COMISSÃO DE BIOÉTICA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS e DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CoBi REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I CATEGORIA E FINALIDADES Artigo 1º -A COMISSÃO DE BIOÉTICA - CoBi, da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP, aprovada pelo Conselho Deliberativo, em sessão de 21 de maio de 1996, de natureza técnico-científica permanente, tem por finalidade assessorar o Diretor Clínico do HCFMUSP e o Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em questões de natureza bioética, com ênfase nas ações educativas e de divulgação, promovendo a integração entre os profissionais da saúde e a comunidade. Parágrafo único Bioética é a área de conhecimento voltada para a reflexão e discussão dos valores inerentes à vida, a saúde humana e suas relações. CAPÍTULO II ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO Artigo 2º - A estrutura da CoBi compreende: I. Colegiado; II. Comitê HumanizaHC FMUSP; Artigo 3º - A CoBi, para a execução de suas atividades, poderá instituir Grupos de Trabalho. Artigo 4º - A CoBi atenderá o HCFMUSP e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP, em virtude da interação e integração desses órgãos, consolidados: I. pela associação do HCFMUSP à Universidade de São Paulo, para fins de ensino, pesquisa e prestação de serviços médico-hospitalares à comunidade; 1
II. III. pela responsabilidade técnica, didática e de direção das correspondentes unidades médicas e de apoio do HCFMUSP, conferida aos Docentes da FMUSP; pela participação efetiva de Docentes da FMUSP nesta Comissão Técnico-Científica, assessora da Diretoria Clínica. CAPÍTULO III ORGANIZAÇÃO DO COLEGIADO SEÇÃO I COMPOSIÇÃO DA COBI Artigo 5º - A CoBi terá composição multidisciplinar e multiprofissional. Artigo 6º - As indicações para integrar a CoBi serão apresentadas ao Diretor Clínico e se processarão da seguinte forma: I. Conselhos Diretores de cada Instituto do HCFMUSP (exceto ICHC), 02 (duas) listas tríplices, constando em cada uma: a) (três) nomes de médicos; b) (três) nomes de outros profissionais da saúde de diferentes categorias funcionais. II. Conselho Diretor do Instituto Central - ICHC, 4 (quatro) listas tríplices, constando em cada uma: a) (três) nomes de médicos da área Clínica; b) (três) nomes de médicos da área Cirúrgica; c) (três) nomes de médicos da área de apoio diagnóstico; d) (três) nomes de médicos da área de Ginecologia e Obstetrícia; e) (três) nomes de outros profissionais da saúde de diferentes categorias funcionais. III. Diretoria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP - representante 2
IV. Disciplina de Bioética da FMUSP -representante. V. Curso de Medicina Indicado pela Comissão de Graduação e Centro Acadêmico Oswaldo Cruz - representante. VI. Diretoria Clínica - representante. VII. Superintendência - representante. a. Núcleo Especializado em Direito Coordenador (Procurador de autarquia). b. Núcleo de Capacitação e Desenvolvimento NCD - Coordenador; VIII. Usuários de Serviço de Saúde representante; IX. Faculdade de Direito da USP - representante; X. Faculdade de Direito da PUC representante; XI. Comissão de Pós-Graduação da FMUSP- representante; XII. Comitê de Assistência Religiosa CARE - Coordenador; XIII. Área da Saúde Representantes; XIV. Hospital Universitário Representante; Artigo 7º - Dentre as indicações efetuadas o DIRETOR CLÍNICO escolherá os Membros que comporão a CoBi e promoverá as designações destes, do Presidente e do Vice-Presidente. 1º - Na escolha, deverá ser respeitado o mínimo de (5) cinco profissionais de categorias não-médicas do quadro do HCFMUSP e FMUSP. 2º - O Diretor Clínico, por proposta de Presidente da CoBi, poderá indicar Profissionais de outras Instituições, na qualidade de convidado, para participar da CoBi. Artigo 8º - O Diretor Clínico poderá, a qualquer tempo e por motivo justificado, promover a substituição dos integrantes da CoBi. Artigo 9º - Será dispensado o componente que, sem motivo justificado, deixar de comparecer a três reuniões consecutivas ou a seis intercaladas no período de um ano. Artigo 10 - As funções dos membros da CoBi não serão remuneradas, sendo o seu exercício considerado de relevante serviço para o HCFMUSP e FMUSP. 3
Artigo 11 - A CoBi convidará pessoas ou entidades que possam colaborar com o desenvolvimento dos seus trabalhos, na qualidade de visitante, sempre que julgar necessário. Artigo 12 - A fim de assegurar o suporte técnico, científico e operacional indispensável à eficiência da CoBi, a Diretoria Clínica, através do Serviço de Apoio Administrativo, proporcionará a infra-estrutura necessária. SEÇÃO II COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO COMITÊ HUMANIZAHC FMUSP Artigo 13 - O Comitê HumanizaHC FMUSP será composto por; I. dois representantes da CoBi; II. coordenadores das Subcomitês; III. representante dos usuários; Parágrafo único Os integrantes do Comitê HumanizaHC FMUSP deverão ser profissionais com formação e experiência na atuação da ação de humanização hospitalar. Artigo 14 - O Comitê HumanizaHC FMUSP terá coordenação compartilhada, sendo: I. um Coordenador representante dos Médicos integrantes da CoBi; II. um Coordenador representante dos demais Profissionais de Saúde integrantes da CoBi; 1º - Os Coordenadores serão indicados pela CoBi e designados pelo Diretor Clínico. 2º - O Comitê HumanizaHC FMUSP terá área física específica e apoio administrativo destinado de acordo com convênio firmado com o Ministério da Saúde MS, através do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar PNHAH, onde normatiza e operacionaliza as ações de humanização hospitalar do HCFMUSP, através do Colegiado e Subcomitês de humanização hospitalar dos diversos Institutos/Departamentos/Núcleos/Unidades. Artigo 15 O Comitê HumanizaHC FMUSP contará com Subcomitês nos Institutos/Departamentos/Núcleos/Unidades. 4
1º - Os integrantes dos Subcomitês serão escolhidos pelos respectivos Dirigentes dos Institutos/Departamentos/Núcleos/Unidades, respeitando-se a proporcionalidade dos profissionais da saúde Médicos e não Médicos. 2º - Os Coordenadores dos subcomitês serão Membros do Comitê HumanizaHC FMUSP. Artigo 16 O funcionamento do Comitê HumanizaHC FMUSP será fixado em Regimento Interno, que contemplará também os Subcomitês. Parágrafo único Os Subcomitês deverão elaborar rotinas operacionais aprovadas pelo Comitê HumanizaHC FMUSP. CAPÍTULO IV COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES SEÇÃO I COMPETÊNCIA DA COBI Artigo 17 - Compete à CoBi: I. a análise, emissão de pareceres, promoção de ações educativas e de divulgação sobre problemas bioéticos, destacando-se os referentes à: a. início e fim da vida humana; b. procedimentos relativos às ações e serviços de saúde; c. direitos e deveres do paciente; d. direitos e deveres do profissional de saúde; e. pacientes terminais e eutanásia; f. transplantes de órgãos, tecidos e partes do corpo humano; g. recursos profiláticos, diagnósticos, terapêuticos e de reabilitação; h. reprodução assistida; i. prontuário do paciente; j. Sistema Único de Saúde; 5
k. clonagem II. zelar pelo cumprimento das normas nacionais e internacionais sobre bioética; III. a expedição de normas técnicas e de instruções para disciplinar as relações entre os profissionais de saúde e pacientes; IV. proposição de encaminhamento de questões disciplinares resultantes de relações conflitantes envolvendo médicos, à Comissão de Ética Médica; V. opinar em procedimentos disciplinares que envolvam profissionais de saúde não-médicos, pela prática de infrações de natureza ética. SEÇÃO II ATRIBUIÇÕES DOS INTEGRANTES DA COBI Artigo 18 - Ao Presidente incumbe dirigir, coordenar e supervisionar as atividades da CoBi e, especificamente: I. representar a CoBi em suas relações internas e externas; II. Presidir suas reuniões: III. suscitar pronunciamento da CoBi quanto às questões bioéticas; IV. promover a convocação das reuniões; V. tomar parte nas discussões e votações e, quando for o caso, exercer direito do voto de desempate; VI. indicar, dentre os membros da CoBi, os relatores dos expedientes; VII. indicar membros para realização de estudos, levantamentos e emissão de pareceres necessários à consecução da finalidade da Comissão; VIII. elaborar cotas decorrentes de deliberações da Comissão e "ad referendum" desta, nos casos de manifesta urgência. Parágrafo Único - Cabe ao Vice-Presidente substituir o Presidente em seus impedimentos. Artigo 19 - Aos membros incumbe: 6
I. estudar e relatar nos prazos estabelecidos, as matérias que lhes forem atribuídas pelo Presidente; II. comparecer às reuniões, relatando os expedientes, proferindo voto ou pareceres e manifestando-se a respeito de matérias em discussão; III. requerer votação da matéria em regime de urgência; IV. desempenhar as atribuições que lhes forem atribuídas pelo Presidente; V. apresentar proposições sobre as questões atinentes à Comissão. SEÇÃO III ATRIBUIÇÕES DA INFRA-ESTRUTURA DA COBI Artigo 20 - À Secretária da CoBi incumbe: I. assistir às reuniões; II. encaminhar o expediente; III. preparar o expediente da; IV. manter controle dos prazos legais e regimentais referentes aos processos que devam ser examinados nas reuniões; V. providenciar o cumprimento das diligências determinadas; VI. lavrar termos de abertura e encerramento dos livros de ata, de protocolo, de registro de atas, e de registro de deliberações, rubricando-os e mantendo-os sob vigilância; VII. elaborar relatório trimestral das atividades da Comissão; VIII. lavrar e assinar as atas de reuniões da Comissão; IX. providenciar, por determinação do Presidente, a convocação das sessões extraordinárias; X. distribuir aos Membros pauta das reuniões. 7
SEÇÃO IV COMPETÊNCIAS DO COMITÊ HUMANIZAHC FMUSP Artigo 21 Ao Comitê HumanizaHC FMUSP incumbe: empreender uma política institucional de resgate dos valores humanitários na assistência, em benefício dos usuários e dos profissionais da saúde. SEÇÃO V ATRIBUIÇÕES DOS INTEGRANTES DO COMITÊ HUMANIZAHC FMUSP Artigo 22 Compete aos integrantes do Comitê HumanizaHC FMUSP; I. difundir nova cultura de humanização no HCFMUSP e FMUSP; II. melhorar a qualidade e a eficácia da atenção dispensada aos usuários do Hospital; III. capacitar os profissionais do HCFMUSP e FMUSP para um novo conceito de assistência à saúde que valorize a vida humana e a cidadania; IV. conceber e implantar novas iniciativas de humanização que venham a beneficiar os usuários e os profissionais de saúde; V. fortalecer e articular todas as iniciativas de humanização já existentes no HCFMUSP e FMUSP P; VI. estimular a realização de parcerias e intercâmbio de conhecimentos e experiências nessa área; VII. desenvolver um conjunto de indicadores de resultados e sistema de incentivo ao tratamento humanizado; VIII. modernizar as relações de trabalho, tornando as Unidades mais harmônicas. SEÇÃO VI ATRIBUIÇÕES DA INFRA-ESTRUTURA DO COMITÊ HUMANIZAHC FMUSP Artigo 23 - À Secretária do HumanizaHC incumbe: 8
XI. assistir às reuniões; XII. encaminhar o expediente; XIII. preparar o expediente da; XIV. manter controle dos prazos legais e regimentais referentes aos processos que devam ser examinados nas reuniões; XV. elabora síntese das reuniões; XVI. elaborar relatório trimestral das atividades; XVII. providenciar, por determinação do Coordenador, a convocação das sessões extraordinárias; XVIII. distribuir aos Membros pauta das reuniões. SEÇÃO VII FUNCIONAMENTO DA COBI Artigo 24 - A CoBi terá como sede a Diretoria Clínica, onde reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos duas vezes por mês e, extraordinariamente, quando convocada pelo Diretor Clínico, Presidente ou a requerimento da maioria simples de seus membros. 1º - A CoBi instalar-se-á e deliberará com a presença de, no mínimo, um terço dos seus membros. 2º - No caso do quorum ser insuficiente, a reunião será suspensa após 15 (quinze) minutos do horário programado para o início. 3º - O Presidente terá o direito a voto de qualidade. 4º - As deliberações tomadas ad referendum deverão ser encaminhados ao Plenário da CoBi para deliberação deste, na primeira sessão seguinte. 5º - As deliberações da CoBi serão consubstanciadas em cotas, pareceres, resoluções e relatórios dirigidos ao Diretor Clínico. 6º - É facultado ao Presidente e aos membros da Comissão solicitar o reexame de qualquer decisão exarada na reunião anterior, justificando possível ilegalidade, inadequação técnica ou de outra natureza. 7º - A votação será nominal. Artigo 25 - A CoBi, observada a legislação vigente, estabelecerá normas complementares relativas ao seu funcionamento e à ordem dos trabalhos. 9
Artigo 26 - Os expedientes sujeitos à análise da CoBi serão encaminhados ao Serviço de Apoio Administrativo da Diretoria Clínica. Parágrafo Único - Os expedientes serão registrados e classificados por ordem cronológica e distribuídos aos membros pela secretária, por indicação do Presidente da CoBi ou por membros designados, ressalvandose as hipóteses de urgência, quando deverá ocorrer o comunicado imediato. Artigo 27 - A seqüência das reuniões da CoBi será a seguinte: I. verificação da presença do Presidente e, em caso de sua ausência, abertura dos trabalhos pelo Vice-Presidente; II. votação e assinatura da Ata da reunião anterior; III. leitura e despacho do expediente; IV. ordem do dia compreendendo leitura, discussão e votação dos pareceres; V. organização da pauta da próxima reunião; VI. distribuição de expedientes aos relatores; VII. comunicações breves e franqueamento da palavra. Parágrafo Único - Em caso de urgência ou de relevância de alguma matéria, a CoBi, por voto da maioria, poderá alterar a seqüência estabelecida neste artigo. Artigo 28 - O relator emitirá parecer por escrito, impreterivelmente no prazo máximo de 30 (trinta) dias; a contar do recebimento do expediente contendo o histórico e o resumo da matéria e as condições de ordem prática ou doutrinária que entender cabíveis a sua conclusão ou voto. Parágrafo Único - O relator ou qualquer membro poderá requerer ao Presidente, a qualquer tempo, que solicite o encaminhamento ou diligências de processos ou de consultas a outras pessoas ou instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais, para estudo, pesquisa ou informações necessárias à solução dos assuntos que lhes forem distribuídos, bem como solicitar o comparecimento de qualquer pessoa às reuniões para prestar esclarecimentos. Artigo 29 - A Ordem do Dia será organizada com os expedientes apresentados para discussão, acompanhados dos pareceres e resumo dos mesmos, dos respectivos relatores, e com aqueles cuja discussão ou votação tiver sido adiada. 10
Parágrafo Único - A Ordem do Dia será comunicada previamente a todos os membros, com antecedência mínima de três dias para as reuniões ordinárias e de um dia para as extraordinárias. Artigo 29 - Após a leitura do parecer, o Presidente ou o Vice- Presidente deve submetê-lo a discussão, dando a palavra aos membros que a solicitarem. 1º O membro que não se julgar suficientemente esclarecido quanto à matéria em exame, poderá pedir vistas do processo, propor diligências ou adiamento da discussão da votação; 2º O prazo de vistas será de até a realização da próxima reunião ordinária; 3º Após entrar na pauta, a matéria deverá ser, obrigatoriamente votada no prazo máximo de até duas reuniões. Artigo 30 - Após o encerramento das discussões, o assunto será submetido à votação. Artigo 31 - A data de realização das reuniões será estabelecida em cronograma e sua realização e duração serão as julgadas necessárias, podendo ser interrompidas em data e hora estabelecidas pelos presentes. Artigo 32 - A cada reunião os membros consignarão sua presença em folha própria e a Secretária lavrará uma ata com exposição sucinta dos trabalhos, conclusões, deliberações e resoluções, a qual deverá ser assinada pelos membros presentes e pelo Presidente, quando de sua aprovação. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 33 - O mandato dos componentes da CoBi se extinguirá com o do Diretor Clínico ou antecipadamente se houver motivo que justifique a cessação, na forma do artigo 7º. Artigo 34 - Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação do presente Regimento Interno serão dirimidas pelo Presidente da CoBi, e em grau de recurso pelo Diretor Clínico. Artigo 35 - O presente Regimento Interno poderá ser alterado, mediante proposta da CoBi, através da maioria absoluta de seus membros, 11
submetido e apreciado pelo Diretor Clínico e aprovado pelo Conselho Deliberativo. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Artigo 36 - O presente Regimento Interno entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. Aprovado pelo Conselho Deliberativo em sessão de 19.11.1996. Alterações aprovadas pelo Conselho Deliberativo em sessão de 26/01/1999. Alterações aprovadas pelo Conselho Deliberativo em sessão de 12.03.1999. Alterações aprovadas pelo Conselho Deliberativo em sessão de 26.10.1999. Alterações aprovadas pelo Conselho Deliberativo em sessão de 23.07.2002. Alterações aprovadas, Ad referendum, pelo Conselho Deliberativo em 25.3.03. Alterações aprovadas pela Diretoria Clínica em 13.05.2005. Alterações aprovadas pela Diretoria Clínica em 09.03.2006-12