ARQUIDIOCESE DE NITERÓI PARÓQUIA SÃO FRANCISCO XAVIER PLANO PASTORAL 2014 NITERÓI

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Transcrição:

ARQUIDIOCESE DE NITERÓI PARÓQUIA SÃO FRANCISCO XAVIER PLANO PASTORAL 2014 NITERÓI

Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, estilos, horários, linguagens e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização. Papa Francisco

APRESENTAÇÃO Eram perseverantes em ouvir a Palavra, na comunhão fraterna, na partilha do pão e na oração. Atos dos Apóstolos 2, 42 A comunidade cristã se inspira na ação de Jesus Cristo e dos seus apóstolos, e tem como missão ser testemunha viva do amor infinito de Deus que enviou seu Filho para salvar os homens. A evangelização obedece ao mandato missionário de Jesus: Ide, pois, fazei discípulos entre todos os povos (Mt, 28, 19). Nestes versículos, aparece o momento em que o Ressuscitado envia os seus seguidores a levar o Evangelho em todos os tempos e lugares. Partindo do encontro que Deus estabelece com seu povo, todos são provocados a construir uma Igreja em estado permanente de missão. Papa Francisco exorta toda à comunidade católica a um processo de reforma das estruturas eclesiais, dando continuidade ao Magistério da Igreja, em especial da América Latina, que propõe uma conversão pastoral. O Concílio Vaticano II reforçou que a Igreja é, por sua natureza, missionária, visto que tem a sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo. Hoje, devemos encarar e ter coragem para uma verdadeira reforma estrutural e pastoral. A paróquia São Francisco Xavier de Niterói deseja assumir a sua missão e se tornar, cada vez mais, comunidade de comunidades vivas e dinâmicas para ser presença geradora de amor, fé e esperança. Todas as pessoas envolvidas no tecido paroquial, sejam sacerdotes, diáconos, agentes de pastoral e leigos em geral, são chamados a testemunhar Cristo nos nossos bairros, pois nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar, decididamente, com todas as forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé, como nos apresenta o Documento de Aparecida. Partindo desta convicção, a nossa paróquia encara o processo de renovação missionária como um desafio a ser cumprido em união e construção coletiva. Em 2013, todas as dimensões responderam quais eram, nas, suas visões, as duas prioridades que a paróquia deveria ter e que ferramentas deveriam existir para tal objetivo. Em seguida, foi realizada a Assembleia Paroquial de 2013, que teve o tema Queremos voltar às fontes e recomeçar em Jesus Cristo onde toda a comunidade foi convidada a refletir, debater e construir o plano pastoral. Na Assembleia Paroquial, foram escolhidos os dois maiores objetivos que irão ser o fio condutor da renovação pastoral paroquial, que são: 1. Postura constante de missão 2. União e comunicação entre as capelas e pastorais Estas duas prioridades devem inspirar todas as ações das pastorais, movimentos, associações e grupos que trabalham dentro da paróquia a rever as atitudes e buscar uma renovação. Também foram propostas na Assembleia medidas concretas e eficazes para se alcançar tais objetivos. O presente texto pretende fornecer diretrizes e medidas para a renovação de nossa vida eclesial e pastoral, servindo como referencial a todas as pessoas que desejam participar da vida paroquial, para sermos de forma mais intensa sal da terra e luz do mundo.

PRIMEIRA PARTE A VIDA DA NOSSA COMUNIDADE Renovar Cristo em nós. Renovar e restaurar o mundo todo em Cristo. São Luiz Orione A paróquia São Francisco Xavier tem sua origem em 1662, quando começou a construção da igrejinha histórica pelos jesuítas, que aportaram no Brasil com a missão de evangelizar os povos indígenas. A igrejinha recebeu o nome do jesuíta São Francisco Xavier, considerado o Gigante das Missões e um dos maiores evangelizadores da história da Igreja. Em XXX, a paróquia foi entregue ao zelo da congregação orionita, fundada por São Luiz Orione. O carisma orionita, marcado pela caridade e por uma espiritualidade de serviço e missão, influencia a nossa identidade paroquial. O território paroquial é extenso e marcado pela diversidade. As comunidades localizam-se em locais onde se percebe a grande desigualdade social e um verdadeiro abismo entre as classes mais ricas e as mais pobres. Esta realidade reflete no tecio paroquial e deve ser levado em consideração antes de qualquer formulação sobre a ação missionária. As comunidades alimentam também um essencial cuidado com a liturgia e as celebrações dominicais são, talvez, os mais importantes momentos de encontro, comunhão com Deus e com os próximos. Outras características marcam também a nossa paróquia, como a participação ativa e protagonista de muitos fiéis leigos; as festividades que ocorrem sobretudo em dias de santos; a relação com a cultura e história locais, o que pode ser notado no próprio nome do bairro de São Francisco e na devoção à São Pedro no bairro pesqueiro de Jurujuba; e outros elementos importantes que conferem a paróquia São Francisco Xavier uma identidade própria e católica. Na caminhada da construção do Reino de Deus em nossa paróquia, percebe-se a atuação de diversos agentes de pastoral que se dedicam enormemente na vida pastoral e contribuem de forma ativa com a Igreja. No entanto, é importante apresentar alguns desafios a serem superados antes de buscar avançar rumo a novos horizontes, seguindo a diretriz traçada na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, escrita pelo Papa Francisco, onde elencou as principais tentações que afetam os agentes de pastoral, e a reproduzimos aqui: 1. A falta de uma espiritualidade missionária Para a renovação pastoral, é essencial que a haja um novo entusiasmo pela missão. A Igreja precisa negar uma espiritualidade centrada em si mesma, onde a vida espiritual se confunde com alguns momentos religiosos que proporcionam algum alívio, mas não alimentam o encontro com os outros, o compromisso pelo mundo, a paixão pela evangeliação. 2. O egoísmo e desânimo pastoral Não são poucos os católicos que procuram fugir de qualquer compromisso que lhes roube o tempo livre, como se uma tarefa de evangelização fosse um veneno perigoso e não uma resposta alegre ao amor de Deus. É urgente superar este desânimo, onde o problema não está no excesso de atividades, mas sobretudo nas atividades mal vividas por diversos motivos: querer que tudo caia do Céu; ter projetos de sucesso cultivados pela vaidade pessoal; a perda de contato real com o povo onde se presta mais atenção na organização do que na spessoas, entre outros.

3. O pessimismo e falta de esperança A alegria em evangelizar é tamanha que nada pode servir como desculpa para reduzir a entrega e ardor. Uma das maiores dificuldades que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em possimistas lamurientos e mal-humorados desencatados, que buscam em tudo algo de negativo e nos tornamos profetas da desgraça, dispostos a criticar tudo e não ver a beleza do Evangelho nas pequenas coisas 4. A falta de noção de comunidade Na vida eclesial muitos tentam escapar dos outos se fechando na sua privacidade confortável ou no círculo reduzido dos mais íntimos, re renunciam ao realismo da dimensão social do Evangelho. É grande o risco da religião como consumismo espiritual, não encontrando na Igreja uma espiritualidade que cure, liberte, encha de vida e de paz e chame para a comunhã solidária e fecundidade missionária 5. O mundanismo espiritual Infelizmente, existe o perigo de se buscar na Igreja a glória humana e o bem estar pessoal. A partir daí, há um cuidado exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio, mas não se preocupam que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fiel de Deus e nas necessidades concretas da história. Tal perfil de agentes de pastoral, como aponta a exortação, refeita a profecia dos irmãos, desqualifica quem o questiona, faz ressaltar constantemente os erros alheios e vive obcecado pela aparência. Deve-se evitar pondo a Igreja em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo e de entrega aos pobres. 6. A divisão interna Alguns cristãos deixam de viver uma adesão cordial à Igreja por alimentar um espírito de conflito, onde mais do que pertencer a Igreja inteira, com sua rica diversidade, pertecem a este ou àquele grupo que se sente diferente ou especial. A vida pastoral, muitas vezes, é recheada de críticas, divisões, burocracias, invejas, ciúmes, fofocas e desunião. Não à toa Papa Francisco questiona a todos os agentes de pastoral: Quem queremos evangelizar com estes comportamentos? A nossa paróquia, com o desejo de voltar às fontes evangélicas e renovar-se, deve antes superar tais obstáculos. Cada agente de pastoral é chamado para rever suas atitudes e não cair no risco de achar que as críticas só servem para os outros. É essencial que todos as pastorais, movimentos, associações e leigos em geral busquem o encontro diário com Cristo, despindo-se dos seus defeitos, colocando-se a serviço dos demais e enxergando o sagrado que existe no outro. Nossa comunidade paroquial é viva e dinâmica, repleta de laços fraternos e de sede de Deus. Olhando para nossos desafios pastorais e revendo nossas condutas, podemos avançar adiante e traçar um caminho que seja baseado na união, no espírito missionário e da humildade. SEGUNDA PARTE AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ

O ação pastoral depende da atenção à vivência em Cristo e da fidelidade ao projeto de amor de Deus. Após analisarmos a realidade paroquial, com seus desafios e esperanças, é essencial ter um olhar da fé e enxergar a proposta de Jesus à sua comunidade. Em Atos dos Apóstolos, pode ser visto o primeiro retrato da primeira comunidade: eram persevrantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas oração (cf. At 2, 42). O Povo de Deus participa das 3 funções com as quais o Pai dotou Jesus Cristo ao ungi-lo com o Espírito Santo: profeta, sacerdote e rei. Assim os católicos, por meio do batismo, participam do sacerdócio comum e por meio da fé se tornam testemunhas de Cristo, verdadeiros profetas, que atuam no mundo em vista da construção do Reino de Deus. A partir desta perspectiva bíblica e teológico, a nossa comunidade paroquial deve ser renovada a partir destas bases na vida cristã. 1. Viver da Palavra: ser comunidade profética Todos os cristãos devem ser iniciados na vida cristã marcada pela escuta da Palavra de Deus. A nossa missão paroquial deve estar baseada nos ensinamentos do Pai e na sua revelação ao longo da histórica, pois, assim como indica a Constituição Dogmática Verbum Dei A Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para nos unir na Verdade no nosso caminho para Deus. É, portanto, que o anúncio da Palavra e a formação catequética seja valorizada,, para que todos descubram o valor do kerigma e possam anunciar Cristo aos outros, agindo como verdadeiros profetas. 2. Viver da Eucaristia: ser comunidade sacerdotal A certeza da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte era traduzida nas primeiras comunidades cristãs em suas liturgias de forma viva. Hoje, precisamos recurar o sentido pascal em comunidade, pois é na celebração eucarística que a comunidade renova sua vida em Cristo. A Eucaristia é escola de vida cristã e é o alimento que sustenta a caminhada. Também é importante a valorização dos demais sacramentos, a fim de que toda a comunidade se converta através dos sinais eficazes que Deus deu para seu povo 3. Viver na Caridade: ser comunidade do Reino Toda comunidade cristã é chamada a ser testemunha visível do Reino do Deus. A exortação Evangelii Gaudium diz que a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. E a nosso resposta de amor também não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados, o que poderia constituir uma caridade por receita, uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é Reino de Deus. Na medida em que Ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso, tanto o anuncia como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais. TERCEIRA PARTE OS OBJETIVOS E LINHAS DE AÇÃO DA PARÓQUIA 1. Objetivo Geral do Plano Pastoral

Promover uma renovação eclesial e pastoral na comunidade paroquial, voltando às fontes e recomeçando em Cristo para que se transforme em comunidade de comunidades vivas e dinâmicas de discípulos missionários. 2. Objetivos Específicos Postura constante de missão União e comunicação entre as capelas e pastorais Postura constante de missão A missão da Igreja é evangelizar. Deus amou tanto nosso mundo que nos deu seu Filho. Ele anuncia a boa nova do Reino aos pobres e aos pecadores. Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Todas as pastorais devem se revestir de uma atitude missionária, e o espírito evangelizador não pode ser confiado à esta ou aquela pessoa e pastoral. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias (EG). Devemos parar de ser pastoral de mera conservação e autopreservação para sermos pastorais em saída, missionárias. Linhas de ação 1 Formação constante da comunidade paroquial a) Criar uma escola de evangelização permanente com formação para toda a comunidade, em especial os agentes de pastoral. - Quando: 1 curso semanal a cada mês - Quem: ação articulada entre padres, diáconos, e leigos como Fernando Cyrino e Raphael Costa b) Formar círculos bíblicos em todas as comunidades - Quando: criação do círculo a partir de 2014, com encontros regulares de acordo com a disponibilidade dos participantes - Quem: iniciativa por lideranças indicadas pelo pároco c) Realizar cursos de liderança para agentes de pastoral - Quando: curso anual - Quem: Pastoral da Comunicação d) Incentivar a formação dos agentes de pastoral em cursos e seminários fora da paróquia ou diocese - Quando: conforme a ocorrência de eventos de formação - Quem: coordenações e agentes de pastoral 2 Promoção social e humana

a) Criar a Rede Apostólica Orionita, com atendimento aos mais necessitados, banco de empregos, pré-vestibulares etc. - Quando: iniciar o processo de desenvolvimento a partir de 2014 para uma ação permanente nas comunidades - Quem: Gillian Freitas; PasCom b) Criar a Pastoral Fé e Cidadania - Quando: a partir de 2014 - Quem: lideranças da comunidade c) Promover visitas à instituições como hospitais, clínicas de dependentes químicos, presídios, orfanatos, etc. - Quando: mensalmente - Quem: um membro de cada pastoral ou movimento 3 Estímulo da participação dos leigos na vida litúrgica e pastoral a) Produzir material impresso com a relação das pastorais e movimentos da paróquia - Quem: o pároco em conjunto com as coordenações de pastorais - Quando: em 2014 b) Ampliar e dinamização das equipes de liturgia, permitindo a contribuição de todos na criatividade e participação nas celebrações dominicais - Quem: todas as equipes e pastorais litúrgicas - Quando: em suas reuniões de preparação e nas missas dominicais c) Integrar de membros da comunidade na realização de festividades - Quem: coordenações de festas das capelas e Pastoral de Eventos - Quando: no processo de planejamento das festas d) Realizar de reuniões dos grupos de canto e encontros de formação - Quando: encontros regulares dos grupos de canto - Quem: coordenação da Pastoral da Música e) Realizar do Encontro de Casais com Cristo através da Pastoral Familiar - Quem: Pastoral Familiar - Quando: segundo semestre de 2014 f) Reestruturar a Missa das Crianças, com mais participação infantil da liturgia e - Quando: nas celebrações dominicais - Quem: equipes de catequistas

União e comunicação entre pastorais e capelas Que todos sejam um. Assim como no evangelho de São João, ainda hoje Jesus atua nos corações dos homens para unir. Os bispos da América Latina, pelo document de Santo Domingo, insistem na renovação das paróquias e a definem como rede de comunidades e movimentos que precisa ser integrada, missionária e atenta aos problemas do seu contexto. É preciso superar o egoísmo e as divisões internas para a nossa comunidade paroquial se torne uma rede orgânica, um corpo vivo com muitos membros e ações, mas que caminham juntos. Aos cristãos de todas as comunidades do mundo, quero pedir-lhes de modo especial um testemunho de comunhão fraterna, que se torne fascinante e resplandecente. Que todos possam admirar como vos preocupais uns pelos outros, como mutuamente vos encorajais, animais e ajudais: Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros (EG). Linhas de ação 1 Articulação entre pastorais e movimentos a) Nomear um coordenador de pastorais - Quem: um leigo eleito em assembleia, junto com uma equipe formada com pessoas de todas as capelas - Quando: 2014 b) Realizar encontros periódicos entre todas as pastorais de cada dimensão - Quem: todos os membros de pastorais e movimentos, animados pelo conselheiro representante da dimensão - Quando: mensalmente c) Realizar de uma feira pastoral, no mês vocacional, com a presença de todas as pastorais e movimentos - Quem: Pastoral Vocacional em conjunto com os coordenadores de pastorais - Quando: Agosto, mês vocacional 2 Criação de ferramentas de comunicação a) Criação do jornal mensal da paróquia - Quem: PasCom em conjunto com a Pastoral da Juventude - Quando: a partir do primeiro semestre de 2014 b) Produção de uma relatório de cada pastoral e capela para publicação no site e no jornal - Quem: as coordenações de pastorais e capelas enviam para a PasCom - Quando: mensalmente c) Envolver todas as pastorais e capelas na elaboração do conteúdo do site, enviando materiais - Quem: PasCom em conjunto com as coordenações de pastorais e capelas - Quando: de acordo com a frequência de atividades das pastorais e capelas d) Integração das capelas na PasCom através de 1 representante - Quem: cada capela elege 1 representante - Quando: em 2014