Estudo da oviposição de Torymus sinensis (Hymenoptera: Torymidae), parasitoide da vespa das galhas do castanheiro, em condições laboratoriais Ana M. Dinis 1, José Alberto Pereira 1 ; Ambra Quacchia 2 ; Marco Conedera 2 ; Albino Bento 1 1 Mountain Research Center, School of Agriculture, Polytechnic Institute of Bragança, Campus Sta Apolónia, Apt. 1172, 5301-855 Bragança, Portugal. 2 Swiss Federal Research Institute WSL, Insubric Ecosystems Research Group, via Belsoggiorno 22, CH-6500 Bellinzona, Switzerland
1. Introdução: A praga Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu Hymenoptera: Cynipidae Reprodução por partenogénese; Cerca de 150 ovos por inseto; Uma geração por ano; Monófaga. Prejuízos: Redução do crescimento; Debilita a árvore, podendo chegar a morrer; Redução da produção (50 a 70%)
1. Introdução: Prejuízos Barcelos: Freguesia de Tregosa (Abril 2015)
1. Introdução: Distribuição Portugal: 2014 Espanha: 2011 Eslovénia: 2005 França: 2005 Croácia: 2010 Itália: 2002 Coreia: 1963 USA: 1974 Japão: 1941 Portugal 2014: EDM 2015: TM China: Origem de D. kuriphilus 2009- Suíça 2012- República Checa 2013- Alemanha, Hungria, Roménia
1. Introdução: Ciclo Biológico Ovos: Verão Adultos: Verão Larvas: Outono/Inverno /Primavera Pupa: Primavera/Verão
1. Introdução: Meios de Luta Luta Química Luta Mecânica Luta Biológica não tem sido solução Focos muito localizados e viveiros Torymus sinensis Kamijo Hymenoptera: Torymidae Altamente específico de D. kuriphilus Ciclo biológico sincronizado com D. kuriphilus
2. Objetivo Estudar a oviposição de fêmeas de T. sinensis em condições laboratoriais.
3. Material e Métodos 3.1. Obtenção das fêmeas de T. sinensis Isolamento de galhas parasitadas por T. sinensis provenientes de Itália Após emergência dos parasitoides Separação de machos e fêmeas Seleção de 40 fêmeas Isolamento das 40 fêmeas em tubos cilindricos
3. Material e Métodos 3.2. Obtenção das galhas: Concelho de Barcelos Locais de recolha: Freguesias de Tregosa, Quintiães e Aguiar
3. Material e Métodos 3.3. Ensaio Inicio do ensaio: No dia seguinte à emergência de cada fêmea (23 de Abril) A 20 das fêmeas foi adicionado um macho diariamente por 3 horas para acasalamento As galhas expostas foram dissecadas diariamente para contagem de posturas Fim do ensaio: 11 de Junho
3. Material e Métodos 3.4. Dissecação das galhas: Dados registados 1. Nº de câmaras no interior das galhas 2. Conteúdo das câmaras analisadas 2.1. Posturas de T. sinensis - Padrões de oviposição de T. sinensis 2.2. Presença de D. kuriphilus - Nº de D. kuriphilus vivos, data de surgimento de pupas e adultos 2.3. Presença de parasitoides autóctones - Espécies, data de surgimento de pupas e adultos
4. Resultados 4.1. Nº de câmaras no interior das galhas 0.69% 1.40% 0.13% 0.14% 1 câmara 3 câmaras 18.93% 0.13% 0.14% 28.28% 18.40% 0.14% 1 câmara 32.03% 2 câmaras 3 câmaras 4 câmaras 5 câmaras 18.40% 1 câmara 32.03% 2 câmaras 3 câmaras 4 câmaras 5 câmaras 6 câmaras 7 câmaras 8 câmaras 2 câmaras 3 câmaras 2 câmaras 4 câmaras 5 câmaras 6 câmaras 7 câmaras 8 câmaras1 câmara 4 câmaras 10917 galhas dissecadas Total de câmaras: 28248
4. Resultados 4.2. Conteúdo das câmaras 10917 galhas dissecadas Total de câmaras analisadas: 28248 Posturas T. sinensis D. kuriphilus Parasitoides nativos 2.5% 70.0% 27.5% Posturas de T. sinensis: 697 câmaras 993 ovos Taxa de Parasitismo T. sinensis: 4.9%
4. Resultados Nº de posturas 4.2.1. Padrões de oviposição T. sinensis Média ± Erro padrão (EP) Longevidade Dias entre emergência e primeira postura Nº de posturas 35.9 ± 1.388 6.55 ± 0.491 24.8 ± 1.04 0 0 0 0 0 0 0 0 1 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 3 0 0 0 0 0 100 0 0 0 0 0 0 140 80 60 40 20 0 1 0 0 0 0 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 Dias após emergência das fêmeas
4. Resultados Abundância (média ± erro padrão) 4.2.1. Padrões de oviposição T. sinensis 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 a b c Posturas de Torymus sinensis Galhas com 1 câmara foram preferidas pelas fêmeas c 1 2 3 4 5 6 7 8 Nº de câmaras nas galhas d d 2.92% 0.30% 2.92% 0.10% 0.30% 0.10% 6.35% 6.35% 20.26% Posturas de Torymus sinensis 20.26% 70.06% Fêmea em postura 70.06% 1 câmara 2 câmaras 3 câmaras 4 câmaras 5 câmaras 6 câmaras
4. Resultados 4.2.1. Padrões de oviposição T. sinensis 4.35% 1 Ovo na superfície da larva 2.90% de D. 1 ovo kuriphilus 2 ovos 20.46% Ovo na parede da câmara 72.29% 4.35% 2.90% 1 ovo 20.46% 18 18 32 31 35 35 1.31% 18 18 15 15 14 2 ovos 14 14 14 22 3 ovos 22 17 15 mais de 3 ovos 16 16 Apenas 1 ovo encontrado em 72.3% dos casos e 98.7% das posturas foram encontradas na superfície da larva de D. kuriphilus Superfície kuriphilus 18 18 27 27 Parede da 32 72.29% 35 31 35 1 35 22 35 98.69% 22 0 1.31% 18 22 18 22 0 15 36 15 36 0 14 20 14 20 0 14 21 14 Superfície de Dryocosmus 21 0 22 22 kuriphilus 0 17 15 2 16 3 ovos 16 0 27 27 Parede da câmara 0 35 mais de 3 ovos 35 0 98.69% 22 22 0 22 22 0 36 36 0 20 20 0 21 21 0
4. Resultados 4.2.2. Presença de Dryocosmus kuriphilus D. Kuriphilus apareceu em 70% das câmaras analisadas: 98.6% vivos D. kuriphilus Abril Maio Junho 2 de Junho 1ª pupa: 24 de Abril galha com 1 mês...
4. Resultados 4.2.2. Presença de Dryocosmus kuriphilus 1º adulto emergido: 2 de Junho Em galhas recolhidas no início de Agosto na mesma região: pupas de vespa e vespas emergidas
4. Resultados 4.2.3. Presença de parasitoides autóctones 27.5% das câmaras analisadas estavam ocupadas por parasitoides autóctones 98.9% pela espécie Mesopolobus tibialis (Westwood) 1.1% larvas de ectoparasitoides Fêmea de M. tibialis M. Tibialis a emergir
4. Resultados 4.2.3. Presença de parasitoides autóctones Mesopolobus tibialis Família Pteromalidae Frequente em galhas de cinipídeos Ectoparasitoide Altamente polífago Mais de 2 gerações/ano 1ª geração emerge na Primavera 1ª pupa: 23 de Abril 1º adulto emergido: 25 de Abril Galhas com pelo menos 1 mês...
5. Principais conclusões A oviposição média das fêmeas de T. sinensis foi mais baixa do que a referida na literatura e a taxa de parasitismo ocasionada baixa. A presença de pupas de D. kuriphilus e de M. tibialis no início do ensaio indica que as galhas onde ocorreram estavam demasiado velhas. A idade das galhas é um entrave à capacidade oviposicional de T. sinensis e tal facto é de extrema importância no delineamento de futuros programas de luta biológica.
6. Considerações finais O ensaio deverá ser repetido tendo em conta a idade das galhas utilizadas. O parasitoide M. tibialis ocasionou taxas de parasitismo interessantes, mostrando que o ecossistema está a dar resposta à presença de D. kuriphilus. Torna-se necessário continuar estudos sobre a fauna autóctone presente nas galhas do castanheiro bem como o período de emergência e voo da vespa do castanheiro nas diferentes regiões afetadas do país.
Muito Obrigada! Projeto: RED-AGROTEC Red transfronteriza España Portugal de experimentación y transferencia para el desarrollo del sector agropecuario y agroindustrial