Para entender como CFM e Anvisa atropelam os princípios científicos



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Sumário. (11)

Transcrição:

Para entender como CFM e Anvisa atropelam os princípios científicos A pesquisa sobre a eficácia da auto-hemoterapia para tratamento e cura de doenças vem enfrentando obstáculos desde que o Conselho Federal de Medicina CFM emitiu Parecer em 2007 afirmando, de forma parcial, incompleta e precária, que o seu uso devia ser proibido aos médicos. Um dos maiores absurdos foi o CFM desconsiderar vários trabalhos científicos porque estavam escritos em outros idiomas. Daí ficar claro que não dá para levar a sério o trabalho de entidade que tem papel tão importante, mas negligencia no trato dos assuntos de interesse geral da coletividade. Visando juntar informações importantes sobre essa questão, reunimos aqui artigos e textos esclarecedores, escritos e publicados nesses últimos seis anos, que dão uma visão de como autoridades que deveriam estimular as pesquisas fazem ouvidos de mercador. Ao invés de favorecer a sociedade e o Poder Público, incorporando ao Sistema Único de Saúde - SUS uma técnica eficaz e barata que evitaria muitas doenças e economizaria muitos recursos gastos desnecessariamente com medicamentos, criam dificuldades para o uso da AHT. Inicialmente, mostramos o trabalho do Dr. Luiz Moura, que utiliza a técnica desde os anos 40 do século passado. Em seguida mostramos artigo sobre publicação na Revista da Associação Médica Brasileira - RAMB, em seu volume 54 - Nº 2, de Março e Abril de 2008 que aborda o assunto de forma enviesada. Mostramos em seguida que as evidências da Auto-hemoterapia precisam ser pesquisadas; e que é hora de sair do empirismo. Abordamos os princípios chamados de "Quatro Pês": prevenção, precaução, prudência e proteção, cujo mau uso e má interpretação vem gerando muitos prejuízos. Mostramos algo estranho com um detalhe intrigante, onde um caso só é capaz de fazer anunciarem ao mundo a cura para o câncer. Mostramos como os médicos podem e deveriam encarar a técnica, mas existe um temor medieval na questão. Por fim, incluímos a explicação inicial sobre auto-hemoterapia dada pelo Dr. Luiz Moura. Bom proveito.

2 MÉDICOS PELA AUTO-HEMOTERAPIA --- Walter Medeiros Em 1943, o jovem Luiz Moura entrou na Faculdade Nacional de Medicina, na Praia Vermelha (Rio de Janeiro). Seu pai foi professor dessa mesma faculdade, era também chefe de enfermaria da Santa Casa e era cirurgião geral. Naquele tempo ele ensinou ao Dr. Moura como tirar sangue da veia e aplicar no músculo. Mandava para a casa de todo paciente que ele operava para, na véspera da internação, aplicar 10 (dez) ml de sangue, e cinco dias depois fazia a mesma a aplicação, no paciente ainda internado, porque naquele tempo as internações duravam em média uma semana. Nunca houve problema nenhum. Com isso foi registrada uma das taxas menores já vistas até hoje de infecção hospitalar. Aquelas aplicações eram feitas com base no trabalho premiado do professor Jesse Teixeira, datado de 1940, que tratava especificamente das formas de evitar infecções pós-operatórias, que teve um sucesso enorme. Durante muitos anos Dr. Moura usou a auto-hemoterapia exclusivamente como prevenção e para tratar de infecções, acne juvenil e também para evitar infecções póscirúrgicas. Ele atuava como cirurgião e a finalidade era basicamente combater bactérias. A partir de 1976, passou a usar numa amplitude muito maior, a partir do tratamento que fez no médico Floramante Garófalo, que se queixava de uma dor e dormência na perna quando fazia caminhadas de 100 a 200 metros. Havia uma obstrução na sua coxa direita, na parte média da coxa. A solução seria fazer uma prótese: tirar uma parte da artéria e substituir por uma prótese de Dralon. O Dr. Garófalo disse que quem o iria curar seria a auto-hemoterapia. E pediu que Dr. Moura aplicasse nele. No fim de 4 (quatro) meses, ele disse: "Não sinto mais nada, estou bom. Agora eu ando quilômetros, não tenho mais problema nenhum". Submetido a uma arteriografia a ser comparada com outra feita antes do tratamento, constataram que não havia mais obstrução alguma. Foi o Dr. Garófalo que presenteou o Dr. Moura com o trabalho do Dr. Jesse Teixeira e outro do Dr. Ricardo Veronesi. Há um intervalo de 36 anos entre os dois trabalhos - um é de 1940 e o outro de 1976 -, mas a impressão que Dr. Moura teve é que um foi feito para combinar com o outro. Enquanto o trabalho do Dr. Jesse Teixeira se limitava à ação da auto-hemoterapia em evitar infecções pós-operatórias, no do professor Ricardo Veronesi, professor da Universidade de Santos, a imunologia já tinha avançado muito mais e se tinha descoberto que o Sistema Retículo-Endotelial (SRE) tem muitas outras funções além de combater as bactérias. Suas principais funções são de limpeza de partículas estranhas provenientes do sangue ou dos tecidos, inclusive células neoplásicas (cancerosas), toxinas e outras substâncias tóxicas; eliminação dos hormônios, os esteróides; remoção de micro agregados de fibrina e prevenção de coagulação intravascular. Assim, a auto-hemoterapia serve para evitar enfartos e tromboses, tromboses cerebrais, enfartos das coronárias, porque ela faz a prevenção da coagulação

3 intravascular, e remove possíveis entupimentos que possam ter havido, como removeu a fibrina que entupia a artéria femural do Dr. Garófalo. São ainda funções do Sistema Retículo Endotelial a ingestão do antígeno, seu processamento e ulterior entrega aos linfócitos B e T (O antígeno produz a reação alérgica, tendo uma grande ação no tratamento das alergias.); biotransformação e excreção do colesterol; metabolismo férrico e formação de bilirrubina; metabolismo de proteínas e remoção de proteínas desnaturadas (Proteínas anormais.); e destoxificação e metabolismo de drogas (metabolismo de proteínas e remoção de proteínas desnaturadas). Segundo o Dr. Luiz Moura, Respondendo por tantas e tão importantes funções, fácil é de se entender o papel desempenhado pelo Sistema Retículo Endotelial no determinismo favorável ou desfavorável de processos mórbidos tão variados como sejam os infecciosos, neoplásicos (câncer), degenerativos e autoimunes. A partir de então, o Dr. Moura começou a usar a auto-hemoterapia em doenças autoimunes. Para ele, o que é triste é que o que o professor Jesse Teixeira descobriu em 1940 e que em 1976 ainda estava sendo estudado em países do primeiro mundo em ratos, no Brasil não teve a devida divulgação. Ele mostra que com base nesses estudos a auto-hemoterapia é um recurso de enorme valor, devido a essa amplitude que o avanço da imunologia teve, pois antes realmente só se sabia que combatia as infecções, e ele só usava, por exemplo, para reduzir o tempo de cura de uma pneumonia: dava o antibiótico e usava simultaneamente a auto-hemoterapia. Com isso ele conseguia reduzir primeiro a quantidade de antibiótico. E o tempo de cura se acelerava, porque o antibiótico fazia uma parte - paralisava a reprodução dos microorganismos e a auto-hemoterapia estimulava os macrófagos a devorar esses micróbios. Explica que antibiótico não mata bactéria; ele só paralisa a reprodução das bactérias. Quem mata a bactéria é nosso Sistema Imunológico, completando o trabalho do antibiótico. Dali em diante, Dr. Luiz Moura acumulou inúmeros casos de tratamento de doenças narrados no DVD sobre auto-hemoterapia, entre elas Esclerodermia, doenças infecciosas, doenças alérgicas, doenças autoimunes, como Doença de Crohn, lúpus, Artrite reumatóide, miastenias graves e outras. Comenta que realmente é um recurso terapêutico que tem uma amplitude enorme. E acrescenta: Então a autohemoterapia é um recurso que tem um número enorme de aplicações, e que tem uma explicação científica de como funciona. Não é algo a dizer que é misterioso, que é uma magia, ou uma panaceia qualquer, não! Sabe-se como funciona. Observa mais: A verdade é que quando se veem os resultados e não têm como explicar, saem pela tangente e dizem ser remissão espontânea. É uma saída, para não admitir que foi a auto-hemoterapia. Neste 18 de outubro de 2010, dia dedicado ao profissional médico, quero prestar homenagem a este homem que é um dos maiores exemplos de honra ao seu ofício e à sua arte de curar. Torcemos para que seu exemplo seja seguido por muitos pares pelo Brasil e mundo afora, e que a verdade chegue a todos os que valorizam o Juramento de Hipócrates para tornar livre o uso da auto-hemoterapia como técnica salvadora de

4 vidas. E por isto dirigimos também nossas homenagens a médicos dedicados que, aplicando ou não, convencidos ou não da eficácia desse procedimento, tratam da sua existência com respeito e dignidade: Drs. Moura(pai do Dr. Luiz Moura), Tarcísio Gurgel, Francisco Rodrigues, Stênio Barros, Gilberto Lopes da Silva Júnior, Marcus Mac- Ginity, Ronaldo João, Júlio Bandeira, Jorge Martins Cardoso, Karina Oliveira Drumond, Alessandra Mandaloufas, Francisco Humberto, Luiz Mattoso, Alex Botsaris, Wu Tou Kwang, Alberto Carlos David, Jessé Teixeira, Ricardo Veronesi. ARTIGO NA REVISTA DA AMB DIZ QUE USO DA AUTO-HEMOTERAPIA ESTÁ CRESCENDO --- Walter Medeiros* A Revista da Associação Médica Brasileira, em seu volume 54 - Nº 2, de Março e Abril de 2008 publica artigo na seção PONTO DE VISTA com o título AUTO-HEMOTERAPIA, INTERVENÇÃO DO ESTADO E BIOÉTICA, assinado por Denise Ferreira Leite; Patrícia Fernanda Toledo Barbosa; e Volnei Garrafa. O conteúdo do referido artigo, embora mostre que A auto-hemoterapia é uma prática de uso clínico crescente, merece alguns reparos, em vista do foco que procuram dar, uma vez que trata a questão com uma espécie de dois pesos e duas medidas. A formulação estranha está feita desde o resumo, onde reconhece que o uso da autohemoterapia cresce no Brasil, mas afirma que tal prática tem potencial risco à saúde dos indivíduos, uma vez que se trata de procedimento terapêutico sem comprovação científica. Ou seja, para criticar a auto-hemoterapia, alegam que se trata de procedimento sem comprovação e quer que isto seja suficiente até para proibi-la. Mas por outro lado dizem - sem qualquer base científica - que teria potencial risco à saúde dos indivíduos. Aqui eles não dizem qual é este potencial nem provam nada sobre os aludidos riscos. Até porque nunca se viu nenhuma comprovação de problema decorrente do uso da auto-hemoterapia. Em seguida, os articulistas partem para discursar sobre o trabalho da ANVISA, tratando do poder legal de polícia administrativa que a legislação lhe confere. Já tratamos desse assunto em outra ocasião, mostrando que a ANVISA age de forma completamente autoritária e gera uma confusão a respeito do uso da autohemoterapia, pois não há nenhuma lei que trata da proibição do seu uso. Ao contrário, existem pareceres e resoluções do Conselho Federal de Medicina que deixam margem para o seu uso, apesar do parecer tendencioso e incompleto que foi emitido para dizer que o uso da auto-hemoterapia não seria recomendado. O estudo citado analisa e defende a ação interventiva da Vigilância Sanitária na prática clínica da auto-hemoterapia no país, tendo como base de sustentação argumentativa o que definem como "Quatro Pês" desenvolvidos pela chamada "Bioética de Intervenção" - prevenção, proteção, precaução e prudência. E discorre sobre a defesa

5 e a proteção à saúde sob o ponto de vista legal, mas esquece o ponto mais importante, que é o direito à saúde, negado quando criam a confusão que criaram, proibindo uma prática sem dados científicos nem base legal. Sob a alegação de proteção do interesse público, trata do que consideram dever de agir do poder público, sem, no entanto, apresentar fatos que recomendariam essa obrigação, ou seja, alguma ameaça à saúde da população ou dos indivíduos, que nunca foi sequer aventada, quanto mais comprovada. Desta forma, o poder público extrapola e age de forma autoritária, pois vai cerceando o direito da população à busca de meios para a sua saúde, na medida em que muitos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde se sentem ameaçados e temem a ação aterrorizante dos autoritários, caso façam o uso da auto-hemoterapia. Por quê os estudiosos não procuram saber os motivos que levam a auto-hemoterapia a ser uma prática de frequência crescente, como dizem? Ao invés de estudarem o assunto, eles imaginam e põem no papel suas ideias sem comprovação, alegando potencial risco à saúde dos indivíduos. E vão além, descrevendo que a técnica teria execução muitas vezes por pessoal sem capacitação e sob condições inadequadas de Biossegurança. De onde tiraram essa conclusão? A conclusão do artigo traz pelo menos uma recomendação que levada em conta - pode ajudar no desenvolvimento científico: que O sistema de saúde e a academia estimulem a reflexão e a pesquisa sobre métodos pretensamente terapêuticos, no sentido de se recomendar com segurança o seu uso ou proscrevê-lo, minimizando especulações a respeito e, com isto, conscientizando mais assertivamente a população sobre o seu uso. *Jornalista EVIDÊNCIAS DA AHT PRECISAM SER PESQUISADAS --- Walter Medeiros Não houve racionalidade ao lidar com a auto-hemoterapia. Houve, sim, uma deterioração da ciência em prol de uma agenda obscura de intolerância com o novo. Esta frase tão forte chegou ao público através do blog Saúde para todos (http://www.dralessandroloiola.blogspot.com/) do médico mineiro Alessandro Loiola, que escreveu um artigo muito lúcido, honesto e ético sobre o assunto, com o título de A DESCONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA. Ele conta experiência que teve ao perceber a autohemoterapia sendo abordada no hospital como algo um segredo terrível ou uma infidelidade digna da Santa Inquisição. Dr. Alessandro afirma que a auto-hemoterapia não é assunto morto e enterrado e refere-se ao posicionamento adotado pelas sociedades de especialistas como absolutamente precipitado ao banir a técnica da prática médica e trata-la como charlatanice. Lembra que o médico carioca Dr. Luiz Moura terminou tendo seu registro

6 cassado no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 2007 por fazer sua propaganda, mas que isso não fez a auto-hemoterapia desaparecer. Explicando que não é defensor da auto-hemoterapia e que concorda com seus acusadores por achar que realmente faltam evidências sólidas, Dr. Alessandro Loiola afirma que pensando cá com meus botões, então não seria o caso de ir atrás destas evidências, sejam elas boas ou desfavoráveis?. Segundo ele, Bastaria seguir os mesmos protocolos de pesquisas clínicas utilizados há décadas para avaliar novos antiinflamatórios, novos antibióticos, novas próteses, novas tecnologias - desde a cirurgia videolaparoscópica até os recentes avanços nas pesquisas com células-tronco.. Em seguida ele assevera que Não houve racionalidade ao lidar com a autohemoterapia. Houve, sim, uma deterioração da ciência em prol de uma agenda obscura de intolerância com o novo. E acrescenta: Curiosamente, uma agenda brandida com ares de indignação pelos mesmos bispos que deveriam defender o pensamento científico livre, leve e solto., indagando ainda: Como seremos capazes de enxergar o novo se continuamos saindo de casa doutrinados para ver somente as mesmas coisas de sempre? O médico mineiro apresenta vários casos de avaliações errôneas daqueles que eram considerados autoridades nos assuntos, que foram desmentidos na prática, entre elas a de que apesar de ser um profundo conhecedor da engenharia e da eletricidade, em 1895 Lord Kelvin profetizou: máquinas voadoras mais pesadas que o ar não são possíveis. E vai mais além, ao dizer que A ciência biomédica está repleta de equívocos semelhantes, opiniões jogadas ao ar antes de serem submetidas ao escrutínio do método científico. Frases de efeito que mais parecem frases de defeito. E entre outros exemplos cita que "A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula", escreveu Pierre Pachet, Professor de Fisiologia em Toulouse, 1872. O mesmo artigo questiona se estamos construindo faculdades de medicina ou igrejas, templos e seitas que pregam não o amor à ciência e à curiosidade altruísta, mas uma louvação cega a dogmas empoeirados. Tudo isso enquanto cidadãos continuam curando seus males com a auto-hemoterapia, mas muitos enfrentam o risco de morrerem à míngua, pois a medicina não apresenta solução para suas doenças e as autoridades proíbem injustamente a prática da auto-hemoterapia. --- Para ler o artigo do Dr. Alessandro Loiola, acesse o blog http://www.dralessandroloiola.blogspot.com/

7 A HORA DE SAIR DO EMPIRISMO --- Graça Medeiros Desde que me tornei usuária da auto-hemoterapia e passei a sentir como o uso desta técnica vem sendo tratado pelas autoridades e entidades relacionadas com o assunto, tenho procurado, em vão, Profissionais Médicos para investigarem a minha história, os meus resultados positivos, os meus relatos pessoais o antes e o depois do uso desse método natural e alternativo. Como eu, são muitas as pessoas que conheço e que se dispõem. Entretanto, o que encontramos é uma confusão em torno do assunto, as ameaças às pessoas que usam a técnica, a tentativa de denegrir a imagem do Dr.Luiz Moura. Até agora nenhum daqueles setores explicou porque a categoria médica não resolve agir de forma séria e amadurecida, para estudar, aprofundar e se certificar da eficácia e eficiência do método. O que será que temem? Qual o prejuízo que teriam em vista? Por que não discutem a legalização do uso da auto-hemoterapia? Enquanto isso, o que se vê é a pobreza, são as pessoas carentes, desassistidas, abandonadas pelo poder público, que ficam entregues à própria sorte. Elas poderiam ter no uso da auto-hemoterapia a solução para muitos dos seus problemas de saúde. Falar de forma irresponsável, amedrontar as pessoas, usar da força que têm como médicos donos do saber... - deixar a população morrer à míngua ao invés de assistila, é lastimável! Por que os detratores da auto-hemoterapia, a partir de dirigentes da ANVISA, da SBHH e do Conselho Federal de Medicina afirmam a suposta ineficácia desse método de tratamento e, em muitos países esse mesmo método é usado de forma legal? E no Brasil é permitido e regulamentado o uso do Tampão Sanguíneo Peridural uma das formas de auto-hemoterapia. Por que é eficaz para uns países e outros não?! É eficaz no tampão e proibido em outras situações?! Qual a explicação? Sem falar no uso pela Medicina Veterinária. Ademais, qual a explicação para o crescimento do uso da auto-hemoterapia? Se fosse um método letal, as pessoas mesmo se encarregavam de desaconselhar... Ao contrário, os Profissionais ficam inibidos, muitos fazem uso e não confessam e outros ainda aconselham, mas pedem reservas... Temem represálias dos próprios colegas!!! Por tudo isso acho que é hora de sair do empirismo e partir para a ação científica. Certamente todos saem ganhando. Será o sentimento Humanitário em ação, a Caridade sendo praticada, a Missão da Medicina sendo cumprida, o Juramento Hipocrático sendo respeitado. Teremos então muitas Pessoas sendo salvas, sofrimentos amenizados. Pela permissão e regulamentação do uso da auto-hemoterapia no Brasil.

8 AUTO-HEMOTERAPIA E OS PRINCÍPIOS PPPP --- Walter Medeiros* waltermedeiros@supercabo.com.br O movimento pela liberação do uso da Auto-hemoterapia no Brasil vem produzindo ao longo desses últimos anos um conjunto de abordagens importantes para comprovar a eficácia da técnica mais que centenária, que certamente servirá de suporte para o estabelecimento das bases de uso quando esta permissão chegar. Apesar de todo descaso das autoridades do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa, do Conselho Federal de Medicina CFM e outros conselhos e entidades que deveriam tratar o assunto de forma mais profissionais e menos tendenciosa, aos poucos vai ficando bem claro para a sociedade o que move esta ânsia de evitar o uso da AHT. Diariamente aparecem novos casos impressionantes de cura e melhora de pessoas doentes que usaram a auto-hemoterapia como recurso para sanar seus problemas de saúde. Aparecem pessoas interessadas em buscar a verdade dos fatos, a despeito dos que tentam denegrir a técnica. E vão se somando também as discussões esclarecedoras, como no caso dos princípios de responsabilidade da bioética, citados pela Anvisa em resposta ao Senador Eduardo Suplicy quando questionou sobre a proibição e recebeu mais uma resposta distorcida, e pelo artigo "Auto-hemoterapia, intervenção do estado e bioética" publicado na Revista da Associação Médica Brasileira RAMB. Trata-se dos chamados 4 Pês: Prevenção, Proteção, Precaução e Prudência. Diz o artigo, publicado em março de 2008, que "A Bioética de intervenção considera os "Quatro Pês" (...) como referenciais teóricos e práticos indispensáveis em questões que envolvam o uso de tecnologias em situações de vulnerabilidade, gestão da "coisa pública" e equilíbrio ambiental. O tema da prevenção é usado em questões que envolvam possíveis danos e iatrogenias de tecnologias existentes; a precaução é evocada em situações em que se desconhecem os riscos envolvidos; a prudência é lembrada com relação aos cuidados necessários frente aos avanços tecnológicos; enquanto o referencial da proteção objetiva trabalhar o tema da vulnerabilidade, da proteção indispensável aos mais frágeis, aos necessitados". Contra-mão Prestando bem atenção ao que está escrito no referido artigo, parece que a formulação, ao se posicionar a favor da proibição do uso da AHT, faz o caminho inverso do que seria razoável esperar, quando se refere ao Princípio da Prevenção. Ao contrário do que mostram, a auto-hemoterapia visa sanar doenças, e historicamente tem feito isto. Percebe-se que os pesquisadores fizeram uma busca superficial, a exemplo do Parecer do CFM sobre o assunto. O certo é que o princípio da prevenção é entendido usualmente pela Saúde Pública como intervenção voltada para evitar a ocorrência de um problema específico. A confirmar a aplicação do deste princípio, constata-se que as instituições de saúde não estão cumprindo o seu papel relacionado com pesquisas e esclarecimento dos fatos.

9 O segundo princípio aplicado seria a Proteção, e aqui também se constata que a interpretação dos fatos é feita no caminho inverso, pois precisaria definir a população ou os grupos populacionais a serem protegidos em suas necessidades específicas. Certamente não o fizeram por ser trabalhoso, já que o CFM, por exemplo, deixou de considerar inúmeros trabalhos científicos estrangeiros "por estarem escritos em outros idiomas". A verdade é que para aplicar o princípio da Proteção as instituições devem esclarecer as partes atingidas sobre as medidas protetoras, senão estarão agindo de forma paternalista e/ou arbitrárias. Os cientistas mostram que a proteção surge quando objetivos sanitários são publicamente aceitos como inevitáveis por serem indispensáveis, e isto não se aplica ao caso da Auto-hemoterapia, já que nenhum problema concreto foi apresentado. Autoritarismo No que se refere ao princípio da Precaução, mostramos que a Anvisa o alegou para proibir a Auto-hemoterapia, mas como se sabe nos meios jurídicos e administrativos, este princípio não pode nem deve ser empregado de forma autoritária, conforme alerta a Desembargadora Marga Inge Barth Tessler, mas exige participação e diálogo com os interessados, o que não foi realizado em nenhuma circunstância pela ANVISA. Ademais, nada foi mostrado que ateste a alegada falta de comprovação científica da auto-hemoterapia. Apenas, de forma estranha, apareceu a nota proibindo um procedimento médico que era utilizado havia 150 anos no mundo inteiro e no Brasil havia mais de sessenta anos, sem qualquer queixa concreta de algum mal resultante da sua aplicação. Prudência - em quarto lugar - devia ter sido virtude dos que proibiram o uso da Autohemoterapia. Eles deviam ter lançado um olhar mais responsável sobre o assunto, providenciando mais esclarecimentos, antes de adotar decisão tão drásticas e desumana. Na compreensão desses "Quatro Pês", é considerado também o conceito de Risco, como chance ou possibilidade de ocorrência de uma conseqüência prejudicial ou ruim em virtude de uma ação ou omissão. Vê-se, portanto, que os princípios PPPP foram mal aplicados e mal explicados pela Anvisa e pelos articulistas. Este fato gerou sérios prejuízos à saúde pública, comprometendo a credibilidade de órgãos importantes e que continuam devendo muitas explicações ao povo brasileiro. Mas há a certeza de que a verdade prevalecerá, comprovando os resultados da prática da auto-hemoterapia durante todos esses anos, com os relatos que surgem aos milhares, mostrando a eficácia da técnica defendida e explicada pelo Dr. Luiz Moura, bem como mostrando que não é em vão a luta dos brasileiros para transpor as barreiras injustas que colocaram em seu caminho. Esperamos que estes princípios sejam cada vez mais discutidos e esclarecidos, para evitar que o seu mau uso e a sua má interpretação continuem gerando tantos prejuízos. --- *Jornalista

10 AUTO-HEMOTERAPIA E A PRECAUÇÃO AUTORITÁRIA DA ANVISA --- Walter Medeiros* waltermedeiros@supercabo.com.br A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA informa que nada tem a obstar à realização de pesquisas sobre auto-hemoterapia que cumpram protocolos em concordância com o método científico e com as normativas nacionais vigentes que versam sobre pesquisas envolvendo seres humanos. A informação foi dada em 31 de janeiro de 2011, na resposta enviada ao Senador Eduardo Suplicy, que pede explicações sobre a postura do governo perante o uso da auto-hemoterapia no Brasil. Mais uma vez usando uma resposta pronta e que desvirtua a realidade, a agência afirma que A Anvisa mantém a visão anteriormente exposta pela Nota Técnica Nº 001/2007 devido ao que chama de inexistência de evidências científicas e trabalhos indexados que comprovem a eficácia e segurança desta prática médica. Ainda na contra mão do que seria razoável na busca da verdade e no cumprimento do real papel das autoridades sanitárias, o órgão alega que seu posicionamento dar-se-ia com base no Princípio da Precaução e cumprindo a missão de proteger a saúde da população brasileira. Como se sabe nos meios jurídicos e administrativos, o princípio da precaução não pode nem deve ser empregado de forma autoritária, conforme alerta a Desembargadora Marga Inge Barth Tessler, mas exige participação e diálogo com os interessados, o que não foi realizado em nenhuma circunstância pela ANVISA. Ademais, nada foi mostrado que ateste a alegada falta de comprovação científica da auto-hemoterapia. Apenas, de forma estranha, apareceu a nota proibindo um procedimento médico que era utilizado havia 150 anos no mundo inteiro e no Brasil havia mais de sessenta anos, sem qualquer queixa concreta de algum mal resultante da sua aplicação. Desta forma, a população brasileira continua vivendo uma situação incomum que, em decorrência de um processo de incomunicação está causando prejuízos aos usuários e defensores da Auto-hemoterapia. O uso da técnica, que consiste na retirada de sangue por punção venosa e a sua imediata administração por via intramuscular na própria pessoa, foi proibido de forma confusa, pela ANVISA, através de uma Nota Técnica de abril de 2007, na qual, entre outras afirmações, diz que O procedimento autohemoterapia poderia ser enquadrado em várias normas legais. Já mostramos que a proibição da auto-hemoterapia é ilegal, pois não existe nenhuma lei que a cite como atividade nociva à saúde ou à sociedade. Basta ler o artigo http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-legis.htm. *Jornalista

11 DETALHE INTRIGANTE --- Walter Medeiros* (walterm.nat@terra.com.br) Nos anos oitenta eu freqüentei uns cursos de filosofia que preparavam os alunos para a compreensão da vida. Ali tínhamos professores bastante qualificados para nos transmitir ensinamentos baseados em descobertas e escritos dos mais variados matizes. A origem da vida era estudada sob as óticas de Darwin, Oparin e outros, para termos uma visão completa dos assentamentos científicos. Numa certa ocasião, um colega ficou meio zonzo, devido à complexidade do assunto em discussão, e exclamou uma frase inesquecível: a realidade enlouqueceu! Pois ao analisar a matéria distribuída no dia 19 e divulgada no Jornal Nacional e toda a imprensa inclusive o Jornal da Ciência, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBPC, um detalhe me chamou atenção. Foi como estalo que se dá vez por outra e a gente vibra com o que descobriu, mesmo sem chegar ao entusiasmo da Eureka!. E olhe que descobri muita coisa surpreendente nos últimos anos, por conta da auto-hemoterapia, técnica que consiste na retirada de sangue por punção venosa e a sua imediata administração por via intramuscular na própria pessoa. A auto-hemoterapia vem sendo utilizada há mais de cem anos, com resultados relatados em inúmeros lugares, através de trabalhos, pesquisas e experimentos. O Parecer do Conselho Federal de Medicina - CFM que propôs a proibição do seu uso, cita 91 trabalhos científicos, embora tente desqualificá-los depois. Ao contrário do que está colocado no parecer do CFM, o médico Alex Botsaris lembra que Na base de dados Pubmed, do NIH (Instutito Nacional de Saúde americano), considerada a maior base de dados médicos do mundo, existem cerca de 106 estudos científicos publicados sobre o assunto. Somente nestas duas bases de dados teríamos 197 trabalhos científicos, enquanto os depoimentos sobre cura com auto-hemoterapia se multiplicam diariamente. As autoridades da saúde fazem vistas grossas, empurrando o problema com a barriga. No dia 19, entretanto, todos festejaram a descoberta do que o Jornal da SBPC chamou de Sangue bom, informando que Defesas naturais do organismo ajudaram paciente a combater o câncer. A forma letal de câncer de pele foi tratada com sucesso com o próprio sangue. O feito foi recebido por especialistas como um significativo avanço do uso da imunoterapia, método baseado no reforço do sistema imunológico do corpo com o objetivo de combater a doença. Antes do tratamento com as células de defesa, ele tinha se submetido a uma cirurgia e tomado remédios sem apresentar nenhuma resposta positiva. Participamos da felicidade desta descoberta, mas não podemos deixar de ficar intrigados com o fato. A auto-hemoterapia tem resultados comprovados em milhares e milhares de casos, mas não pode ser utilizada no Brasil, porque está proibida, mesmo sem base legal. Se esta pesquisa fosse feita no Brasil talvez estivesse proibida, pois não deixa de ser um

12 tipo de auto-hemoterapia. Porém o mais intrigante mesmo, sabe o que é? Para declarer mundialmente que descobriram uma forma de curar aquele tipo de câncer, bastou acompanhar um (1) caso. Nada mais que 1 caso. *Jornalista DRT/RN 468 LIBERDADE PARA OS MÉDICOS --- Walter Medeiros A categoria dos médicos tem sido uma das mais cotejadas pelo comportamento, postura, atos e fatos ligados ao seu trabalho diário no que diz respeito à ética e legislação. À ética, devido ao surgimento frequente de situações que levam os médicos a responderem diante dos Conselhos Nacional e Regionais de Medicina, para explicar ocorrências e reclamações. À legislação, porque muitos dos problemas abordados em processos éticos terminam transformando-se em processos judiciais, levando o Poder Judiciário a se pronunciar, absolvendo ou condenando os profissionais por ações inadequadas ou crimes cometidos. O Código de Ética é desrespeitado por muitos, basta ver as estatísticas dos Conselhos e os relatos dos livros de ocorrências ou informações que chegam através de pessoas enfermas, parentes e imprensa. Na maioria das vezes esse desrespeito parte de maus profissionais que não deviam fazer parte da categoria, tanto que têm seus registros cassados; como por outros que agem mal e recebem punições menos graves. Nesse caso a norma interna cumpre papel importante na categoria e na sociedade. Mas é importante observar que o citado código pode, em muitos casos determinar o que os médicos não podem fazer, e para isto estão estipuladas punições, porém uma coisa que o Código de Ética Médica não faz é proibir os médicos de pensar, de ter opinião e defendê-la. Para ter opinião e defendê-la livremente existe a liberdade de expressão em princípio, e a própria Constituição Federal que assegura esse direito não somente aos médicos, mas a qualquer cidadão. Percebe-se, entretanto, um temor exagerado e assombrado da maior parte da categoria dos médicos em tratar da técnica denominada auto-hemoterapia. Esse temor leva a um clima um tanto medieval para o meio profissional, decorrente das reações autoritárias, truculentas e absurdas do Conselho Federal de Medicina, que proibiu o uso da AHT pelos seus filiados com base em um parecer incompleto, distorcido e cheio de falhas, que devia causar vergonha aos profissionais, pelo mal que a decisão tem feito aos cidadãos há mais de cinco anos. O fato é que a auto-hemoterapia foi proibida de forma ilegal e a ninguém é dado como digno seguir uma norma que considere injusta. Se a considera injusta, mesmo que cumpra a contra gosto o mais razoável e contestá-la e ajudar a derrubá-la. Os médicos

13 estão cerceados no direito de exercer a arte de curar, mas não estão proibidos de estudar, analisar, avaliar, pesquisar e defender a auto-hemoterapia quando tiverem convicção de que ela é eficaz. Sua eficácia vem sendo comprovada há mais de cem anos, basta acessar toda documentação existente e que teve parte considerável e importante desprezada pelo CFM em seu parecer com a desculpa descabida de que estavam escritos em outros idiomas. A sociedade brasileira precisa de médicos corajosos, competentes e humanos suficiente para entender a auto-hemoterapia como parte da sua profissão, aplicar, recomenda e defendê-la com base nos fatos inegáveis. Os que assim não agem podem ser considerados desinteressados com o que poderia ser melhor para sua clientela, omissos ou adeptos do grande grupo de médicos que optaram por uma vida de capacho das indústrias farmacêuticas, em troca de dinheiro, presentes ou vantagens sempre decorrentes da desgraça do povo. A auto-hemoterapia não interessa a quem vende os remédicos que os pacientes deixam de comprar. Precisamos de médicos corajosos, sérios e honestos como Dr. Luiz Moura, Dr. Alex Botsaris, Francisco Rodrigues, Dr. Tarcísio Gurgel, Dr. Luiz Mattoso, Stênio Barros, Gilberto Lopes da Silva Júnior, Marcus Mac-Ginity, Ronaldo João, Júlio Bandeira, Jorge Martins Cardoso, Karina Oliveira Drumond, Alessandra Mandaloufas, Francisco Humberto, Wu Tou Kwang, Alberto Carlos David, Jessé Teixeira, Ricardo Veronesi. É hora de outros tomarem a frente e empreenderem alguma ação no âmbito da categoria ou reforçarem as fileiras dos mercenários. Sejam quais forem os elementos que tiverem em mãos, cabe aos médicos derrubarem esta ordem enviesada que prejudica a categoria. É hora de externarem um grito de liberdade contra essa injustiça. Defender a auto-hemoterapia por tudo que cada um tem vivenciado em seu ambiente de trabalho será um grande serviço prestado à humanidade. Conclamamos todos os médicos a se manifestarem sobre o assunto, entre eles todos aqueles inúmeros que usam a auto-hemoterapia e estão se dando bem ao cuidarem da própria saúde, os que usam de forma clandestina e sabem que a técnica funciona e os que indicam mesmo sem carimbar e assinar a receita, por saberem que a auto-hemoterapia

14 O QUE É AUTO-HEMOTERAPIA? É uma técnica simples, em que, mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do organismo. Os macrófagos é que fazem a limpeza de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado. Ocorre esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema Retículo Endotelial está sendo ativado. E só termina essa ativação máxima ao fim de cinco dias. A taxa normal de macrófagos é de 5% (cinco por cento) no sangue e, com a autohemoterapia, nós elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5 (cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia, começa a declinar, porque o sangue está terminando no músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento). Daí a razão da técnica determinar que a auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias. Essa é a razão de como funciona a auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo, basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo.