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Vistos, relatados e discutidos estes autos de. AGRAVO DE INSTRUMENTO n /8-00, da Comarca de

Transcrição:

ACÓRDÃO Registro: 2012.0000106018 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000, da Comarca de Jundiaí, em que é agravante DAAP INDUSTRIA METALURGICA LTDA (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL) sendo agravado PRENSA JUNDIAI S/A. ACORDAM, em 35ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "negaram provimento ao agravo. v.u.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ARTUR MARQUES (Presidente) e CLÓVIS CASTELO. São Paulo, 12 de março de 2012. Mendes Gomes RELATOR Assinatura Eletrônica

AGRAVO REGIMENTAL Nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 Agravante: DAAP INDÚSTRIA METALURGICA LTDA. (em recuperação judicial) Agravada: PRENSA JUNDIAÍ S/A Comarca: JUNDIAÍ - 2ª Vara Judicial de Campo Limpo Paulista VOTO Nº 24.062 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO RECURSO IMPROVIDO. Tratando-se de empresa em regime de recuperação judicial, ficam suspensas contra ela todas as ações e execuções, o que inviabiliza a concessão da liminar de busca e apreensão dos bens essenciais à sua atividade empresarial durante o decurso do prazo a que alude o 4º, do art. 6º, da Lei 11.101/2005, findo o qual, o credor poderá pedir a retomada das coisas ofertadas em garantia do contrato de alienação fiduciária. Trata-se de Agravo Regimental interposto por DAAP INDÚSTRIA METALURGICA LTDA. visando modificar a decisão monocrática que, com fundamento no art. 557, 1º-A do Código de Processo Civil, deu provimento ao agravo de instrumento interposto pela agravada. Sustenta, a agravante, o cabimento do seu pleito. Afirma que o caso exige um exame mais aprofundado do julgador, não sendo possível o seu julgamento por decisão monocrática do relator, nos termos do artigo 557 do Código de Processo Civil. Assevera que o provimento do recurso, sem a manifestação da agravada afronta os princípios do contraditório e da ampla defesa. Alega, ainda, que não foi cumprido o disposto no artigo 526 do CPC. Por fim, esclarece que o juiz a quo foi cauteloso ao impedir a retirada da máquina da empresa, posto que Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 2

isso inviabilizaria a continuidade do serviço, o que, em cognição superficial, é desaconselhável (fls. 122/136). É o relatório. Não merece prosperar o recurso. Primeiramente, cumpre registrar que, com base no art. 557 e parágrafos do CPC, conferiu-se ao relator a possibilidade de negar seguimento, prover ou improver o recurso. Portanto, é cabível decisão monocrática do relator provendo recurso manifestado contra decisório em confronto com a jurisprudência da Corte e de Tribunal Superior, ficando afastada a necessidade de requisição de informações, o cumprimento do previsto no art. 526 do CPC e até mesmo a apresentação de resposta. Ademais, o escopo da norma é permitir que, por decisão singular do relator, haja a pronta prestação jurisdicional equivalente àquela que ocorreria caso o processo fosse julgado pelo órgão fracionário, ao qual ficam reservados aos julgamentos de recursos que encerrem matéria controversa. De qualquer modo, a questão está superada, posto que a matéria é agora submetida à apreciação do órgão colegiado. No tema de fundo, insurge-se a recorrente contra decisão monocrática por mim proferida, reformando a r. decisão de primeiro grau que, em ação de rescisão contratual com pedido de busca e apreensão, fundada em alienação fiduciária em garantia, indeferiu o pedido de apreensão da máquina, objeto de alienação fiduciária, por entender que, estando a ré em recuperação judicial, a retirada da máquina inviabilizaria a continuidade do serviço. Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 3

No Agravo de Instrumento ficou consignado que: Consoante informa a devedora em sua contestação, o processamento da recuperação judicial foi deferido em 11 de abril de 2011 (fls. 51). A teor do art. 6º, caput, da Lei 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, "A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário." Referido diploma legal ainda prevê que, os efeitos da decisão judicial, que defere a recuperação judicial, estendem-se a todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos (art. 49, caput), com a ressalva de que o credor fiduciário, o arrendador mercantil e o proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, entre outros, não estão sujeitos aos efeitos da recuperação judicial, prevalecendo seus respectivos direitos de propriedade, não se lhes permitindo, contudo, durante o prazo máximo de 180 dias, a venda ou a retirada, do estabelecimento do devedor, dos bens de capital essenciais à atividade empresarial ( 3º, do art. 49), restabelecendo-se, após o decurso desse prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial ( 4º, do art. 6º). Bem se vê, por ai, que o escopo do legislador é propiciar a recuperação da empresa com dificuldades financeiras, evitando a sua falência prematura, prevendo, no interregno entre o deferimento da benesse legal e a entrega do plano de recuperação, um prazo de suspensão das ações e execuções, sem o que a apreciação do plano poderia se mostrar inútil. Segundo lições do ilustre professor MANOEL Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 4

USTINO BEZERRA FILHO 1 : (...). nenhum dos bens da empresa que for objeto de alienação fiduciária, arrendamento ou reserva de domínio estará englobado pela recuperação. Ficará extremamente dificultada qualquer recuperação se os maquinários, veículos, ferramentas etc., com os quais a empresa trabalha e dos quais depende para seu funcionamento, forem retirados. O 4º do art. 6º estabelece que não poderão ser vendidos ou retirados do estabelecimento do devedor tais bens, durante o prazo de 180 dias. Esse prazo é contado a partir do despacho que defere o processamento da recuperação (art. 52). E continua na página 144: Relembre-se que essas ações voltarão a correr normalmente dentro de 180 dias, de tal maneira que os bens financiados e que estão na empresa do devedor poderão ser retirados após findo tal prazo (vide art. 49, 3º, parte final). Observe-se que as ações relativas a tais bens continuam correndo normalmente, por força da exceção constante da parte final do inciso III ora sob exame; no entanto, mesmo que na ação se esteja na fase de expedição de mandado para reintegração de posse ou busca e apreensão de algum bem, a diligência ficará suspensa por 180 dias. assim ementados: Sobre o tema, aliás, vale citar os seguintes precedentes, EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO BUSCA E APREENSÃO FIDUCIÁRIA EMPRESA DEVEDORA SOB O REGIME DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL LEI 11.101/2005 LIMINAR INDEFERIDA RECURSO IMPROVIDO. Tratando-se de empresa em regime de recuperação 1 In Lei de Recuperação de Empresas e Falências Comentada, 6ª Ed., 2009, Ed. RT, p. 128. 1 In Lei de Recuperação de Empresas e Falências Comentada, 6ª Ed., 2009, Ed. RT, p. 128. Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 5

judicial, ficam suspensas contra ela todas as ações e execuções, o que inviabiliza a concessão da liminar de busca e apreensão dos bens essenciais à sua atividade empresarial durante o decurso do prazo a que alude o 4º, do art. 6º, da Lei 11.101/2005, findo o qual, no entanto, o credor poderá pedir a retomada das coisas ofertadas em garantia do contrato de alienação fiduciária. (AI 1.254.806-0/3 Rel. Mendes Gomes 35º Câmara) AGRAVO DE INSTRUMENTO - LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS - VEÍCULOS - RESCISÃO CONTRATUAL - TUTELA ANTECIPADA - DEVEDOR EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL - BEM ESSENCIAL À ATIVIDADE EMPRESARIAL - NÃO CONCESSÃO. O deferimento do processamento da recuperação judicial suspende todas as ações e execuções em face do devedor, com o que fica obstado o deferimento liminar de busca e apreensão de bens locados e essenciais ao desenvolvimento da atividade empresarial deste, conforme preceitos dos artigos 6º, 4º e 49, 3º da Lei 11.101/2005. RECURSO DESPROVIDO. (AI 1.130.533-0/1 - Rel. Des. CAMBREA FILHO - 27ª Câmara - j. 11/12/2007). Assim, no caso entelado, tendo já transcorrido o prazo de 180 dias do processamento da recuperação liminar, mostra-se plenamente possível o prosseguimento da presente ação, com a concessão da liminar de busca e apreensão do bem objeto de alienação fiduciária, conforme permite os artigos 6º, 4º e 49, 3º da Lei 11.101/05. Desta forma, o recurso merece provimento, para o fim de conceder a liminar de busca e apreensão requerida, diante do transcurso do prazo de suspensão de 180 (cento e oitenta) dias, da publicação da decisão que deferiu o processamento da recuperação judicial. Desse modo, não se visualiza motivo para alterar o entendimento esposado na decisão proferida, pois em consonância com os elementos constantes dos autos, devendo a mesma ser mantida e ratificada, pelos seus próprios fundamentos. Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 6

agravo. Ante o exposto, o voto nega provimento ao MENDES GOMES Relator Agravo Regimental nº 0293578-53.2011.8.26.0000/50000 7