COEVOLUÇÃO 07/10/2010. Coevolução. Escape e Radiação Coevolutiva. Coevolução Difusa. Coevolução. Co-adaptação X coevolução. => influência recíproca

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Transcrição:

=> influência recíproca Definições:...um caso especial onde o próprio ambiente da espécie está em evolução... Evolução simultânea de adaptações ao longo de várias gerações em duas ou mais populações (ou espécies) que interagem tão intimamente que cada uma delas age como uma força seletiva sobre a outra. Futuyma 1998 Mudanças genéticas recíprocas de espécies interagentes devido a seleção natural imposta por cada uma sobre a outra. COEVOLUÇÃO Cap. 22 Mark Ridley específica: Duas ou poucas espécies interagindo e produzindo pressões seletivas recíprocas. Difusa Escape e Radiação Coevolutiva As relações coevolutivas freqüentemente são difusas Na prática, cada espécie experimenta pressões seletivas de várias outras espécies e também exerce pressões sobre várias outras espécies. A evolução de uma espécie qualquer será uma resposta agregada (ou composta) a todas as espécies interagentes (mutualistas, competidoras, predadoras, presas) e qualquer mudança evolutiva em uma linhagem pode não ser facilmente explicada em termos de apenas uma espécie interagente. Isto é coevolução difusa e é muito difícil de se estudar... Co-adaptação X coevolução Por que estudar coevolução? Controle biológico de pragas: a compreensão de como evoluem as interações entre parasitas e hospedeiros pode auxiliar na busca de mecanismos eficientes de controles das pragas agrícolas. Agricultura: formação de linhagens mais produtivas e mais resistentes. Co-adaptação pode indicar coevolução órgão de Newcomer Evolução em conjunto? Ancestrais coevoluíram? Evolução independente? Ancestrais evoluíram independentemente para, mais tarde, se encontrarem. Medicina: controle de doenças. Preservação da biodiversidade: as interações entre espécies também tornam diverso o meio biótico. Interações com uma história (co-)evolutiva são ainda mais ricas, devido às adaptações das espécies participantes. A manutenção de ecossistemas funcionais depende das interações entre as populações existentes: parasitas e predadores controlam os tamanhos populacionais de suas presas; competidores interferem mutuamente nas larguras de nicho uns dos outros; Formica fusca Borboleta licenídea (Glaucopsyche lygdamus) Vespas braconídeas Moscas taquinídeas Pierce e Mead (1981) Quando há várias espécies dentro de um grupo de espécies que apresentam características de co-adaptação similares => sugestivo de coevolução mutualistas aumentam a complexidade do sistema. 1

Daniel H. Janzen (1980) Quando há coevolução? Evolution, 34 (3): 611-612 Venenos de plantas x mecanismos de desintoxicação de insetos Grupo bioquímico (podem ser espécies filogeneticamente distantes) Duas espécies podem estar evoluindo de modo independente e em um determinado tempo pode simplesmente ocorrer que as duas formas estejam mutuamente adaptadas (pré-adaptadas). Logo, para demonstrar coevolução deve-se não só mostrar que as duas formas estejam coadaptadas hoje, mas que seus ancestrais evoluíram juntos, exercendo forças seletivas um sobre o outro. Diversificação de ambos os grupos. Insetos resistentes (que se alimentam de espécies deste grupo) Dieta e Polinização Especialização de polinizadores e diversificação de tipos de flores Dependência de insetos para a polinização Insetos e angiospermas Os 2 táxons se diversificaram na mesma época? Plantas floríferas -> Cretáceo Os insetos já estavam se diversificando: Sua diversificação se intensificou? Labandeira e Sepkoski (1993): Nº de famílias 100 no Triássico -> 300 no Cretáceo inf. 400 no Terciário inf. -> 700 no Terciário Sup. Cresce em linha (logarítmica) reta: sem aceleração Coleoptera, Lepidoptera, Hymenoptera e Diptera Grimaldi (1999): diversificação dentro das famílias Os grupos de angiosp. polinizadas por insetos são mais diversos do que os polinizados abioticamente? Dodd et al. (1999) Xanthopan morgani Angraecum sesquipedae Exemplo clássico: vespas e figos Filogenia especular se a filogenia dos dois táxons tem o mesmo padrão de ramificações (ou quase o mesmo) são co-filogenias. As co-filogenias podem surgir por, pelo menos, três razões: 1. 2. Evolução seqüencial 3. Especiação independente Mútua influência evolutiva Mútua especiação Ex.: em alopatria... 2

Filogenia especular se a filogenia dos dois táxons tem o mesmo (ou quase) padrão de ramificações são cofilogenias. Filogenia especular se a filogenia dos dois táxons tem o mesmo (ou quase) padrão de ramificações são cofilogenias. As co-filogenias podem surgir por, pelo menos, três razões: 1.... Muitos insetos só comem um tipo de planta, enquanto 2. Evolução seqüencial as plantas são comidas por muitos insetos... 3. Especiação independente...pressão seletiva apenas leve... As co-filogenias podem surgir por, pelo menos, três razões: 1.... Algum fator independente leva a especiação de ambos... 2. Evolução seqüencial 3. Especiação independente As mudanças em um táxon levam a mudanças no outro, mas o contrário não ocorre. Dois táxons não tem mútua influência evolutiva, mas algum fator independente leva à especiação de ambos (ex: especiação alopátrica). Não há filogenia especular exploração de grupos bioquímicos, não de grupos filogenéticos. Há coevolução mas não há co-filogenia. Escape e radiação coevolutiva (Ehrlich e Raven, 1964) RESUMINDO Pode haver co-filogenia sem coevolução. Pode haver coevolução sem co-filogenia. Etapa 1: Um nova mutação aparece entre os hospedeiros (planta) que confere resistência ao parasitismo (seleção positiva). Escape e radiação coevolutiva (Ehrlich e Raven, 1964) Humm! Escape e radiação coevolutiva (Ehrlich e Raven, 1964) Etapa 2: A linhagem resistente do hospedeiro diversifica rapidamente na ausência de parasitismo Etapa 3: Uma nova mutação aparece no parasita que permite-o alimentar-se nas linhagens hospedeiras previamente resistentes. Em seguida ocorre uma rápida diversificação dos parasitas 3

Escape e radiação coevolutiva (Ehrlich e Raven, 1964) parasita-hospedeiro Uma mudança no parasita que melhore sua capacidade de penetrar no hospedeiro, irá provocar reciprocamente, a seleção para uma mudança no hospedeiro. HOSPEDEIRO PARASITA antagônica X mutualista Virulência parasítica é expressa como a redução do valor adaptativo de um hospedeiro parasitado em relação a um hospedeiro não-parasitado. Como resultado ocorrem rápidos episódios de diversificação. Neste caso se observa coevolução, mas não coespeciação. Quanto maior/mais rápido o dano causado ao hospedeiro maior a virulência do parasito menor o valor adaptativo do hospedeiro. parasita-hospedeiro parasita-hospedeiro Com o passar do tempo tanto o hospedeiro aumentou sua resistência... a ação da SN Infecções únicas X infecções múltiplas Oryctolagus cuniculus (Europa Austrália) Mixomavírus (América do Sul) 1950- vírus introduzido na Austrália para acabar com a praga... quanto o vírus diminuiu sua virulência. Como??? A seleção natural pode favorecer uma virulência mais alta ou mais baixa, conforme o modo de transmissão do parasita... Parasita com menor virulência (seleção de parentesco) X parasita com maior virulência (parasita egoísta) Transmissão vertical X transmissão horizontal (para a prole) Parasita com interesse no sucesso reprodutivo do hospedeiro X Parasita independe do sucesso reprodutivo do hospedeiro Sylvilagus brasiliensis parasita-hospedeiro parasita-hospedeiro Também pode haver co-filogenia, com ou sem co-especiação. Também pode haver co-filogenia, com ou sem co-especiação. Há co-especiação e alguns eventos de troca de hospedeiro Sem co-especiação (observar escala de tempo, relógio molecular) Primatas e Lentivírus: imagens especulares Por que hospedeiro e parasita haveriam de se especiar sincronicamente? a Co-filogenia aqui não deriva de co-especiação e sim de... As mesmas circunstâncias favorecem a especiação em ambos os grupos. Ex.: Evento vicariante no roedor; Capacidade de dispersão limitada do piolho Roedores Geomyidae (geômis) Piolhos (Mallophaga)...mudança de hospedeiros filogeneticamente relacionados Influencia da fisiologia e sistema imune dos hospedeiros 4

presa-predador Uma corrida armamentista explicaria o aumento relativo do tamanho do cérebro dos vertebrados ao longo da evolução. Cérebros maiores......maior esperteza para pegar uma presa ou para escapar de um predador EVOLUÇÃO PROGRESSIVA Organismos mais bemadaptados as suas circunvizinhaças ao longo do tempo evolutivo X EVOLUÇÃO EM ESCALADA Presas e predadores coevoluindo para neutralizar as estratégias uns dos outros Cenozóico Jerison (1973) presa-predador INSTABILIDADE: espécies A e B co-evoluem e em determinado momento A pode ter adaptações superiores as adaptações de B e, nesse caso, B pode caminhar para a extinção. Ou vice-versa. EQUILÍBRIO ESTÁTICO: A e B adquirem um conjunto de adaptações ótimas e ali permanecem. EQUILÍBRIO DINÂMICO (ou equilíbrio Rainha Vermelha): a SN atua continuamente em A para que ela enfrente os melhoramentos desenvolvidos por B. E vice-versa. Lewis Caroll: Alice no pais das maravilhas aqui você precisa correr tanto quanto se consegue para ficar no mesmo lugar. Grandes questões... Interações inter e intra específicas Qual o papel da co-evolução na MACROEVOLUÇÃO? Nesse caso tanto os fatores bióticos quanto abióticos (mudanças no ambiente físico: climática, tectônica, impactos de asteróides). Se o ambiente se tornasse estático, as mudanças evolutivas cessariam ou as relações entre espécies seriam suficientes para manter a evolução em andamento? O que é mais freqüente: evolução seqüencial ou co-evolução recíproca? I. Antagonística (+ / - ou - / -) A. Hospedeiro/parasita - presa/predador B. Rainha Vermelha (equilíbrio coevolutivo) C. Competição e deslocamento de caráter II. Mutualística (+ / +) A. Trófica B. Defensiva C. Dispersiva Antagonística +/- Predação O equilíbrio entre populações de consumidores e presas depende das adaptações desenvolvidas ao longo de sua evolução: a noção de coevolução 5

A dinâmica da predação Predadores têm adaptações para explorar suas presas (forma e função relacionada com a dieta) Presa e predador sofrem pressões seletivas recíprocas. À medida que as presas aumentam de tamanho ou velozes, tornam-se mais difíceis de capturar, os predadores se tornam mais especializados: 1. Mobilidade 2. Órgãos de sentido (visão, olfato) 3. Estruturas bucais e aparelho digestivo relacionados com a dieta A percepção do risco da predação: presas desenvolvem adaptações para evitar seus predadores Adaptações estruturais de plantas (espinhos, pêlos, cascas das sementes, resinas adesivas, etc) Refúgios físicos e funcionais (tamanho) Escape (sentidos aguçados e velocidade) Coloração (críptica/coloração de advertência) Adaptações estruturais e químicas nas plantas e animais (cheiros ruins, secreções nocivas, espinhos, carapaças, etc) antagonística e camuflagem Bicadas de aves Olho falso Presa-Predador As salamandas (Taricha granulosa) apresentam defesas contra a predação. Produzem uma neurotoxina (tetrodoxina-ttx). As Thamnophis sirtalis, em contrapartida desenvolveram uma resistência a essa toxina evolução Simpátrica. Olho verdadeiro 6

Competição e deslocamento de caráter mutualística Mutualistas apresentam funções complementares Interações entre espécies que beneficiem ambos parceiros podem levar à coevolução: Cada parceiro é especializado em realizar uma função complementar à função do outro Tipos : Trófico, Defensivo, Dispersivo Mutualismo Trófico Geralmente envolve parceiros especializados na obtenção de energia e nutrientes: Tipicamente, cada parceiro supre um nutriente limitado ou fonte de energia que o outro não pode obter por si próprio. Leguminosas e bactérias nitrificantes Líquens: fungos (heterotróficos) * algas ou cianofíceas (autotróficos) Corais: com dinoflagelados fotossintetizantes Coespeciação e mutualismo trófico Evolução paralela de dois táxons associados (como hospedeiros e seus simbiontes) Mutualismo Defensivo Envolve espécies que recebem alimento ou abrigo de seus parceiros em troca de uma função defensiva: A função defensiva pode proteger um parceiro contra herbívoros, predadores ou parasitas Heremitas e anêmonas (não há evidência de coevolução) Acácias e formigas (parece que há coevolução) 7

Formigas e Acácia Formigas e Acácias Formigas Pseudomyrmex vivem em caules de Acacia na América do Sul Formigas protegem as acácias de outros herbívoros Formigas cortam fora outras plantas. Acácias alimentam formigas com corpos Beltianos e nectários Especialistas em mutualismo Corpos Beltianos nectári os Formigas e Acácia na África Na África, múltiplas espécies competem pelas acácias As espécies em desvantagem desfolham suas próprias hospedeiras para evitar competição. Isto previne a planta de reproduzir e o mutualismo se torna parasitismo. Mutualismo Dispersivo Envolve animais que: transportam pólen em troca por recompensas tais como néctar (e.x. flor e abelha) transporte e dispersão de sementes em troca do valor nutritivo das frutas ou outras estruturas associadas com as sementes e mutualismo dispersivo 8