 18 Jaguarão 12.484 0,16% 2,752 3,225 15% não-concorrência 19 Lajeado 49.864 1,20% 2,577 2,99 14% concorrência 20 Novo Hamburgo 131.585 2,35% 2,471 2,766 11% concorrência 21 Osório 23.266 1,41% 2,516 2,898 13% concorrência Palmeira das 2,542 2,971 22 Missões 16.333 2,29% 14% concorrência 23 Passo Fundo 97.700 1,62% 2,579 3,031 15% concorrência 24 Pelotas 158.521 0,86% 2,582 3,129 17% não-concorrência 25 Porto Alegre 736.511 3,00% 2,505 2,869 13% concorrência 26 Rio Grande 88.341 0,98% 2,635 3,158 17% não-concorrência 27 Santa Cruz do Sul 72.088 2,60% 2,524 2,998 16% concorrência 28 Santa Maria 121.767 2,41% 2,545 2,988 15% concorrência 29 Santa Rosa 40.129 1,60% 2,559 3,13 18% concorrência Santa Vitória do 2,567 3,147 30 Palmar 14.629 0,76% 18% não-concorrência Santana do 2,639 3,233 31 Livramento 44.592 0,31% 18% não-concorrência 32 Santo Ângelo 37.468 2,20% 2,573 3,088 17% concorrência 33 São Borja 26.301 0,85% 2,62 3,076 15% não-concorrência 34 São Gabriel 21.758 1,62% 2,57 3,201 20% concorrência 35 São Leopoldo 92.138 2,32% 2,471 2,762 11% concorrência São Luiz 2,608 3,125 36 Gonzaga 15.250 1,15% 17% concorrência 37 Sapiranga 37.668 0,41% 2,458 2,693 9% não-concorrência 38 Sapucaia do Sul 63.077 2,60% 2,488 2,81 11% concorrência 39 Torres 17.000 2,03% - 3,002 - concorrência 40 Tramandaí 17.324 2,03% 2,545 2,962 14% concorrência 41 Uruguaiana 49.970 2,48% 2,628 3,101 15% concorrência 42 Vacaria 29.699 3,13% 2,537 3,068 17% concorrência 43 Viamão 85.967 1,55% 2,536 2,896 12% concorrência Notas: 1. O ICP é o desvio-padrão entre os preços praticados pelos postos em cada cidade, divididos pelo preço médio que os postos cobram ao consumidor pela gasolina comum; 2. A variável Margem é a diferença entre Pd é o preço cobrado pela distribuidora e Pc é o preço que o posto cobra ao consumidor; 3. Distribuidora: ( - ) A ANP não informou o preço de compra (distribuidora) da gasolina comum em seu endereço eletrônico: www.anp.gov.br. 4. A ANP não informou o preço pago pelos postos às distribuidoras das cidades Caçapava do Sul e Torres, impedindo o cálculo da margem de revenda nestas cidades. Fonte: Elaborado pelo CIP/ICEAC/FURG a partir dos dados fornecidos pela ANP.