Anexo 2. Determinação dos teores em carbono no Resíduo Processual Combustível e no Fuel Gas da Refinaria de Sines

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Transcrição:

Anexo 2 TE GEE.196.02 II Determinação dos teores em carbono no Resíduo Processual Combustível e no Fuel Gas da Refinaria de Sines Resíduo Processual Combustível Determinação do teor de carbono O Resíduo Processual Combustível utilizado em processos de combustão na refinaria de Sines é preparado na Movimentação de Produtos por blending de diversos componentes intermédios e fornecido à Central de Utilidades, onde é armazenado num de três reservatórios (OP-T 746, OP-T 747 e OP-T 748). Cada um destes reservatórios tem a capacidade aproximada de 1500 m 3 vez, cerca de 1100 tons de RPC. e recebe, de cada Os equipamentos de combustão que utilizam o RPC, queimam cerca de 945 tons por dia, pelo que cada reservatório dá para cerca de 28 a 29 horas. A filosofia de operação, normal, com estes reservatórios é : - um reservatório a dar para os consumidores (caldeiras e fornalhas) - um reservatório a ser abastecido a partir da Movimentação de Produtos - um reservatório cheio, em stand-by, aguardando oportunidade para começar a dar. Os reservatórios são operados desde o estado de cheios até ao estado de vazios. Isto significa que a quantidade de RPC novo, recebido em cada reservatório, é aproximadamente constante (~1100 tons). Cada uma destas quantidades, aproximadamente iguais em todos os abastecimentos, é considerada um lote. Quando um determinado lote (um certo reservatório) começa a dar para os consumidores, é colhida uma amostra representativa, pela Central de Utilidades. Essa amostra, após identificação, segue para o Laboratório da Refª de Sines. Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 1

As amostras recolhidas (uma em cada 28/29 horas) são processadas pelo Laboratório, o qual prepara amostras compostas, a partir das amostras individuais dos lotes. Mensalmente, são preparadas 4 amostras médias semanais, de acordo com o seguinte princípio : - 1 amostra média, composta a partir das amostras individuais recolhidas entre os dias 1 e 7 de cada mês. - 1 amostra média, composta a partir das amostras individuais recolhidas entre os dias 8 e 14 de cada mês. - 1 amostra média, composta a partir das amostras individuais recolhidas entre os dias 15 e 21 de cada mês. - 1 amostra média, composta a partir das amostras individuais recolhidas entre os dias 22 e 31 (ou outro dia final) de cada mês. Sobre cada uma destas amostras médias semanais, o Laboratório (Lab. acreditado pela ISO 17025 Acreditação N.º 97/L.215 ) determina : Teor de carbono, pelo método de ensaio ASTM D 5291 (descrito a partir da página 4). A incerteza deste método encontra-se no intervalo entre o valor de repetibilidade e o de reprodutibilidade que podem ser calculadas através da percentagem de massa de carbono obtida. Este valor será determinado correctamente no final de 2008. Na tabela onde se encontra a estimativa do grau de incereza colocamos a mesma da associada à determinação da densidade, mas este valor é aproximado. Para além disso é necessário apontar que para este método e até a data não foi encontrado nenhum método ISO ou DIN equivalente. O equipamento que a refinaria de Sines dispõe (LECO CHNS 932) segue o método ASTM D5291 para a determinação de Carbono e Hidrogénio em combustíveis. Este é um método tradicionalmente utilizado na indústria do petróleo, e tanto o equipamento como método já existiam no laboratório, pelo que continua a ser utilizado para realização destas análises, devido a exigências legais e contratuais. A partir dos valores obtidos para o teor de carbono no RPC, e com a quantificação do consumo deste combustível, determina-se as emissões de CO2. Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 2

Fuel Gas de refinaria Determinação do teor de carbono, do PCI e do factor de emissão O Fuel Gas de refinaria, produzido em vários pontos da Refinaria de Sines, é conduzido a um reservatório (FF-V 9) onde é analisado continuamente por um cromatógrafo on-line, funcionando segundo método UOP 359 equivalente ao ISO 6974-5. As características do cromatógrafo e algumas análises efectuadas, são apresentadas a partir da página 11. Em caso de avaria do analisador entra um Plano de Contigência para análise do Fuel Gás em Laboratório. Nesta situação, são realizadas duas análises diárias. Desta cromatografia resulta a composição do Fuel Gas expressa em fracção molar dos seus componentes. A partir da composição do Fuel Gas e respectivo balanço de carbonos, calcula-se o Factor de Emissão de CO 2 (Massa de carbono/1 ton FG * 44/12), bem como o respectivo conteúdo energético. Na tabela seguinte é possível visualizar os métodos aplicados na refinaria e a sua equivalência com os métodos identificados no Guia da C.E. Tabela 1 Equivalência dos métodos utilizados pela refinaria com os indicados no guia da CE Combustível Resíduo Processual Combustível Fuel Gas de refinaria Parâmetro analisado Teor em Carbono Teor em Carbono Método indicado no Guia da C. E. DIN 51721:2001 Métodos utilizados na DRS ASTM D 5291 Métodos equivalentes ao utilizado na DRS - UOP 539 ISO 6974-5 Fonte de informação / Referência N / A - IHS >Specs & Standards Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 3

Descrição do método de ensaio ASTM D 5291: Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 4

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 5

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 6

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 7

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 8

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 9

Características do cromatógrafo on-line de FG Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 10

Exemplos de Análises Efectuadas pelo Cromatógrafo Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 11

Petrogal S.A. - Refinaria de Sines (Anexo 2) 12