PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Projeto de Lei nº 145 de 18 de setembro de 2013 AUTOR: Poder Executivo PARECER: Favorável, sem apresentação de emendas EMENTA: Estabelece normas de Proteção e Promoção da Arborização no Município de Venâncio Aires RELATOR: JOÃO STAHL RELATÓRIO Conforme disposição regimental (artigo 46, inciso I, alínea a, item 1), o projeto veio a esta Comissão. A MATÉRIA EM ANÁLISE TRAMITA NESTA Casa Legislativa por iniciativa do Senhor Prefeito Municipal, sob a forma de projeto de lei, tendo por objetivo estabelecer normas de Proteção e Promoção da Arborização no Município de Venâncio Aires. O Projeto apresenta trinta e dois (32) artigos, divididos em sete (07) capítulos. O capítulo I trata das DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, trazendo objetivos, abrangência da Lei, competências e conceitos técnicos. O capítulo II dispõe sobre o SISTEMA DE ÁREAS VERDES, conceituando Área Verde ou Arborizada. O capítulo III elenca as NORMAS PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA, informando critérios e prioridades no trato desta matéria. O capítulo seguinte, IV, estabelece a PROTEÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA, trazendo vedações, compatibilizações, adequações técnicas, tratando ainda de resíduos domésticos e industriais, além de pontuar situações específicas. Na sequência, vem o capítulo V, que descreve os LOTEAMENTOS, CONDOMÍNIOS E OUTRAS EDIFICAÇÕES, regulamentando o tema em pauta.
O capítulo VI trata das PODAS, REMOÇÕES E PLANTIOS DE VEGETAÇÃO DE PORTE ARBÓREO, determinando as situações em que tais ações podem ou não ocorrer, bem como a quem compete fazê-lo, autorização do serviço e custos. Por derradeiro, o capítulo VII institui o PLANO DE ARBORIZAÇÃO MUNICIPAL, a ser implementando na publicação desta futura Lei. É o relatório.
PARECER Quanto ao mérito, o presente Projeto de Lei visa estabelecer normas de Proteção e Promoção da Arborização no Município de Venâncio Aires. É da competência do Poder Executivo tratar sobre a matéria em tela, nos termos do que prevê o art. 7º, inciso II, da Lei Orgânica do Município: (...) II legislar sobre assuntos de interesse local; (...). O Meio Ambiente é tema amplamente regulamentado na Lei Orgânica, cabendo mencionar os seguintes dispositivos elucidativos acerca do Projeto de Lei em pauta: Art. 98. Ao Município incumbe: (...) V - o estímulo, a formação da consciência pública voltada à preservação da saúde e do meio ambiente; (...) Art. 106. O meio ambiente é bem de uso comum do povo e a manutenção de seu equilíbrio é essencial à sadia qualidade de vida. 1º A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos do Município. 2º O causador de poluição ou dano ambiental será responsabilizado e deverá assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros decorrentes do saneamento do dano. Art. 107. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e a coletividade, o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as presentes e futuras gerações, cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas nesse sentido. 1º Para assegurar a efetividade desse direito, o Município desenvolverá ações permanentes de proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe, primordialmente: (...); III - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente; IV - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem em risco a sua função ecológica e paisagística, provoquem extinção da espécie ou animais à crueldade; (...); VII - fiscalizar, cadastrar e manter as florestas e as unidades públicas estaduais de conservação, fomentando o florestamento ecológico, bem como, conservação, na forma da lei, as florestas remanescentes do Município; (...).
O Poder Executivo justifica que as árvores são componentes do ambiente urbano e exercem grandes benefícios na melhoria da qualidade de vida, harmonizando a cidade e a natureza, beneficiando toda a população. Entretanto, a falta de planejamento e conhecimento técnicocientífico resulta em inúmeros problemas, como o gasto com controle e manutenção das árvores, o que vem sendo uma preocupação constante. Argumenta o autor que cada dia mais os espaços livres vão desaparecendo. Com o crescimento das cidades, as ruas tranquilas passam a ter grande volume de trânsito, e as casas com quintais são substituídas por edifícios, mudando assim a paisagem urbana. Destaca ainda que deste modo, a conservação da paisagem, a convivência de seus habitantes e a qualidade de vida passam a depender de um planejamento conjunto de todos os elementos da cidade, amparado em uma legislação eficaz. Informa que muitos Municípios já perceberam a importância deste tema e criaram Leis específicas para a vegetação urbana em suas cidades. Nestas leis são definidos critérios claros para o manejo das árvores da cidade, o que pode ser feito e o que não pode, a fim de, passo a passo, organizar e qualificar a arborização urbana como um todo, embelezando a cidade e gerando maior qualidade de vida aos cidadãos, sempre baseado em critérios técnicos e conhecimentos científicos. Por fim, o proponente menciona que a regulamentação dos critérios para manejo da arborização pública é um passo de grande importância, que conferirá ao Município o embasamento para um melhor controle e planejamento da arborização, assim como já ocorre em outras cidades. Segundo parecer da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa Legislativa, o projeto obedece aos requisitos de constitucionalidade, legalidade e regimentalidade nas proposições, não apresentando nenhum vício de ordem formal ou material, e não encontrando impedimentos à aprovação, sendo entendimento estar dito projeto apto à votação. Entendendo a importância deste Projeto, votam a favor os vereadores João Stahl, Cleiva Heck e Gerson Ruppenthal.
Em razão do exposto, exaramos parecer favorável à aprovação do projeto em plenário. Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, 23 de setembro de 2013. Relator Favoráveis