Ao percorrer os cerca de 10Km do circuito entre a estepe e o montado passamos por vários montes tradicionais alentejanos, onde ainda hoje a vida é levada com calma, tranquilidade e muita paz. Atravessamos estepes habitadas por inúmeras espécies de aves, como abetardas, sisões, cortisois de barriga-preta, grous, sem faltar os tradicionais coelhos e lebres. Após contemplarmos a grandeza das estepes que se estendem até onde a vista alcança, iniciamos a ligeira subida para a área de montado de sobreiro e azinheira. Estamos agora numa área onde o ambiente é completamente diferente, com muitas pêgas azuis a cruzarem o nosso caminho, poupas e gaios entre outras aves, sempre sobrevoados por inúmeras rapinas. Entre elas, destacamos a possibilidade de encontrar a águia de Bonelli, águia real, águia cobreira ou os enormes grifos. Nesta área temos a possibilidade de almoçar debaixo da maior azinheira da Península Ibérica. Trata-se de uma árvore provavelmente centenária, cuja copa que se estende até ao chão alberga um espaço absolutamente divinal em torno do enorme tronco. Continuamos o nosso caminho até à pequena e tradicional aldeia da Corte Pequena. Em baixo encontramos o perfil de elevação deste percurso. A altura varia em 51m desde o ponto mais baixo ao ponto mais alto, e a subida mais acentuada é de 9,5%, sendo a descida inferior a este valor.
A barragem dos corvos é um pequeno oásis de vida no concelho de Mértola. Numa região em que uma área é absolutamente inóspita, e cuja maioria da paisagem é estepe e montado, uma pequena lagoa alberga uma enorme densidade de espécies de aves aquáticas, servindo de área de nidificação ao pato de bico vermelho e ao zarro comum. Os galeirões são muito comuns, e é possivel encontrar mergulhões pequenos, mergulhões de crista, diversas espécies de garças, patos reais, entre outras espécies. É também uma zona fantástica para observar limícolas, como o perna vermelha, o pernilongo, o borrelho de coleira interrompida, o borrelho grande de coleira, pilritos e narcejas. Este local está referenciado também como local de bebedouro para os cortisois de barriga negra. É um percurso bastante fácil, com um declive máximo de 7%, mas tenda a maioria do percurso cerca de 0%. A distância de 3,5 Km torna-o muito acessível, podendo no entanto aumentar consideravelmente com a subida do nível das águas durante o Inverno.
Com a vila-museu de Mértola ali bem perto, esta rota segue pela margem direita do Rio Guadiana em direcção a Sul. Estamos muito próximos da maior colónia de peneireiros das torres de Portugal, e como tal, esta é uma das espécies alvo deste trajecto. Além desta espécie, podemos ser brindados com a aparição da gralha de nuca cinzenta ou do guarda rios, sendo este bastante abundante nas áreas com mais vegetação, junto ao rio. Também aqui conseguimos ver a omnipresente cegonha branca, a garça real, a garça branca pequena e o pato real. Toda esta região é bastante rica em diversas espécies de passeriformes, pintassilgo, toutinegra de barrete, entre outras. Também rapinas nocturnas podemos por vezes e com alguma sorte encontrar, como a coruja das torres ou o mocho galego. Este percurso tem cerca de 7 Km, com um declive máximo de 18%, e varia em altura cerca de 65m, o que faz com que seja um percurso algo cansativo, mas que justifica plenamente o esforço pelas aves que possui e pelas magníficas paisagens que proporciona.
A beleza da pequena vila de Mértola, conjuntamente com os seus costumes e enorme hospitalidade dos seus habitantes é um local de visita obrigatória. Os seus inúmeros e pitorescos museus são tão genuínos, que conseguimos de facto imaginar como seria a vida naqueles tempos. Tempos esses, aliás, não tão longínquos como queremos fazer parecer. Ainda hoje, mesmo ao lado do museu do ferreiro, mora a sua filha. Uma senhora de idade mas a quem o tempo não retirou a boa disposição. As histórias que tem para contar e o sorriso com que nos deseja uma continuação de boa viagem irão com toda a certeza permanecer-lhe na memória. Chegados ao cimo do castelo, a paisagem é de retirar a respiração. Olhando 360º à nossa volta, temos o Rio Guadiana no seu profundo vale, a ribeira de Oeiras que corre por entre as escarpas onde o próprio castelo se encontra e esta magnífica vila mesmo ali aos nossos pés. Iremos também passar por alguns locais de nidificação do francelho em plena civilização, que acima de tudo serve para nos recordar da pureza desta região.
A serra de Alcaria Ruiva é uma pequena serra em plena planície alentejana, com cerca de 300m de altura. Uma das suas encostas é rochosa, e utilizada por grifos que aí pernoitam. Por vezes é possível encontrar bandos de largas dezenas de grifos a sobrevoarem-nos bem perto, quer seja por cima das nossas cabeças, ou mesmo abaixo, passando rente às encostas, e mostrando o seu imponente dorso. Esta serra alberga também uma enorme população de abelharucos que nas suas encostas fazem vôos acrobáticos na tentativa de capturar os insectos de que se alimentam. A paisagem que esta serra nos proporciona é uma mais-valia a não perder neste trajecto, e que vale pela noção com que ficamos das magníficas estepes e pequenas barragens que nos rodeiam. O percurso estende-se por cerca de 3 Km, subindo e descendo perto de 140m, com um declive máximo de 28,8%.
Local: Mértola Início: 9h00 Ponto de encontro dias 5,6,7,8: parque de estacionamento à saída da Ponte sobre o Guadiana, lado de Mértola. Após estarem presentes todos os participantes, seguiremos para o local de início do percurso. Duração: 6h30 + 7h + 3h + 3h aprox Almoço dia 26: Iremos parar a meio do percurso para um almoço tipo pic nic. Este almoço fica a cargo de cada participante. Programa: Dia 5 Percurso entre a estepe e o montado Dia 6 Percurso barragem dos corvos e reduto do peneireiro das torres Dia 7 Manhã livre, tarde na vila-museu de Mértola Dia 8 Subida à serra da Alcaria, tarde livre Preço: 98 98 por participante Todos os sócios da SPEA usufruem de um desconto de 15% Min. 4 participantes, Max. 10 participantes Inclui: Binóculos Pentax DCF 10x42 para todos os participantes, utilização de telescópio Pentax PF- 65 60x, águas e seguro de acidentes pessoais. Inscrições e informações: Via e-mail através do geral@georiders.com ou via telefone 935 937 131/2 A Georiders pode facultar a marcação da estadia em empreendimentos nossos parceiros da região, bem como jantares e/ou almoços em restaurantes tradicionais. Os preços das refeições e estadia não usufruem do desconto, visto não serem actividades da Georiders. No entanto, a marcação feita através da Georiders terá sempre um preço inferior ao tabelado. Consulte-nos para saber quais os locais que lhe recomendamos. O transporte durante a actividade fica sob a responsabilidade de cada participante. Para ver fotos dos percursos e mais informações, por favor visite www.georiders.com/ birdwatching/percursos