Pochonia chlamydosporia E Bacillus subtilis NO CONTROLE DE Meloidogyne incognita E M. javanica EM MUDAS DE TOMATEIRO

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Transcrição:

Original Article 194 Pochonia chlamydosporia E Bacillus subtilis NO CONTROLE DE Meloidogyne incognita E M. javanica EM MUDAS DE TOMATEIRO Pochonia chlamydosporia AND Bacillus subtilis ON THE CONTROL OF Meloidogyne incognita AND M. javanica IN TOMATO SEEDLINGS Rafael Henrique FERNANDES 1 ; Bruno Sérgio VIEIRA 2 ; Cícero Augusto Guimarães FUGA 1 ; Everaldo Antônio LOPES 3 1. Mestrando em Produção Vegetal, Universidade Federal de Viçosa UFV, Rio Paranaíba, MG, Brasil; 2. Professor Adjunto da Universidade Federal de Uberlândia, Campus Monte Carmelo, Monte Carmelo, MG, Brasil, brunovieira@iciag.ufu.br; 3. Professor Adjunto da UFV Campus Rio Paranaíba, Rio Paranaíba, MG. RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de Pochonia chlamydosporia no solo e a microbiolização de sementes de tomateiro com Bacillus subtilis no controle de Meloidogyne incognita e M. javanica em condições de casa de vegetação. Os tratamentos foram constituídos pela incorporação no solo de 20g de milho triturado colonizado ou não pelo fungo, com ou sem microbiolização das sementes com a suspensão bacteriana (DO 540 = 0,5) por 24 h. O solo dos vasos foi infestado com 5.000 ovos de M. javanica ou M. incognita. Nenhum tratamento alterou a massa da parte aérea e das raízes dos tomateiros em ambos os experimentos, tampouco reduziu o número de galhas dos nematoides aos 45 dias após o transplantio das mudas e infestação do solo. A microbiolização das sementes de tomateiro com B. subtilis reduziu em 62,6% o número de ovos de M. incognita, quando comparado com as sementes não tratadas, independentemente da aplicação do fungo. A combinação entre microbiolização de sementes com B. subtilis e a aplicação de P. chlamydosporia reduziu em mais de 80% o número de ovos de M. javanica em comparação com a adoção de apenas um dos tratamentos isoladamente. PALAVRAS-CHAVE: Controle biológico. Nematoide das galhas. Solanum lycopersicum. INTRODUÇÃO O controle biológico de fitonematoides é uma opção ecologicamente desejável e, em muitos casos foi empregado com sucesso, principalmente envolvendo a aplicação de fungos nematófagos e bactérias (FERRAZ et al., 2010). Os fungos nematófagos utilizam estratégias sofisticadas para infectar ou capturar os nematoides, com destaque para os fungos parasitas de ovos e de fêmeas, a exemplo de Pochonia chlamydosporia (Goddard) Zare e Gams (KERRY, 2001). Alguns isolados do fungo apresentam várias características que o tornam um bom agente de biocontrole de nematoides, podendo ser aplicados no solo próximos às raízes de uma cultura suscetível ao nematoide e estabelecer no solo, protegendo as culturas subsequentes (KERRY; BOURNE, 2002). Além disso, P. chlamydosporia não é dependente da presença do nematoide para a sua nutrição, podendo atuar como saprófita na ausência do hospedeiro e produz clamidósporos, estruturas de resistência que aumentam a sobrevivência em condições adversas no solo, o que facilita a formulação de possíveis bioprodutos (KERRY, 2001). As bactérias habitantes da rizosfera das plantas, denominadas rizobactérias, também têm recebido atenção especial nos estudos envolvendo controle de fitonematoides (CHEN; DICKSON, 2004). Os principais mecanismos associados à ação de rizobactérias na supressão do patógeno envolvem a redução da eclosão de juvenis e a atratividade das raízes, em razão da produção de toxinas e alteração dos exsudatos radiculares, além da indução de resistência sistêmica na planta hospedeira (SIKORA & HOFFMANN-HERGARTEN, 1992). Os principais gêneros frequentemente associados ao biocontrole de nematoides são Pseudomonas spp. e Bacillus spp. (MELO; AZEVEDO, 2000). No caso de espécies de Bacillus, a facilidade de produção massal e a produção de endósporos resistentes ao calor é uma característica desejável para a formulação de bionematicidas a partir de isolados com destacada ação antagônica (CHEN; DICKSON, 2004). A maioria das pesquisas aplicadas ao controle biológico de doenças de plantas foi baseada no uso de um único antagonista contra o (s) patógeno (s) alvo (s) (JATALA, 1986; SIDDIQUI; SHAUKAT, 2003; FERRAZ et al., 2010). No entanto, é provável em locais onde ocorre o controle biológico naturalmente, que tal evento seja resultado da mistura de antagonistas, muito mais do que uma alta população de apenas um antagonista (SIDDQUI; SHAUKAT, 2003; ROBERTS et al., 2005). Assim, a introdução de uma mistura de Received: Accepted:

195 antagonistas, como de P. chlamydosporia e B. subtilis, provavelmente lograria em êxito, aumentando a eficácia e confiabilidade do controle, em função da ampliação do espectro de mecanismos de ação contra o nematoide alvo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da aplicação no solo de P. chlamydosporia e da microbiolização das sementes de tomate com B. subtilis no controle de M. javanica e M. incognita em condição de casa de vegetação. MATERIAL E MÉTODOS O substrato destinado ao crescimento das plantas em casa de vegetação foi constituído de uma mistura de terriço e areia, na proporção 1:1 (v:v). O solo foi autoclavado a 120 C durante uma hora, por duas vezes, com intervalo de 24 horas. Após o preparo, o solo foi colocado em vasos plásticos de 2 L de capacidade, os quais foram mantidos sobre bancadas alocadas no interior da casa de vegetação do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), em Patos de Minas MG. O solo de cada vaso foi infestado com 5.000 ovos de M. incognita ou M. javanica e, em seguida, aplicou-se 2 g de milho triturado (canjiquinha) colonizado pelo isolado de P. chlamydosporia. Para a produção do inóculo do fungo, milho triturado foi depositado em frascos erlenmeyers de 500 ml na quantidade de 80 g por frasco, e, após 20 minutos de embebição, o excesso de água foi descartado e os frascos foram autoclavados por 20 minutos a 120 C (DALLA PRIA; FERRAZ, 1996). Cada frasco, após atingir a temperatura ambiente, recebeu dois discos de micélio de 9 mm de diâmetro de cultura fúngica em corn meal agar (CMA), onde permaneceu por 15 dias no escuro a 25 C. Após a infestação, o solo foi revolvido, visando à homogeneização dos inóculos do nematoide e do fungo. Após uma semana, uma muda de tomateiro Santa Clara de três semanas de idade (dois pares de folhas), microbiolizada ou não, foi transplantada em cada vaso. A microbiolização foi realizada com um isolado de B. subtilis. Para isso, a bactéria foi repicada para meio sólido 523 (KADO; HESKETT, 1970) e mantida a 28 C por 24 h em B.O.D. Em seguida, as colônias bacterianas foram raspadas com o auxílio de alça de Drigalski, após a adição de água destilada esterilizada nas placas. A suspensão bacteriana foi ajustada a OD 540 = 0,5. As sementes de tomateiro Santa Clara foram imersas na suspensão bacteriana, processo denominado microbiolização (OOSTENDORP; SIKORA, 1989), permanecendo por 24 h em temperatura ambiente. Para o tratamento testemunha, as sementes ficaram imersas em água destilada. O delineamento experimental adotado foi do tipo inteiramente casualizado, em esquema fatorial (3 x 3), envolvendo a aplicação de P. chlamydosporia e a microbiolização das sementes com B. subtilis. Os seguintes tratamentos foram incluídos: a) sementes não-tratadas e não-aplicação de P. chlamydosporia; b) sementes não-tratadas e aplicação de milho triturado colonizado por P. chlamydosporia; c) sementes não-tratadas e aplicação de milho triturado não-colonizado; d) sementes imersas em água destilada e não-aplicação de P. chlamydosporia; e) sementes imersas em água destilada e aplicação de milho triturado colonizado por P. chlamydosporia; f) sementes imersas em água destilada e aplicação de milho triturado nãocolonizado; g) sementes microbiolizadas com B. subtilis e não-aplicação de P. chlamydosporia; h) sementes microbiolizadas com B. subtilis e aplicação de milho triturado colonizado por P. chlamydosporia; i) sementes microbiolizadas com B. subtilis e aplicação de milho triturado nãocolonizado. A parcela experimental foi composta por um vaso contendo uma planta de tomate. Cada tratamento foi repetido cinco vezes e cada espécie de Meloidogyne foi estudada separadamente. As plantas foram irrigadas e adubadas sempre que necessário, seguindo as recomendações técnicas para a cultura do tomateiro. Ao final de 45 dias, a massa da parte área e das raízes frescas das plantas foi avaliada, além do número de galhas e de ovos do nematoide por sistema radicular. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de médias de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, com o auxílio do programa estatístico Statistica (STATSOFT, 2004). RESULTADOS E DISCUSSÃO Nenhum tratamento alterou significativamente (P > 0,05) a massa da parte aérea e das raízes dos tomateiros em ambos os experimentos (Tabelas 1 e 2), tampouco reduziu o número de galhas de M. incognita (Tabela 3) ou M. javanica (Tabela 4), independentemente do tratamento de solo ou de sementes adotado. A microbiolização das sementes de tomateiro com B. subtilis reduziu em 62,6% o número de ovos de M. incognita nas raízes da planta hospedeira, quando comparado com as sementes não tratadas (Tabela 3), independentemente da aplicação de P. chlamydosporia no solo.

196 Tabela 1. Valores médios da massa da matéria fresca da parte aérea e das raízes de tomateiros em função de três diferentes tratamentos de semente e de solo em parcelas infestadas com 5.000 ovos de Meloidogyne incognita aos 45 dias após a infestação. Massa da parte aérea (g) Massa das raízes (g) TEST 39,7 41,3 35,8 38,8 ns 17,0 15,6 20,4 17,7 ns MTNC 37,8 39,2 34,8 37,3 15,2 23,7 19,9 19,6 MTPC 46,3 43,2 40,0 43,2 17,9 19,3 16,1 17,8 Média 41,1 ns 41,3 36,9-16,7 ns 19,5 18,8 - Dados médios de cinco repetições por tratamento. Tratamentos de solo: TEST Testemunha; MTNC Milho triturado não colonizado por Pochonia chlamydosporia; MTPC - Milho triturado colonizado por P. chlamydosporia. Tratamentos de sementes: SNT - não tratadas (testemunha); IAD - permaneceram imersas em água destilada por 24 horas; MBS - permaneceram imersas em suspensão de Bacillus subtilis por 24 horas (microbiolização). ns = Não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F. Tabela 2. Valores médios da massa da matéria fresca da parte aérea e das raízes de tomateiros em função de três diferentes tratamentos de semente e de solo em parcelas infestadas com 5.000 ovos de Meloidogyne javanica aos 45 dias após a infestação. Massa da parte aérea (g) Massa das raízes (g) + TEST 29,9 28,0 43,3 33,8 ns 16,0 15,4 17,9 16,4 ns MTNC 28,5 24,7 35,9 29,7 11,4 11,2 19,6 14,1 MTPC 32,7 27,6 35,9 32,1 13,1 13,8 7,8 11,6 Média 30,4 ns 26,8 38,4-13,5 ns 13,4 15,1 - Dados médios de cinco repetições por tratamento. Tratamentos de solo: TEST Testemunha; MTNC Milho triturado não colonizado por Pochonia chlamydosporia; MTPC - Milho triturado colonizado por P. chlamydosporia. Tratamentos de sementes: SNT - não tratadas (testemunha); IAD - permaneceram imersas em água destilada por 24 horas; MBS - permaneceram imersas em suspensão de Bacillus subtilis por 24 horas (microbiolização). ns = Não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F. + Valores transformados para a x antes da análise de variância. Médias originais são apresentadas na tabela. Tabela 3. Valores médios dos números de galhas e de ovos de Meloidogyne incognita em raízes de tomateiros em função de três diferentes tratamentos de semente e de solo em parcelas infestadas com 5.000 ovos do nematoide aos 45 dias após a infestação. Número de galhas Número de ovos TEST 261 241 223 242 ns 44730 37870 17080 33227 ns MTNC 201 189 143 178 32620 23310 16310 24080 MTPC 245 298 159 234 43624 55805 11830 37086 Média 235 ns 243 175-40325* a 38995 a 15073 b - Dados médios de cinco repetições por tratamento. Tratamentos de solo: TEST Testemunha; MTNC Milho triturado não colonizado por Pochonia chlamydosporia; MTPC - Milho triturado colonizado por P. chlamydosporia. Tratamentos de sementes: SNT - não tratadas (testemunha); IAD - permaneceram imersas em água destilada por 24 horas; MBS - permaneceram imersas em suspensão de Bacillus subtilis por 24 horas (microbiolização). ns = Não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F. *Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

197 Tabela 4. Valores médios dos números de galhas e de ovos de Meloidogyne javanica em raízes de tomateiros em função de três diferentes tratamentos de semente e de solo em parcelas infestadas com 5.000 ovos do nematoide aos 45 dias após a infestação. Número de galhas Número de ovos*,+ TEST 1136 748 1282 1055 ns 101706 Aa 76360 Aa 69303 Aa 82456 MTNC 1059 696 1285 1013 96626 Aab 80033 Ab 82280 Aa 119646 MTPC 949 997 624 857 104433 Aa 48186 Aab 13475 Bb 55365 Média 1048 ns 813 1063-100922 68193 55019 - Dados médios de cinco repetições por tratamento. SNT = sementes não-tratadas (testemunha); IAD = sementes permaneceram imersas em água destilada por 24 horas; MBS = sementes permaneceram imersas em suspensão de Bacillus subtilis por 24 horas (microbiolização). ns = Não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F. *Interação significativa entre os diferentes tratamentos de solo e de sementes. Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula, na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. + Valores transformados para a x antes da análise de variância. Médias originais são apresentadas na tabela. Por sua vez, houve interação significativa (P 0,05) entre os tratamentos de sementes e de solo com relação à reprodução de M. javanica (Tabela 4). A aplicação isolada do fungo no solo não reduziu o número de ovos de M. javanica. Apenas a microbiolização das sementes com a bactéria foi igualmente ineficaz na redução do número de ovos do patógeno. Todavia, a combinação entre microbiolização de sementes com B. subtilis e a aplicação de P. chlamydosporia no solo reduziu em mais de 80% o número de ovos de M. javanica em comparação com a adoção de apenas um dos tratamentos isoladamente (Tabela 4). A promoção de crescimento de plantas em razão do tratamento de sementes com espécies de Bacillus e aplicação de P. chlamydosporia ao solo depende principalmente da habilidade do isolado microbiano em interagir com o hospedeiro (LAZARETTI; BETTIOL, 1997; MELO; AZEVEDO, 2000; KERRY; BOURNE, 2002). Considerando que resultados similares foram obtidos por outros pesquisadores ao utilizarem os mesmos isolados deste estudo (MACHADO et al., 2010; VAZ et al., 2011), possivelmente tais microrganismos não sejam promotores de crescimento de tomateiros. No entanto, se por um lado o efeito benéfico do incremento da biomassa vegetal não tenha sido observado pelos potenciais agentes de biocontrole, assim como ocorreu em outras pesquisas que utilizaram tomateiro (FABRY et al., 2007; LOPES et al., 2007; ARAÚJO; MARCHESI, 2009; DALLEMOLE-GIARETTA et al., 2010), por outro não houve nenhuma ação fitotóxica indesejável. A redução do número de galhas de Meloidogyne spp. por P. chlamydosporia e B. subtilis está diretamente relacionada com a colonização dos ovos do patógeno no solo pelo fungo e pela alteração dos exsudados radiculares da planta ou indução de resistência sistêmica da planta pela bactéria veiculada via microbiolização das sementes (KERRY; BOURNE, 2002; FABRY et al., 2007; FERRAZ et al., 2010). No entanto, assim como foi verificado em estudos prévios (MACHADO et al., 2010; VAZ et al., 2011), estes eventos não ocorreram com os isolados do presente trabalho devido ao curto período de tempo para o estabelecimento do fungo no solo e a colonização dos ovos do patógeno (LOPES et al., 2007) e na provável incapacidade da bactéria em influenciar o quimiotropismo e, ou impedir os eventos gerais de penetração dos nematoides na concentração de inóculo do presente trabalho (SIKORA; PADGHAM, 2007; ARAÚJO; MARCHESI, 2009). FABRY et al. (2007) relataram que a microbiolização de sementes de tomateiro com Citrobacter freundii e Pseudomonas putida reduziu o número de galhas de M. javanica em casa de vegetação. Todavia, o solo neste caso foi infestado com 1000 ovos, quantidade cinco vezes inferior do que utilizado no presente trabalho. O sinergismo observado neste estudo corrobora com a hipótese de que a mistura de antagonistas pode representar uma medida mais eficiente de manejo de nematoides, por reunir vários mecanismos de ação (STIRLING, 1991; SIDDIQUI; SHAUKAT, 2003; ROBERTS et al., 2005; FERRAZ et al., 2010). Em solos supressivos a doenças de plantas, a mistura de populações de antagonistas é considerada como um dos principais fatores que contribuem para este fenômeno (LEMANCEAU & ALABOUVETTE, 1991; STIRLING, 1991), a exemplo da supressividade a Heterodera avenae em solos ingleses devido à alta população dos fungos

198 nematófagos Nematophthora gynophila Kerry & Crump e P. chlamydosporia (KERRY, 1975). A mistura de antagonistas pode ou não ser vantajosa para o controle de fitopatógenos, devendo-se ter o cuidado de evitar a mistura de isolados incompatíveis (AKRAMI et al., 2009; LUCON et al., 2009). Esta situação foi reportada por Lucon et al. (2009). Na ocasião, os autores verificaram que a aplicação conjunta de cinco isolados de Trichoderma spp. contra Rhizoctonia solani apenas duas combinações entre os isolados do antagonista resultaram em maior controle da doença. Face aos resultados obtidos neste trabalho, novos estudos serão conduzidos em campos infestados por M. incognita e M. javanica para que seja avaliado o real potencial do tratamento de sementes com B. subtilis e a aplicação de P. chlamydosporia no solo para o manejo sustentável dos referidos patógenos. CONCLUSÕES O tratamento de sementes de tomateiro com B. subtilis e a adição no solo de P. chlamydosporia não é eficiente na redução do número de galhas de M. incognita e M. javanica e também não influenciou no desenvolvimento vegetativo do tomateiro. A microbiolização das sementes de tomateiro com B. subtilis reduziu o número de ovos de M. incognita, quando comparado com as sementes não tratadas, independentemente da aplicação do fungo. Por outro lado, a combinação entre microbiolização de sementes com bactéria e a aplicação do fungo no solo reduziu em mais de 80% o número de ovos de M. javanica em comparação com a adoção de apenas um dos tratamentos isoladamente. AGRADECIMENTOS À FAPEMIG pelo apoio financeiro ao trabalho e ao Grupo Farroupilha (Patos de Minas, MG) pela doação do isolado de B. subtilis utilizado no experimento. ABSTRACT: The aim of this study was to evaluate the effect of the application of Pochonia chlamydosporia into the soil and tomato seeds soaked in Bacillus subtilis cell suspension on the control of Meloidogyne incognita and M. javanica under greenhouse conditions. The treatments were incorporation into the soil of milled corn (20 g) colonized or not by the fungus, with or without seeds treatment with bacterial suspension (OD 540 = 0,5) for 24 h. The soil of each pot was infested with 5,000 eggs of M. javanica or M. incognita. Neither the biomass of tomato plants nor the number of galls were influenced by the treatments 45 days after seedlings transplanting and soil infestation in both the experiments. Seed microbiolization with B. subtilis reduced the number of eggs of M. incognita by 62.6%, in comparison to non-treated seeds, regardless of the application of the fungus. The combination of seed microbiolization with B. subtilis and application of P. chlamydosporia reduced more than 80% the number of eggs of M. javanica, when compared to each separate treatment. KEYWORDS: Biological control. Root-knot nematode. Solanum lycopersicum. REFERÊNCIAS AKRAMI, M.; IBRAHIMOV, A. S.; ZAFARI, D. M.; VALIZADEH, E. Control Fusarium rot of bean by combination of by Trichoderma harzianum and Trichoderma asperellum in greenhouse condition. Agricultural Journal, Faisalabad, v. 4, p. 121-123, 2009. ARAÚJO, F. F.; MARCHESI, G. V. P. Uso de Bacillus subtilis no controle da meloidoginose e na promoção do crescimento do tomateiro. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, p. 1558-1561, 2009. CHEN, Z. X.; DICKSON, D. W. Biological control of nematodes with bacterial antagonists. In: CHEN, Z. X.; CHEN, S. Y.; DICKSON, D. W. (Ed). Nematology Advances and perspectives. Volume II: Nematode Management and Utilization. Beijing & Wallingford: Tsinghua University Press & CABI Publishing, 2004. 1041-1062 p. DALLA PRIA, M.; FERRAZ, S. Controle biológico de Meloidogyne incognita, raça 3, por seis espécies de Monacrosporium, isoladas ou combinadas com Verticillium chlamydosporium. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 21, n. 1, p. 30-34, 1996.

199 DALLEMOLE-GIARETTA, R.; FREITAS, L. G.; ZOOCA, R. J. F.; CAIXETA, L. B.; LOPES, E. A.; FERRAZ, S. Controle de Meloidogyne javanica por meio da aplicação de palha de café colonizada por Pochonia chlamydosporia var. chlamydosporia. Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 34, p. 137-140, 2010. FABRY, C. F. S.; FREITAS, L. G.; COUTINHO, M. M.; NEVES, W. S.; LOPES, E. A.; DALLEMOLE- GIARETTA, R. Antagonismo de rizobactérias a Meloidogyne javanica em dois tipos de solo e seus efeitos sobre a eclosão. Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 31, p. 222-228, 2007. FERRAZ, S.; FREITAS, L. G.; LOPES, E. A.; DIAS-ARIEIRA, C. R. Manejo sustentável de fitonematoides, 1 ed., Viçosa: Editora UFV, 2010. 306 p. JATALA, P. Biological control of plant-parasitic nematodes. Annual Review of Phytopathology, Palo Alto, v. 24, p. 453-489, 1986. KADO, C. I.; HESKETT, M. G. Selective media for isolation of Agrobacterium, Corynebacterium, Erwinia, Pseudomonas and Xanthomonas. Phytopathology, Saint Paul, v. 60, p. 969, 1970. KERRY, B. R. Exploitation of nematophagous fungal Verticillium chlamydosporium Goddard for the biological control of root-knot nematodes (Meloidogyne spp.). In: BUTT, T. M.; JACKSON, C.; MAGAN, N. (Eds). Fungi as biocontrol agents: Progress, problems and potential. Wallingford: CABI Publishing, 2001. 155-167 p. KERRY, B. R. Fungi and decrease of cereal cyst-nematode populations in cereal monoculture. EPPO Bulletin, Paris, v. 5, p. 353-361, 1975. KERRY, B. R.; BOURNE, J. M. A manual for research on Verticillium chlamydosporium, a potential biological control agent for root-knot nematodes. Gent: International Organization for Biological and Integrated Control for Noxious Animals and Plants, 2002. 84 p. LAZARETTI, E.; BETTIOL, W. Tratamento de sementes de arroz, trigo, feijão e soja com um produto formulado a base de células e de metabólitos de Bacillus subtilis. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 54, p. 89-96, 1997. LEMANCEAU, P.; ALABOUVETTE, C. Biological control of Fusarium diseases by fluorescent Pseudomonas and non-pathogenic Fusarium. Crop Protection, Amsterdam, v. 10, p. 279-286. 1991. LOPES, E.A.; FERRAZ, S.; FERREIRA, P.A.; FREITAS, L.G.; DHINGRA, O.D.; GARDIANO, C.G.; CARVALHO, S.L. Potencial de isolados de fungos nematófagos no controle de Meloidogyne javanica. Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 31, n. 2, p.78-84, 2007. LUCON, C. M. M.; KOIKE, C. M.; ISHIKAWA, A. I.; PATRÍCIO, F. R. A.; HARAKAVA, R. Bioprospecção de isolados de Trichoderma spp. para o controle de Rhizoctonia solani na produção de mudas de pepino. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 44, p. 225-232, 2009. LUZ, W. C. Rizobactérias promotoras de crescimento de plantas e bioproteção. Revisão Anual de Patologia de Plantas, Passo Fundo, v. 4, p. 1-49, 1996. MACHADO, J. C.; VIEIRA, B. S.; LOPES, E. A.; CANEDO, E. J. Paecilomyces lilacinus e esterco bovino para o controle de Meloidogyne incognita em tomateiro e alface. Nematologia Brasileira, Piracicaba, v. 34, p. 231-235, 2010. MELO, I. S.; AZEVEDO, J. L. Controle Biológico. Jaguariúna: EMBRAPA Meio Ambiente, 2000. 388p. OOSTENDORP, M.; SIKORA, R.A. Seed treatment with antagonistic rhizobacteria for the suppression of Heterodera schachtii early root infection of sugar beet. Revue de Nématologie, Paris, v. 12, p. 77-83. 1989.

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