Intervenção do Presidente do PSD/Açores na Sessão Solene Evocativa dos 40 anos da Autonomia dos Açores

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Transcrição:

Intervenção do Presidente do PSD/Açores na Sessão Solene Evocativa dos 40 anos da Autonomia dos Açores Horta, 4 de setembro de 2016 Senhor Presidente da Assembleia da República Senhora Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores Senhoras e senhores Deputados Senhor presidente do governo Senhoras e senhores membros do governo, Autoridades civis, militares e religiosas Srs. Convidados Comemorar a Autonomia é, no presente, pensar e lançar as bases do futuro dos Açores. Desejamos que a nossa Região se afirme nos próximos 40 anos como um farol atlântico onde a democracia seja acompanhada de desenvolvimento social e económico e onde as liberdades se cumpram individual e coletivamente. Ambicionamos que a infância, a juventude, a idade adulta e a velhice sejam um ciclo de vida pleno e realizado para cada açoriano. A Autonomia que almejamos é, em primeira linha, aquela que permite a cada açoriano ter uma infância feliz, cuidados de saúde dignos, uma educação que o torne um ser humano completo com formação cívica, académica e profissional integral e adequada às dinâmicas e exigências do mundo global. O que temos de fazer para realizar a ambição das gerações atuais e das que nos vão suceder? O que devemos fazer para comemorar a memória dos nossos pais e antecessores? 1

Estas interrogações são a base e a dimensão do desafio que temos pela frente e que queremos vencer coletivamente. Este é o nosso projeto. Esta é a nossa ambição. Esta é a minha ambição. Estamos determinados em cumprir esta obrigação açoriana. Os pais fundadores da Autonomia Democrática Açoriana, reconhecidos por todos, merecem o nosso respeito e gratidão. De entre as muitas mulheres e homens das nossas ilhas que lutaram e acreditaram na Autonomia Democrática Açoriana, gostaria de destacar os nomes de Alberto Romão Madruga da Costa, filho desta ilha do Faial e que já nos deixou, Álvaro Monjardino, primeiro Presidente deste Parlamento e João Bosco Mota Amaral, primeiro Presidente do Governo Regional dos Açores. Acho que todos os açorianos, independentemente dos partidos políticos em que militam e das ideologias que professam, têm hoje uma palavra de reconhecimento e de gratidão para estes distintos açorianos que sempre acreditaram, desde a madrugada de 25 de Abril de 1974, lutando contra o centralismo do Terreiro do Paço e os descrentes que por cá faziam passar a sua mensagem revisionista, numa Autonomia para todos, para fazer das nossas ilhas uns Açores para todos, onde houvesse mais justiça social, mais igualdade de oportunidades e uma profunda liberdade. Senhora Presidente Passados 40 anos de Autonomia, é tempo de olhar o futuro. 2

Permitam-me que aponte algumas daquelas que são as linhas mestras do novo caminho autonómico do nosso futuro que devemos lançar e cumprir nos próximos 40 anos. Precisamos de um governo e de uma governação que aposte na Autonomia de cada Açoriano. E falo de cada pessoa. De cada pessoa. De cada açoriano. Cada açoriano deve ter direito, desde que nasce, a todas as condições para ser um cidadão do mundo, capacitado para viver e realizar-se como pessoa, ser feliz e possuir qualidade de vida. Queremos que a saúde pública, que o nível de educação, que o seu desempenho profissional, que a sua relação com os outros, que a sua relação com o Estado e com a Administração Pública o façam um ser humano pleno de capacidades e de confiança, preparado para competir e viver num mundo global. Este futuro, esta ambição, esta nova etapa da Autonomia Regional deve apostar na capacitação dos que nascem e vivem nos Açores, garantindo as bases para a sua realização como pessoa, como ser humano, livre de dependências sociais, políticas ou económicas. No fundo, queremos uma Autonomia que não se detenha na política. A Autonomia e os órgãos de governo próprio não são o fim, mas o meio de cumprirmos o sonho de ser portugueses felizes e realizados aqui no meio do Atlântico. Autonomia tem de ser sinónimo de desenvolvimento social, cultural e económico. Queremos que a pobreza seja erradicada e que não seja uma condição imutável. Não podemos matar a esperança de quem atravessa dificuldades. Temos de dar a mão a quem precisa. Sempre. Mas não temos o direito de prender as mãos de ninguém para o jugo da dependência. 3

O conhecimento e a sua circulação global, a economia imaterial que domina, as transações internacionais, fruto das novas tecnologias da informação e das novas mentalidades, jogam a nosso favor. Estejamos nós atentos e preparados para aproveitar e tirar partido destas regras do jogo. Temos povo, temos garra, temos capacidade criativa e inovadora, temos uma posição geográfica excelente, temos provas dadas de empreendedorismo e de sucesso nas mais diversas áreas: na cultura, na ciência, no empreendedorismo, na política. Precisamos de políticas públicas estruturadas, consequentes, pensadas para servir e não ao serviço de quem pensa. Precisamos de administração pública com pessoas motivadas, que sejam recrutadas e avaliadas em função de critérios objetivos de mérito e de qualificação, que não dependa de partidos, que esteja totalmente virada para servir os cidadãos, com rigor e profissionalismo. Senhora Presidente Senhores membros do governo A nossa Autonomia, aquela que faz falta, é a que inverta a tendência e acabe com uma taxa de desemprego superior à média nacional; Em que deixemos de liderar a discriminação do género e no abuso sexual; Em que passemos a liderar no sucesso escolar; Em que não haja abandono escolar; Em que o analfabetismo deixe de ser uma realidade; 4

Em que a violência doméstica seja combatida e não exista mais; Em que a gravidez na adolescência não seja uma realidade; Em que o consumo abusivo de álcool e a dependência não nos entristeçam e enfraqueçam o nosso tecido social; Em que deixemos de liderar na pobreza persistente; Em que deixemos de liderar no usufruto do Rendimento Social de Inserção; Nos próximos 40 anos temos de deixar de ser os últimos no acesso aos cuidados primários de saúde; Temos de deixar de ser os últimos no acesso às listas de espera das cirurgias; E temos de deixar de ser os últimos em participação eleitoral; Senhora Presidente Senhoras e senhores Deputados Os Açores que os pais da Autonomia desenharam e que os açorianos apoiaram e fizeram vingar no Portugal democrático não são estes. E não têm que ser estes. Os açorianos não estão condenados a um fatalismo qualquer que os impede de realizar na sua terra, nas suas ilhas, aquilo que são capazes de fazer, de construir, como demonstram os milhares de emigrantes açorianos por terras americanas e canadianas, que fruto do seu trabalho e de um sistema político, cultural, social e económico permite-os conhecer o sucesso. Não, os Açores e os açorianos não estão predestinados ao insucesso. 5

Em Autonomia democrática, está nas mãos dos açorianos a mudança necessária que permita ter esperança num futuro mais promissor, onde a justiça social e a igualdade de oportunidades sejam uma realização e uma vivência do dia-a-dia dos açorianos. É possível vingar nos Açores. É possível fazer diferente. Alterar rumos para beneficiar muitos mais. Para que os Açores e a Autonomia sejam para todos. As próximas décadas, que começam agora, são um novo ciclo de aposta em cada açoriano, como pessoa completa, plena de capacidades para se realizar neste mundo. Teremos de virar a governação para as pessoas. A pessoa e cada açoriano são o nosso maior património e riqueza. A nossa batalha autonómica já não se confina ao Terreiro do Paço. A nossa luta, ao fim de 40 anos de Autonomia, está também em dar autonomia aos sujeitos da Autonomia, a todos os Açorianos. Temos Autonomia para sermos livres e felizes na melhor terra do mundo, os nossos Açores. Temos órgãos de governo próprio para nos ajudar a ser melhores e não para nos condicionar e castrar a ambição. Não queremos fatalismos nem donos do nosso querer. O Governo é dos Açores, mas os Açores não são do Governo. Autonomia é libertação. Libertação histórica, libertação do esquecimento, libertação da pobreza e libertação da fatalidade. 6

Não há novas fatalidades. Temos de ser livres e autónomos não apenas de Lisboa, mas de todos os que se julgam donos das vontades dos Açorianos. Autonomia é oportunidade, oportunidade de nos mudarmos. Oportunidade de não ficarmos no mesmo. Os Açores são a nossa certeza. São a única certeza. Que todos se capacitem disso. O resto, que é tudo o que verdadeiramente importa, é a vontade livre de um povo. Vivam os Açores! Disse. 7