Labea - Laboratório de Biologia e Ecologia de Abelhas. Projeto: POLINFRUT - Plano de Manejo para Polinizadores de Fruteiras

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Abrange os estados: AM, PA, AP, AC, RR, RO, MT, TO, MA. Planícies e baixos planaltos. Bacia hidrográfica do Rio Amazonas

Transcrição:

Labea - Laboratório de Biologia e Ecologia de Abelhas Projeto: POLINFRUT - Plano de Manejo para Polinizadores de Fruteiras Sub-Projeto: Distribuição Espacial e Densidade de Ninhos e Substratos Potenciais Para Nidificação de Abelhas do Gênero Xylocopa em uma área de Caatinga, Juazeiro, BA Aluno: Rodrigo Passos Orientadora: Fabiana Oliveira Co-Orientadora: Blandina Viana

Introdução: Xylocopa spp. possui mais de 750 espécies (Hogerdoon, 1994). Cerca de 50 espécies ocorrem no Brasil A maior parte das espécies de Xylocopa apresentam hábito solitário Importante papel polinizador em espécies vegetais de flores grandes, sejam elas silvestres como a castanheira - do-pará (Bertholletia excelsa) ou cultivadas como o maracujá-amarelo (Passiflora edulis) As atividades de construção do ninho, geralmente realizadas pelas fêmeas (Gerling, et al, 1989). Escavam seus ninhos em material vegetal seco ou apodrecido ou utiliza cavidades preexistentes (Sage, 1967) Pouco se sabe sobre os hábitos de nidificação de abelhas do gênero Xylocopa em região de caatinga

Foto 1: Xylocopa grisescens visitando flor do maracujá (Passiflora edulis)

Objetivos específicos: Identificar e caracterizar os tipos de substratos utilizados para a nidificação de Xylocopa no entorno dos lotes com cultivo de maracujá-amarelo; Determinar o padrão de distribuição espacial dos substratos com ninhos de Xylocopa; Determinar a densidade dos substratos com ninhos e dos substratos potencias para nidificação de Xylocopa.

Área de estudo: Área irrigada: cerca de 4.293ha ocupadas por 234 lotes de pequenos agricultores e uma área de 2.379ha ocupadas por 80 lotes de grandes empresas. Área de sequeiro: cerca de 7.919 hectares. A vegetação predominante da área de sequeiro é um tipo de Caatinga Arbustiva-Arbórea. Esse trabalho será desenvolvido em 17 lote de plantação de maracujá (Passiflora edulis).

Delimitação da área amostral:

Métodos amostrais: Ninhos e substratos potenciais para nidificação Valor (x): Distancia da base até o primeiro ninho ou substrato potencial encontrado Valor (y): Distancia do ponto (x) até o ninhos ou substrato potencial vasinho mais próximo

Analise estatística: Distribuição espacial: (Agregada, uniforme e aleatória) (Valor (x) + valor (y)) Método do T-Square (Ludwig & Reynolds 1988). Índice C: C = 0,05: Distribuição aleatória C < 0,05: Distribuição uniforme C > 0,05: Distribuição agregada Densidade Π. R 2

Caracterização da paisagem no entorno: Caatinga (CA); Solo exposto (SE); Área plantada (AP); Vegetação secundária (VS) Foto 3: Solo exposto Foto 4: Área alagada

Caracterização da paisagem no entorno: Foto 5: Vegetação secundária Foto 6: Solo exposto

Caracterização dos ninhos e substratos potenciais: Substrato: espécie do vegetal, diâmetro, altura e comprimento do substrato onde se encontra o ninho, aspectos gerais do ganho, numero de ninhos por substrato. Entrada do ninho: largura da entrada do ninho, se foi possível observar a presença da Xylocopa (espécie, sexo). Foto 7: X. frontalis na entrada do ninho Foto 8: Ninhos em tronco de coqueiro seco

Resultados: Substratos encontrados: Com ninhos: 110 Potenciais: 59 Padrão de distribuição - Basic Tsquare.bas (Ludwig & Reynolds, 1988) Com ninhos: C=0,79 Potenciais: C=0,99 Padrões aleatórios - C=~ 0,05 Padrões uniformes - C < 0,05 Padrões agregados - C > 0,05 Médias das distancias (x) e (y): Basic Tsquare.bas (Ludwig & Reynolds, 1988) Com ninhos: (x): 352,05 / (y): 124,5 Potencias: (x): 432,85 / (y): 35,30

Densidade: Com ninhos: 0,6562/Km 2 Potenciais: 0,3520/Km 2 Área por lote: 9,8596 Km 2 Área total: 167,6132 Km 2 Tabela 1 Densidade dos substratos nidificados e potencialmente adequados para a fundação de ninhos de Xylocopa frontalis e X. grisescens, nos 17 lotes com cultivo de maracujá-amarelo, Maniçoba, Juazeiro. Lote Substrato com ninho/ km 2 Substrato potencial/ km 2 13 1,4199 0,5071 19 0,3042 0,0000 43 0,0000 0,0000 67 0,6085 0,4056 112 0,3042 0,6085 117 0,8113 0,7099 129 0,7099 0,5071 149 0,0000 0,0000 155 0,4056 0,0000 163 0,5071 0,6085 175 0,5071 0,3042 185 0,8113 0,0000 229 0,6085 0,0000 240 1,1156 0,5071 245 0,9128 0,6085 253 1,1156 0,7099 315 1,0142 0,3042

Características dos substratos e seu entorno: Tabela 2 Espécies vegetais com ninhos de X. grisescens na área de agricultura irrigada de Maniçoba, Bahia, identificados pelo método das distâncias (T-square distance sampling). (SE = solo exposto; VS = vegetação secundária; AP = área plantada; CA = Caatinga). Família Nome científico Nome Hábito Origem Tipo de Características do substrato vernáculo vegetação Amaryllidaceae Agave sisalana Perrine ex Engelm Sisal erva exótica CA Elementos urbanos (cercas, estacas, caibros, etc) Anacardiaceae Spondias tuberosa Arruda Umbuzeiro árvore nativa AP; VS planta viva (galhos e/ou troncos secos) Annacardium occidentalis L. Cajueiro árvore nativa AP partes secas separadas do vegetal (galhos, troncos) Mangifera indica L. mangueira árvore exótica AP planta viva, galhos e/ou troncos secos; árvore morta, seca. Arecaeae Cocos nucifera L. coqueiro árvore exótica AP; SE planta morta, separada da planta (galho, tronco); elementos urbanos (cercas, estacas, caibros, etc) Bombacaceae Pseudobombax simplicifolium A. Robyns Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.) J. B. Gillett Imburuçú árvore nativa AP; CA planta viva, galhos e/ou troncos secos; partes secas separadas do vegetal (galhos, troncos) Imburana árvore nativa CA; AP; SE; VS planta morta, caída, seca; árvore viva, galhos e/ou troncos secos; Partes secas separadas do vegetal (galhos, troncos); madeira morta (cercas, estacas, caibros, etc) Combretaceae Terminalia catappa L. Amendoeira árvore exótica AP planta viva, galhos e/ou troncos secos; partes secas separadas do vegetal (galhos, troncos) Mimosaceae Mimosa hostilis (Mart.) Benth Jurema árvore nativa AP parte seca, separada da planta (galho, tronco), madeira morta (cercas, estacas, caibros, etc)

Foto 10: imburana (Commiphora leptophloeo) Foto 11: Galho de Imburana utilizado com atrativo para Xylocopa disposto em uma mangueira

Características dos substratos e seu entorno: 90 80 Substratos com ninhos Substratos potenciais 70 60 50 40 Número 30 20 10 0 C. leptophloeos C. nucifera Não identificado M. indica T. catappa S. tuberosa P. simplicifolium M. hostilis A. occidentalis A. sisalana Espécie Figura 1 - Distribuição dos ninhos de Xylocopa nas diferentes espécies vegetais, em Maniçoba, Juazeiro, BA.

Características dos substratos e seu entorno: Tabela 3 Espécies vegetais com ninhos de X. grisescens na área de agricultura irrigada de Maniçoba, Bahia, identificados pelo método das distâncias (T-square distance sampling), em diferentes categorias de paisagem: SE = solo exposto; AP = área plantada; VS = vegetação secundária; CA = Caatinga. Nome científico CA AP VS SE total Annacardium occidentalis 0 (0) 1 (2) 0 (0) 0 (0) 1 (2) Agave sisalana 1 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 1 (0) Commiphora leptophloeos 67 (39) 5 (2) 2 (0) 3 (0) 77 (41) Cocos nucifera 0 (0) 11 (8) 0 (0) 1 (0) 12 (8) Mimosa hostilis 0 (0) 2 (0) 0 (0) 0 (0) 2 (0) Mangifera indica 0 (0) 4 (0) 0 (0) 0 (0) 4 (0) Pseudobombax simplicifolium 1 (0) 1 (0) 0 (0) 0 (0) 2 (0) Spondias tuberosa 2 (5) 0 (0) 1 (0) 0 (0) 3 (5) Terminalia catappa 0 (0) 3 (1) 0 (0) 0 (0) 3 (1) Não identificado 1 (2) 1 (0) 2 (0) 1 (0) 5 (2)

Características dos substratos e seu entorno: 80 70 Substratos com ninhos Substratos potenciais 60 Número 50 40 30 20 10 0 Caatinga Área plantada Vegetação secundária Paisagem Solo exposto Figura 2 Distribuição dos substratos com ninhos de Xylocopa nas diferentes categorias de paisagem no entorno dos lotes com cultivo de maracujá-amarelo (n=17), em Maniçoba, Juazeiro, BA.

Características dos substratos e seu entorno: 60 50 Substratos com ninhos Substratos potenciais 40 Número 30 20 10 0 Arvore viva, galhos e/ou troncos secos Arvore morta, seca Partes secas separadas do vegetal Elementos agrícolas ou urbanos Arvore morta, caída, seca e queimada Arvore morta, caída, seca Características do substrato Figura 3 Distribuição de ninhos nos diferentes substratos utilizados para a nidificação por Xylocopa em Maniçoba, Juazeiro, BA.

Características dos substratos e seu entorno: 40 35 30 número de ninhos 25 20 15 10 5 0 0,2 --- 0,8 0,8 --- 1,4 1,4 --- 2,0 2,0 --- 2,6 2,6 --- 3,2 3,2 --- 3,8 altura dos ninhos (m) Figura 4 Altura da entrada dos ninhos de X. grisescens (n=110), em relação ao solo, em área de caatinga no entorno de 17 lotes, com cultivo de maracujá amarelo (Passiflora edulis), em Maniçoba, BA. 3,8 --- 4,4 4,4 --- 5,0 5,0 --- 5,6

Características dos substratos e seu entorno: 60 50 40 número 30 20 10 0 14 --- 29 29 --- 44 44 --- 60 60 --- 75 75 --- 90 90 --- 105 105 --- 120 120 --- 136 136 --- 151 diâmetro do substrato (cm) Figura 5 - Diâmetro do substrato com ninhos de X. (Neoxylocopa) grisescens (n=110) em uma área de caatinga, entorno de 17 lotes com cultivo de maracujá amarelo (Passiflora edulis), em Maniçoba, BA.

Características dos substratos e seu entorno: Tabela 4 Características dos substratos com ninhos de X. grisescens na área de agricultura irrigada de Maniçoba, Bahia, identificados pelo método das distâncias (T-square distance sampling). Nome científico Altura do ninho (m) Diâmetro do substrato (cm) Número de ninhos/substrato N média dp Máx. Mín. média dp Máx. Mín. média Dp Máx. Mín. Annacardium occidentalis 1 1,60 - - - 35,00 - - - 5,00 - - - Agave sisalana 1 1,70 - - - 28,00 - - - 1,00 - - - Commiphora leptophloeos 77 2,04 0,82 3,50 0,30 43,44 21,55 150,00 14,00 6,00 6,00 34,00 1,00 Cocos nucifera 12 1,75 0,55 2,60 1,10 76,33 10,38 87,00 48,00 6,00 8,00 28,00 1,00 Mimosa hostilis 2 0,30 0,14 0,40 0,20 50,50 30,89 78,00 23,00 4,00 4,00 7,00 1,00 Mangifera indica 4 2,73 1,23 4,50 1,90 33,75 5,91 42,00 28,00 6,00 2,00 7,00 3,00 Pseudobombax simplicifolium 2 2,25 1,06 3,00 1,50 44,00 16,97 56,00 32,00 6,00 3,00 8,00 1,00 Spondias tuberosa 3 2,53 0,72 3,00 1,70 31,00 13,89 40,00 15,00 2,00 1,00 2,00 1,00 Terminalia catappa 3 3,33 2,21 5,20 0,90 56,33 26,58 87,00 40,00 16,00 22,00 42,00 3,00 Não identificado 5 1,84 0,69 2,50 0,70 41,20 16,99 63,00 23,00 5,00 3,00 11,00 3,00

Referencias bibliográficas: GERLING, D.; VELTHUIS, H. H. W. AND HEFETZ, A. Bionomics of the large carpenter bees of the genus Xylocopa. Ann. Rev. Entomol. 34:163-90. 1989. GREIC-SMITH, P. Quantitative Plant Ecology. Oxford. Blackwell Scientific Publ. 359p. 1983. HOGENDOORN, K. Socio-economics of the Carpenter Xylocopa pubescens. Dissertação (Tese de Doutorado). Universidade de Utrecht. 144p. il. 1994. LUDWIG, J. A. and J. F. REYNOLDS. Statistical Ecology: a Primer on Methods and Computing. John Wiley & Sons, Inc. 337p. 1988. ROUBIK, D. W. Ecology and Natural History of Tropical Bees. Cambridge Univ. Press. 1989. SAGE, R. D. Observations on Feeding, Nesting, and Territorial Behavior of Carpenter Bees Genus Xylocopa in Costa Rica. Annals of the Entomological Society of America. v. 61, n. 4. 864-869. 1967..