ESTATUTO DA LIGA ACADÊMICA MEDICINA JURÍDICA SOCIAL Capítulo I da Liga e seus fins Art. 1º. Pelo presente Estatuto fica constituída a Liga MEDICINA JURÍDICA SOCIAL, a seguir denominada MedJuS, órgão associado à Coordenação de Extensão, à Faculdade de Ciências Médicas e à Faculdade de Direito da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS), devidamente criada e mantida por acadêmicos dos Cursos de Medicina e de Direito da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) e afins, constituindo um programa de extensão, sem fins lucrativos. Art. 2º. Tem sua sede nas dependências da UNIFENAS, em local determinado pela Coordenação de Extensão. Art. 3º. A MedJuS tem por finalidade: I. Congregar acadêmicos da área Médica e do Direito interessados no aprendizado e no desenvolvimento técnico-científico na área de MEDICINA JURÍDICA e afins; Contribuir na formação acadêmica, voltada às áreas de MEDICINA e DIREITO, de seus membros durante o curso de graduação; I Desenvolver pesquisas prospectivas, colaborar na realização de protocolos científicos e padronizar atendimentos nas áreas de MEDICINA e DIREITO; IV. Desenvolver atividades de extensão à comunidade; V. Realizar seminários ministrados periodicamente pelos membros da MedJuS e, ou convidados, sempre sob supervisão dos docentes coordenadores; VI. Participar de discussões anátomo-clínicas e judiciais de casos promovidas pela coordenação da MedJuS; V Realizar cursos, palestras e seminários; VI Manter intercâmbio científico e associativo com outras instituições; IX. Participar de estágios nos diferentes serviços relacionados com os cursos de MEDICINA e DIREITO; X. Promover intercâmbio entre as demais ligas; XI. Atuar na promoção da saúde e justiça; prevenção de ocorrências que relacione a Medicina e o Direito para promover qualidade de vida na comunidade. Art. 4º. A MedJuS tem como objetivos específicos os seguintes: I. Mudar o comportamento da comunidade através de ações educativas, levando conhecimento acadêmico, com o intuito de evitar ocorrências patológicas e jurídicas ou assessorar casos existentes, promovendo melhoria na qualidade de saúde dos envolvidos e auxiliando no conhecimento jurídico para execução de medidas cabíveis ao caso específico, nos seguintes temas: a) Violência doméstica contra a mulher: observando as condições da ação, o histórico e condições da vítima e de familiares, as lesões/deformações, alterações 1
comportamentais e patológicas ocasionadas, o medo e a vergonha da denúncia junto a uma instituição pública, bem como os aspectos da legislação (Ex: Lei Maria da Penha). b) Violência Infantil: observando os sinais de maus tratos, lesões teciduais e anatômicas, alteração comportamental, déficit cognitivo ocasionado pela ação, explicando aos responsáveis sobre o limite entre a repressão educacional e a violência, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as leis punitivas que podem ser aplicadas, como também os métodos de identificação, ou seja, sinais e indícios que apontam que a criança tem sofrido agressão doméstica ou em outro ambiente. c) Violência sexual: observando casos de violência sexual comum e infantil, patologias infecciosas derivadas da relação sexual, distúrbios psicológicos, o medo e a vergonha das vítimas ante à denuncia, os métodos de ameaças e seus efeitos, e os artigos da lei em que se enquadra esse crime. d) Toxicologia nas indústrias e estabelecimentos de produção: verificando índices toxicológicos, interação tóxico-organismo, métodos de prevenção de acidentes tóxicos, consequências e sinais clínicos de intoxicação, bem como direitos e deveres do empregador, a legislação punitiva e as responsabilidades do trabalhador com os métodos de segurança no trabalho. e) Toxicologia na gestação: efeitos das drogas na gestação, drogas teratogênicas, abortos provocados por substâncias químicas, uso/abuso do álcool na gravidez, consequências das drogas no comportamento e no organismo da gestante, patologias neonatais ocasionadas por substâncias químicas, bem como, legislação aplicada aos crimes desse gênero, instituições de apoio e métodos de intervenção aplicados à gestantes químico-dependentes. f) Toxicologia no meio juvenil e adulto; observando o histórico e os elementos desencadeadores do uso indiscriminado do álcool/cigarro/drogas, avaliação do grau de risco familiar, a dependência química, alterações comportamentais, comprometimento orgânico, patologias geradas pelo consumo ou uso dessas substâncias, sinais, sintomas e ocorrências acidentais ocasionados pela utilização das mesmas, como também quais são as medidas penais pelo uso de substâncias ilegais, a atuação da polícia em flagrantes e os diferentes níveis de organização do comércio de drogas: quem são os dependentes e quem são os traficantes. g) Outros aspectos pertinentes ao campo da Medicina Jurídica. Representar um membro acadêmico da área médica ou jurídica, orientando vítimas, familiares, responsáveis e envolvidos nas ocorrências abordadas, encaminhando-os a atendimento de profissionais como médicos, assistentes sociais, defensores públicos, advogados, policiais, delegados e promotores de justiça. 2
I Discutir casos clínicos, fenômenos sociais, expandir o conhecimento acadêmico nas áreas anatomo-fisiopatológicas como preparação de interações na comunidade, bem como consolidar os conhecimentos jurídicos para promover indicação adequada às pessoas abordadas. IV. Promover campanhas na comunidade e material de divulgação das instituições que promovem ações efetivas na área médica e jurídica e também divulgar informações aos diversos grupos sociais através de dispositivos previamente elaborados para proporcionar melhoria social no campo da Medicina e do Direito. V. Absorver o conhecimento teórico e presenciar a prática do médico legista: a) na avaliação física para risco de ambiente de trabalho, acidentes trabalhistas, métodos preventivos de acidentes; b) na composição de laudos, observando sinais clínicos e complementando com conhecimento técnico-científico para confecção do laudo de corpo de delito identificando presos e responsabilizando a Instituição pública por quaisquer lesões não identificadas que a pessoa apresente no transcorrer do período de prisão; c) no conhecimento de agentes infectantes, substâncias nutricionais e processos que promovam intoxicação alimentar, efeitos alérgicos ou patologias infecciosas em um numeroso grupo social ou de mesmo ambiente; d) no campo da tanatologia e mecanismos de necropsia para proporcionar suporte aos familiares na comprovação de crimes, utilizando sinais clínicos e fenômenos pós-morte como provas de acidente automobilístico, trabalhista, civil ou homicídio doloso/culposo, dentre outros. VI. Debater o novo Código de Ética Médica, suas atribuições, comportamentos e os erros médicos, os laudos e atestados para a composição dos processos jurídicos, etc. VII - Estudo e acompanhamento de distúrbios psiquiátricos (exemplos: esquizofrenia, histeria, bipolar, pedofilia, etc.) apresentados por um criminoso, os elementos desencadeadores do crime, sinais de alteração comportamental, a interação social de pessoas consideradas alto risco para a sociedade e também quais os procedimentos prisionais, exames, tratamentos, medidas de segurança e métodos de punição. VI Elaboração de Projeto Científico, relacionando dados coletados na comunidade sobre violência contra a mulher, maus tratos infantis, toxicologia, etc., com o conhecimento médico e judicial acadêmico. Por conseguinte, apresentação, divulgação e aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos e experimentados pela proposta do projeto de pesquisa. IX. Ampliar os conhecimentos dos Acadêmicos na área de Medicina Jurídica, tanto nos ensinamentos teóricos quanto nos práticos, dando ênfase ao conhecimento 3
multidisciplinar para os dois cursos e fazendo a interação das diversas Ligas e membros nas campanhas e atividades da MedJuS direcionadas para a comunidade. Capítulo II - Dos Membros: Art. 5º. A MedJuS possui as seguintes categorias de membros: orientador, titular, aspirante, voluntário e honorário com as seguintes atribuições: I. Orientadores: são profissionais e/ou professores voluntários do quadro de funcionários da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) ligados ao serviço da MEDICINA e do DIREITO ou áreas afins. Titulares: são acadêmicos admitidos após 6 (seis) meses como aspirantes, e com todas as atividades propostas pela MedJuS devidamente cumpridas, inclusive compromisso em dar continuidade aos projetos de pesquisa desenvolvidos enquanto aspirantes. I Aspirantes: são acadêmicos participantes de curso ou simpósio introdutório admitidos mediante classificação em concurso ou outro método de avaliação discutido e decidido pelos Membros e Orientadores da MedJuS, com o compromisso de desenvolvimento de um projeto de pesquisa sujeito à aprovação pela coordenação da MedJuS. A prova do concurso será baseada no Simpósio e elaborada e corrigida pelo orientador e membros titulares. IV. Voluntários: acadêmicos que participaram do Simpósio Introdutório e não classificados no concurso, podendo participar de todas as atividades científicas programadas pela MedJuS sob supervisão dos membros Aspirantes e Titulares, sem direito de voto nas assembleias; V. Honorários: profissionais egressos dos diversos cursos, que atuaram como membros orientadores ou titulares das diversas ligas, sem direito de voto nas assembléias; Art. 6º. São deveres de todos os membros da MedJuS: I. Cumprir o Estatuto; I IV. Comparecer, no mínimo, a 80 % das atividades da MedJuS; Colaborar com as atividades da MedJuS; Contribuir para que os objetivos da MedJuS sejam alcançados. Parágrafo único: Os membros que não cumprirem devidamente as normas emanadas da MedJuS, poderão ser dela excluídos mediante decisão da Assembleia Geral e Estatuto. Capítulo III Das Normas Diretivas: 4
Art. 7º. As atividades da MedJuS serão regidas pelas decisões da Assembleia Geral, que delegará à Diretoria eleita o poder de decisão para organizar o seu desenvolvimento. Art. 8º. A Diretoria da MedJuS será o órgão executor das decisões da Assembleia Geral, e será composta pelo Presidente, Vice-presidente, Tesoureiro, Secretário, Coordenador Científico, cujos cargos serão ocupados sem qualquer tipo de remuneração ou pró-labore. I. Os membros da Diretoria serão eleitos, dentre os Membros Titulares, pela Assembleia Geral, em reunião ordinária e com mandato de um ano, com direito à reeleição; Na candidatura ao cargo de Presidente é necessário que o membro tenha atuado por pelo menos 6 (seis) meses em um dos cargos da Diretoria. Para que o mesmo compreenda as atividades, responsabilidades e procedimentos vinculados à Presidência. III- Na vacância de qualquer um dos cargos da diretoria, sua substituição ou preenchimento será feita mediante eleição em Assembleia Geral e será válida até o término do mandato da diretoria em exercício. Art. 9º. A Assembleia Geral é o órgão soberano da MedJuS e caracteriza-se pela reunião de todos os membros devidamente convocados por Edital afixado em quadro de avisos próprio e Secretarias dos Cursos afins, com indicação dos motivos e com antecedência de, no mínimo, uma semana. Art. 10. A Assembleia Geral reunir-se-á: I. Ordinariamente, uma vez por ano, em horário e data estabelecidos pela Diretoria, com quórum mínimo de metade mais um, de todos os seus Membros, em sua primeira convocação; trinta minutos após, em segunda convocação, com qualquer número de seus membros; no encerramento do ano letivo, quando se elegerá a nova Diretoria, dando-lhe posse a seguir; Extraordinariamente, quando convocada pela Diretoria ou solicitada por 1/3 (um terço) dos membros da Liga. Art. 11. As decisões das Assembleias Gerais serão tomadas por maioria simples. Capítulo IV - Das Delegações Art. 12. Compete ao Presidente da MedJuS: I. Representar a MedJuS em juízo, fora dele ou em suas relações com terceiros; Fazer cumprir o Estatuto; 5
I IV. Convocar a presidir a Assembleia Geral; Convocar e presidir as reuniões da MedJuS, cujas decisões serão tomadas por maioria simples, cabendo ao presidente o direito de voto de qualidade; V. Fornecer e assinar os títulos justamente pleiteados; VI. V Assinar com os tesoureiros, por ordem de sucessão, as obrigações e quitações da MedJuS e a movimentação de seus fundos; Coordenar as ações da MedJuS com entidades públicas e particulares; VI Participar das reuniões e assembleias quando convocado pela Coordenação de Extensão ou pela Assembleia legalmente constituída. Art. 13. Compete ao Vice-Presidente: I. Substituir o Presidente em seus impedimentos; Assumir funções especiais delegadas pela Presidência. Art. 14 - Compete aos Secretários: I. Organizar e manter atualizados o quadro social e os arquivos da MedJuS; I Secretariar todas as reuniões da MedJuS, fazendo as respectivas atas em livro próprio; Encarregar-se do expediente e da correspondência da MedJuS. Art. 15. Compete aos tesoureiros: I. Contabilizar as Finanças em livro apropriado e fornecer balancete anualmente; Realizar os depósitos e retiradas bancárias, quando necessário, em conta específica da MedJuS, com assinatura conjunta com o Presidente. Art. 16. Compete aos coordenadores científicos: I. Organizar e estimular a produção científica da MedJuS; I Manter registro de toda a produção científica da MedJuS; Organizar, juntamente com o Orientador, o processo de avaliação da produção científica dos membros aspirantes; 6
IV. Incentivar a publicação de artigos e participação em congressos das áreas afins. Capítulo V - Do Patrimônio Art. 17. Será constituído um fundo financeiro representado por contribuições vinculadas aos fins da MedJuS, depositado em instituição bancária, bem como bens adquiridos ou doados sob a mesma vinculação. A MedJuS poderá também receber contribuição de laboratórios e instituições de pesquisa dentro de sua especialidade, revertendo-os exclusivamente em favor de seu patrimônio. Parágrafo único: A MedJuS não distribuirá lucros ou dividendos a qualquer membro, Diretor ou entidade interessada. Art. 18. A extinção da MedJuS poderá ser deliberada pela Coordenação de Extensão. Parágrafo único: A mesma Assembleia Geral que deliberar a extinção final da MedJuS determinará o destino dos bens da Entidade. Capítulo VI - Do Conselho Fiscal. Art. 19. A MedJuS terá um Conselho Fiscal constituído por três membros mais dois suplentes, eleitos juntamente com a Diretoria ou assim que possível, sem qualquer remuneração ou pró-labore. Capítulo VII - Das Disposições transitórias Art. 20. Este Estatuto somente poderá ser modificado por deliberação dos membros Titulares em Assembleia Geral, especialmente convocada para este fim, nos termos do artigo 9º deste Estatuto. Art. 21. Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pelos membros Titulares em Assembleia Geral, ou pela Diretoria, temporariamente, até a próxima Assembleia Geral convocada para ratificar ou não as decisões da Diretoria. Art. 22. Este Estatuto foi discutido e aprovado na Assembleia Geral Constituinte da MedJuS, estando pois, em vigor, após a aprovação da Coordenação de Extensão. Parágrafo Único: Após a aprovação do Estatuto, fica sob a responsabilidade da Diretoria providenciar o registro da MedJuS em cartório competente para os fins de constituição de pessoa jurídica e para os fins de direitos admitidos. Alfenas, 28 de fevereiro de 2012 7