Considerações sobre a Questão de Concessões do Setor Público de Energia Elétrica. Roberto Pereira d Araujo

Documentos relacionados
Inferência. 1 Correlação Linear 2 Regressão linear. Renata Souza

MAE116 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA. Aula Correlação e Regressão. Autoria de Profª. Carmen Diva Saldiva de André Prof. Gilberto Alvarenga Paula

Sales Representatives USA/CANADA

VISITAS Mensal RELATÓRIO FE VISITAS TOTAIS VISITANTES ÚNICOS /03/2018 mlabs Gestão de redes sociais

A Casa do GPS. Catalogo Virtual A Casa do GPS ( - Pagina: 1

EUA Março Mercado em números

EUA Dezembro Mercado em números

A incerteza da renovação das concessões e os investimentos em infraestrutura

ANEXO I BICICLETA ESCOLAR. Modelo de ofício para adesão à ata de registro de preços (GRUPO 1)

Mário Menel Presidente

Modicidade Tarifária: Um dos Principais Desafios do Setor para os Próximos Anos

TABELA I - OPERAÇÕES REALIZADAS PELAS DISTRIBUIDORAS

ENGº RAÚL ALBERTO TOMÁS 1

PAINEL TELEBRASIL 2018

Maio /

Maio /

Descrição do PAS Nº 156 VBL 1600

Descrição do PAS Nº 154 VBL 1200

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS MAIO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de Ocupação dos hotéis de Bonito-MS Ano 2019

Seminário Inserção de Novas Fontes Renováveis e Redes Inteligentes no Planejamento Energético Nacional Auditório do CGTEC/COPPE 5 e 6 de Setembro

EUA Março Mercado em números

Mortos e Acidentes por Unidade Federativa

Tipo de Frete Estado Capital Peso do pedido (até) Frete capital Frete interior 1 AC RIO BRANCO 5,00 57,23 65,81 1 AC RIO BRANCO 10,00 73,49 84,51 1

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS DEZEMBRO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS

Painel 2 Iniciativas e Inovações

Câmara de Comércio Americana em Portugal. O Mercado americano. Oportunidades, Condicionantes e Particularidades Como abordar o mercado

QUE FORMA TEM A SUA ENERGIA?

Câmara de Comércio Americana em Portugal. O Mercado americano. Oportunidades, Condicionantes e Particularidades Como abordar o mercado

Descrição do PAS Nº 178 Vip Único 1000

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS AGOSTO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de Ocupação dos hotéis de Bonito-MS Ano 2018

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS MARÇO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de Ocupação dos hotéis Bonito-MS 2019

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS OUTUBRO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de Ocupação dos hotéis de Bonito-MS Ano 2018

Estratégia de Sucesso

RESOLUÇÃO CFESS nº 516 /2007 de 28 de dezembro de 2007

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS JUNHO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de ocupação dos hotéis Bonito-MS 2018

Companhia Energética de Minas Gerais. Condição Atual do Setor Elétrico. Luiz Fernando Rolla

Sergio Valdir Bajay Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 21/06/2018 Campinas, SP

Plano da Apresentação

Incentivos para a Expansão da Oferta e Desenvolvimento da Demanda por Gás Natural

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO DEMANDA DE CANDIDATOS POR VAGA

Planejamento e Modelo Energético. Situação do Abastecimento de Energia Elétrica Mesa Redonda

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS JULHO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS. Taxa de Ocupação dos hotéis de Bonito-MS Ano 2018

Visão Empresarial sobre o Novo Marco Regulatório. Maio/2010

OBSERVATÓRIO DO TURISMO E EVENTOS DE BONITO-MS FEVEREIRO DESEMPENHO DA HOTELARIA DE BONITO-MS

SoluçõeS RobóticaS alvey

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES Acessos Quantidade de Acessos no Brasil Dividido por Tecnologia/Velocidade/UF

Mapa mostra EUA democrata

Nova Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos

Anuário Estatístico do Turismo de Bonito

ENERGIAS ALTERNATIVAS E TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO LIMPAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Diretoria de Desenvolvimento de Negócios. Fernando Henrique Schüffner Neto Diretor de Desenvolvimento de Negócios (DDN) Data:03/06/2011

Roberto Pereira D Araujo Diretor

REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 501-D, DE 2010 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 15 DE 2010

Energia Eólica em um Contexto Mundial

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO BRASIL 2003

INFORME SARGSUS. Situação da Alimentação do Relatório de Gestão Ano Informações sobre Plano e Programação Anual de Saúde

Descrição do PAS Nº 095 Vip Linhas Individuais

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios A Bioeletricidade

A Energia na Cidade do Futuro

MERCADO FOTOVOLTAICO. Análise de Viabilidade. Onde estão as melhores oportunidades do setor fotovoltaico?

Outro olhar minucioso na estrutura de covariância de modelos espaciais

Racionamento de água. Abril/2017

Políticas Estaduais e Municipais para Energia Solar Fotovoltaica

Aprendizado não supervisionado

Bioeletricidade - a energia elétrica da cana: Evolução e perspectivas

Resumo do Monitoramento de Queimadas por Satélites e de Informações Ambientais Associadas

Micro e Pequenas Empresas Brasil RAE. Outubro/ /

CONCORRÊNCIA DESLEAL E TI: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A COMPETITIVIDADE. 28 de agosto de 2012

A geração distribuída: marco regulatório, panorama atual e perspectivas para o futuro.

DEMANDA DE CANDIDATOS POR CARGO / UF NÍVEL SUPERIOR

Os dilemas da energia elétrica Evolução, Qualidade e os Impactos para o consumidor

Estratégia de Sucesso Resultados refletem portfólio de negócios equilibrado. Outubro, 2012

Descrição do PAS Nº 040 Vip Único

CASTIGLIONE MERCADO BRASILEIRO DE CAPITALIZAÇÃO JAN A NOV DE 2015 SUSEP SES 11/01/2016

Alternativas para Financiamento em Projetos de Energia Elétrica VIEX 13/09/ 2017

Descrição do PAS Nº 145 Rede Vip Embratel Vertical

Aprendizado não supervisionado

Es t i m a t i v a s

Estratégia de Sucesso Resultados refletem portfólio de negócios equilibrado. Agosto, 2010

ESTUDOS TÉCNICOS. O desafio de conciliar comunicação ao volante e segurança viária.

PROCESSO SELETIVO UFAL SiSU GERAL (5.168 vagas ofertadas)

Observatório do Turismo de Bonito-MS Boletim Informativo Setembro 2015

Companhia Paranaense de Energia COPEL. Setembro de 2012

DADOS DAS EXPORTAÇÕES DE MEL

Anuário Estatístico do Turismo de Bonito

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

51º Encontro Tele Síntese

ELEIC;OES PARA 0 CONGRESSO DE 8 DE NOVEMBRO DE 1994

Nome do Evento. Matriz Energética e a competitividade da produção nacional - a visão do consumidor.

RESOLUÇÃO COFEN Nº 0463/2014

Execução da Estratégia de Crescimento

Economic Research São Paulo - SP - Brasil Apresentação Semanal. De 16 a 20 de Julho de Rodolfo Margato (11)

MERCADO BRASILEIRO DE CAPITALIZAÇÃO JAN A JULHO DE 2015 SUSEP SES 21/09/2015

Observatório do Turismo de Bonito-MS Boletim Informativo Outubro 2015

Canadá Março Mercado em números

POLÍTICA ENERGÉTICA. Mauricio T. Tolmasquim Presidente

Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica

Sete trimestres de produção de petróleo sobre os efeitos da suspensão dos artigos da Lei de 2012 pela liminar concedida nos autos da ADI 4917

SESI EM NÚMEROS Um retrato do hoje

Transcrição:

Considerações sobre a Questão de Concessões do Setor Público de Energia Elétrica Roberto Pereira d Araujo robertopdaraujo@uol.com.br

Hidroeletricidade: Singularidade na vida útil. Solar fotovoltaica Eólica Biomassa Precisam de Backup Gás Ciclo Combinado Nuclear Óleo Carvão Hidro sem reservatório Hidro c/ reservatório 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 En. Produzida/En. Consumida Fonte: International Energy Agency: Hydropower and the Environment: Present Context and Guidelines for Future Action IHA May 2000

Transcrição literal do documento da Agência Internacional de Energia A maioria das hidrelétricas no mundo pertencem a estados. Outras são de investidores, como as dos EUA. Quase todas foram construídas sob um sistema que garantia estáveis contratos de longo prazo. Isso assegurava uma taxa de retorno aceitável a esses investimentos. Num mercado competitivo, a estabilidade de receita não é totalmente garantida. Dado que hidrelétricas requerem vários anos de planejamento e construção, a flutuação de preços, típica desse sistema, acaba por favorecer outras formas de geração. Porque então, sob um ponto de vista econômico, construir hidroelétricas sob mercados competitivos? A razão é o excepcional baixo custo de operação, além da imbatível flexibilidade técnica. Sob a pura lógica de competição de mercado, apesar desse diferencial, novas hidroelétricas estão em desvantagem como uma opção de suprimento.

Noruega Brasil Venezuela Canadá Suécia Russia China India Japão USA Outros Estrutura da matriz elétrica 100% 80% 60% 40% 20% 0% % hidro % outros Fonte: : Energy International Agency (dados de 2007)

Venezuela Brazil Canada Norway New Zealand Sweden India Japan China United States France Switzerland Uruguay Portugal Australia Spain 70% Fator de capacidade do sistema hidroelétrico 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% base ponta Fonte: : Energy International Agency (dados de 2007)

Canada Brasil USA China India Venezuela Argentina Turkia Mexico Australia Africa do Sul Suécia Noruega km3 Capacidade de armazenagem dos reservatórios 800 700 600 500 400 300 O grande diferencial não é apenas ser hidroelétrico, mas sim o fato dos reservatórios serem capazes de guardar energia de anos futuros. 200 100 0 Fonte: World Water Development Report II - http://wwdrii.sr.unh.edu/download.html

Canadá e Brasil: Semelhanças físicas não se refletem nos preços Cidades Canadenses e Brasileiras /kwh Calgary Alberta (*) 13,91 Toronto Ontario (*) 11,50 Regina - Saskatchewan 11,42 St. John 's - Newfoundland 10,94 Saint John - New Brunswick 10,92 Vancouver - British Columbia 7,11 Montreal - Quebec 7,03 Winnipeg - Manitoba 6,66 Desequalização Light Rio (sem impostos) 16,65 CEMAR - São Luís (sem impostos) 22,18 Fonte: http://www.hydro.mb.ca/regulatory_affairs/energy_rates/electricity/utility_rate_comp.shtml (*) Províncias que adotaram a modelagem de mercado. Tarifas da Light e CEMAR exclusive impostos ANEEL 1 CAN $ = R$ 1,87 dados de 2008

MA PB PI TO AL AC MS RO MT CE PE MG BR RJ RR BA GO AM PA RS ES SE RN SC PR SP DF Ontario, Canadá 700 Tarifas residenciais nas capitais com impostos (R$/MWh) Fonte: ANEEL DEZ 08 648 600 573 572 565 541 500 526 504 503 503 496 485 475 468 459 458 449 448 441 437 433 400 413 390 384 383 371 369 348 300 200 100 0

MA PI TO RO PB AL AC RR MS PE CE MT BR AM MG PA BA RS RJ GO ES RN SC SE SP PR DF Ontario, Canadá 700 Tarifas residenciais e impostos (R$/MWh) Fonte: ANEEL dez 08 600 500 400 300 200 100 0

MA PI TO RO PB AL AC RR MS PE CE MT BR AM MG PA BA RS RJ GO ES RN SC SE SP PR DF Ontario, Canadá Tarifas residenciais sem impostos (R$/MWh) 700 600 500 Baixa Renda no Maranhão Com impostos! 400 300 418 398 393 390 387 376 365 355 350 337 335 325 322 307 306 304 303 301 296 294 287 267 266 263 256 250 242 200 Montreal, Quebec 100 0

Hawai Connecticut New York Maine Massachussets Alasca New Hampshire California Vermont New Jersey Rhode Island Delaware Texas Maryland Nevada Florida DC Pennsilvania Wiscosin Michigan Ilinois Arizona Ohio Iowa North Carolina Lousiana Mississipi Alabama Colorado South Carolina Minnesota New Mexico Georgia Montana Virginia Arkansas Oklahoma Indiana Kansas Oregon Utah South Dakota Tenesse Wyoming Missouri Nebraska Kentucky North Dakota Washington West virginia Idaho $R/MWh Tarifas americanas 1 US$ = 2 R$ Source: Energy Information Administration, Form EIA-861. Annual Electric Power Industry Report. 2008 700 600 Maranhão sem impostos 500 400 300 Reformed Cost of service Reform suspended Hydro Brasil, sem impostos 200 100 -

Mercado x Serviço Público nos Estados Unidos Retail Electric Rates in Deregulated and Regulated States A ten year comparison- American Public Power Association 2008/march

$R/MWh Tarifa Residencial e corrigida pela inflação Exclusive impostos. 350 300 250 200 150 100 50 0 Desapareceram da página da ANEEL 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Tarifa Residencial Tarifa corrigida pelo IPCA

R$/MWh Tarifa Industrial e corrigida pela inflação Exclusive impostos. 250 200 150 100 50 0 Desapareceram da página da ANEEL 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Tarifa Industrial Tarifa corrigida pelo IPCA

Dec.Lei 8.031/45 CHESF Concessão de todas as usinas do S. Francisco Lei 8631/93 Fim remuneração garantida Const. 88 Leis 9075/95 e 8987/95 1940 50 60 70 80 90 2000 2010 Custo do Serviço Remuneração Garantida Estado Preço / Mercado Concessão por licitação Privado

Profundas mudanças constitucionais Constituição de 46 Art 151 - A lei disporá sobre o regime das empresas concessionárias de serviços públicos federais, estaduais e municipais. Parágrafo único - Será determinada a fiscalização e a revisão das tarifas dos serviços explorados por concessão, a fim de que os lucros dos concessionários, não excedendo a justa remuneração do capital, lhes permitam atender as necessidades de melhoramentos e expansão desses serviços. Constituição de 88: Estatizante? Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre:...... III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Lei 8987/95 das Concessões Fim do princípio da justa remuneração Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato. 1 o A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior Insistência desnecessária! e somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. (Redação alterada pela Lei nº 9.648, de 1998)

Lei 8987/95 das Concessões Fim do princípio da justa remuneração A Lei 8.987/95 definiu as seguintes regras de transição para as concessões: Posteriores à CF/88, deverão ser extintas (art. 43); Anteriores CF/88 e cujas obras não tenham se iniciado, deverão ser extintas (art. 43); Concessões anteriores à Lei 8.987/95, que tenham prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, serão válidas pelo prazo restante. Uma vez encerrado o prazo, a concessão será licitada Art. 42

Dec.Lei 8.031/45 CHESF Concessão de todas as usinas do S. Francisco Lei 8631/93 Fim remuneração garantida Const. 88 Leis 9075/95 e 8987/95 1940 50 60 70 80 90 2000 2010 Custo do Serviço Remuneração Garantida Estado Priv. Light e Escelsa ANEEL Racionamento Lei 10848 Mercado Concessão por licitação Privado Prorrog. Concessões ONS MAE + 20 anos 1995 97 99 2001 03 05 07 09

Ao adotar de uma concepção mercantil, o Brasil abandona o princípio de serviço pelo custo. Tal modelagem estava longe de ser consenso entre sistemas que contam com matriz predominantemente hídrica. A questão do fim do período de concessão e a obrigatoriedade de licitar é apenas um dos problemas da modelagem. Instabilidade de preços no mercado. Assimetria tarifária. Modelo de operação no centro do modelo comercial. Divergência crescente entre a operação real e a definidora dos contratos.

jan/96 jan/97 jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 MWmed Carga do sistema interligado período 96-08 52.000 48.000 Frustração de receita ~ R$ 6bi/ano Revisões Tarifárias ~ + 20% 44.000 40.000 36.000 32.000 Descontrato de 25% Mega liquidação estatais: Preços fixos por 8 anos: ~ 50 R$/MWh!

É preciso ficar atento! 1. Não reconhecer que as atuais regras foram criadas sob um paradigma muito diferente do que existia à época da construção das usinas. 2. Confusão entre prazo de concessão e amortização. Uma usina com mais de trinta anos pode não ter sido completamente amortizada. 3. Isolar a questão das concessões de outros aspectos da modelagem, estes tão ou mais importantes quanto o das concessões. 4. Reservar para as estatais a tarefa de redução dos níveis tarifários. Repetição do evento mega leilão.

Fim Grato pela atenção! robertopdaraujo@uol.com.br