Christian Jank ( ) Schloss Neuschwanstein (1869/86, Baviera Alemanha) Ópera de Paris (1861/74, Paris France) Charles Garnier ( )

Documentos relacionados
ARQUITETURA PÓS MODERNA

EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DA HABITAÇÃO UNIFAMILIAR ROBERTO ACCIOLY MELO PESQUISA VOLUNTÁRIA IC 2015 ORIENTADOR: PROF. DR. ANTONIO M. N.

panorama da arquitetura internacional Euler Sandeville Junior

ARQUITETURA PÓS-MODERNA

TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA DECORAÇÃO

Conceitos em Arquitetura. Antonio Castelnou

O termo vem de béton brut (concreto bruto), usado por Le Corbusier para designar o material que usava.

Novo Historicismo. Fundação Armando Alvares Penteado FAAP

Conforto Ambiental 3 - Iluminação. Arquitetura é o jogo correto e magnífico das formas sob a luz»aar Le Corbusier (1940)

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Arquitetura e Urbanismo. Ênfase

FUNDAMENTOS DE ARQUITETURA concepção em projeto arquitetônico

Conceito e Partido PROJETO V CLAUDECHARLES DANTAS DANIELLY FEITOSA

ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA (a partir de 1944)

Programa Analítico de Disciplina ARQ353 Projeto III

T U R I S M O D E N E G Ó C I O S

PRODUÇÃO DO ESPAÇO ARQUITETÔNICO Antonio Castelnou

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2003/08 - Arquitetura e Urbanismo. Ênfase. Disciplina A - História da Arquitetura III

ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA Breve retrospectiva histórica

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

História da Habitação e Mobiliário. Antonio Castelnou AULA 01

Unidades habitacionais de fachada única. Arq. Luiz Alberto Backheuser

Programa de Ensino. Disciplina: Espaços Museais e Arquitetura de Museus Código: Período: Turno: 18:50-20:20hs 20:30-22:00hs. Ementa da Disciplina

Disciplina: Estética e Teoria das Formas

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

ART NOUVEAU. TH3 Teoria, História e Crítica da Arquitetura e Urbanismo III

Introdução ao Projeto de Arquitetura CRÉDITOS: 4 (T2-P2)

6º ANO ARGENTINA 6º ANO CANADÁ. 1º Horário: Português Conteúdo: Valor semântico do grau e classificação dos substantivos.

ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA Breve retrospectiva histórica. Uso da luz do dia. Uso da luz do dia 03/08/2015

EXERCÍCIO EXTRACLASSE 07

21/08/2017. ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA Breve retrospectiva histórica. Uso da luz do dia. Uso da luz do dia

ANEXO II BIBLIOGRAFIA PROCESSO SELETIVO DE DOCENTES SUMÁRIO

CONTEXTUALISMO. Antonio Castelnou

Projeto Arquitetônico

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Arquitetura e Urbanismo. Ênfase

Charlotte Perriand & Pierre Jeanneret. Gerry T. Rietveld

A ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL E SEUS PRINCIPAIS REPRESENTANTES

Nome: João Lucas, Danilo, Bruno, Lucas e Paulo nº12, 6, 4, 18 e 23 9ºB PROFESSORA: Margarete. TEMA: Arquitetura e o mercado de trabalho

Centro Universitário Estácio/FIC Curso de Arquitetura e Urbanismo Unidade Via Corpvs SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM ARQUITETURA E URBANISMO CCE0736

A Arquitectura e a Segurança contra Incêndios:

Capítulo 4: COMO AS PARTES SÃO ORGANIZADAS

Estudos Interartísticos

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA COORDENAÇÃO ACADÊMICA PLANO DE CURSO

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso 2003/08 - Arquitetura e Urbanismo. Ênfase

As Grandes Obras de Paris. Fundação Armando Alvares Penteado FAAP

AUT-274 LUZ, ARQUITETURA E URBANISMO PROJETOS EXERCÍCIO 4 CAIXA DE LUZ

Anexo 3 ANÁLISE GRÁFICA. Trama volumétrica da Capela de Ronchamp segundo Geoffrey Baker.

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso null - null. Ênfase. Disciplina A - Arquitetura II: Composição e Forma Arquitetônica

AS INFLUÊNCIAS DA ARQUITETURA MODERNA EUROPEIA NA CONCEPÇÃO ESPACIAL DO CONJUNTO RESIDENCIAL PEDREGULHO

panorama da arquitetura internacional Euler Sandeville Junior

A CONSTRUÇÃO DA CIDADE

PROMOÇÃO EUROPA EUROPA PRIMEIRA CLASSE

Escola de Artes e Arquitetura Curso de Arquitetura e Urbanismo

EX2_! CFA2 _ FAU.UFRJ!! ! ana amora! giovana ramirez! mara eskinazi! mariela oliveira! pedro engel! nuno patrício!

OBRA AUTOR DATA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHARDO, Fernando, PEREIRA, Benjamin 1 Chôço (socha) móvel de Pastor

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de Bauru. Curso Arquitetura e Urbanismo. Ênfase

6º ANO CANADÁ 6º ANO ARGENTINA

Fonte imagem:

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia FACULDADE DE ARQUITETURA Coordenação Acadêmica

ARTS AND CRAFTS. TH3 Teoria, História e Crítica da Arquitetura e Urbanismo III

Imagem da Cidade e das Edificações Complexas de Kevin Lynch ( ) Antonio Pedro Alves de Carvalho

Resolução da Questão 1 Texto Definitivo

HTAU I O que é Arquitetura?

PFLEX O EDIFÍCIO INFRAESTRUTURAL prof. carlos alberto maciel 3o bimestre de 2013

PROMOÇÃO EUROPA LUGARES LIMITADOS EUROPA PRIMEIRA CLASSE CIRCUITO SAÍDAS PREÇO 1ª PESSOA PREÇO 2ª PESSOA (25%)

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA ARTE Ano Lectivo 2016/2017

ESTILO INTERNACIONAL LE CORBUSIER HCA 12MT 2017 ROSÁRIO ABREU

Universidade Federal de Juiz de Fora Curso de Arquitetura e Urbanismo Estudo da Forma AULA 8 NIEMEYER E A FORMA ARQUITETÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Colegiado dos Cursos de Graduação em Arquitetura e Urbanismo

6º ANO ARGENTINA 6º ANO CANADÁ

A VIDA E A OBRA DE LUDWIG MIES VAN DER ROHE

Plano de ensino 1) Identificação Curso

PROMOÇÃO EUROPA EUROPA PRIMEIRA CLASSE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

Figuras 96 e 97 Fotos do edifício de Rob Krier. Fonte: Pedro Sória Castellano, 2007.

Semiótica. O que é semiótica? Semiótica X Semiologia. Para quem ainda discute. Gerações da semiótica

6º ANO ARGENTINA 6º ANO CANADÁ. 1º Horário: História

Arquitetura Anticlássica. Fundação Armando Alvares Penteado FAAP

Desenho Urbano. Antonio Castelnou

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE PROJETO HISTÓRIA E TEORIA

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 09: Modelagem de Lajes

COR E TRADIÇÃO NA ARQUITETURA DE LUIS BARRAGÁN

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 07: Modelagem de Lajes

ILUMINAÇÃO NATURAL PRÁTICAS DE SUCESSO E O CASO DO CENTRO DE INFORMAÇÕES DO CERRADO. Catharina Macedo

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 08: Modelagem de Lajes

EDIFÍCIOS DE MERCADO GAÚCHOS: UMA ARQUITETURA DOS SENTIDOS

PROMOÇÃO EUROPA EUROPA PRIMEIRA CLASSE

Dia e horário 2ª feira / 1º Tempo das 14 às 17:00 h / 1º semestre de 2018

O Poder Público e a Produção de Espaços Livres na Cidade

Partido Arquitetônico. Projeto de Arquitetura e Urbanismo 3 PR Prof. Dra Adriana Mara Vaz de Oliveira Prof. Gustavo Garcia do Amaral

Avaliação de projeto segundo Pause e Clark

Os Tipos na Arquitetura e no Urbanismo

Museu de História de Ningbo, China

Modernidade em Xeque. Fundação Armando Alvares Penteado FAAP

II WORKSHOP Protensão como Solução Mercado Nacional e Internacional. Engº Daniel Garcia Agosto-2016

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO / FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA ARQUITETURA

MODELAGEM DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS Aula 09: Modelagem de Lajes

Transcrição:

Christian Jank (1833-88) Schloss Neuschwanstein (1869/86, Baviera Alemanha) Ópera de Paris (1861/74, Paris France) Charles Garnier (1825-98)

Antoni Gaudi (1852-1926) Casa Batló (1905/07, Barcelona Esp.) Casa Milá La Pedrera (1905/07, Barcelona Esp.) Casa El Labirinto (1964,Carboneras Andaluzia Esp.) Sculpture Habitacle (1964, Meudon França) André Bloc (1896-1966)

e) Conceito Teatral Também chamado de DRAMATÚRGICO, vê a arquitetura como PALCO (espaço cenográfico), onde as pessoas representam papéis; assim os ambientes tornam-se CENÁRIOS, que suportam o espetáculo da vida. Seus termos mais comuns são: ambiente de comportamento, bastidores, papéis, panos-de-fundo, planos de visão, etc. Les Espaces d'abraxas (1978/82, Marne-la-Vallée Fr.) Ricardo Bofill (1939-)

Aqui, a principal preocupação é fornecer aos usuários suportes e cenários para desempenharem papéis ou dirigirem a ação, como propõem os arquitetos pós-modernos formalistas, das décadas de 1970 e 1980. Portland Public Service Building (1980/82, Portland Oregon EUA) Walt Disney Studios (1990/92, Burbank Cal. EUA) Michael Graves (1934-)

Charles Moore (1925-93) Piazza d Italia (1976/79, N. Orleans EUA)

f) Conceito Musical Pilgrimage Wieskirche (1728/33, Viena Áustria) Dominikus Zimmermann (1685-1766) Nesta analogia, o projetista considera a arquitetura como MÚSICA petrificada, arte do espaço e do tempo, preocupando-se com os conceitos de escala, ritmo e harmonia. Compara-se o universo da arquitetura com o da música em termos de composição, execução e apreciação.

Embora verificável em quase todos os momentos da história da arquitetura, teve destaque no período do BARROCO, entre os séculos XVII e XVIII, e da arquitetura neoexpressionista de Oscar Niemeyer (1907-), entre outros. Berlin Philarmonie (1963/65, Berlim, Alemanha) Hans Scharoun (1893-1972)

Casa do Baile (1944/45) Igreja de S. Francisco de Assis (1943, Pampulha, B. Horizonte MG) Museu de Arte Contemporânea (1994/96, Niterói RJ) Oscar Niemeyer (1907-)

g) Conceito Sistêmico Shizuoka Press & Broadcasting Offices (1967, Shikuoka, Tokyo Japan) Kenzo Tange (1913-2005) Considera as necessidades ambientais como problemas que podem ser resolvidos através de uma análise cuidadosa e de procedimentos deliberados. A arquitetura seria um conjunto de SISTEMAS, cuja resolução deve ser racional, lógica e paramétrica, e as preocupações podem se centralizar em questões físicas e técnicas; ou estruturais e funcionais.

Le Corbusier (1887-1965) Unité d Habitacion (1946/52, Marseille France) Centraal Beheer (1970/72, Apeldoorn Holanda) Herman Hertzberger (1932-) Os melhores exemplos dessa analogia conceitual referem-se à arquitetura moderna funcionalista (racionalismo), ao ESTRUTURALISMO dos anos 50 e ao BRUTALISMO arquitetônico da década de 1960.

Habitat 67 Housing Complex (1965/67, EXPO67 Montreal Canadá) Moshe Safdie (1938-)

h) Conceito Tipológico Vê o projeto arquitetônico como uma tarefa de identificar MODELOS PADRONIZADOS de necessidades e TIPOS- PADRÃO de locais para satisfazer essas necessidades. TIPO = modelo generalizado de um estrutura interior ou sistema funcional que pode sofrer alterações formais e materiais. Centro direzionale e commerciale Fontivegge (1982, Perugia Itália) Aldo Rossi (1931-97)

Conceituar a arquitetura como TIPO é o mesmo que identificar um sistema organizacional que subsiste ao tempo, o qual pode ser adaptado às diferentes condicionantes temporais e espaciais. Estudo do Tipo Casa-Pátio

N EVOLUÇÃO DO TIPO CRUCIFORME (IGREJAS CRISTÃS)

Presente nas análises da arquitetura pós-moderna, essa analogia presume ainda que as relações de comportamento ambiental podem ser vistas em termos de unidades que o projetista vai acrescentando para compor um edifício ou conjunto urbano (CONTEXTUALISMO) Léon Krier (1946-) Poundbury (1988/93, Dorchester GB) Hufeisenplatz Kirchsteigfeld (1980, Potsdam Alem.) Rob Krier (1938-) & Christian Kohl

i) Conceito Linguístico Compara a arquitetura com a LINGUAGEM, de modo que esta forneça informações tanto denotativas (uso e função), como conotativas (simbólicas), que podem ser interpretadas sintaticamente, através de regras (códigos ou gramáticas) como semanticamente (significados). Casa Gaspar (1992, Zahora, Cadiz Esp.) Alberto Campo Baeza (1946-) John Pawson (1949-) Pawson House (1999, London GB)

Face House (1974, Kyoto Japan) Kazumasa Yamashita (1937-) Bastante abrangente e contemporânea, esta forma de conceituação encontra referências em toda a historiografia, quando a arquitetura é vista como veículo de expressão de atitudes do arquiteto diante do projeto e da sociedade.

Daniel Libeskind (1946-) Spiral Extension Victoria & Albert Museum (1996/2006, London GB) Fred and Ginger Dancing House (1995, Praga Rep. Tcheca) Frank O Gehry (1929-) Como matéria de projeto, a analogia linguística é aplicada tanto nas concepções minimalistas (ESSENCIALISMO) como maximalistas (DESCONSTRUTIVISMO).

j) Conceito Existencial Também chamado de AD- HOCISTA, considera a arquitetura como uma resposta a uma necessidade imediata (ad-hoc = com isto), usando materiais disponíveis e elementos existentes, sem se referir a um ideal ou inventando algo, como na ARQUITETURA VERNACULAR (primitiva, anônima, espontânea, etc.). Arquitetura primitiva

Arquitetura regional (Santorini, Ilhas Cíclades Grécia) Trata-se da arquitetura sem arquitetos, ou seja, aquela não-oficial, que não segue regras e cânones acadêmicos, vindo somente a atender as condições básicas de existência. Arquitetura espontânea (Favelas)

Conclusão Além desses dez conceitos empregados usualmente na arquitetura, existe uma infinidade de outros, que buscam conectar o universo arquitetônico às mais diversas áreas do conhecimento humano, o que seria de se esperar, tratando-se de uma atividade de pura criação. Ao mesmo tempo produção material e expressão espiritual, a ARQUITETURA representa, através de sua complexidade, uma gama variado de aspectos históricos, sócio-econômicos, tecnológicos e, principalmente, ideológicos.

Leitura Complementar APOSTILA Capítulo 09. BONTA, J. P. Anatomia de la interpretacion en arquitectura. Barcelona: Gustavo Gili, 1975. GREGOTTI, V. Território da arquitetura. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, Col. Debates, n. 111, 2001. PORTOGHESI, P. Depois da arquitetura moderna. São Paulo: M. Fontes, 2002. SNYDER, J.; CATANESE, A. Introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: Campus, 1984.