UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO UPE BACHAREL EM PSICOLOGIA FORMAÇÃO PSICÓLOGO FRANCY LIMA PRÉ-PROJETO DE PLANO DE ESTÁGIO Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da Disciplina de Estágio Supervisionado Básico VIII - Ênfase em pré-projeto de plano de estágio. Garanhuns PE 2013
SUMÁRIO 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO... 2 1.1 ESTAGIÁRIO... 2 1.2 LOCAL DE ESTÁGIO... 2 1.3 SUPERVISOR... 2 1.4 ORIENTADOR TÉCNICO... 2 2 OBJETIVOS... 3 3 INTRODUÇÃO/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 4 REFERÊNCIAS... 7
2 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 1.1 ESTAGIÁRIO - Nome completo: Francy Laíne Calisto Lima - E-mails: francylaine@ymail.com // francylclima@gmail.com 1.2 LOCAL DE ESTÁGIO - Nome da instituição: Serviço de Atenção Psicológica - SAP - Área: três salas de atendimento e uma recepção. - Endereço: Rua Capitão Pedro Rodrigues, 105, São José, Garanhuns PE, CEP: 55.294-902 - Telefone: (87) 3761-1343 1.3 SUPERVISOR - Nome: Antonio Pereira Filho - CRP: 02/1917 PE - E-mail: antoniopfilho@yahoo.com 1.4 ORIENTADOR TÉCNICO - Nome: Antonio Pereira Filho - CRP: 02/1917 PE - E-mail: antoniopfilho@yahoo.com
3 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Experienciar a prática profissional em Psicologia fazendo uso do que foi vivenciado teoricamente no Curso, de modo a promover a qualidade de vida ao indivíduo que busca auxílio psicológico e assessorar os profissionais do cuidado humano quanto ao diagnóstico clínico. 2.2 Específicos Realizar psicodiagnóstico clínico através da aplicação de testes psicológicos, entrevistas e anamnese e suas análises para construir o esclarecimento da dúvida diagnóstica; Utilizar procedimentos e instrumentos pertinentes às demandas na relação com os usuários do serviço; Propor diagnósticos acerca de transtornos e síndromes psicológicas nos sujeitos, trazendo a demanda real à tona a fim de proporcionar o cuidado adequado; Atender individualmente ou em grupo, adequando a modalidade de atendimento ao demandante de auxílio psicológico. Experimentar no cotidiano do estágio específico as hipóteses teóricas que fundamentam a prática psicológica na área de testes. Aprofundar o estudo teórico das demandas dos sujeitos que estiverem sob minha responsabilidade clínica; Oferecer um atendimento melhorado qualitativamente a partir do aprofundamento teórico destas mesmas demandas.
4 3 INTRODUÇÃO/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Desde o início do curso de Psicologia, acreditava que estagiar no SAP Serviço de Atenção Psicológica, seria uma forma de retribuir à universidade o investimento que foi feito em minha formação. O SAP sempre interessou-me por ser um espaço bastante acolhedor, há um grande esforço dos profissionais contratados da clínica e dos estagiários de Psicologia, em abarcar as demandas, de diversas ordens, e em trabalhar pela promoção de saúde e qualidade de vida das pessoas que buscam a instituição. O intuito de realizar psicodiagnóstico clínico nesta instituição deve-se ao devido encaminhamento terapêutico das demandas, agilização nos processos de modo que mais pessoas possam ser atendidas na clínica e esclarecimento aos demais profissionais e estagiários das dúvidas diagnósticas que possam possuir. Para acesso aos serviços disponíveis no SAP, o processo de triagem é a porta de entrada dos pacientes aos serviços de Psicologia, uma vez que alguns desconhecem o que é um serviço psicológico. A partir da triagem, as impressões já se configuram como coleta de dados, com vistas a qual direção apontará o encaminhamento. Depois da triagem, aquele que foi inscrito é chamado pelo estagiário ou técnico, para uma entrevista no próprio SAP, onde são feitas as anotações e registros necessários às hipóteses diagnósticas sendo o mesmo conduzido ao atendimento, de acordo com a demanda especificada. Caso seja necessário e solicitado pelo terapeuta, realizar-se-á o psicodiagnóstico clínico. Essa solicitação está em concordância com o artigo 7º alíneas a e d do Código de Ética Profissional do Psicólogo (CFP, 2005), que autoriza uma intervenção colaborativa sendo a pedido do profissional responsável pelo serviço e quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada (Ibidem, p. 12). Acerca da definição de Psicodiagnóstico, o pequeno trecho de Ribeiro e Leal (1997) esclarece de forma sucinta e objetiva a respeito: O termo "psicodiagnóstico" é introduzido por Dupré e por Herman Rorschach no princípio do século. Dupré utilizava-o para qualificar a análise dos sintomas puramente psíquicos de uma doença mental visando fazer o diagnóstico [...]. Rorscharch utilizou-o para qualificar o método de exploração da personalidade baseado nas manchas de tinta [...]. Lafon (1973) explica que o termo adquiriu um sentido limitado aplicando-se somente ao diagnóstico realizado a partir da aplicação do teste projectivo de Rorscharch (Ibidem, p. 358). O diagnóstico clínico em Psicologia é resultado da avaliação psicológica, de acordo com Ribeiro e Leal (1997), a avaliação em Psicologia trata-se de técnicas e instrumentos em que os
psicólogos são especialistas e cujo desenvolvimento ajudou a consolidar a Psicologia como ciência (Ibidem, p. 359). A avaliação psicológica, porém, evoluiu de acordo com a evolução da Psicologia Clínica, retirando o foco primário da psicopatologia e focalizando também nas reações psicológicas ao ambiente, ou seja, a avaliação volta-se ao acontecimento fisiopatológico que é um suscetível gerador de sintomas psicológicos. Ainda que semelhantes aos sintomas psicopatológicos, essas reações podem ser adaptativas à situação de ter uma doença, a se encontrar naquele contexto, e de ser tratado, por vezes com terapias agressivas, ou ainda vivenciar uma situação traumática, estressante que seja insuportável ao sujeito em crise. Dessa forma, o psicólogo precisa identificar os fatores que facilitam a emergência da crise ou a mantêm e precisa diferenciar as reações que estão dentro da norma à doença física das reações psicopatológicas, as quais extrapolam a norma (RIBEIRO; LEAL, 1997). Sobre a avaliação psicológica, a cartilha do Conselho Federal de Psicologia (2007) a define como 5 um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina (Ibidem, p. 8). De acordo com as Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil, formuladas pelo Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações, de 17 de outubro de 1992, o psicólogo contribui para a produção do conhecimento científico da psicologia através da observação, descrição e análise dos processos de desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do comportamento humano e animal; analisa a influência de fatores hereditários, ambientais e psicossociais sobre os sujeitos na sua dinâmica intrapsíquica e nas suas relações sociais, para orientar-se no psicodiagnóstico e atendimento psicológico (Ibidem, p. 1). Machado e Morona (2007) ressaltam que o profissional que queira trabalhar com avaliação psicológica deverá ter em mente as dimensões técnicas, relacionais, éticas, legais, profissionais e sociais diretamente implicadas em seu trabalho. Devemos ter cuidados e preocupações como profissionais que buscam, principalmente e acima de tudo, o respeito e a 'construção' daquele que nos procura para se submeter a um processo de Avaliação Psicológica (Ibidem, p. 17). Para realizar um correto procedimento avaliativo é necessário fazer um levantamento dos objetivos da avaliação e peculiaridades do indivíduo ou grupo que passa pela mesma, de modo a
escolher os instrumentos e estratégias mais eficazes para avaliar psicologicamente. Em seguida realiza-se a coleta de dados por meio de entrevistas, dinâmicas, observações, testes projetivos e/ou psicométricos, entre outros. Após a coleta dessas informações, segue-se a uma primeira integração de dados e elaboração de hipóteses, essa integração pode ou não ser definitiva, dependendo dos objetivos iniciais lançados sobre o processo de avaliação, existe a possibilidade de aplicação de outras técnicas para refinar ou reelaborar os resultados até então obtidos, o Conselho Federal de Psicologia recomenda que seja utilizada mais de uma técnica ou instrumento na avaliação (CFP, 2007). Concluído todo este processo, parte-se para a indicação de respostas e comunicação cautelosa dos resultados, atentando ao correto procedimento ético em tal situação e considerando as limitações do processo de avaliação psicológica. Essa comunicação de resultados é feita através dos documentos elaborados pelo psicólogo, que de acordo com a Resolução nº 07/2003 do Conselho Federal de Psicologia, são os seguintes: laudo, atestado e relatório psicológico. Embora a declaração e o parecer psicológico sejam também utilizados como comunicadores éticos de indicações e resultados de avaliação psicológica. O SAP proporciona ao aluno do Curso de Psicologia a utilização de diferentes recursos com a finalidade de compreender o psiquismo humano, tais como a aplicação de testes psicológicos, realização de entrevistas, atividades em grupo, elaboração de laudos, pareceres ou quaisquer outros documentos elaborados pelo psicólogo, além de orientação profissional, todos estes aplicados sob supervisão às áreas clínica, organizacional, escolar, jurídica, hospitalar e psicossocial. 6
7 REFERÊNCIAS BRASIL. Atribuições Profissionais do Psicólogo no Brasil. Catálogo Brasileiro de Ocupações. Ministério do Trabalho. 2002. Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wpcontent/uploads/2008/08/atr_prof_psicologo_cbo.pdf>. Acesso em: 14 out. 2013.. Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP N.º 07/2003. 14 jun. 2003. Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2013. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Cartilha sobre Avaliação Psicológica. Brasília: CFP, 2007. Disponível em: <www.pol.org.br>. Acesso em: 01 dez. 2013.. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília: CFP, 2005. Disponível em: <http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao/codigo_etica>. Acesso em: 01 dez. 2013. MACHADO, Adriane Picchetto; MORONA, Valéria Cristina. Manual de Avaliação Psicológica. Curitiba: Unificado, 2007. RIBEIRO, José Luis Pais.; LEAL, Isabel. Avaliação e Psicodiagnóstico em Psicologia da Saúde. Psicologia: teoria, investigação e prática, 1997, 2, 357-70. Centro de Estudos em Educação e Psicologia, Universidade do Minho. FRANCYMEDIA MULTIMEDIA PRODUÇÕES www.francymedia.com francylclima.blogspot.com