Atuação do COEP frente às mudanças climáticas. Equipe Mobilizadores Oficina Mudanças Climáticas Novembro de 2011



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Transcrição:

Atuação do COEP frente às mudanças climáticas Equipe Mobilizadores Oficina Mudanças Climáticas Novembro de 2011

Mudanças Climáticas e pobreza As populações mais pobres tendem a ficar mais vulneráveis diante das mudanças climáticas. A ausência de condições socioeconômicas para enfrentar os impactos das alterações do clima pode resultar não só em perdas materiais, como também na eliminação dos meios de produção, no aumento da fome, numa maior incidência de doenças, perdas de vidas e prejudicar ainda mais o acesso desses grupos aos serviços públicos. Dessa forma, pode-se dizer que as mudanças climáticas intensificam o ciclo de pobreza e as desigualdades sociais.

Mudanças Climáticas e pobreza Diante da estreita correlação entre mudanças climáticas e pobreza, o COEP vem mobilizando sua rede e implementado várias iniciativas para o desenvolvimento de ações e tecnologias sociais que possam capacitar e ajudar as comunidades mais vulneráveis a lidar com as consequências dos eventos climáticas extremos.

Mudanças Climáticas e pobreza Dentre estas iniciativas, destacam-se: A criação e coordenação do Grupo de Trabalho (GT) Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdade, no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), e suas várias frentes de ação; A implementação de atividades voltadas àadaptação aos impactos das mudanças climáticas dentro dos projetos Escola em Ação e Comunidades em Ação:

Mudanças Climáticas e pobreza Dentre estas iniciativas, destacam-se: (Continuação) A ampliação do escopo do Grupo Meio Ambiente da Rede Mobilizadores, que passou a se denominar Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Pobreza. Realização de várias atividades de mobilização, debate e troca de experiências na Rede Mobilizadores, como oficinas, fóruns, enquetes.

GT Mudanças climáticas, Pobreza e Desigualdade Dentre estas iniciativas, destacam-se: (Continuação) Criação, em 2009, do GT Mudanças Climáticas, Pobreza e Desigualdade dentro do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. O objetivo do fórum éauxiliar o governo na incorporação de questões relativas às mudanças climáticas nas diversas etapas das políticas públicas. Saiba mais em: www.coepbrasil.org.br

GT Mudanças climáticas, Pobreza e Desigualdade Objetivos do GT Contribuir para os debates sobre mudanças no clima que vêm sendo realizados em espaços públicos no Brasil; Desenvolver tecnologia social que promova a capacidade de dereação de comunidades vulneráveis a eventos climáticos extremos; Correlacionar o tema das mudanças do clima e das desigualdades sociais; Traçar um perfil das práticas, propostas de ação, desafios e dificuldades das organizações brasileiras sobre mudanças climáticas em associação com o combate à pobreza; Sensibilizar a sociedade para o tema.

GT Mudanças climáticas, Pobreza e Desigualdade Principais Ações: 1 -Realização do levantamento Mudanças Climáticas e Pobreza: o que Pensam as Comunidades : O levantamento foi realizado com moradores das comunidades que integram a Rede COEP; Realizado em julho de 2009, o levantamento envolveu 78 comunidades da Rede, sendo 46 integrantes do Programa Comunidades Semiáridoe as outras 32 participantes de programas e projetos implementados pelos COEP estaduais e municipais.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (Continuação): Resultados: Cerca de 90% dos entrevistados jáouviram falar sobre o tema das mudanças climáticas. A grande maioria (94%), tanto na área rural quanto na urbana, considera que o clima vem mudando ao longo dos anos. 87% dos entrevistados acreditam que essas mudanças jáos afetam. Principais mudanças percebidas: aumento na temperatura; modificação na época das chuvas; variação na quantidade de chuvas; e variação no nível da água dos rios. O levantamento constituiu o primeiro passo para a realização da pesquisa Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (continuação): 2. Pesquisa Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades Em parceria com várias entidades e com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o COEP criou o programa Mudanças Climáticas e Pobreza, no escopo do qual foi desenvolvida a Pesquisa Mudanças Climáticas, Desigualdades Sociais e Populações Vulneráveis no Brasil: Construindo Capacidades. A pesquisa foi dividida em dois subprojetos: Empresas Populações vulneráveis

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (continuação): Subprojeto Empresas: O COEP convidou a socióloga Anna Peliano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para coordenar o subprojeto. Objetivo do levantamento: traçar um primeiro perfil das práticas, propostas de ação, desafios e dificuldades de empresas brasileiras de grande porte, públicas e privadas, no que diz respeito ao tratamento do tema mudanças climáticas em associação à questão do combate à pobreza. A pesquisa de campo foi realizada com 18 organizações empresariais de grande porte, com sede no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Principais resultados: Internamente, as empresas estão bem desenvolvidas em relação às ações de mitigação, mas, no que se refere àcomunidade, poucas ações foram concebidas associando mudanças climáticas e pobreza, revelando a necessidade de que o tema adaptação se torne objeto de capacitações que possibilitem às empresas desenvolver projetos que contemplem os aspectos sociaise ambientais das mudanças climáticas.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (continuação): Subprojeto Populações Vulneráveis O COEP convidou os professores Renato Maluf e Teresa da Silva Rosa para coordenar o subprojeto. O levantamento teve como foco os impactos regionais e as vulnerabilidades de populações de baixa renda em três biomas distintos (Amazônia, Caatinga e Cerrado) e duas regiões metropolitanas (ambas em área de Mata Atlântica), que enfrentaram episódios relevantes de eventos climáticos. Para melhor analisar os dados obtidos em cada uma das cinco localidades pesquisadas, foi construída uma matriz analítica correlacionando, em cada bioma, eventos climáticos extremos (temperatura e precipitação) e os cinco setores de impactos escolhidos pela pesquisa (agricultura/alimento, água, biodiversidade, saúde humana e condições de moradia).

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Subprojeto Populações Vulneráveis(continuação): O estudo revelou que, em geral, as comunidades desconhecem o fenômeno das mudanças climáticas, o que se comprova pelo grande percentual de informantes que não quiseram ou não souberam responder, ou ainda que deram respostas que têm pequena relação com as mudanças do clima. Mostrou ainda que os impactos de eventos climáticos extremos refletem o grau de vulnerabilidade das populações atingidas por esses eventos.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (continuação): 3. Subsídios ao Plano Nacional de Adaptação aos Impactos Humanos das Mudanças Climáticas Em meados de 2010, o GT assumiu o desafio de propor ao governo federal princípios, objetivos e diretrizes para a elaboração do Plano Nacional de Adaptação aos Impactos Humanos das Mudanças Climáticas. O processo aliou a experiência e a expertise de diversas organizações, públicas e privadas, que integram o GT, entre elas: ASA, Care, Consea, Fase, Fiocruz, Ibama, Ibase, Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (Rebrip), Oxfam, VitaeCivilise WWF Brasil, para pensar o que seria um plano de adaptação. As discussões aconteceram em dez subgrupos de trabalho temáticos: Redução de Riscos de Desastres; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social; Educação; Saúde; Segurança Hídrica; Meio ambiente; Segurança Alimentar e Nutricional; Trabalho; e Desenvolvimento Urbano.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade 3. Subsídios ao Plano Nacional de Adaptação aos Impactos Humanos das Mudanças Climáticas (continuação): As contribuições de cada subgrupo foram sistematizadas em um documento discutido por 49 entidades, durante o seminário Mudanças climáticas: adaptação e vulnerabilidade, promovido pelo GT e pelo Consea, nos dias 11 e 12 de novembro de 2010, em Brasília (DF). No final do processo de discussão, foi redigida a versão final do documento e enviada a Luiz PinguelliRosa, secretário executivo do FBMC, para encaminhamento ao governo federal.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade 3. Subsídios ao Plano Nacional de Adaptação aos Impactos Humanos das Mudanças Climáticas (continuação): As recomendações e sugestões contidas no documento alertam para o fato de que os mais vulneráveis das regiões mais pobres, tanto urbana quanto rurais, serão os mais afetados pelas mudanças climáticas. Ações propostas: ampla participação social nos processos de elaboração e implementação de intervenções públicas; controle social; descentralização das políticas; realização de investimentos em pesquisa e educação; mapeamento das vulnerabilidades; prevenção; criação de sistemas de alarme antecipados; reforço da agricultura familiar; preservação da biodiversidade; revisão de políticas atuais, e abandono de estilos de vida e padrões de consumo intensivos em carbono.

GT Mudanças climáticas, pobreza e desigualdade Principais Ações (continuação): 4. Banco de Práticas Clima: Vulnerabilidade e Adaptação O banco de práticas onlinefoi lançado oficialmente pelo COEP, durante Seminário do GT, realizado nos dias 11 e 12 de novembro de 2010, em Brasília. O objetivo do banco épermitir que seus usuários compartilhem práticas e divulguem o que jáacontece no Brasil e pode ser considerado adaptação às mudanças climáticas. Para conhecer os projetos cadastrados ou cadastrar novas iniciativas, acesse: http://www.coepbrasil.org.br/projetosdeadaptacao.

Projetos Escola em Ação e Comunidade em Ação O COEP também abordou o tema das mudanças climáticas em outras iniciativas que desenvolve. Um exemplo são os projetos Escola emação e Comunidade em Ação. O tema utilizado para a mobilização social na edição 2009/2010 dos dois projetos foi Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Pobreza. Objetivos: Contribuir para a maior conscientização/conhecimento quanto aos problemas atuais do Brasil e do planeta no que se refere a meio ambiente e mudanças climáticas e seus impactos sobre as populações mais pobres. Escolas e Comunidades participantes foram estimuladas a realizar tarefas relacionadas a três temas: Terra, Alimentos e Clima; Água e Clima; e Consumo Sustentável, Redução de Resíduos, Reciclagem e Clima.

Projeto Escola em Ação Resultados: Participaram do primeiro ciclo do projeto 634 escolas, de 20 estados do país, num total de 89 municípios. Foram apresentadas 98 propostas e realizadas 82. A maior parte delas envolvendo a construção de hortas, ações para redução do lixo, reciclagem, economia de energia e consumo consciente. Saiba mais sobre o projeto e as atividades desenvolvidas em: http://www.escolaemacao.org.br

Projeto Comunidade em Ação Resultados: Participaram do primeiro ciclo do projeto 46 comunidades, de 13 estados e 43 municípios. Dentre as iniciativas realizadas, podem-se citar: produção de adubo orgânico; implantação de hortas comunitárias e de viveiros de plantas; reaproveitamento de alimentos; reaproveitamento de materiais e reciclagem; recuperação de nascentes; mutirões para limpeza de açudes e barragens; combate ao desmatamento e àqueimada; reflorestamento; e ações voltadas ao consumo consciente, especialmente da água e de bens naturais. Saiba mais sobre o projeto e as atividades desenvolvidas em: http://www.comunidadeemacao.org.br

Rede Mobilizadores Grupo Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Pobreza Com o objetivo de intensificar as discussões e a troca de experiências a respeito do tema mudanças climáticas e pobreza, o COEP ampliou o escopo do grupo temático Meio Ambiente, que, em 2010, passou a se denominar Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Pobreza. Além de disponibilizar notícias, entrevistas, textos e linkssobre o tema, o grupo promove fóruns de discussão e oficinas onlinesobre o assunto. Somente em 2011, jáforam promovidas duas edições das seguintes oficinas: Voluntariado Ambiental; Desenvolvimento Sustentável; Agroecologia; Consumo Sustentável; e Mudanças Climáticas (em andamento) Para mais informações sobre as atividades do grupo e da Rede Mobilizadores, acesse o site da Rede (www.mobilizadores.org.br)