= MENSAGEM DE ANO NOVO =

Transcrição

1 = MENSAGEM DE ANO NOVO = Açorianas e Açorianos, As minhas primeiras palavras são para vos desejar a todos um Ano Novo muito Feliz! Que este seja um Ano repleto de sucessos para todos nós e para a nossa Região! Esta é a época do ano em que somos levados a refletir sobre os últimos 365 dias das nossas vidas: o que correu bem, o que correu mal e os aspetos que carecem de mudança para, dessa forma, encontrarmos o caminho certo para o futuro, para abraçarmos novos desafios e redobrarmos a atenção para com as nossas prioridades. Mas esta é, também, a época de refletirmos, não apenas sobre o nosso percurso individual, mas também sobre a nosso contributo para o bem-estar da nossa comunidade: seja na nossa família, no nosso trabalho, seja nas coletividades onde estamos envolvidos. 1

2 E se a época natalícia é, por excelência, o período do ano em que cultivamos afetos, estreitamos laços familiares e somos mais solidários, então estes são aspetos que cada vez mais deveríamos transportar para o novo Ano que agora começa foi o ano em que se assinalou os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos - pilar fundamental para a cultura democrática. É, por isso, essencial olharmos o mundo que nos rodeia, prestarmos atenção ao que se passa ao nível global e aos grandes flagelos que, atualmente, afetam a Humanidade e que resultam muitas vezes da violação dos Direitos e da dignidade humana. Com a velocidade das nossas vidas, nem sempre nos apercebemos que temos o privilégio de viver numa sociedade onde os direitos fundamentais estão consagrados na nossa Constituição, e muitas vezes até esquecemos que detemos um importante poder, conquistado com luta e coragem a liberdade para escolher! E esta liberdade trás consigo responsabilidade! A responsabilidade de também nós, através da nossa ação, assegurarmos o respeito pelos Direitos Humanos. Não podemos, por isso, ficar indiferentes perante 2

3 a constante violação dos mais básicos desses direitos, perante as guerras que persistem, aos inúmeros atentados à humanidade, à sua segurança, à paz social e à própria democracia vivemos num mundo globalizado, em nome do progresso, mas continuamente limitado e toldado pelo egoísmo. Devemos, por isso, tomar consciência que sermos livres e iguais é sinónimo de que todos temos a mesma dignidade. O respeito por esta premissa é uma manifestação de cidadania, no fundo é respeitar o Outro, de forma a garantirmos uma sociedade mais segura, mais igualitária e mais solidária. E para isso não basta preocuparmo-nos, para confortarmos a nossa consciência, com as atrocidades que ocorrem do outro lado do mundo, a nossa responsabilidade tem de se traduzir no nosso quotidiano, temos todos de ser mais interventivos, principalmente com aqueles que mais precisam e que muitas vezes estão bem próximo de nós. 3

4 Açorianas e Açorianos, 2019 será um ano importante para o nosso país e para a nossa matriz democrática, ficando marcado por duas importantes eleições: para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da República. As eleições para o Parlamento Europeu, que decorrerão em maio, serão decisivas para o futuro da Europa. Para o único órgão da União Europeia que é eleito diretamente pelos cidadãos europeus, devemos reforçar a nossa voz e contribuir para um projeto europeu forte e coeso. Participar ativamente na eleição dos nossos representantes é tomarmos as rédeas do nosso destino e não podemos pensar que, apesar de estarmos distantes geograficamente dos grandes centros de decisão, o futuro do projeto europeu não é, também, responsabilidade nossa. O clima de paz que permanece na União Europeia e os seus princípios fundadores - a Democracia e a Paz, devem ser valores por nós defendidos e só com uma participação ativa e efetiva de todos os 4

5 cidadãos europeus poderemos garantir que continuamos a ter uma Europa mais social e solidária, mais coesa e mais inclusiva. O papel relevante que os Açores têm desempenhado em diversas instituições europeias é um caminho que importa continuar a consolidar, para desta forma contribuir para uma maior justiça económica e social e dar voz aos problemas e necessidades das populações que residem nas regiões ultraperiféricas. Mas este ano ficará, também, marcado pelas eleições legislativas à Assembleia da República, fundamentais para o nosso sistema democrático e as quais carecem da participação ativa e massiva de todos. Participar em qualquer ato eleitoral, e neste em particular, não é mais do que respeitar aqueles que no passado lutaram para que hoje pudéssemos exercer este direito e no fundo é também ter consciência de que somos construtores do nosso futuro. Todos temos uma responsabilidade acrescida - a classe política de trilhar um caminho de transparência e ética que restaure a confiança dos cidadãos e estes de exercerem o direito inalienável, conquistado 5

6 arduamente pela revolução de Abril, que é o de, através do exercício do voto, decidir o destino do seu país. Portanto, ser um cidadão consciente e exercer uma cidadania ativa é um dever que temos para com as nossas comunidades, mas é, acima de tudo, um direito que nos deve impelir a participar ativamente nas decisões políticas e sociais que têm consequências na vida de todos nós. E o exercício do voto é um instrumento indissociável à prática da cidadania, que fortalece o sistema democrático e representativo e no caso dos Açores, salvaguarda a nossa autonomia regional. É por tudo isto que vos faço o apelo, que ao longo do próximo ano possamos persistir no caminho do respeito mútuo, pelos direitos e liberdades de cada um, e que possamos assumir um compromisso de todos contribuirmos para uma sociedade mais justa e tolerante. Faço votos que todos coloquemos a tónica das nossas atitudes nos valores que respeitam a essência do ser humano e que sejamos os primeiros agentes da solidariedade e da partilha ao serviço da comunidade e do bem comum. 6

7 Açorianas e Açorianos, Reitero os meus votos de Feliz Ano Novo a cada um de vós. Que encontrem a paz e a serenidade neste ano que se avizinha e para aqueles que hoje se encontram sós, que estão doentes, que, pelos mais diversos motivos, não partilham a alegria típica desta época deixo uma palavra especial de esperança. Esperança de que neste novo Ano possam encontrar os vossos objetivos de futuro, reencontrar a alegria e, acima de tudo, a confiança. A todos as Açorianas e Açorianos, nas nossas nove ilhas e na diáspora, e a todos aqueles que, adotaram a nossa terra como sua, faço votos de um Bom Ano de A PRESIDENTE DA Ana Luísa Luís 7