CADERNO TÉCNICO CONTROLO PARA SISTEMAS AVAC CADERNOS TÉCNICOS. Equipamento de



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CADERNO TÉCNICO Equipamento de CONTROLO PARA SISTEMAS AVAC CADERNOS TÉCNICOS

Linha de controlo modular "SYSTEM 450" APENAS MÓDULOS PERMITEM CONTROLAR UTA's de vários tipos Unidades de expansão directa, Circuitos de painéis solares, Caldeiras, Chillers, Permutadores de calor, Humificadores, Compressores, multiescalão, etc. Variáveis Temperatura, Humidade relativa, Pressão, Pressão diferencial, Velocidade. Fácil de PROGRAMAR Sem ferramentas adicionais sem "especialista" em controlo, só o seu conhecimento da aplicação. Temos a solução para a sua aplicação de controlo consulte-nos em www.contimetra.com

VÁLVULAS DE CONTROLO Em sistemas de AVAC ar-água - em que a energia térmica é transportada pela água e transferida ao ar através de serpentinas nas unidades de tratamento do ar (UTA's) - é necessário um controlo contínuo da potência térmica transferida de modo a atingir, em cada instante o balanço térmico nas condições de conforto pretendidas. Com o objectivo de se conseguir uma linearidade entre a transferência térmica num permutador água-ar e a variável de controlo (por exemplo a temperatura do ar à saída desse permutador) é necessário dimensionar a válvula de controlo - de modo a adaptar as suas características hidráulicas ao circuito onde irá ser instalada. Com este propósito incluímos neste capítulo algumas considerações técnicas específicas das válvulas de controlo onde encontra a terminologia, as definições e o correcto dimensionamento das mesmas na aplicação atrás referida. Contimetra - Sector de Ar Condicionado O Director Técnico A. Sampaio ÍNDICE 1. Parâmetros característicos 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10 Característica de funcionamento....................................... 50 Diâmetro nominal (DN)............................................. 50 Pressão Nominal (PN)............................................... 50 Coeficiente de passagem (K vs )........................................ 50 Gama de temperaturas de funcionamento................................ 51 Perda de carga ao caudal nominal máximo ( V100)........................ 51 Perda de carga ao caudal "nulo" ( V0 ).................................. 52 Autoridade da válvula de controlo (A V ).................................. 52 Perda de carga máxima ( V0 máx).................................... 52 Fuga........................................................... 52 2. Dimensionamento das válvulas de controlo.................................. 53 2.1 Situações mais frequentes - Exemplos................................... 54 3. Exemplo de aplicação................................................... 55 3.1 Dimensionamento das válvulas de controlo - Cálculos (exemplo)................ 56 SISTIMETRA CONTIMETRA 1

VÁLVULAS DE CONTROLO 1. Parâmetros característicos 1.1 Característica de funcionamento: gráfico que relaciona a abertura de válvula com o caudal resultante mantendo constante a pressão diferencial. Em AVAC as válvulas de controlo mais utilizadas têm uma das seguintes características: Característica linear - Circuitos de mistura de água quente 100% VÁLVULA DE CONTROLO CAUDAL Exemplo de aplicação: CIRCULADOR 0% ABERTURA DA VÁLVULA 100% RADIADORES Característica de igual percentagem - Permutadores água-ar ou água-água 100% AR-FORÇADO OU CAUDAL Exemplo de aplicação: 0% ABERTURA DA VÁLVULA 100% 1.2 Diâmetro nominal (DN) - Define o tamanho da válvula e o seu valor corresponde aproximadamente ao diâmetro interior de passagem. Habitualmente é apresentado em milímetros ou polegadas. DN POLEGADAS 15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 ½" ¾" 1" 1¼" 1½" 2" 2½" 3" 4" 5" 6" 1.3 Pressão nominal (PN) - Define a pressão operacional máxima que a válvula pode suportar na gama de temperaturas -10 a +120ºC. A unidade usada habitualmente é o Bar. Valores habituais: PN6; PN10; PN25; PN40. 1.4 Kvs - É o coeficiente de passagem da válvula. Define-se como sendo o caudal de água (em m³/h) que flui através da válvula - totalmente aberta - quando a perda de carga é igual a 1 Bar. Genericamente Kv = Q V Q - Caudal de água em m³/h V - Perda de carga na válvula em Bar 2 SISTIMETRA CONTIMETRA

Aplicação - O Kvs permite determinar a perda de carga provocada pela válvula de controlo na condição de transferência da potência térmica máxima (P T100). Valores habituais do K VS - Os valores na zona sombreada são os parâmetros mais usados. DN 15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 POLEGADAS ½" ¾" 1" 1 ¼" 1 ½" 2" 2½" 3" 4" 5" 6" Kvs - 0,1 0,16 0,25 0,4 4 6,3 10 16 25 0,63 1,0 1,6 2,5 4 6,3 10 16 25 40 63 100 160 250 400 Exemplo: Permutador água-ar (bateria de água quente ou fria numa UTA) t = Ts - Ti Ti - Temperatura de entrada da água Ts - Temperatura de saída da água OU Q (m³/h) = P T (Kw) 1,163 x t (ºK) Ts Ti Q (água) OU Q (l/h) = P T (Kcal/h) t (ºK) Q - Caudal de água P T - Potência térmica transferida t - Diferencial de temperaturas na água ( * ) ( * ) 1Kw=860Kcal/h Perda de carga na válvula de controlo à potência máxima = V100 Q ( 100 2 K VS ) P T100 ; Q 100 = V100 (Bar) - Perda de carga na válvula toda aberta 1,163 x t Q100 (m³/h) - Caudal de água com a válvula toda aberta P (Kw) - Potência térmica transferida com a válvula toda aberta T100 1.5 Gama de temperatura de funcionamento - define os limites de temperatura do fluido - água tratada ou água glicolada - entre os quais a válvula pode funcionar. 1.6 Perda de carga V100 máx. - É a perda de carga máxima quando a válvula está toda aberta contra a qual o actuador da válvula consegue operará-la e sem que haja deterioração da mesma. V100 máx. V100 máx. Nota: Acima desta perda de carga máxima a velocidade da água é de tal modo elevada que pode dar origem aos fenómenos de: - Cavitação ; Erosão. SISTIMETRA CONTIMETRA 3

1.7 Perda de carga V0 - é a perda de carga através da válvula totalmente fechada quando instalada no circuito hidráulico. É usada para calcular a autoridade da válvula de controlo (A V). VÁLVULA DE DUAS VIAS - V0 é igual à pressão disponível no circuito terminal - onde a válvula está inserida - na situação de caudal nominal. VÁLVULA DE TRÊS VIAS - V0 é aproximadamente igual à perda de carga do circuito "comandado" i.e., a parte do circuito sujeito à variação de caudal de água por influência da acção da válvula de controlo na situação de caudal nominal, somada à perda de carga na válvula de controlo quando totalmente aberta. Unidade Terminal (UTA) Unidade Terminal (UTA) F V VM i V RC V F B VM R VM i V RC V C V RC - Válvula de controlo - Válvula de regulação de caudal (equilíbrio da instalação) VM R VM i - Válvula de macho esférico F - Filtro de água B VM R V0 V100 - Perda de carga quando a válvula está totalmente fechada (caudal nulo) - Perda de carga quando a válvula está totalmente aberta (caudal nominal) - Perda de carga na serpentina da unidade terminal (UTA) ao caudal nominal (potência térmica máxima) V0 ~ B V0 ~ V100 1.8 Autoridade da válvula de controlo - é dada pela relação seguinte: 1.9 Perda de carga V0 máx. - é a perda de carga máxima contra a qual o conjunto válvula+actuador consegue fechar a válvula. A = V V100 V0 1.10 Fuga - é o caudal de água que "passa" através da válvula, caso da válvula de duas vias ou através das vias principais no caso da válvula de três vias quando o actuador força a posição de fechada. A V - Autoridade da válvula de controlo V100 - Perda de carga na válvula totalmente aberta V0 - Perda de carga na válvula totalmente fechada Habitualmente a fuga é apresentada em percentagem (%) do coeficiente de passagem K VS. Uma fuga até 0,05% do KVS é perfeitamente aceitável como correspondendo a uma válvula estanque. 4 SISTIMETRA CONTIMETRA

2. DIMENSIONAMENTO DAS VÁLVULAS DE CONTROLO (1) O dimensionamento de uma válvula de controlo em circuitos hidráulicos de sistemas AVAC consiste na determinação do coeficiente de passagem. K VS Conhecendo o V100 recorrendo à expressão: calcula-se o coeficiente de passagem O K VS autoridade ( da válvula de controlo deve ser tal que a sua A V) aproximadamente: 0,5. no circuito onde é instalada seja K = VS Q 100 V100 1Bar = 100 kpa A = V V100 V0 ~ 0,5 1 m³/h = 1 /s (1 /s =3,6 m³/h) 3,6 l l Ou seja V100 ~ V0 /2 Q 100 (m³/h) V100 (Bar) - Caudal de água à potência térmica nominal (válvula totalmente aberta) - Perda de carga na válvula totalmente aberta A V V100 V0 - Autoridade da válvula de controlo - Perda de carga na válvula totalmente aberta - Perda de carga na válvula totalmente fechada (1) Aplicável a válvulas do tipo globo de haste vertical e às válvulas do tipo macho esférico com dispositivo "caracterizador", desde que a sua característica operacional seja: igual percentagem. Valores habituais do K VS - Os valores na zona sombreada são os parâmetros mais usados. DN 15 20 25 32 40 50 65 80 100 125 150 POLEGADAS ½" ¾" 1" 1 ¼" 1 ½" 2" 2 ½" 3" 4" 5" 6" Kvs - 0,1 0,16 0,25 0,4 4 6,3 10 16 25 0,63 1,0 1,6 2,5 4 6,3 10 16 25 40 63 100 160 250 400 Habitualmente o K VS valores ditos standard - ver tabela acima. A escolha deve em princípio recair no K inferior(*). calculado estará compreendido entre dois VS standard com valor Pode-se constatar que há normalmente, para um mesmo tamanho nominal (DN), mais que uma válvula de controlo disponível - dois ou mais valores de K VS standard para cada tamanho - deve-se escolher a que tiver tamanho nominal igual ao tamanho da tubagem ou o mais próximo. IMPORTANTE: (*) È necessário verificar a perda de carga total do circuito terminal em estudo de modo a não ultrapassar a pressão diferencial máxima disponível - assegurada pelo circulador. Da tabela acima este valor de nominal da válvula de controlo. K VS permite-nos conhecer o tamanho Nota de ordem prática: Constata-se na prática que o tamanho da válvula de controlo tem um tamanho uma dimensão abaixo do tamanho da tubagem, exemplo: tubagem com tamanho DN40 (1½) a válvula de controlo teria um tamanho de DN32 (1 ¼). Há no entanto várias excepções a esta "regra do polegar" sendo aconselhável observar os passos acima descritos. SISTIMETRA CONTIMETRA 5

2.1 SITUAÇÕES MAIS FREQUENTES - EXEMPLOS Determinação da perda de carga V100 VALORES TÍPICOS Válvulas de 2 vias Válvulas de 3 vias caudal variável Válvulas de 3 vias caudal constante V100 B /2 15 kpa < < 150 kpa V100 V100 5 kpa < < 50 kpa V100 V100 > MV < 3 kpa V100 REPRESENTAÇÃO GEOGRÁFICA VR SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL V100 VR SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL V100 V100 SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL VR MV ~ 0 B B VR VR REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL ~ B MV 0 SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL SERPENTINA DE UNIDADE TERMINAL VR NOTA: Omitiram-se filtros e válvulas de macho esférico VR - Válvula de controlo - Válvula reguladora de caudal (equilíbrio hidráulico) - Ida - Retorno Depois de se conhecer a perda de carga V100 - à qual corresponde uma autoridade da válvula de controlo ( AV) igual a 0,5 - o próximo passo é calcular o KVS através de réguas, ábacos ou recorrendo à fórmula: B - Pressão diferencial através do circuito terminal - Pressão diferencial através da serpentina da unidade terminal (UTA) K = VS Q 100 V100 Q 100 (m³/h) - Caudal de água nominal V100 (Bar)- Perda de carga ao caudal nominal com a válvula totalmente aberta 6 SISTIMETRA CONTIMETRA

3. EXEMPLO DE APLICAÇÃO CÁLCULO DO TAMANHO NOMINAL DAS VÁLVULAS DE CONTROLO - UMA DE DUAS VIAS E OUTRA DE TRÊS VIAS - PARA UMA UTA CUJOS PARÂMETROS CONHECIDOS SÃO OS REPRESENTADOS NA FIGURA E TABELA ABAIXO AR DA EXAUSTÃO Vr RETORNO DO AR AMBIENTE AR NOVO INSUFLAÇÃO AR TRATADO P = 45 Kw T P = 40 Kw T Vi sf sq Q 100=7,74 m³/h f Q 100=3,4 m³/h q F V RC VRCf F V RC VRCq VM VM VM VM Bf Bq 7ºC 60ºC 12ºC Bf 50ºC Bq Tabela de características da UTA Bateria Água Fria Bateria Água Quente (1) Q 100 (m³/h) = ou P (Kw) T 1,163 x t (ºK) Potência térmica nominal P (Kw) T 45 40 P T (Kcal/h) 1 Q 100 (m³/h) = x t (ºK) 1000 Caudal de água nominal Q 100 (m³/h) Perdas de carga nas serpentinas sf e sq (kpa) (1) 7,74 15 (0,15 Bar) 3,4 10 (0,1 Bar) 1 Kw = 860 Kcal/h Perdas de carga nas válvulas de regulação VRCf e VRCq (kpa) 25 15 Tamanho da tubagem DN40 (1 ½") DN25 (1") SISTIMETRA CONTIMETRA 7

3.1 Dimensionamento das válvulas de controlo - Cálculos Válvula de três vias (circuito de água fria) Válvula de duas vias (circuito de água quente) DADOS: P = 45Kw T F t = 12ºC - 7ºC= 5ºK Q100 ~ 7,74 m³/h DADOS: P T Q= 40Kw t = 60ºC - 50ºC= 10ºK Q100 ~ 3,44 m³/h sf100 = 15 kpa sq100 = 10 kpa vrcq = 15 kpa Q (m³/h) = 100 P (Kw) T 1,163 x t(ºk) Q (m³/h) = 100 P (Kw) T 1,163 x t(ºk) Neste caso (válvula de control de três vias) a autoridade da válvula de controlo de AV=0,5, implica que a sua perda de carga, quando totalmente aberta, ao caudal nominal de Q 100 = 7,74 m³/h, seja: vf100 ~ sf100 = 15 kpa = 0,15 Bar Neste caso (válvula de duas vias) a autoridade da válvula de controlo de AV=0,5, implica que a sua perda de carga, quando totalmente aberta, ao caudal nominal de Q 100 = 3,34 m³/h, seja: vcq100 ~ sq+ vrcq= 10+15= 25kPa = 0,25Bar então K = VS Q 100 (m³/h) = Vf100 (Bar) 7,74 0,15 = 19,94 então K = VS Q 100 (m³/h) = Vcq100 (Bar) 3,44 0,25 = 6,88 De acordo com a tabela da pág. 53 o KVS standard poderá ser: K VS=16 ou K VS=25 De acordo com a tabela da pág. 53 o K VS standard poderá ser: K VS =6,3 ou K VS =10 A nossa escolha recai em: (*) K VS=16 A nossa escolha recai em: K VS=6,3 (*) O tamanho da válvula correspondente poderá ser: DN 32 (1 ¼" ) ou DN 40 (1 ½") O tamanho da válvula correspondente poderá ser: DN 20 (¾") ou DN 25 (1") (*) NOTA: é necessário analisar a perda de carga resultante no circuito terminal total ( p ) e verificar se o circulador tem Bf altura manométrica suficiente: + (1) + = 15+23+25= 63kPa Bf sf100 vcf100 vrcf (*) NOTA: é necessário analisar a perda de carga resultante no circuito terminal total ( p Bq altura manométrica suficiente: ) e verificar se o circulador tem + (1) + = 10+29+15= 54kPa Bq sq100 vcq100 vrcq ou seja: Bf 63 kpa ou seja: Bq 54 kpa (1) = f100 Q 100 K VS ( ) 2 = 0,23 Bar = 23 kpa (1) = qf100 Q 100 K VS ( ) 2 = 0,29 Bar = 29 kpa SOLUÇÃO OPTADA E PERDAS DE CARGA Válvula de FRIO V cf Válvula de QUENTE Vcq K =16 ; VS K =6,3 ; VS DN 32 (1 ¼") ou DN 40 (1 ½") DN 20 (¾") ou DN 25 (1 ") Pressões diferenciais necessárias nos circuitos terminais Pressões diferenciais máximas de fecho das válvulas de control (*) Água fria Bf 63 kpa Vcf: V0 sf100 + f100 =38 kpa Água quente Bq 54 kpa Vcq: V0 Bq = 54 kpa (*) O conjunto válvula+actuador deve poder operar contra esta perda de carga máxima, que ocorre nas válvulas de control quando estão no limiar do fecho total. 8 SISTIMETRA CONTIMETRA

Circuitos hidráulicos em sistemas AVAC distribuição da pressão Há três tipos de pressão que é necessário distinguir para uma efectiva análise de um sistema hidráulico e poder dimensionar os diversos componentes, tubagens, válvulas, circuladores, vaso de expansão, unidades de produção de água quente e/ou fria, dispositivos terminais, etc. 1 - Pressão estática (circuito aberto) 2 - Pressão de repouso (circuito fechado) 3 - Pressão de operação (circuito fechado) 1. Pressão estática No campo do aquecimento, ventilação e ar condicionado o termo pressão estática refere-se à pressão que uma coluna de água estacionária exerce nas paredes da mesma. Depende portanto da altura dessa coluna de água em relação ao ponto em análise. A uma coluna de água de, por exemplo, 10m de altura corresponde uma pressão estática de aproximadamente 1Bar. Numa instalação com um depósito de expansão aberto, localizado no ponto mais alto da mesma (fig. 1), a pressão estática corresponde à diferença em altura entre o nível de água no depósito e o ponto do circuito hidráulico em causa. Significa portanto que todos os pontos a uma mesma altura têm a mesma pressão estática. Pressão estática num circuito aberto 2 3 p1.1 Legenda: 1 - caldeira 2 - vaso de expansão aberto 1 CALDEIRA 4 p1.2 3 - radiador 4 - circulador vvv p1.1 - pressão estática ao nível do radiador p1.2 - pressão estática no ponto mais baixo da instalação Fig.1 SISTIMETRA CONTIMETRA 9

2. Pressão de repouso A pressão de repouso é a pressão que se observa em qualquer ponto arbitrário da instalação quando o circulador permanece desligado (fig. 2). No caso de instalações abertas (com vaso de expansão aberto) esta pressão corresponde à pressão estática definida atrás. Em instalações hidráulicas fechadas (com vaso de expansão fechado) a pressão de repouso corresponde à soma de pressão estática do ponto em observação - que corresponde à diferença de alturas entre esse ponto e o ponto mais alto da instalação - e a pressão do vaso de expansão. Esta ultima é a mesma em qualquer ponto da instalação. Pressão de repouso p3 p3.2 p2 p2 p3.1 p1 p3.3 CALDEIRA vvv A Legenda: A P1 P2 P3 P3.1...3 - ponto de ligação ao vaso de expansão - pressão estática - pressão do vaso de expansão - linha da pressão de repouso - pressão de repouso nos diversos pontos da instalação hidráulica Fig.2 10 SISTIMETRA CONTIMETRA

-- CADERNOS TÉCNICOS 3. Pressão de operação PB A pressão produzida pelo circulador é a necessário para vencer as diversas resistências do circuito hidráulico tais como caldeira, tubagens, válvulas, filtros, etc. provocadas pelo caudal de água ou ser forçado a atravessá-los. A amplitude desta pressão depende das perdas de carga individuais de cada componente constituinte do circuito. A fig. 3 mostra a distribuição da pressão do sistema hidráulico da fig. 2 tendo como ponto de partida o vaso de expansão - Ponto A. Constata-se desta distribuição da pressão ao longo do circuito que a pressão do circulador se sobrepõe à pressão de repouso P3. A pressão no vaso de expansão mantém-se contudo inalterada, sendo este motivo pelo qual este ponto se chama de ponto zero do sistema (pressão de referência). A pressão que prevalece em diversos pontos de sistema é superior á pressão de repouso, ou seja pontos em sobrepressão, enquanto os restantes têm uma pressão inferior á pressão de repouso, ou seja pontos em subpressão. A área em sobrepressão designa-se habitualmente por área de pressão do circulador e a área em subpressão como sendo a área de sucção do circulador. Em cada ponto do circuito a soma de pressão de repouso P3 e da pressão imposta pelo circulador dá-se o nome de pressão de operação. O resultado desta soma encontra-se na linha B da fig. 3. A distancia, na vertical, entre qualquer ponto arbitrário escolhido no circuito hidráulico e o ponto correspondente na linha de pressão de operação B corresponde à amplitude da pressão da operação nesse ponto particular ou seja a amplitude da pressão exercida nas paredes da tubagem, válvulas, etc, com o circulador em funcionamento. A pressão da operação é habitualmente expressa em Bar ou, mais recentemente em kpa. Pressão de operação PB p4 PB2 p3 0 p2 - P3.2 PB3 p2 PB1 p3.1 p1 PB4 p3.3 CALDEIRA A vv Fig.3 A Legenda: A - ponto de ligação de vaso de expansão B - linha de pressão de operação (distribuição da pressão ao longo do circuito hidráulico com o circulador em funcionamento) p1 - pressão estática máx. p2 - pressão de vaso de expansão p3 - linha de pressão de repouso (p3 = p1 + p2) p3.1...3.3 - pressão de repouso em diversos pontos do circuito p4 - pressão do circulador PB1...4 - magnitude da pressão de operação em diversos pontos do circuito 0 - ponto zero da instalação. É o ponto do circuito hidráulico em que a pressão se mantém inalterada estando o circulador em funcionamento quer esteja parado. - área de sucção do circulador - área de pressão do circulador SISTIMETRA CONTIMETRA 11

CONTIMETRA Instrumentos Industriais Lda Rua do Proletariado, 15-B - Portela de Carnaxide 2790-138 CARNAXIDE Tel. 214 203 900 Fax 214 203 902 arcondicionado@contimetra.com www.contimetra.com Norauto Amadora Jumbo C.C.Allegro IKEA Cascais A5 R. do Proletariado Mercedes C.Santos Betão Liz Peugeot Office Center Leroy Merlin Makro Cabos Ávila EN 117 CRIL CRIL Auto Estrada A5 Restelo SISTIMETRA Sistemas e Medidas Industriais Lda Rua Particular de São Gemil, 85 4425-164 ÁGUAS SANTAS MAIA Tel. 229 774 470 Fax 229 724 551 sistimetra@sistimetra.pt www.sistimetra.pt Santa Rita A4 Valongo Circunvalação Ermesinde Alto da Maia Túnel de Águas Santas ESSO Rua D. Afonso Henriques ~1,5 Km Areosa Estação CP S.Gemil Braga Auto Estrada A3 R. Particular de S.Gemil, 85 H.S.João