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Transcrição:

i N º 4 5 / 1 5 A T A X A M U N I C I P A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L I. A NATUREZA E ATUREZA E OS ANTECEDENTES A A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, já no dia 16 de Dezembro de 2014, a Taxa Municipal de Protecção Civil. Este tributo substitui a extinta taxa de conservação de esgotos, prevista no Regulamento Geral de Taxas, Preços e Outras Receitas Municipais (entretanto alterado e republicado em Diário da República, através do Aviso n.º 10263/2015, de 8 de Setembro). TAX & BUSINESS Com a publicação do Edital n.º 105/2015, de 6 de Outubro, veio a Câmara Municipal de Lisboa informar que a referida Taxa Municipal de Protecção Civil seria liquidada no mês de Outubro do corrente ano de 2015. A presente Informação destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a informação nela contida é prestada de forma geral e abstracta. Não deve servir de base para qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada e dirigida ao caso concreto. O conteúdo desta Informação não pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais sobre este assunto contacte. *** Esta Informação é enviada nos termos dos artigos 22.º e 23.º do Decreto-Lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro, relativa ao envio de correio electrónico não solicitado. Caso pretenda ser removido da nossa base de dados e evitar futuras comunicações semelhantes, por favor envie um email com Remover para o endereço email newsletter@rffadvogados.com. Esclarece ainda a Câmara Municipal de Lisboa que o pagamento da Taxa Municipal de Protecção Civil confere aos munícipes o direito ao acesso a serviços prestados nas áreas da protecção civil, do combate a incêndios e da garantia da segurança de pessoas e bens, assim justificando a sua criação com a 01 Best Lawyers - "Tax Lawyer of the Year" 2014 Legal 500 Band 1 Tax Portuguese Law Firm 2013 International Tax Review "Best European Newcomer" (shortlisted) 2013 Chambers & Partners Band 1 RFF Leading Individual 2013 Who s Who Legal RFF Corporate Tax Adviser of the Year 2013 IBFD Tax Correspondents Portugal, Angola and Mozambique

necessidade de garantir o serviço público prestado pelos diversos agentes de protecção civil, no âmbito dos serviços de: prevenção dos riscos colectivos e ocorrência de acidente grave ou de catástrofe deles resultantes; atenuação dos riscos colectivos e limitação dos seus efeitos, no caso de ocorrência de acidente grave ou de catástrofe; socorro e assistência a pessoas e outros seres vivos em perigo e protecção de bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público; reposição da normalidade da vida das pessoas em áreas afectadas por acidente grave ou catástrofe. É de referir que alguns Municípios já haviam criado esta taxa por exemplo, Setúbal, Vila Nova de Gaia e Portimão, a qual foi, contudo, sempre vivamente contestada pelos munícipes, pelo que, consequentemente, alguns deles acabaram por aprovar a respectiva revogação (foi o caso do Município de Portimão, em Julho do corrente ano). II. A INCIDÊNCIA OBJECTIVA A Taxa Municipal de Protecção Civil incide sobre: o valor patrimonial tributário considerado para efeitos de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de prédios urbanos ou fracções destes, que estejam situados no concelho de Lisboa; o valor patrimonial tributário dos prédios urbanos ou fracções destes, situados no concelho de Lisboa que apresentem risco acrescido decorrente da condição de degradado, devoluto ou em estado de ruína; e actividades e usos de risco acrescido em edifícios, recintos e equipamentos, situados no concelho de Lisboa, abrangendo edifícios de rede de distribuição de gás, de água e de electricidade, edifícios de rede ferroviária, infraestruturas aeroportuárias e portuárias, postos de abastecimento de combustíveis, estacionamentos, edifícios administrativos, edifícios de espectáculos e reuniões 02

III. públicas, edifícios comerciais e gares de transportes e os edifícios desportivos e de lazer. A INCIDÊNCIA SUBJECTIVA Encontram-se, por seu lado, sujeitos ao pagamento da Taxa Municipal de Protecção Civil os Munícipes que sejam devedores do IMI cobrado pelo Município de Lisboa e, no caso da taxa devida pelas actividades e usos de risco acrescido em edifícios, recintos e equipamentos, aqueles que exerçam essas actividades. A titularidade dos prédios sujeitos à Taxa Municipal de Protecção Civil e o exercício das actividades ou dos usos é aferida por referência ao dia 31 de Dezembro de cada ano. Também de reconhecimento automático é a isenção que abrange as utilizações com a 1ª e 2ª categorias de risco, aplicável a estacionamentos, edifícios administrativos, de espectáculos e reuniões públicas, edifícios comerciais e gares de transporte e, bem assim, edifícios desportivos e de lazer. Estão, contudo, dependentes de reconhecimento as isenções que abrangem os Estados estrangeiros, quanto aos prédios afectos às respectivas embaixadas ou consulados e desde que exista reciprocidade de tratamento e, bem assim, os prédios classificados como monumentos nacionais, imóveis de interesse público ou imóveis de valor municipal. V. V. AS TAXAS IV. AS EXCLUSÕES E ISENÇÕES Não estão sujeitos ao pagamento da Taxa Municipal de Protecção Civil os proprietários de imóveis cujo valor patrimonial tributário seja inferior a 20.000 e desde que os imóveis em causa não estejam degradados, devolutos ou em ruína. A Taxa não será liquidada nestes casos, não sendo necessário qualquer pedido de reconhecimento da isenção pelo contribuinte. Em regra, a Taxa Municipal de Protecção Civil é de 0,0375%, sobre o valor patrimonial tributário do prédio ou fracção em causa, estando os prédios degradados cujo estado de conservação não cumpra satisfatoriamente a sua função sujeitos a uma taxa, agravada, de 0,3% e os prédios devolutos que se encontrem desocupados há mais de um ano, ou em ruína classificados como tal pela Câmara Municipal sujeitos a taxa, agravada, de 0,6%. 03

Quanto aos edifícios de rede de distribuição, ainda mais, de gás, de água e de electricidade, a Taxa Municipal de Protecção Civil corresponde a um valor, fixo, anual de 50.000, estando os postos de abastecimento de combustíveis sujeitos a um valor fixo anual de 2.500 por posto. É de salientar que poderão ser emitidas duas liquidações relativamente ao mesmo imóvel: uma liquidação por se tratar de prédio ou fracção de prédio urbano sujeito à Taxa em causa e outra liquidação em função da actividade ou uso de risco acrescido a que o prédio ou fracção estão afectos. Já os estacionamentos, os edifícios administrativos, os edifícios de espectáculos e reuniões públicas, os edifícios comerciais, gares de transportes e os edifícios desportivos e de lazer estarão sujeitos a uma valor fixo anual entre os 2.400 e os 4.800, consoante a categoria de risco elevado ou muito elevado, respectivamente. VI. A LIQUIDAÇÃO E O PAGAMENTO A Taxa Municipal de Protecção Civil foi liquidada, por iniciativa dos serviços municipais, no passado mês de Outubro, dispondo os sujeitos passivos de 30 dias para procederem ao respectivo pagamento, o qual poderá ser efectuado numa prestação única, quando o montante liquidado seja igual ou inferior a 50, ou em duas prestações, a liquidar em Outubro e em Março, para valores superiores a 50 e por opção a exercer pelo sujeito passivo. VII. A CONTESTAÇÃO E OS MEIOS DE REACÇÃO Parece-nos que existem fundamentos sólidos para contestar a nova Taxa Municipal de Protecção Civil. Não se trata, efectivamente, de uma taxa, mas, sim, de verdadeiro imposto. Dela não resulta qualquer serviço, directamente ou individualmente, prestado a quem à mesma está sujeito requisito que é essencial para a criação (legítima) de taxas: o serviço público em causa acaba por ser prestado a todos os que frequentam o concelho de Lisboa, e não, apenas, aos proprietários dos prédios aqui situados, motivo pelo qual estará posta em causa a relação de bilateralidade que deveria existir entre a Taxa em causa e os benefícios que proporciona. Nesta medida, certamente se argumentará a inconstitucionalidade da Taxa Municipal de Protecção Civil, já que não está na competência do Município 04

criar um, verdadeiro, imposto, com âmbito e natureza semelhante ao IMI e que apenas incide sobre alguns dos munícipes. À semelhança do que sucedeu, por exemplo, em Portimão, a Taxa Municipal de Protecção Civil irá, provavelmente, ser contestada graciosamente ou judicialmente, para o que já estarão em curso os prazos respectivos que cumpre respeitar, encontrando-se previsto um prazo de 30 dias desde a data da notificação da liquidação para apresentar reclamação graciosa, sem prejuízo da possibilidade de apresentação de revisão oficiosa. Lisboa, 9 de Novembro de 2015 Rogério M. Fernandes Ferreira Mónica Respício Gonçalves Miguel Afonso Archer Francisca de Landerset Gomes 05