PRIMEIRO RELATÓRIO PARCIAL AUXÍLIO DE PESQUISA

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Transcrição:

PRIMEIRO RELATÓRIO PARCIAL AUXÍLIO DE PESQUISA 1 Projeto Agrisus N o : 1334/14 Título da Pesquisa: ADUBAÇÃO NITROGENADA DE COBERTURA NO CONSÓRCIO DE MILHO SAFRINHA COM CAPIM RUZIZIENSIS EM SISTEMA PLANTIO DIRETO Interessado (Coordenador do Projeto): Karina Batista INSTITUIÇÃO: APTA Instituto de Zootecnia Endereço: Rua Heitor Penteado, n.56, Centro CEP: 13460-000 Cidade: Nova Odessa Estado: SP Fone: (19) 3466-9448 Cel.: (019) 98165-6007 e-mail: karina@iz.sp.gov.br / batistakarin@gmail.com Local da Pesquisa: Apta/Instituo de Zootecnia Nova Odessa Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$13.000,00 Vigência do Projeto: 17/04/14 a 30/12/16 RESUMO DO PROJETO: O milho safrinha (outono-inverno) tem ganhado visibilidade devido ao aumento crescente de sua safra, e em virtude da falta de tempo entre a sua colheita e o próximo cultivo de verão, o seu consórcio com o capim-ruziziensis (Urochloa ruziziensis cv. Comum) também tem avançado nessa época. Dessa forma objetivar-se-á determinar a influência da adubação nitrogenada de cobertura para o consórcio de milho safrinha com o capim-ruziziensis em sistema de plantio direto. No plantio apenas a linhas do milho safrinha serão adubadas. Enquanto que a adubação de cobertura será realizada nas linhas do milho safrinha e do capim-ruziziensis. O experimento será realizado em um Argissolo Vermelho Amarelo. Os tratamentos constituir-se-ão de quatro doses de nitrogênio aplicadas em cobertura 0, 30, 60 e 90 kg ha -1. O delineamento experimental será o de blocos ao acaso, com quatro repetições. No verão será implantada a leguminosa Crotalária spectalis. Serão avaliados: a) Diagnose nutricional das plantas de milho safrinha e capim-ruziziensis; b) valor SPAD; c) Produção de massa seca; d) Concentração de macronutrientes nas plantas consorciadas; e) Parâmetros agronômicos do milho safrinha; f) Atributos químicos do solo e g) Teores de nitrato e amônio no solo. O procedimento GLM será utilizado para a análise de variância e a análise de regressão para as doses de nitrogênio em cobertura.

2 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos com o aumento das tecnologias utilizadas mudanças vêm acontecendo no setor agropecuário e o Brasil tem intensificado as discussões e as ações relativas ao trinômio Produção Sustentabilidade Fome. Em 2014, o agronegócio brasileiro foi responsável por mais de 37% do valor das exportações nacionais, contra, apenas, 7% das importações reafirmando, portanto, que a agropecuária ainda é o grande negócio do Brasil. Nesse cenário o milho safrinha tem ocupado um papel importante já que desde 2012 a área plantada com o milho safrinha supera a área plantada com o milho verão (CONAB, 2015). Estudos que viabilizem o plantio de milho safrinha com plantas forrageiras sem que o milho perda a sua produtividade, e de modo que as forrageiras possam ser usadas como alimentação animal e palha para o sistema de plantio direto ainda são necessários principalmente no que diz respeito à nutrição mineral das plantas nesse sistema. A determinação da quantidade mais adequada de fertilizante nitrogenado é uma decisão importante que afeta a rentabilidade da produção de milho e o impacto da agricultura sobre o meio ambiente. Esta decisão é mais importante agora do que nunca, porque a utilização do fertilizante nitrogenado tem aumentado durante as três últimas décadas e porque há uma crescente preocupação com os impactos ambientais associados com a utilização desse fertilizante (Cerrato & Blackme, 1990). Pesquisas (Souza et al., 2011; Nascimento et al., 2012; Soratto et al., 2012; Goes et al., 2013) têm demonstrado que o milho safrinha precisa de adubação nitrogenada no plantio e em cobertura. Por outro lado, a falta de reposição de nitrogênio associada ou não a utilização de níveis inadequados de fertilizantes nitrogenados em plantas forrageiras têm sido apontados como uns dos principais fatores da redução na produtividade e degradação do solo (Maranhão et al., 2010). Dessa forma levando-se em conta que tanto o milho safrinha quanto o capim-ruziziensis são plantas exigentes em nitrogênio o cultivo consorciado dessas duas gramíneas, no sistema plantio direto, pode aumentar a quantidade de nitrogênio necessária, pois, além de ocorrer imobilização de nitrogênio por microrganismos do solo, no processo de decomposição da cobertura morta, há maior demanda pelo nutriente, quando duas espécies são cultivadas simultaneamente no mesmo ambiente (Borghi & Cruciol, 2007). Diante do exposto o objetivo do presente projeto é determinar a influência da adubação nitrogenada de cobertura, para o consórcio de milho safrinha com o capim-ruziziensis em sistema de plantio direto adubando-se as linhas do milho safrinha e do capim-ruziziensis com relação aos aspectos nutricionais (solo e plantas) e produtivos (milho safrinha e capim-ruziziensis).

3 2. MATERIAIS & MÉTODOS Para a instalação do projeto 1334/14 realizou-se a calagem da área experimental (10/09/2014). Na calagem utilizou-se 2t ha -1 de calcário dolomítico conforme recomendação de Raij et al. (1997). A distribuição do calcário foi feita em linhas e sua incorporação foi realizada com o arado de disco (Figuras 1a e 1b). Posteriormente a incorporação do calcário realizou-se o o nivelamento da área com a grade niveladora. Figura 1. Distribuição e incorporação do calcário na área experimental. O plantio da Crotalaria spectabilis (05/11/2014) foi realizado através do uso de uma semeadora convencional, com os discos da semeadora ajustados para 30 à 35 sementes por metro de linha. O espaçamento adotado entre as linhas de semeadura foi de 0,50 m, não sendo utilizado nenhum adubo na semeadura da leguminosa (Figuras 2a). Como enfatizado no projeto a utilização da leguminosa-crotalária no verão terá a finalidade de manter os teores de matéria orgânica do solo e garantir a sua proteção até a implantação do consórcio. Sessenta dias após a semeadura da leguminosa-crotalária (05/01/2015) algumas plantas começavam a florescer e a área também apresentava grande incidência de plantas invasoras. (Figuras 2b). Dessa forma embora não estivesse no projeto optamos por realizar a identificação das plantas invasoras na área experimental e também algumas características agronômicas da leguminosa-crotalária como serão descritos nos itens 2.2 e 2.3. Seguindo a recomendação de Mendes et al (2012) para a dessecação da leguminosacrotalária (30/01/2015) utilizou-se 5,0L ha -1 do herbicida glyphosate. Entretanto dez dias após a dessecação (10/02/2015) como grande em parte da área experimental as plantas encontravam-se verdes optamos por roçar a área para que não ocorressem interferências na época de semeadura do milho safrinha. Devido a grande incidência de invasoras, principalmente capim-colchão (Digitaria horizontalis) e capimtapete (Mollugo verticillata), realizou-se também a aplicação de 1L ha -1 do herbicida glyphosate (23/02/2015).

4 Figura 2. Semeadura da Crotalaria spectabilis com a semeadora convencional e leguminosacrotalária no início do florescimento com presença de plantas invasoras. Uma amostra composta de solo da área experimental foi coletada antes da semeadura do consórcio de milho safrinha e capim-ruziziensis (20/02/2015) nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm e enviada para o laboratório para as determinações de fertilidade, sulfato, nitrato e amônio no solo as quais corresponderão aos valores iniciais dos atributos químicos do solo (Tabela 1). Para a determinação granulométrica do solo da área experimental uma amostra composta de solo na profundidade de 0-20 cm foi coletada e encaminhada para o laboratório (Tabela 2). A semeadura do consórcio de milho safrinha com a Brachiaria ruziziensis cv. Comum ( 11/03/2015) foi mecanizada (Figura 3a e 3b), por meio de uma semeadora-adubadora para o sistema de plantio direto (Seed-max), intercalando-se uma linha de milho safrinha com uma linha de capim-ruziziensis na mesma operação de plantio. Figura 3. Área experimental antes do início da semeadura do consórcio de milho safrinha e capimruziziensis e implantação do consorcio.

5 Tabela 1. Análise química do solo antes do plantio do consorcio de milho safrinha com capim-ruziziensis. Prof. phcacl 2 M.O P K Ca Mg H+Al Al SB CTC V SO 4 2- NH 4 + g dm -3 mmol c dm -3 % mg dm -3 mg kg -1 0-20 5,4 16 6 0,5 17 9 16 0 27 43 62 6 151 109 20-40 4,7 9 3 0,5 10 6 22 2 17 39 43 14 133 105 NO 3 - Tabela 2. Análise granulométrica do solo da área experimental. Argila Silte Areia Total Areia Grossa Areia Fina Profundidade <0,002mm 0,053-0,002mm 2,00-0,210mm 0,210-0,053mm g kg -1 0-20 189 81 730 120 610 O espaçamento entre as linhas de semeadura de capim e de milho foi de 0,45m, de modo que a distância entre uma linha e outra de milho ficou ajustada à 0,90m. Para a semeadura do capim-ruziziensis na entrelinha do milho safrinha utilizou-se o disco de sorgo universal com 90 furos (Figura 4) e tomou-se o cuidado de não fornecer adubo para as linhas de plantio do capim. Para a adubação do milho safrinha utilizou-se 300 kg ha -1 do formulado 10-10-10 o que corresponde a 30 kg ha 1 de N no plantio (Duarte et al., 1996). A cultivar de milho safrinha utilizada foi a 2B655Hx e todas as sementes foram tratadas com os inseticidas (thiodicarb + imidacloprid) para o controle das pragas iniciais. Na semeadura do milho safrinha distribuiu-se cinco sementes por metro de linha. Enquanto que na semeadura do capimruziziensis distribuiu-se cerca de 20 kg ha -1 (VC=30%). Como havia semente de capim-ruziziensis disponível no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Nutrição Animal e Pastagem (CPDNAP) do Instituto de Zootecnia para o plantio optou-se por utilizar a semente disponível e não realizar a compra para essa safra. Figura 4. Disco e anel de sorgo universal utilizado na semeadura do capim-ruziziensis e disco de sorgo universal na caixa de sementes.

6 Para a semeadura dos consórcios tomou-se o cuidado com a profundidade de semeadura do milho safrinha, do capim-ruziziensis bem como com a profundidade de distribuição do adubo. Para a semeadura do milho safrinha adotou-se a profundidade de 6 cm, para o capim-ruziziensis 3 cm e para aplicação do adubo 8cm, procurando-se dessa maneira favorecer o desenvolvimento do milho safrinha. 2.1 Aplicação dos tratamentos: doses de nitrogênio em cobertura Quando as plantas de milho estavam no estágio de cinco a seis folhas (vinte e sete dias após o plantio, 07/04/2015), procedeu-se a aplicação da adubação nitrogenada de cobertura de acordo com os tratamentos (Figura 5a). Para aplicação dos tratamentos a área experimental foi primeiramente demarcada com estacas para a identificação das parcelas experimentais (Figura 5b). Os tratamentos foram distribuídos em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Figura 5. Consórcio de milho safrinha e capim-ruziziensis aos vinte e sete dias após o seu plantio e instalação das estacas na área experimental para a identificação das parcelas experimentais. As parcelas experimentais dentro de cada bloco estão constituídas de quatro linhas de milho safrinha intercaladas com uma linha de capim-ruziziensis perfazendo-se um total de oito linhas por parcela. O espaçamento entre as linhas de milho safrinha e de capim-ruziziensis é de 0,45m, o comprimento das linhas é de 20 m e entre o término de um bloco e o começo de outro bloco estabeleceu-se um corredor de 1,0 m (Figura 6).

1m 1m 1m BIII BI BIV BII 0 30 60 90 90 60 30 0 30 0 90 60 60 90 0 30 20 m 20 m 20 m 20 m 7 Figura 6. Distribuição dos tratamentos na área experimental em delineamento de blocos ao acaso. As doses de nitrogênio de 0, 30, 60 e 90 kg ha -1 foram distribuídas manualmente nas linhas de milho e de capim-ruziziensis tomando-se o cuidado para que o fertilizante ficasse distribuído de maneira uniforme ao longo de todas as linhas (Figura 7). A fonte de nitrogênio utilizada foi o nitrato de amônio. a b c d Figura 7. Dose de nitrogênio a ser distribuída na linha, distribuição manual das doses de nitrogênio nas linhas de capim-ruziziensis e milho safrinha, grânulos do fertilizante na linha de milho safrinha (c) e na linha de capim (d).

8 2.2 Avaliação de plantas invasoras na leguminosa-crotalária O levantamento das plantas invasoras na leguminosa-crotalária foi realizado setenta e um dias (14/01/2015) após a sua semeadura (Figura 8a). Para o levantamento utilizou-se um quadrado de 0,5 m de lado (0,25m 2 de área) que foi lançado 48 vezes na área experimental, de modo que abrangesse toda à área em estudo (Figura 8b). Esse procedimento foi feito de maneira aleatória, sem o uso, no entanto, de mecanismos de sorteio (Oliveira & Freitas, 2008). As espécies contidas em cada quadro foram identificadas segundo Lorenzi (2006), cortadas rente ao solo e separadas em monocotiledôneas e dicotiledôneas. Para o estudo das espécies invasoras, avaliaram-se a freqüência, a freqüência relativa, a densidade, a densidade relativa, a abundância, a abundância relativa e o índice de importância relativa de acordo com Brighenti et al. (2003). Onde: Freqüência= n o de quadrados que contém a espécie n o total de quadrados; Freqüência relativa= 100 x freqüência da espécie freqüência total de todas as espécies; Densidade= n o total de indivíduos por espécie área total coletada; Densidade relativa= 100 x densidade da espécie densidade total de todas as espécies; Abundância= n o total de indivíduos por espécie n o total de quadrados que contém a espécie; Abundância relativa= 100 x abundância da espécie abundância total de todas as espécies; Índice de Valor de Importância (IVI)= freqüência relativa + densidade relativa + abundância relativa. Figura 8. Plantas invasoras na área experimental e quadro usado para as avaliações. 2.3 Avaliação agronômica da leguminosa-crotalária As avaliações agronômicas foram realizadas setenta e sete dias após a semeadura da leguminosa-crotalária (Figura 9a). Avaliaram-se a altura média de plantas, população de plantas por hectare, o diâmetro médio de plantas, as produções de massa verde e seca por hectare e a área foliar média. Como ainda não haviam tratamentos instalados na área experimental para facilitar às avaliações na leguminosa-crotalária a área foi dividida em partes (Figura 9b).

9 Figura 9. Crotalaria spectabilis na época das avaliações agronômicas e esquema de campo demonstrando como a área foi dividida para facilitar avaliações. Para determinação da altura de plantas utilizou-se uma régua graduada da base da planta até o final da inflorescência. Baseando-se no esquema de campo (Figura 6b) foram realizadas dez leituras dentro de cada parte do esquema de campo apresentado totalizando-se 160 leituras na área experimental. A determinação da população de plantas por hectare e das produções de massa verde e seca por hectare foram realizadas através da coleta de amostras da área experimento. Dentro de cada parte foram coletadas três amostras de 0,7m 2 totalizando 48 amostras na área experimental (Figura 10a). As amostras coletadas foram levadas para o laboratório do CPDNAP (Figura 10b). No laboratório procedeu-se a contagem de plantas por amostra e a pesagem de todo material verde coletado. Figura 10. Coleta de amostras da leguminosa-crotalária (0,78m 2 ) e amostras agrupadas após a coleta. Após a pesagem de todo o material verde uma subamostra constituída de dez plantas foi coletada ao acaso de cada amostra para determinação do diâmetro médio, da produção de massa seca por hectare e da área foliar média por hectare. As plantas de cada subamostra foram separadas em hastes e folhas (Figuras 11a, 11b e 11c). O diâmetro foi determinado através do uso de um paquímetro enquanto que á área foliar com o integrador de área foliar. Após essas determinações as

subamostras foram colocadas para secar em estufa de circulação forçada de ar a 65 o C por 72 horas para posterior pesagem e determinação da massa seca por hectare. 10 (c) Figura 11. Subamostra, haste e folhas de plantas da leguminosa-crotalária. 3. RESULTADOS E SUA DISCUSSÃO Ainda não foram realizadas as avaliações previstas no projeto, pois os tratamentos serão implantados na safrinha 2015. Entretanto serão apresentados os resultados referentes ao levantamento de plantas daninhas na leguminosa-crotalária bem como da avaliação agronômica da leguminosa. 3.1 Levantamento das plantas invasoras na leguminosa-crotalária O levantamento fitossociológico identificou 14 famílias de plantas daninhas na leguminosacrotalária demonstrando diversidade na comunidade infestante. As famílias mais representativas, no que se referem ao número de espécies foram: Poaceae (6), Asteraceae (3); Cyperaceae (2) e Malvaceae (2). Quanto à classe botânica as dicotiledôneas apresentaram maior número de espécies (Tabela3). As plantas daninhas da família Poaceae produzem grande quantidade de sementes e por isso apresentam alto poder de disseminação e colonização mesmo em condições desfavoráveis (Holm et al., 1991). As plantas daninhas da família Asteraceae além de apresentarem grande produção e dispersão de sementes possuem um mecanismo de dormência que possibilita ficarem dormentes no solo por até cinco anos (Lorenzi, 2006). As plantas daninhas da família Cyperaceae são de difícil erradicação sendo que a agressividade desta família está relacionada, entre outros fatores, à sua habilidade de propagação; já que possuem um sistema assexuado de reprodução, constituído principalmente por rizomas e tubérculos que lhes garante a perpetuação e a rápida reinfestação do solo (Jackelaits et al., 2003). As espécies daninhas da família Malvaceae toleram solos ácidos e fracos, mas desenvolvem-se melhor em solos de maior fertilidade e de textura mais argilosa (Constantin et al., 2007).

11 As plantas daninhas que apresentaram maior freqüência foram: capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), capim-colchão (Digitaria horizontalis), tirririca (Cyperus rotundus) e beldroega (Portulaca oleraceae) (Tabela 1). Os maiores valores de densidade foram observados para capimtapete (Mollugo verticillata), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e capim-colchão (Digitaria horizontalis). De acordo com Pereira & Velline (2003) a planta daninha Digitaria horizontalis (capim-colchão) é uma das espécies mais freqüentes nos ambientes agrícolas. Em termos de abundância observou-se o maior valor para o capim-tapete (Mollugo verticillata) revelando que essa espécie aparece de forma dominante (Maciel et al., 2010). O índice de valor de importância indica qual espécie tem maior influência dentro de uma comunidade (Oliveira & Freitas, 2008) o que sugere que o capim-tapete (Mollugo verticillata) foi a que mais interferiu no desenvolvimento da leguminosa-crotalária (Figura 12). 3.2 Avaliação agronômica da leguminosa-crotalária Os dados médios dos parâmetros avaliados na leguminosa-crotalária foram: produção de massa verde da parte aérea: 33469,42 kg ha -1, produção de massa seca da parte aérea: 7223,32 kg ha -1, população de plantas por hectare: 342261,90, diâmetro de ramos: 0,82m, altura de plantas: 128,77 cm e a área foliar: 60105,29 m 2 (Tabela 4).

Tabela 3. Plantas invasoras encontradas na leguminosa-crotalária e seus valores de freqüência (Fr), densidade (D) e abundância. Nome Cientifico: Espécie: Família: Classificação: Fr D A Amaranthus viridis (L.) caruru-verde Amaranthaceae Dicotiledonea 2,08 0,25 1,00 Bidens pilosa picão-preto Asteraceae Dicotiledonea 27,08 6,00 1,85 Cleome affinis mussambé Brassicaceae Dicotiledonea 2,08 0,25 1,00 Commelina benghalensis (L.) trapoeraba Commelinaceae Dicotiledonea 22,92 5,25 1,91 Eclipta alba (L.) erva-de-botão Asteraceae Dicotiledonea 4,17 0,50 1,00 Emilia fosbergii falsa-serralha Asteraceae Dicotiledonea 10,42 2,25 1,80 Euphorbia heterophylla (L.) leiteiro Euphorbiaceae Dicotiledônea 2,08 0,25 1,00 Ipomoea purpurema (L.) corda-de-viola Convolvulaceae Dicotiledonea 12,50 1,50 1,00 Macrotyloma axillare macrotiloma Leguminosae Dicotiledônea 37,50 7,50 1,67 Marsypianthes chamaedrys hortelã-do-campo Lamiaceae Dicotiledonea 6,25 2,00 2,67 Mollugo verticillata (L.) capim-tapete Molluginaceae Dicotiledônea 35,42 48,75 11,47 Portulaca oleraceae (L.) beldroega Portualacaceae Dicotiledônea 58,33 16,75 2,39 Richardia brasillensis poaia-branca Rubiaceae Dicotiledônea 41,67 18,50 3,70 Sida cordifolia malva-branca Malvaceae Dicotiledonea 4,17 2,50 5,00 Sida rhonbifolia (L.) guanxuma-vassorinha Malvaceae Dicotiledonea 10,42 1,50 1,20 Cyperus iria (L.) tiririca-do-brejo Cyperaceae Monocotiledonea 8,33 3,75 3,75 Cyperus rotundus (L.) tiririca Cyperaceae Monocotiledônea 56,25 22,75 3,25 Digitaria horizontalis capim-colchão Poaceae Monocotiledônea 62,50 31,25 4,31 Eleusine indica (L.) capim-pé-de-galinha Poaceae Monocotiledônea 68,75 36,00 4,36 Eragrostis pilosa (L.) capim-mimoso Poaceae Monocotiledônea 10,42 2,50 2,00 Panicum maximum capim-aruana Poaceae Monocotiledonea 2,08 0,25 1,00 Echinocloa colona capim-coloninho Poaceae Monocotiledônea 2,08 0,25 1,00 Sorghum halepense (L.) capim-argentino Poaceae Monocotiledônea 10,42 1,25 1,00 12

Sorghum halepense Echinocloa colona Panicum maximum Eragrostis pilosa Eleusine indica Digitaria horizontalis Cyperis rotundus Cyperus iria Sida rhonbifolia Sida cordifolia Richardia brasillensis Portulaca oleraceae Mollugo verticillata Marsypianthes chamaedrys Macrotyloma axillare Ipomoea purpurema Euphorbia heterophylla Emilia fosbergii Nicolson Eclipta alba Commelina benghalensis Cleome affinis Bidens pilosa Amaranthus viridis 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 13 Plantas invasoras IVI Figura 12. Índice de Valor de Importância (IVI) das espécies invasoras da leguminosa-crotalária.

14 Tabela 4. Parâmetros agronômicos da leguminosa-crotalária aos setenta e sete dias após a sua semeadura. MVPA MSPA PP ø h AF kg ha -1 kg ha -1 plantas ha -1 m cm m 2 Área 1 34571,43 6987,14 347619,05 0,82 147,4 60851,22 38761,90 8094,05 309523,81 0,81 134,2 55806,92 44142,86 8287,62 361904,76 0,84 144,5 69934,13 37904,76 8535,71 357142,86 0,85 128,7 77001,65 Área 2 34142,86 7593,33 319047,62 0,87 118,8 58148,07 24714,29 4845,71 228571,43 0,87 125,6 50660,97 36523,81 8765,24 376190,48 0,86 122,6 42214,73 30190,48 6361,43 347619,05 0,84 116,6 72549,52 Área 3 15285,71 3738,10 238095,24 0,66 121,7 43029,38 37809,52 8215,71 385714,29 0,77 127,3 61684,05 34857,14 8980,95 438095,24 0,75 133,3 33201,95 34761,90 6835,71 428571,43 0,67 132,2 49086,84 Área 4 28367,86 7300,00 333333,33 0,88 123,4 53486,03 41285,71 8295,24 319047,62 0,91 125,6 91291,85 25619,05 5965,71 257142,86 0,86 134,0 75095,63 36571,43 6771,43 428571,43 0,81 124,4 67641,77 Média 33469,42 7223,32 342261,90 0,82 128,77 60105,29 MVP: Massa verde da parte aérea; PP: população de plantas; ø: diâmetro médio; h: Altura média; MSPA: massa seca parte aérea; AF: Área foliar. 4. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS A área experimental não permitiu o acesso da semeadora-adubatora do sistema de plantio direto com caixa de semente específica para a distribuição de sementes de capim na entrelinha de plantio do milho. Dessa forma foi necessária a reforma da semeadora-adubadora para o sistema de plantio direto (Seed-max), e devido a atrasos no seu concerto só conseguimos implantar o experimento em março, no entanto dentro do período adequado para o plantio do milho safrinha (meados de fevereiro à meados de março).

15 5. PRESTAÇÃO PARCIAL DE CONTAS DESPESAS R$ Material de Consumo Semente de Crotalaria spectabilis 160,00 Semente de milho DOW 2B655HX 410,00 Roundup Original 280,00 Adubo formulado 10-10-10 160,00 Proof Atrazina 110,00 Inseticida Metomil (Brilhante) 25,00 Subtotal 1145,00 Serviços de Terceiros (Pessoa Jurídica) Análise química do solo inicial (fertilidade, sulfato, granulometria) 83,00 Análise de nitrato e amônio no solo 84,00 Subtotal 167 Total Parcial 1312,00 Referências bibliográficas BORGHI, E.; CRUCIOL, C.A. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação com Brachiaria brizantha em sistema plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, 42:163-171, 2007. BRIGHENTI, A.M.; CASTRO, C.; GAZZIERO, D.L.P.; ADEGAS, F.S.; VOLL, E. Cadastramento fitossociológico de plantas daninhas na cultura de girassol. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 38:651-657, 2003. CERRATO, M.E.; BLACKMER, A.M. Comparison of Models for Describing; Corn Yield Response to Nitrogen Fertilizer. Agronomy Journal, 82:138-143, 1990. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento: Indicadores da Agropecuária. Indicador agropecuário, 24:01-98, 2015.

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