COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS DE 6 ANOS DE IDADE QUE MORAM NA PERIFERIA COM AS QUE MORAM NO CENTRO DA CIDADE DE SORRISO/MT

Documentos relacionados
PSICOMOTRICIDADE e LUDICIDADE

PERFIL MOTOR DE ESCOLARES INGRESSANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA MUNICIPAL FREI FLORENTINO DA CIDADE DE MUZAMBINHO - MG RESUMO

AVALIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA BIANCHI RESUMO

DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS PARTICIPANTES COM DEFICIÊNCIA DO PROJETO PIRACEMA: AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

MANUAL DE TESTES: COORDENAÇÃO - KTK

Aplicabilidade do Judô na Educação Física Escolar

Resistência Muscular. Prof. Dr. Carlos Ovalle

Manual de Aplicação KTK

AVALIAÇÃO DA ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR COM ADOLESCENTES ABRIGADOS DO PROJETO COPAME

PERFIL MOTOR DOS ESCOLARES INGRESSANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA MUNICIPAL FREI FLORENTINO DA CIDADE DE MUZAMBINHO-MG

NORMAS ESPECÍFICAS ATLETISMO

AVALIAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE EM EDUCANDOS ENTRE 8 E 10 ANOS ATRAVÉS DE FERRAMENTAS DIDÁTICAS DE FÁCIL ACESSO

Análise da Tarefa Saltos Laterais, da Bateria K.T.K., em Pessoas com Deficiência Mental.

Manual de Aplicação KTK

Palavras-chave: Desenvolvimento motor, escolas, testes.

7(67(6'($37,' 2)Ë6,&$3$5$2&$5*2'($66,67(17(7e&1,&2, )81d 2'((/(75,&,67$$35(1',=

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPETININGA/SP Concurso Público de Provas nº 01/2015

COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL CONCURSO PÚBLICO N.º 02/2006

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FISICA

CORPO E MOVIMENTO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE NO TAEKWONDO

Avaliação da coordenação motora de escolares na cidade de Vacaria Rio Grande do Sul

TESTE DESENVOLVIMENTO MOTOR: VALIDADE E CONSISTÊNCIA PARA OS ABRIGADOS DO PROJETO COPAME

PROVA DE APTIDÃO FÍSICA. 1. Os Candidatos ao IPE devem executar as provas físicas abaixo descriminadas de acordo com as instruções de realização.

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO TÁTICO PROCESSUAL E DA COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARTICIPANTES DE UM PROJETO ESPORTIVO

CENTRO DE CONVIVÊNCIA ESCOLA BAIRRO

PERFIL MOTOR DE ESCOLARES SOBREPESOS E OBESOS DE AMBOS OS SEXOS NA FAIXA ETÁRIA DE 9 E 10 ANOS

EXEMPLO. Prova de Aferição de Expressões Físico-Motoras Prova 28 2.º Ano de Escolaridade Critérios de Classificação.

NÍVEL DE PSICOMOTRICIDADE EM CRIANÇAS DE 3 e 4 ANOS QUE PRATICAM NATAÇÃO

Anexo ao documento orientador do MS Fichas Técnicas explicativas das provas.

Fase do movimento Fundamental e Especializado A base para a utilização motora

Revista Brasileira de Futsal e Futebol ISSN versão eletrônica

Habilidades motoras fundamentais Locomotoras e não-locomotoras

A DANÇA COMO FERRAMENTA NO DESENVOLVIMENTO DO EQUILIBRIO E DA LATERALIDADE EM CRIANÇAS PARTICIPANTES DO PIBID DA UEG - PORANGATU.

Pró - Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso ANÁLISE DE AVALIAÇÃO PSICOMOTORA EM DANÇARINAS PRATICANTES DE JAZZ

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR EDITAL N.º 03/2005

ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS PARTICIPANTES DO PROJETO COPAME

CAPÍTULO. 8.3 Saltos. Atletismo. José Mauro Silva Vidigal Adriana Antunes Vieira. cap8.3.indd 1 27/05/13 18:24

COMPARAÇÃO DO CONHECIMENTO TÁTICO PROCESSUAL E DA COORDENAÇÃO MOTORA ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARTICIPANTES DE UM PROJETO ESPORTIVO

A INFLUÊNCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA NO DOMÍNIO DA TÉCNICA INDIVDUAL DOS JOVENS FUTEBOLISTAS ENTRE OS 8 E 11 ANOS

A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR EDITAL N.º 02/2005

PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO FÍSICA ALIADAS À MELHORA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

NÍVEL DE MOTRICIDADE GLOBAL EM CRIANCAS DE 9 E 10 ANOS DE IDADE RESUMO

Palavras-Chave: Educação Física, Educação Infantil, Desenvolvimento Motor. INTRODUÇÃO

O USO DA ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR: AVALIAÇÀO PARTICIPANTES DO PROJETO EXTENSIONISTA NA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL COPAME"

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE INATIVIDADE FÍSICA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM CRIANÇAS DA REDE MUNICIPAL DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO PE.

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA E PRIVADA DE SUMARÉ-SP

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR EM JOVENS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL SEDENTÁRIOS

DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS ALUNOS DO 5º ANO DO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

ANTROPOMETRIA, FLEXIBILIDADE E DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE FUTSAL.

O LÚDICO E O PERFIL DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS COM IDADE ENTRE 5 E 6 ANOS

RELATO DE EXPERIÊNCIA PROJETO INICIAÇÃO AO ATLETISMO DENTRO DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO DA CIDADE DE LIMEIRA.

A INFLUÊNCIA DA GINÁSTICA OLÍMPICA SOBRE O EQUILÍBRIO DINÂMICO EM ALUNOS DEFICIENTES MENTAIS

Pró - Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR EDITAL N.º 007/2005

ANEXO VII NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DAS PROVAS DA AVALIAÇÃO FÍSICA - TAF

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro

Desenvolvimento Motor de 5 a 10 anos ACADÊMICOS: FERNANDO FÁBIO F. DE OLIVEIRA CARLOS ALEXANDRE DA SILVA ALEXIA REGINA KURSCHNER

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CORDEIRÓPOLIS SP CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS Nº 02/2012

JOGOS ESCOLARES TV SERGIPE REGULAMENTO ESPECÍFICO

ANEXO V AO EDITAL CBMERJ Nº 001/2015 TESTE DE CAPACIDADE FÍSICA E TESTE DE HABILIDADE ESPECÍFICA

Métodos de Avaliação em Educação Física Agilidade

Crianças e Adolescentes Serviço de Fisiatria e Reabilitação

ESTADO DO PARANÁ Secretaria de Estado da Administração e da Previdência Departamento de Recursos Humanos

DISCIPLINA: ESTAFETAS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Jogo Lenga la Lenga. Aplicação. Objetivos. Conteúdos

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS E CADASTRO DE RESERVA PARA A PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA ESPERANÇA EDITAL Nº 002, DE 24/01/2012.

COORDENAÇÃO MOTORA NO FUTSAL

ESTUDO DAS CAPACIDADES MOTORAS, ATIVIDADE FÍSICA E ESTADO NUTRICIONAL, COM CRIANÇAS ENTRE 7 A 10 ANOS

DOCUMENTO DE APOIO AO ESTUDO PARA O TESTE DO 1º PERÍODO. Voleibol

Por que devemos avaliar a força muscular?

DESPACHO N.º 22/2013

Ana Valéria Borges de Carvalho 1, André Luiz Ferreira Melo 2, Jacqueline Martins Fonseca 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

Ginástica aeróbica no contexto da ginástica Geral. Prof. Dra. Bruna Oneda

A PSICOMOTRICIDADE EM ESCOLARES DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL VERIFICADA ATRAVÉS DA IDADE MOTORA X IDADE CRONOLÓGICA

Composição de Movimento - Anual

Palavras-Chave: Escala de Desenvolvimento Motor. Psicomoticidade. Escola.

Apostila do 1º trimestre - Disciplina: Educação Física I - VOLEIBOL

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

Ficha de Avaliação e Evolução Educação Física

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS PARTICIPANTES DO PROJETO COPAME DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL - UNISC

O PERFIL MOTOR DE ALUNOS DO 5º ANO DO CICLO FUNDAMENTAL I: RELAÇÃO COM O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E A FREQUÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL DA APAE DE SORRISO/MT

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DE ALUNOS DO PROJETO ESCOLA DA BOLA COM BASE NOS TESTES DA PROESP-BR

Informação Prova de Equivalência à Frequência Agrupamento de Escolas de ANTÓNIO NOBRE DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA CÓDIGO DA PROVA:28

ESCALA LÚDICA PRÉ-ESCOLAR DE KNOX - ADAPTADA

Introdução à ginástica artística

DISCIPLINA: ALTURA CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR EDITAL N.º 04/2006

Avaliação Física. Avaliação Física. wwww.sanny.com.br.

CÃO FUNCIONAL NÍVEL 02 Idade mínima 15 meses

Avaliação do desenvolvimento motor em escolares entre 9 e 10 anos de idade

Anexo M Preenchimento da grelha de observação perfil psicomotor e comportamental (GOPPC) na avaliação inicial e final dos casos A e B

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DA CRIANÇA

A MEDIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1

UM PROGRAMA DE GINÁSTICA PARA CORONARIOPATAS Coletânea de Exercícios Sugeridos*

Prova de Aferição de Expressões Físico-Motoras Prova 28 2.º Ano de Escolaridade Critérios de Classificação

Transcrição:

COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS DE 6 ANOS DE IDADE QUE MORAM NA PERIFERIA COM AS QUE MORAM NO CENTRO DA CIDADE DE SORRISO/MT Lisandra Barbosa da Silva: Especialista em Exercício Físico e Reabilitação, Treinamento desportivo e Gestão Escolar, professora do CEMEIS São José Ariel Diaz Loaces: Mestre em Ciências da Educação, professor da Faculdade Centro Mato-grossense - FACEM RESUMO Na pesquisa realizada, objetivou-se comparar a idade motora e desenvolvimento motor de crianças da periferia e de crianças do centro da cidade, da cidade de Sorriso/MT. Diversos autores consultados consideram que as crianças de centro de cidades praticam atividades mais sedentárias, por estar expostas a perigos reais ou ansiedade dos pais, estes, no intuito de proteção, incentivam fontes de lazer sedentárias, dificultando o desenvolvimento motor dos filhos. Por outra parte, as crianças de periferia das cidades, geralmente de famílias de baixa renda, têm mais facilidades para brincar na rua ao ar livre e com menos acesso a brinquedos eletrônicos. A investigação fundamentou-se nas considerações de motricidade global, mediante a determinação da idade motora das crianças proposta por Rosa Neto e o quociente motor que permite avaliar a coordenação motora, proposto por Kiphard e Schilling. A pesquisa, na fase inicial, foi realizada através da aplicação de dois testes: teste de motricidade global e teste de KTK. O estudo feito focou-se a campo norteado pelo método comparativo, analisando-se o desenvolvimento motor das crianças de 6 anos de idade e de ambos os sexos que estudam em uma escola privada, do centro da cidade, e em uma escola pública, na periferia da cidade. Os dados foram processados de acordo com as tabelas de classificação do quociente motor dos testes. De acordo com os resultados, as crianças da periferia obtiveram um melhor resultado em relação às crianças do centro da cidade na idade motora, segundo escala de Rosa Neto, e os resultados também se mantiveram nos testes de KTK de Kiphard e Schilling, através dos quais se analisa a coordenação corporal. Palavras-chave: desenvolvimento motor, motricidade, quociente motor. RESUMEN En la investigación realizada, fue seguido como objetivo de la misma comparar a edad mora y el desarrollo motor de niños de la periferia con los del centro de la ciudad de Sorriso/MT. La literatura sobre el tema, que fue consultada, considera que

los niños que viven en el centro de las ciudades, por estar expuestas a peligros reales o por la propia ansiedad de los padres, por protegerlos son llevados a procurar fuentes de entretenimientos sedentarias, que dificultan el desarrollo motor de sus hijos. Por otra parte los niños que viven en la periferia, generalmente de familias de bajo poder adquisitivo, tienen más posibilidades para jugar en la calle al aire libre y con menos acceso a juguetes electrónicos. La investigación se fundamentó en las consideraciones sobre la motricidad global mediante la determinación de la edad motora de los niños propuesta por Rosa Neto y el cociente motor, que permite evaluar la coordinación motora, propuesto por Kiphard e Schilling. La fase inicial de la pesquisa consistió en la aplicación de dos testes: el teste de motricidad global e el teste de KTK. El estudio fue conducido a campo mediante el método comparativo analizándose el desarrollo motor de niños de 6 años de edad de los dos sexos que estudia en una escuela particular del centro de la ciudad y de una escuela pública de la periferia. Los datos obtenidos fueron procesados conforme las tablas de clasificación de los dos testes. Los resultados indican que los niños de la periferia obtuvieron mejores índices que las del centro en la edad motora conforme a escala de Rosa Neto así como en los testes de KTK de Kiphard e Schilling donde se analiza la coordinación corporal. Palabras claves: desarrollo motor, motricidad, cociente motor. INTRODUÇÃO A totalidade do desenvolvimento físico, emocional e social da criança está associada à família e à escola. O simples ato de brincar faz com que a criança se socialize com outras crianças e vá criando suas próprias regras, já iniciando um aprendizado motor livre. O desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, apesar da sua complexidade, é básico para o desenvolvimento motor das crianças. Visto que uma grande variedade de experiências motoras fornece às crianças uma imensa gama de informações que são a base das percepções que elas têm de si mesmas e do mundo que as cerca. Na vida moderna, fatores relacionados ao comportamento das pessoas perante a atividade física, hábitos sedentários de vida, insegurança, disponibilidade tecnológica e falta de espaços livres na cidade, sobretudo no centro, reduzem a possibilidade de uma vida fisicamente ativa nas crianças. Esses problemas trazem a opção, sobretudo nas famílias que têm melhores possibilidades financeiras, de trocar a forma de lazer por atividades como jogar videogames, assistir televisão ou usar computadores.

A criança desenvolve as suas habilidades motoras através de brincadeiras livres no seu cotidiano, tanto, brincadeiras de rua, com grupos de amigos, em parques, onde ela passa a conquistar a sua independência, através de um bom controle motor, fazendo com que a criança possa vivenciar experiências concretas e construir as noções básicas do seu desenvolvimento intelectual. Essa concepção de brincadeira livre para crianças é argumentação sustentada por vários autores como Rosa Neto (2002) e Kiphard & Schilling apud Gorla et al. (2009). Visando conhecer o desenvolvimento motor das crianças da cidade de Sorriso/MT, estruturou-se a pesquisa, através da qual se questionou como será comparativamente o desenvolvimento motor de crianças de seis anos de idade que moram na periferia em relação às que moram no centro da cidade. A partir da experiência empírica dos pesquisadores e do embasamento teórico feito na literatura científica foram levantadas as seguintes hipóteses: 1- Crianças de seis anos de idade de periferia têm um melhor desenvolvimento motor por brincar mais em áreas públicas abertas ao ar livre. 2- Crianças de seis anos de idade do centro da cidade têm menor desenvolvimento motor por praticar atividades dirigidas ou ter vida sedentária focando as brincadeiras em jogos eletrônicos. A importância da pesquisa é fazer um levantamento de dados dos hábitos de vida e sobre o desenvolvimento motor de crianças de periferia e de crianças do centro da cidade de Sorriso/MT, contribuindo assim para um enriquecimento sobre o desenvolvimento da coordenação motora de acordo com a idade. Nesta fase, somente se apresentarão os resultados relacionados ao desenvolvimento motor deixando para outra fase a verificação dos hábitos de vida. Sabe-se da importância deste tipo de estudo para promover informações aos professores no sentido geral e no sentido específico aos professores de educação física em relação ao desenvolvimento motor de crianças, procurando auxiliá-los em seu trabalho diário. O objetivo geral da pesquisa é comparar o desenvolvimento motor de crianças de seis anos de idade que estudam em escolas da periferia com as que estudam em escolas do centro da cidade de Sorriso/MT.

DESENVOLVIMENTO FUNDAMENTOS TEÓRICOS Existem diferentes critérios para identificar as fases do desenvolvimento humano baseadas nos critérios evolutivos do homem, segundo Guedes & Guedes (1997, p. 11) sustenta: É por demais conhecido que o ser humano não é algo biologicamente estático na medida em que, desde o momento da concepção até a morte, ocorre uma série de transformações quantitativas e qualitativas, quer no sentido evolutivo, quer involutivo. É sabido também que essas transformações se verificam em ritmos e intensidades diferenciados, conforme a etapa da vida em que o ser humano se encontra. Para Guedes & Guedes (1997), as duas primeiras décadas de vida é onde o indivíduo desenvolve seu organismo, crescendo e desenvolvendo as suas habilidades físicas, uns com maior velocidade que outros, dependendo do nível maturacional de cada um, e isso vai depender das atividades vivenciadas pelas crianças e adolescentes. O ser humano começa a se movimentar a partir do feto, com os reflexos, os movimentos involuntários. Os reflexos são as primeiras formas de movimentos humanos. Aos poucos, o bebê começa a inibi-los, substituindo os primitivos e posturais por comportamentos voluntários. Por volta de 01 ano de vida, a criança começa a ter precisão e controle sobre seus movimentos, tornando-se mais eficientes e complexos. Inicia-se então a fase motora fundamental, que compreende o período aproximado de 02 a 07 anos, dos 7/8 anos de idade, a criança deve estar apta a combinar e ampliar habilidades motoras fundamentais ao desempenho das habilidades especializadas nos esportes e ambientes recreacionais. Dos 11 aos 13 anos, começa a tomar decisões a favor ou contra as certas atividades e a partir dos 14 anos, inicia-se a utilização do estágio permanente, continuando por toda a vida adulta, (SOARES & ALMEIDA, 2006). Desenvolvimento é o processo contínuo de mudanças ao longo do tempo que se inicia na concepção e cessa somente na morte. O desenvolvimento motor, portanto, pode ser visto como uma mudança progressiva do comportamento motor através do ciclo da vida. Desenvolvimento motor envolve contínua adaptação às mudanças nas capacidades de movimento de um indivíduo por meio do esforço contínuo

para atingir e manter o controle e a competência motora, (GALLAHUE & DONNELLY, 2008, p36). Para Pain (2003), o desenvolvimento é um processo contínuo e demorado e, pelo fato das mudanças mais acentuadas ocorrerem nos primeiros anos de vida, existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor como sendo apenas estudo em crianças. Para Buczek (2009, p 10), é importante ressaltar que as fases dos 06 aos 12 anos de idade é a fase mais longa e mais rica para a formação do acervo motor da criança. Nesta fase, a criança se encontra com as habilidades básicas de locomoção, manipulação e estabilização em refinamento progressivo, podendo assim participar de um número maior e mais complexo de atividades motoras. Segundo Rosa Neto (2002), a motricidade é a interação de diversas funções motoras (perceptivomotora, neuromotora, psicomotora, neuropsicomotora etc). A atividade motora é de suma importância no desenvolvimento global da criança. A pesquisa foi conduzida como estudo de campo e segundo seus objetivos é uma pesquisa exploratória, já que a mesma possibilitará a realização de um estudo piloto sobre a realidade do desenvolvimento motor de crianças de periferia e do centro da cidade. Na realização do presente estudo, participaram crianças com a idade de seis (06) anos, todas estudando o Ensino Fundamental referente ao primeiro ano, e a escolha dessas crianças foi de forma randômica e espontânea. Formando dois grupos, com o total de dezessete (17) crianças de ambos os sexos, (10 meninos e 7 meninas), sendo oito (8) crianças de uma escola da rede pública, moradoras da periferia da cidade e nove (9) crianças de uma escola privada, moradoras do centro, todas da cidade de Sorriso/MT Utilizaram-se os métodos: comparativo e documental, assim como testes motores, O Teste de Coordenação Motora KTK de Kiphard & Schilling (1974) e a Escala de Desenvolvimento Motor EDM- Rosa Neto (2002) em Motricidade Global. Descrição dos testes de motricidade global Para a execução dos testes de motricidade global descritos por Rosa Neto (2002), inicia-se com a idade cronológica, se não conseguir, recomeça-se pela idade

inferior, se a criança tiver êxito na execução, inicia-se a próxima prova até que ocorra falha na execução, interrompendo o teste, obtendo-se a idade motora da criança. Teste de 6 anos: caminhar em linha reta Com os olhos abertos, percorrer 2 metros em linha reta, posicionando alternadamente o calcanhar de um pé contra o do outro. Erros: afastar-se da linha; balançar, afastar um pé do outro; executar o procedimento de modo incorreto. Tentativas: três Teste de 7 anos: pé manco Com os olhos abertos, saltar ao longo de uma distância de 5 metros com a perna esquerda, a direita flexionada em ângulo reto com o joelho, os braços relaxados ao longo do corpo. Após um descanso de 30 segundos, o mesmo exercício deve ser feito com a outra perna. Erros: distanciar mais de 50 cm da linha; tocar no chão com a outra perna; balançar os braços. Tentativas: duas para cada perna. Tempo indeterminado. Teste de 8 anos: saltar uma altura de 40 cm Com os pés juntos, saltar sem impulso uma altura de 40 cm. Material: suporte com uma fita elástica fixada nas extremidades deles a uma altura de 40 cm. Erros: tocar no elástico; cair (apesar de não ter tocado no elástico); tocar no chão com as mãos. Tentativas: três no total, sendo que duas deverão ser positivas. Teste de 9 anos: saltar sobre o ar Para saltar no ar, devem-se flexionar os joelhos para tocar os calcanhares com as mãos. Erros: não tocar nos calcanhares. Tentativas: três. Teste de 10 anos: pé manco com uma caixa de fósforos. O joelho deve estar flexionado em ângulo reto e os braços relaxados ao longo do corpo. A 25 cm do pé que repousa no solo é colocada uma caixa de fósforos. A criança deve leva lá, impulsionando-a com o pé, até o ponto situado a 5 metros. Erros: tocar no chão (ainda que uma só vez) com o outro pé; exagerar o movimento com os braços; ultrapassar com a caixa em mais de 50 cm o ponto fixado; falhar no deslocamento da caixa. Tentativas: três.

Descrição dos testes de KTK Os Testes de KTK, são compostos por quatro (4) provas descritas por Kiphard & Schilling apud Gorla et al (2009), têm como objetivo examinar uma função motora básica, a qual indica a coordenação motora da criança conforme a idade. Trave de equilíbrio (EQ): esta estação constitui em caminhar à retaguarda sobre três traves de madeira (três (3) metros de comprimento cada uma e espessuras diferentes, 6, 4.5 e 3 cm de largura). São válidas três tentativas em cada trave. Durante o deslocamento (passos), não é permitido tocar o solo com os pés. A avaliação da tarefa é feita contando os passos que são dados em cima da trave, sem que encoste o pé no chão. Esta tarefa tem como objetivo avaliar a estabilidade e o equilíbrio da criança. Saltos monopedais (SM): a tarefa constitui em saltar um ou mais blocos de espuma (50x 20 x5 cm) medindo cada um, colocados uns sobre os outros, saltar com uma das pernas e depois com a outra perna, sendo validadas 3 tentativas. A avaliação foi feita seguindo a seguinte tabela; Para cada altura, as passagens são válidas da seguinte forma: Na primeira tentativa válida 3 pontos Na segunda tentativa válida 2 pontos Na terceira tentativa válida 1 ponto É válido o salto monopedal quando a criança cai com o pé estipulado para o salto e ainda realiza dois saltos a mais sem encostar o outro pé no chão. Esta tarefa tem como objetivo avaliar a coordenação dos membros inferiores, além da energia dinâmica/força. Saltos laterais (SL): a tarefa constitui em saltitar em uma plataforma de madeira (60 x50 x 0.8 cm, com um sarrafo divisório), de um lado a outro, com os dois (2) pés ao mesmo tempo, o mais rápido possível em um tempo de 15 segundos em duas passagens nos saltos. O avaliador conta a quantidade de saltos corretos realizados pelo avaliado. Esta tarefa tem como objetivo avaliar a velocidade em saltos alternados. Transferências sobre plataformas (TP): a tarefa consiste em deslocar-se sobre duas (2) plataformas de madeira (25 x 25 x 1,5 cm com 3,5 cm de altura) que estão colocadas no solo, em paralelo, uma do lado da outra, com um espaço de

cerca de 12.5 cm entre elas. No tempo de 20 segundos, o avaliado tem que deslocálas lateralmente a plataforma com as duas (2) mãos e será contado 1 ponto quando a plataforma livre for apoiada do outro lado e 2 pontos quando o indivíduo passou com os dois pés para a plataforma livre. Serão realizadas duas passagens, uma para o lado direito e outra para o lado esquerdo. Esta tarefa teve como objetivo avaliar a lateralidade e a estruturação espaço-temporal. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os testes motores foram aplicados em duas (2) escolas (periferia, centro) da cidade de Sorriso/MT, escolhidas de forma aleatória, no mês de abril, em um local reservado, sem barulho para a distração das crianças, onde todos estavam vestidos com uniformes escolares, compostos de camiseta e short e estavam descalços. Para a execução dos testes, foi chamada uma criança de cada vez, começando-se com os testes da EDM, com o teste de motricidade global seguido do teste de coordenação motora KTK. No primeiro momento coletou-se os dados da escola da periferia e no segundo momento foram coletados os dados da escola do centro da cidade, obtendo-se os seguintes resultados: Quadro-1 Resultados dos testes de motricidade global. Crianças da periferia Crianças do centro Masc. Idade motora Fem. Idade motora Masc. Idade motora fem. Idade motora Suj1 108 Suj. 1 108 Suj.1 96 Suj.1 84 Suj. 2 108 Suj. 2 108 Suj. 2 108 Suj.2 108 Suj. 3 96 Suj. 3 108 Suj.3 108 Suj.3 108 Suj. 4 108 Suj.4 96 Suj.4 102 Suj. 5 108 Suj.5 98 Média 105,6 108 100,8 102 Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados.

De acordo com o resultado dos testes de motricidade global, a idade motora das crianças da periferia em relação às do centro apresentou uma diferença superior na idade motora das crianças da periferia, sendo que para os meninos a diferença foi de 4,8 meses, enquanto que as meninas da periferia ficaram 6 meses à frente das meninas do centro na idade motora. Esses dados concordam com critérios de outros especialistas como Lagrange (1977); Guillarme (1983) e Oliveira (2012). Segundo Oliveira (2012), desmistifica-se o conceito de que só a classe baixa é prejudicada pela falta de oportunidade de se exercitar. Muitos meninos de rua têm uma coordenação motora global superior à criança de classe média, sempre protegida pelos medos e ansiedades dos pais. Também considera Oliveira (2012), que um grande número de crianças é criado por babás, que não entendem de desenvolvimento motor e por isso deixamnas constantemente em frente à televisão, limitando-as em suas possibilidades reais, ou por mães super protetoras, que fazem de tudo pelo filho, negando a ele a oportunidade de se desenvolver. Após calcular a idade motora das crianças, tanto da periferia como do centro, utilizou-se de uma tabela para classificação dos resultados do Quociente motor. Para se calcular o quociente motor (QMC), utilizou-se a seguinte fórmula de cálculo fornecida por Rosa Neto, (2002): Onde IMG é idade motora global e IC é a idade cronológica. Após verificar a idade motora das crianças, será classificada de acordo com o quociente motor conforme a quadro 2. Quadro-2 Classificação dos resultados do quociente motor. 130 ou mais Muito superior 120-129 Superior 110 119 Normal alto 90 109 Normal médio 80-89 Normal baixo 70 79 Inferior 69 ou menos Muito inferior

Fonte: Rosa Neto (2002) De acordo com os quadros 1 e 2, pode-se classificar os resultados do Quociente motor das crianças segundo mostra o quadro 3 a seguir. Quadro-3 Resultado Quociente motor QMC (meses) Crianças da Periferia Crianças do Centro Masc. QMC Classificação Masc. QMC Classificação Suj. 1 138 Muito superior Suj. 1 124 Superior Suj.2 147 Muito superior Suj. 2 145 Muito superior Suj.3 133 Muito superior Suj.3 150 Muito superior Suj.4 130 Muito superior Suj.4 131 Muito superior Suj.5 142 Muito superior Suj.5 126 Superior Fem. Fem. Suj.1 145 Muito superior Suj.1 116 Normal alto Suj.2 147 Muito superior Suj.2 138 Muito superior Suj.3 128 Superior Suj.3 136 Muito superior Suj.4 125 Muito superior Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados. De acordo com os resultados dos testes de motricidade global, todos os sujeitos tiveram um ótimo resultado na classificação do quociente motor, mas as crianças de periferia ficaram com melhores resultados que as do centro da cidade. Para o processamento dos resultados dos testes de coordenação motora KTK, cada teste gerou um quociente motor (QM). A soma dos quatros quocientes obtém um quociente motor geral. De acordo com o quociente motor geral, a criança é classificada segundo aparece nas tabelas de 1 a 5. Tabela - 1 Classificação do quociente motor QM Classificação Desvio Padrão Porcentagem 131-145 Muito boa coordenação + 3 99-100 116-130 Boa coordenação + 2 85 98 86-115 Coordenação normal + 1 17 87 71-85 Perturbação na coordenação - 2 3 16 56 70 Insuficiência na coordenação -3 0-2 Fonte: Gorla (2009)

Tabela - 2 Resultados dos testes KTK de escola da periferia: Masculino EQ SM SL TP Soma de QM1 até QM 4 QM Classificação Sujeito 01 108 86 104 104 402 100 Coordenação normal Sujeito 02 129 94 97 85 405 101 Coordenação normal Sujeito 03 93 94 110 80 377 92 Coordenação normal Sujeito 04 106 94 93 85 378 93 Coordenação normal Sujeito 05 120 94 100 85 399 100 Coordenação normal Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados. Tabela - 3 Resultados dos testes KTK de escola da periferia: Feminino EQ SM SL TP Soma de QM1 até QM4 QM Classificação Sujeito 01 119 76 86 85 366 89 Coordenação normal Sujeito 02 104 61 83 85 333 78 Perturbação na coordenação Sujeito 03 116 75 82 72 345 82 Perturbação na coordenação Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados. Tabela - 4 Resultados dos testes KTK de escola do centro: Masculino EQ SM SL TP Soma de QM1 até QM4 QM Classificação Sujeito 01 104 92 86 71 353 85 Perturbação na coordenação Sujeito 02 93 91 88 71 343 81 Perturbação na coordenação Sujeito 03 92 92 88 62 349 83 Perturbação na coordenação Sujeito 04 100 83 78 62 323 75 Perturbação na coordenação Sujeito 05 95 93 84 87 359 87 Coordenação normal Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados. Tabela - 5 Resultados dos testes KTK de escola do centro: Feminino EQ SM SL TP Soma de QM1 até QM 2 QM Classificação Sujeito 01 81 60 78 57 282 62 Insuficiência na coordenação Sujeito 02 95 65 75 64 299 67 Insuficiência na coordenação Sujeito 03 93 76 96 94 359 87 Coordenação normal Sujeito 04 122 96 133 110 461 120 Boa coordenação Fonte: Dados organizados pelos autores com base nos testes aplicados. De acordo com os resultados dos testes de coordenação motora KTK aplicados, notou-se que as crianças da escola da periferia obtiveram os melhores resultados. Sendo que todos os meninos da periferia se classificaram com uma

coordenação normal em relação aos meninos da escola do centro, dos quais quatro classificaram-se com perturbação na coordenação e apenas um menino conseguiu atingir uma classificação na coordenação normal. Nos mesmos testes aplicados, dentre as meninas da escola da periferia, duas forma classificadas com perturbação na coordenação e uma com coordenação normal, já dentre as meninas da escola do centro, duas foram classificadas com insuficiência na coordenação, uma com coordenação normal e apenas uma com uma boa coordenação. CONCLUSÕES No presente estudo, demonstrou-se através de dois testes motores, EDM de Rosa Neto em motricidade global e coordenação motora KTK de Kiphard & Schilling, a diferença na idade motora e o nível de desenvolvimento motor de duas escolas (periferia e centro), comparando as crianças da periferia com as do centro da cidade. Obteve-se melhor resultado nas crianças da periferia em relação às crianças do centro, sendo superiores na idade motora pelo teste de motricidade global e tendo um melhor domínio corporal pelo teste de coordenação corporal KTK, o que coincide com o critério de outros autores como Lagrange (1977); Guillarme (1983) e Oliveira (2012). Este é um resultado parcial da pesquisa, pois não oferece informações que permitam fazer cruzamento entre o estado do desenvolvimento motor e os estilos de vida desses dois grupos sociais que permitam estabelecer as causas do fato demonstrado: as crianças da periferia têm uma maior cultura de movimentos livres favorecendo um melhor desempenho motor em suas atividades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUCZEK, M. R. M. Movimento, expressão e criatividade pela educação física: metodologia, Ensino Fundamental, 1 ao 5 ano. Curitiba: Base Editorial, 2009. GALLAHUE, D.L. e DONNELLY, F. C.C. Educação física desenvolvimentista para todas as crianças. São Paulo: Editora Phote, 2008, 4 edição.

GORLA, J.I.; ARAUJO, P.F. e RODRIGUES, J.L. Avaliação motora em educação física adaptada: teste KTK. São Paulo: Ed Phorte, 2009, 2º edição. GUEDES, D. P. e GUEDES, J. E. R. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor. São Paulo: CLR Baleiro, 1997. GUILLARME, J. J. Educação e Reeducação Psicomotoras. Porto Alegre: Artmed, 1983. LAGRANGE, G. Manual de psicomotricidade. Lisboa: (s.e.), 1977. OLIVERIA, C. G. Psicomotricidade: Educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 17º Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. PAIN, M. C. C. Desenvolvimento motor em crianças pré-escolares entre 5 e 6 anos. efdeportes. Revista Digital. Buenos Aires. Año 8, N 58. Março de 2003. < http://www.efdeportes.com >. Acesso em 04/05/2015. ROSA NETO, F. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002. SOARES. S. A. e ALMEIDA, M. C. R. Nível maturacional dos padrões motores básicos. Movimentum, vol. 1, n 1, 2006. Revista Digital de Educação Física. UNILESTE, MG. <http//www.unilesteng.br/movimentum/artigos - v1n1- empdf/soares-adriano.pdf>. Acesso em 02/06/2015 16/11/2015