ANEXO 1. Em termos mais pormenorizados, podemos referir os dados para o ano 2002, fornecidos gentilmente pelo Instituto Nacional de Estatística.

Documentos relacionados
DIA INTERNACIONAL DA MULHER 30 ANOS ( ) QUARTA CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE AS MULHERES 10 ANOS (1995, PEQUIM)

AS DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES NÃO ESTÃO A DIMINUIR EM PORTUGAL

Estatísticas. Caracterização dos desempregados registados com habilitação superior - junho de 2016

Estatísticas. Caracterização dos desempregados registados com habilitação superior - dezembro de 2014

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS DESEMPREGADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR JUNHO DE 2007

INQUÉRITO AO IMPACTO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL NAS EMPRESAS 2004/2006

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 32 ANOS ( ) Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos (2007)

EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CONTÍNUA NA RAM

INQUÉRITO ÀS NECESSIDADES DE QUALIFICAÇÃO DAS MICROEMPRESAS DA RAM 2006/2008

Portugal subiu nove lugares no ranking do desemprego com o Governo PS/ Sócrates. Desemprego aumentou desde que o Governo PS/Sócrates tomou posse

TRANSMISSÃO INTERGERACIONAL DA POBREZA Carla Teixeira INE DES/CV ( )

Inquérito Multi-Objectivo Contínuo

Caracterização dos intervenientes em acções de contrato individual de trabalho

Situação dos migrantes e seus descendentes directos no mercado de trabalho Módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego de 2008

Jovens no pós-secundário Susana Fernandes Patrícia Pereira Ricardo Santos

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA CRESCE A RITMO INFERIOR AO DOS ÚLTIMOS ANOS

A situação da mulher em Portugal Pág. 1 AS DESIGUALDADES ENTRE HOMENS E MULHERES NÃO ESTÃO A DIMINUIR NO TRABALHO EM PORTUGAL RESUMO DESTE ESTUDO

INQUÉRITO DE OBSERVAÇÃO DOS PERCURSOS DE INSERÇÃO DOS EX-FORMANDOS DE CURSOS QUALIFICANTES- Terminados em 1999

Mercado de Trabalho e Desemprego em Portugal

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR RELATÓRIO IV, DEZEMBRO 2008

A PROCURA DE EMPREGO DOS DIPLOMADOS COM HABILITAÇÃO SUPERIOR RELATÓRIO V JUNHO 2009

AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DE UTENTES DOS POSTOS DE TURISMO

Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação pela População Portuguesa

Informação Comunicação Social 13 de Agosto de 2002

Inquérito à Educação e Formação de Adultos

Diplomados da Universidade Aberta em 2012 Resultados do Inquérito

Aprendizagem ao Longo da Vida Perfis de Participação

5. TRABALHO E EMPREGO

FASCÍCULO V INDICADORES PARA A IGUALDADE

PERFIL DOS ESTUDANTES QUE INGRESSARAM PELA 1ª VEZ, NO 1º ANO NA ESEL ANO LETIVO 2016/2017. Realização: Ana Cristina Santos

PERFIL DOS ESTUDANTES QUE INGRESSAM PELA PRIMEIRA VEZ, NO 1º ANO NA ESEL 2012/2013

Mulheres no com o ensino superior no período 2000/2010 no Dia Internacional da Mulher Pág. 1

Inquérito Multi-Objectivo Contínuo

A importância da Segurança no Trabalho nas organizações e a intervenção da ACT. Paula Sousa Autoridade para as Condições do Trabalho

18% 14% 11% 7% 7% 7% < >60. Classes etárias (anos)

INFORMAÇÃO À COMUNICAÇÃO SOCIAL

Alunos por turma. Total Turmas das quais 11 são mistas

AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO DE UTENTES DOS POSTOS DE TURISMO

RELATÓRIO ÚNICO 2011

INQUÉRITO À EXECUÇÃO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Aprendizagem ao Longo da Vida Inquérito à Educação e Formação de Adultos 2007

AS DESIGUALDADES COM BASE NO GÉNERO PERSISTEM EM PORTUGAL

Emprego dos Diplomados em 2011 da Universidade do Porto (Síntese)

FOLHA INFORMATIVA Nº5

QUADRO SÍNTESE. Pedidos de emprego ,5-6,1 Desempregados ,1-5,4 Ofertas de emprego ,7-8,1 Colocações ,9-8,3

SETEMBRO 2017 COMENTÁRIO SITUAÇÃO NO FIM DO MÊS

QUADRO SÍNTESE. Pedidos de emprego ,6-8,2 Desempregados ,2-8,0 Ofertas de emprego ,3-14,0 Colocações ,2-6,7

Tendências das Doenças Profissionais em Portugal. Departamento de Proteção contra os Riscos Profissionais

SÍNTESE DE INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA

A taxa de desemprego do 3º trimestre de 2008 foi de 7,7%

INQUÉRITO À EMPREGABILIDADE DOS DIPLOMADOS DA ULISBOA. - Edição Gabinete de Estudos e Planeamento Empregabilidade

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Mulheres e Homens em Portugal, Retrato Estatístico da Década de 90

INQUÉRITO À EMPREGABILIDADE DOS DIPLOMADOS DA ULISBOA EM 2013/14

Estatísticas do Emprego 1º trimestre de 2011

Gráfico1 - População residente com 15 ou mais anos, segundo o grupo etário, perante o grupo socio-económico. Menos de 15 Anos

Avaliação Externa das Escolas

População Portuguesa. Inquérito à Utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação

PERFIL DOS ESTUDANTES QUE INGRESSARAM PELA 1ª VEZ, NO 1º ANO NA ESEL ANO LETIVO 2014/2015

Educação: Falta de planeamento compromete desenvolvimento do país*

Ocupação Dispersa: Dispersa. Direcção Geral do Ordenamento do Território e do Urbanismo

DESIGUALDADES DE GÉNERO: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NOS AÇORES

Estatísticas do Emprego 4º trimestre de A taxa de desemprego do 4º trimestre de 2008 foi de 7,8% 17 de Fevereiro de 2009

«h) Instrução e formação: Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade. instrução ou formação recebidas nas quatro últimas semanas. Europeias.

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

INFORMAÇÃO À COMUNICAÇÃO SOCIAL

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

ESTATÍSTICAS DO EMPREGO 4º trimestre de 2006

INQUÉRITO DE INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA AOS EX-FORMANDOS DE CURSOS QUALIFICANTES

Acidentes de trabalho e problemas de saúde relacionados com o trabalho (ATPS 2013)

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

Avaliação Externa das Escolas 2011/12

INICIATIVA NOVAS OPORTUNIDADES. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Ministério da Educação

RELATÓRIO SOBRE A DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES

AUMENTO DA TAXA DE DESEMPREGO PARA 7.7% EM 2006

Avaliação Externa das Escolas 2012/13

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS VISITANTES

Avaliação Externa das Escolas

46% das pessoas dos 18 aos 69 anos participaram em algum tipo de educação ou formação em 2011

CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS

Resultados Provisórios POPULAÇÃO ESTRANGEIRA EM PORTUGAL 2001

Mapa 1. Freguesias de Poceirão e Marateca. Área 282,0 km 2 Fonte: DGT, CAOP População habitantes Fonte: INE, Censos 2011

Divulgar este estudo é lutar também contra a discriminação que a mulher continua sujeita em Portugal Pág. 1

A taxa de desemprego situou-se em 6,7%

The Portuguese Labour Market and Unemployment

APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA

51 anos com Sócrates para atingir o nível de escolaridade da U.E, quando antes eram 29 anos Pág. 1

resultados do inquérito de satisfação 2013 Avaliação ao Grau de Satisfação com os Serviços Prestados pela Universidade Aberta (UAb)

Estatísticas do Emprego 4º Trimestre de A taxa de desemprego do 4º trimestre de 2007 foi de 7,8% 15 de Fevereiro 2008

Tabela 1 Caracterização sócio-demográfica das puérperas da amostra 1 (N=30)

Departamento de Administração e Desenvolvimento Organizacional Divisão de Recursos Humanos e Organização F r e g u e s i a d e Q u i n t a d o A n j o

E S T A T Í S T I C A S

FICHA TÉCNICA. Título Oferta e Procura de Formação em TIC no Ensino Superior [ a ]

Avaliação Externa das Escolas

RELATÓRIO SOBRE A DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES NO ANO DE 2017

A taxa de desemprego situou-se em 10,5% no 4.º trimestre e em 11,1% no ano de 2016

Etiqueta de Identificação. PIRLS e TIMSS Questionário Aprender a Ler. 4.º ano. GAVE Gabinete de Avaliação Educacional Lisboa, Portugal

Transcrição:

ANEXO 1 Em termos mais pormenorizados, podemos referir os dados para o ano 2002, fornecidos gentilmente pelo Instituto Nacional de Estatística. 1. Qualificação da população activa portuguesa Gráfico 1. População total segundo o nível de escolaridade 11% 13% Até ao Básico - 3º ciclo Secundário Superior 76% Relativamente à população activa com idades compreendidas entre 25 e 64 anos é possível constatar que: 64,5% da população não tem mais do que 6 anos de escolaridade 13% da população completou apenas o Ensino Básico (9 anos) 11,8% da população completou o Ensino Secundário 10,8% da população completou o Ensino Superior 1.1 População empregada por sector de actividade O objectivo desta secção é o de analisar a forma como se distribuem os indivíduos que trabalham, por sector de actividade, nível de escolaridade e classe etária. (Para que a oferta de ensino LLL seja adaptada à realidade). O gráfico 2 traduz a distribuição da população empregada, por grandes sectores de actividade.

Gráfico 2 Distribuição da população empregada por grandes sectores de actividade 0,13 Agricultura, Sivicultura e Pescas 0,55 0,32 Industria, Construção, Energia e Agua Serviços FONTE: Inquérito ao Emprego, INE, 2002 O gráfico 3 apresenta o mesmo tipo de informação a um nível de desagregação mais fino. Gráfico 3 Distribuição da população empregada por sector de actividade 5% 6% 13% Indústria Agr_Pesca 6% 7% 7% 4% Construção Comercio 20% Transportes Financeiro Adm_Publica 20% 12% Educação Saúde Serviços FONTE: Inquérito ao Emprego, INE, 2002 O Quadro 1 que se segue, e o gráfico 4, reflectem o perfil da educação dos trabalhadores nestes sectores da actividade. 2

Quadro 1 Distribuição dos indivíduos que trabalham, por nível de escolaridade e sector de actividade Escolaridade Agric. Indústri Construçã Comerci Transporte Financeir Adm. Educaçã Serviço Saúde (em anos) Pesca a o o s o Publica o s 0 23 5 8 2,2 0,9 0 2 1 1,4 3,5 4 47 39 40 29 34 0 28 17 27,2 27,7 6 18 29 30 26,5 21 10 14 13 18 16,9 9 7,5 16 14 25 22,6 22,5 23,1 12,5 20,6 20 12 3,5 9 6 14,6 15,7 52 21,3 12,1 13,2 20,8 15 0,3 0 0,7 1 2,3 4 2 10,4 5 2,2 17 0,7 2 1,3 1,7 3,5 11,5 8,7 29 12,6 8,5 19 0 0 0 0 0 0 0,7 3 1,3 0,3 22 0 0 0 0 0 0 0,2 2 0,7 0,1 Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte: INE, Inquérito ao Emprego, 2002 (cálculos próprios) Da análise do quadro acima apresentado é possível retirar as seguintes conclusões: A grande maioria dos indivíduos que trabalham nos sectores da agricultura e pescas, construção e industria, não completaram mais do que 6 anos de escolaridade. Mais de metade dos trabalhadores dos sectores dos transportes, e do comércio e restauração, têm 6 anos de escolaridade ou menos. Nos sectores da saúde e serviços este valor é ligeiramente inferior a 50% da população empregada. A percentagem de indivíduos que têm 12 anos de escolaridade ou mais, atinge valores extremamente baixos nos seguintes sectores: agricultura e pescas (4,5%), construção (8%) e indústria (11%); O sector financeiro é aquele onde existe uma maior percentagem de indivíduos, a trabalhar, com 12 anos ou mais de escolaridade (68%), seguido do sector da educação (com cerca de 57%), administração pública (33%) e saúde (33%); Finalmente, é no sector da educação que existe uma maior percentagem de empregados que detêm um diploma do ensino superior (cerca de 44%). 3

Gráfico 4 Trabalhadores com 12 anos de escolaridade ou mais, por sector de actividade 80 70 60 50 % 40 30 20 10 0 Agr_Pesca Indústria Construção Comercio Transportes Financeiro Adm_Publica Educação Saúde Serviços FONTE: Inquérito ao Emprego, INE, 2002. 4

1.2 População empregada por tipo de profissão 1.2.1. Estrutura do emprego por situação na profissão Estrutura do Emprego por Profissão (10 3 ) 4º trimestre de 2002 Profissão Valor % Quadros superiores 400,3 7,84 da administração publica, dirigentes e quadros superiores de empresas Especialistas das profissões 352,9 6,91 intelectuais e científicas Tecnicos e profissionais 381,9 7,48 de nível intermédio Pessoal administrativo e similares 507 9,93 Pessoal dos serviços e vendedores 687,1 13,46 Agricultores e trabalhadores 589,7 11,55 qualificados da agricultura e pescas Operários, artífices e 1052,7 20,62 trabalhadores similares Operadores de instalações e máquinas 444,7 8,71 e trabalhadores da montagem Trabalhadores não qualificados 655,5 12,84 Forças Armadas 33,4 0,65 Total 5105,2 100,00 1.2.2 Qualificação da população empregada por tipo de profissão (cálculos em curso) 1.2.3. Qualificação da população empregada por tipo de profissão e classe etária (cálculos em curso) 5

2. Dados estatísticos globais sobre formação ao longo da vida A análise que vai ser efectuada neste capítulo tem por base os dados provisórios do Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em 2003. O Anexo 1 apresenta uma breve nota metodológica sobre este inquérito. 2.1 Educação Formal A aprendizagem formal compreende a educação e formação ministrada num sistema de escolas, colégios, universidades e outras instituições de educação e ensino, em que a aprendizagem é organizada, avaliada e certificada sob a responsabilidade de profissionais qualificados, correspondendo à aprendizagem no âmbito do sistema de educação e formação. 2.1.1 Participação por tipo de ensino, grupo etário e género A primeira ilação que podemos retirar da análise dos resultados do inquérito é a seguinte: dos indivíduos com 15 anos ou mais, apenas 12,4% participou em actividades de aprendizagem formal. Os jovens dos 15 aos 25 anos representam 80% destes estudantes. A participação dos indivíduos com 35 anos ou mais é relativamente baixa, atingindo o valor de 6%. Embora, na globalidade, não se verifique uma grande diferença na participação das mulheres (13%) e dos homens (12%), verifica-se que a presença feminina é maioritária no ensino secundário e superior, como se pode constatar no quadro 2. Quadro 2 População com 15 ou mais anos que, nos últimos 12 meses, participou na aprendizagem formal, por sexo segundo o nível de ensino frequentado Sexo Básico Secundário Superior Total Nº (10 3 ) % Nº (10 3 ) % Nº (10 3 ) % Nº (10 3 ) % Total 210,4 19,4 427,8 39,5 444,5 41,1 1 082,6 100,0 Masculino 114,5 22,9 194,0 38,9 190,5 38,2 498,9 100,0 Feminino 95,9 16,4 233,7 40,1 254,0 43,5 583,7 100,0 Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida (2003) - Dados provisórios 2.1.2 Características dos estudantes e dos diplomados do ensino superior em 2002 A distribuição dos estudantes que frequentavam o ensino superior, por áreas de educação, é a seguinte: Ciências Sociais, Comercio e Direito: 31% Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção: 18% Formação de Professores e Ciências da Educação: 15% Saúde e Serviço Social: 9,1% Humanidades, Línguas, Letras e Artes: 8,6% Ciências, Matemática e Informática: 7,5% Serviços: 6,7% A distribuição dos diplomados do ensino superior, na classe etária dos 25-65 anos, por áreas de educação, é muito semelhante aquela verificada relativamente aos indivíduos que frequentavam o ensino superior em 2002, como se pode constatar no que quadro abaixo se apresenta. 6

Quadro 3 População com o ensino superior completo, por área de educação e formação Áreas de educação e formação População 15 ou mais anos 25-64 anos Nº (10 3 ) % Nº (10 3 ) % Formação de Professores e Ciências da Educação 117,0 18,7 96,2 17,7 Humanidades, Línguas, letras e artes 57,1 9,1 47,1 8,7 Humanidades 39,7 6,3 31,6 5,8 Ciências Sociais, Comércio e Direito 197,8 31,6 176,6 32,6 Ciências sociais e do comportamento 54,9 8,8 46,9 8,7 Ciências empresariais 99,2 15,9 91,2 16,8 Direito 36,5 5,8 33,9 6,3 Ciências, Matemática e Informática 41,0 6,6 37,4 6,9 Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção 85,8 13,7 75,8 14,0 Engenharia e técnicas afins 54,0 8,6 49,3 9,1 Arquitectura e construção 27,7 4,4 22,6 4,2 Agricultura, Silvicultura e Pescas 18,9 3,0 16,9 3,1 Saúde e Serviço Social 79,2 12,7 69,3 12,8 Saúde 71,7 11,5 62,5 11,5 Serviços 24,6 3,9 19,1 3,5 Nota: Na codificação das áreas de educação e formação é utilizada a classificação "Fields of Education and Training Manual" Eurostat Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida (2003) - Dados provisórios 2.2. Educação Não-Formal A aprendizagem não-formal abrange a formação que decorre normalmente em estruturas institucionais mais ou menos organizadas, podendo conferir certificação. Contudo, esta certificação não permite a progressão na sucessão hierárquica de níveis de educação e formação. Compreende a frequência de cursos, a participação em seminários, conferências, explicações, lições privadas, acções de formação no âmbito do emprego, cursos de recreio e lazer e toda a outra formação organizada e sustentada que não confere equivalência a níveis de ensino. 2.2.1 Características dos indivíduos que frequentaram o ensino não-formal em 2002 Apenas 8,7% dos indivíduos inquiridos, com 15 anos ou mais, participaram em, pelo menos uma actividade de aprendizagem não-formal. Destes, mais de 60% participam com o objectivo de melhorar conhecimentos ou competências profissionais (e não por razões pessoais). No entanto, como se pode constatar no gráfico que se segue, a participação entre gerações é significativamente diferente. 7

Gráfico 5 Participação em actividades de aprendizagem não-formal, por escalão etário ( %) 20 15 15,8 13,9 10,3 10 7,2 5 1,9 0 15-24 25-34 35-44 45-54 55 ou mais Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida, INE, 2003 Relativamente à análise da participação por níveis de escolaridade, como se pode verificar no gráfico 2, são sobretudo os indivíduos com qualificações superiores que mais participam em actividades de aprendizagem, fora do sistema de ensino tradicional. Gráfico 6 Participação em actividades de aprendizagem não-formal, por nível de escolaridade % 30 25 20 15 10 5 0 28,5 18,1 14 3,3 Ensino Superior Ensino Secundário Ensino Básico Seis anos de escolaridade ou menos Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida, INE, 2003 2.2.2 As grandes áreas de formação e educação não-formal O quadro que se segue explicita a participação em actividades de aprendizagem não-formal, por área de educação e formação. 8

Quadro 4 População com 15 ou mais anos que, nos últimos 12 meses, frequentou a aprendizagem não-formal, por área de educação e formação segundo o grupo etário Área de educação e formação 15-24 anos 25-44 anos 45 anos e mais % % % Humanidades, Línguas, letras e artes 13,0 8,2 15,8 Ciências Sociais, Comércio e Direito 9,4 23,1 20,4 Ciências empresariais 5,9 18,0 14,5 Ciências, Matemática e Informática 22,9 18,4 18,9 Informática 12,7 16,6 17,5 Informática na óptica do utilizador 9,7 13,5 15,7 Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção 7,3 9,4 9,1 Saúde e Serviço Social 5,0 10,4 11,5 Serviços 37,5 18,7 14,2 Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida (2003) - Dados provisórios A apreciação dos dados acima apresentados faz ressaltar a seguinte observação: as actividades de aprendizagem não-formal são mais frequentes na área dos serviços, nomeadamente serviços de transporte, na área da informática, designadamente informática na óptica do utilizador e nas ciências empresariais. Outro registo importante sobre o ensino ao longo da vida, apresentado neste quadro, diz respeito ao escalão etário daqueles que frequentam as actividades de aprendizagem não-formal. Como observações relevantes podem referir-se as seguintes: Existe uma clara tendência das gerações mais jovens em participarem em actividades de aprendizagem na área dos serviços, nomeadamente em actividades relacionadas com condução de veículos motorizados e com o desporto; Na classe etária dos 25-44 anos são privilegiadas as áreas do saber ligadas às ciências empresariais, informática e serviços; Na população com 45 anos ou mais, predomina a formação nas áreas das ciências empresariais e informática. 2.2.3 Outras características das actividades de ensino não-formal Como se pode constatar da análise dos quadros 5 e 6, as actividades de aprendizagem não formais, são realizadas, na maioria das vezes, integralmente durante as horas de trabalho remunerado, sendo a sua duração média, 127 horas. No entanto, relativamente às actividades frequentadas por indivíduos com idade acima dos 25 anos, este valor é de 109 horas. 9

Quadro 5 Duração da actividade de aprendizagem mais recente em que os indivíduos com 15 ou mais anos participaram, por sexo Unidade: horas Sexo Média Mediana Percentil 15 Percentil 85 Total 127 40 10 156 Masculino 118 40 10 154 Feminino 136 38 10 156 Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida (2003) - Dados provisórios Por último, é de notar que, as actividades de formação realizadas integralmente durante as horas de trabalho têm uma duração inferior à média, e as realizadas por indivíduos que não se encontravam a trabalhar, decorrem durante um período de tempo significativamente superior à média. Quadro 6 População dos 25 aos 64 anos que, nos últimos 12 meses, participou em aprendizagem não formal, por momento da participação e respectiva duração Média de Nº (10 3 ) % horas Total 512,0 100 109 Apenas durante as horas de trabalho remunerado 225,5 44,1 69 A maior parte durante as horas de trabalho remunerado 20,9 4,1 71 A maior parte fora das horas de trabalho remunerado 22,1 4,3 59 Apenas fora das horas de trabalho remunerado 177,2 34,6 82 Não estava a trabalhar na altura 66,3 12,9 345 Fonte: Inquérito à Aprendizagem ao Longo da Vida (2003) - Dados provisórios 10