CONHECIMENTO DOS MORADORES DA ÁREA DE INVASÃO MONTE DAS OLIVEIRAS (BOA VISTA-RR) SOBRE AS FORMAS DE TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO DA MALÁRIA

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Transcrição:

CONHECIMENTO DOS MORADORES DA ÁREA DE INVASÃO MONTE DAS OLIVEIRAS (BOA VISTA-RR) SOBRE AS FORMAS DE TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO DA MALÁRIA Autor: Creomar Oliveira Silva

ESTRUTURA DO TRABALHO INTRODUÇÃO OBJETIVOS REFERENCIAL TEÓRICO METODOLOGIA RESULTADO E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERENCIAL

INTRODUÇÃO A malária é uma doença infecciosa ocasionada pelo protozoário do gênero Plasmodium, o qual aniquila os glóbulos vermelhos do sangue, deixando as pessoas anêmicas. Nomes Populares A malária é também conhecida como: impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, entre outras ( ALVES, 1990).

INTRODUÇÃO As taxas de urbanização tem se multiplicado sem entretanto diminuir a incidência das doenças rurais. As alterações no ambiente natural e os constantes movimentos migratórios das populações de áreas rurais carentes para a periferia das grandes cidades têm facilitado este processo (ALVES, 1990).

Problema da pesquisa Descobrir o perfil socioeconômico dos indivíduos que moram na área de invasão Monte das Oliveiras e sua relação com os riscos de contrair a malária.

OBJETIVO Geral: Avaliar a percepção dos moradores de uma área de invasão na periferia de Boa Vista Roraima, Monte das Oliveiras, sobre as formas de transmissão e prevenção da malária. Específicos: Analisar a concepção das pessoas da área de invasão, sobre as formas de vida do mosquito e o modo de transmissão e prevenção da doença; Fazer um levantamento sobre a ocupação, nível de renda, escolaridade e condições de moradia. Avaliar se existe correlação entre os fatores socioeconômicos com a possível propagação da doença.

A Malária no Mundo Estima-se que 40% da população mundial, está expostas ao risco de contrair a doença, em mais de 100 países (BRASIL, 2004). Malária no Brasil Está praticamente na região amazônica com diferentes situações epidemiológicas (BARATA, 1995). A malária em Roraima Atinge as populações rurais ou semi-rurais, principalmente em projetos de colonização

Ciclo Biológico dos Plasmódios O ciclo é heterogêneo com duas fases, uma esquizogônica que ocorre nos mamíferos e outra esporogônica no inseto vetor.

Área de Estudo Atualmente a ocupação fica em terras que pertencem ao espólio de Helena Bezerra de Meneses e a Base Aérea de Boa Vista as margens da BR 174. METODOLOGIA Tipo de Pesquisa Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa com coleta de dados através de observação e entrevistas. Dados coletados Na pesquisa de campo Utilizou-se um questionário com 18 perguntas abertas e fechadas, aplicado de forma aleatória a 40 chefes de famílias, visando o conhecimento sobre doença e as condições socioeconômicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Conhecimentos sobre a doença 87,5% dos entrevistados afirmaram saber o que é malaria. Segundo Bruce-Chwatt (1988, p.141) a malaria também e conhecida como: impaludismo, febre palustre, maleita e sezão, ocasionada pelo protozoário do gênero Plasmodium; 67,5% responderam corretamente que os

sintomas da malária são: tremedeira, dor-de-cabeça, calafrio, febre, sudorese etc.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 37,5% responderam em parte certo, que a malaria e transmitida por um mosquito e 35% não sabem. Segundo (Alves, 1990) é transmitida pela picada das fêmeas do mosquito do gênero Anopholes infectadas. 47,5% disseram não saber como se prevenir. De acordo (BRASIL, 2005) evitar freqüentar os locais de transmissão, usar mosqueteiros, telar portas e janelas, usar repelentes, são medidas de prevenção.

RESULTADOS E DISCUSSÃO O desconhecimento sobre a transmissão e a prevenção da malária associados ao baixo nível de escolaridade (42.5% nível fundamental), renda familiar insuficiente (60% um salário mínimo) e moradias precárias (42,5%), podem estar contribuindo para o elevado índice de infestação da doença, conforme afirma Maciel, et al, (2011).

CONCLUSÃO Desconhecimento sobre a doença: Vetores; Mecanismos de transmissão; Mecanismos de prevenção Fatores socioeconômicos: Moradias precárias; Proximidade dos criadouros; Mosquitos transmissores; Baixo nível de escolaridade; Baixo poder aquisitivo familiar; Medidas preventivas; Desequilíbrio ambiental.

CONCLUSÃO Sugestões: Implantação de políticas públicas continuada; Ações educativas; Vigilância epidemiológica.

REFERÊNCIAS ALVES, M. J. C. P. et al. Aspectos sócio-econômicos dos indivíduos com malária importada na região metropolitana de São Paulo, Brasil. I Caracterização da população e conhecimento sobre a doença. Rev. Saúde publ., São Paulo, 24,1990. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 7 ed. São Paulo: P 146/147, Atlas, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. 6. ed. Brasília:Ministério da Saúde, 2005 a. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente Convenção sobre Diversidade Biológica Brasília/Nações Unidas, MMA, 2004. BARATA, R. C. B. Malaria in Brazil: Trends in the Last Ten Years. Cad Saúde Púb1., Rio de Janeiro, 11(1): 128-136, 1995. BRUCE-CHWATT, L.J. Malária: principles and practice of malariology. Edinburgh: Wernsdorfer & McGregor. 1988.