O Menino e as Folhas de Papel Como tantas vezes acontecia, todos os nossos amigos da Quinta das Maravilhas estavam reunidos, em conversa, no celeiro, quando chegou o Tio João Nabiça. O Xoné aproximou-se dele e perguntou-lhe: - Tio João, temos estado aqui a conversar sobre algumas coisas, que vemos e ouvimos na televisão, e estamos com uma dúvida: a palavra solidariedade quer dizer que somos todos muito amigos uns dos outros, não é? O Tio João tirou o chapéu que sempre anda com ele, coçou a cabeça e disse-lhes: - Bem, lá que é bonito serem todos muito amigos uns dos outros, isso é verdade, mas solidariedade; ser-se solidário, não é bem isso. Mas vou contar uma história que vos mostra bem o que representa a palavra solidariedade. Era uma vez um menino que vivia numa aldeia, muito bonita rodeada de montes e vales muito verdes. O pai do menino era o carteiro daquela região e todos os dias, ele, via o pai carregado de cartas e postais, que distribuía pelas pessoas da aldeia e pelas outras aldeias que ficavam em redor. Desde pequenino que o pai lhe ensinara a conhecer as letras e, mal entrara para a escola, ele, aprendera a ler e a escrever, porque adorava imaginar pequenas histórias que depois escrevia De 2 a 10 de Junho, o Jornalinho do Campo e o Atelier Rural, vão estar na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém. Não faltem!!! Edições JORNALINHO DO CAMPO Ano III Número 15 Maio 2007 Assinatura anual: 10 Distribuição Gratuita (Escolas, Jardins-de- Infância e Entidades ligadas à Saúde, Protecção e Educação da Criança, carenciadas) Carlos Caseiro (Coordenador Geral e Autor dos Te x t o s ) Susana Pereira / Andreia Gil (Ilustrações) Maria José S. de Albergaria ( P s i c ó l o g a ) M. Filipe ( P r é - i m p r e s s ã o ) Impriluz Gráfica ( I m p r essão) CAP Confederação dos Agricultores de Portugal Av. do Colégio Militar, Lote 1786, 1549-012 LISBOA Tel. 217 100 000 Fax 217 166 123 e-mail: jornalinho@cap.pt ccaseiro@cap.pt
numas folhinhas de papel, muito brancas e lisinhas, que lhe davam numa grande fábrica de papel que havia ali mesmo ao pé da aldeia. Quando não estava na escola, a fazer os trabalhos de casa, ou a ajudar os pais a dar de comer aos coelhos ou às galinhas, lá estava ele a escrever, a escrever, que parecia nunca se cansar. Um dia pensou que outros meninos também gostariam de ler as histórinhas que ele escrevia e pediu ao pai que, quando distribuísse as cartas e os postais, entregasse, também, as folhas escritas, muito bem dobradinhas, nas casa onde morassem outras crianças, pois, certamente, elas iriam gostar do que ele lhes enviava. Os dias foram passando e, cada vez, seguiam mais folhas com as histórias do menino. Iam chegando sempre a mais lugares, já iam além das aldeias que ficavam em redor, e até já chegavam à cidade que ficava tão longe que nem se via no horizonte. Eram tantas, as folhinhas, que o pai do menino arranjou um saco, grande, verde da cor dos campos, onde, finalmente, cabiam todas. Os meninos que recebiam as histórias, ficavam muito contentes e também escreviam ao menino mostrando-lhe que gostavam muito do que ele lhes contava naquelas folhinhas e, havia, até, alguns, que lhe mandavam desenhos muito bonitos que também eles sabiam fazer. Mas iria acontecer uma coisa que deixaria o menino muito triste: a fábrica, grande, de papel que ficava junto da aldeia, ia mudarse para um lugar distante. Ainda lhe deixaram muitas folhas, mas com o correr dos dias, com tantos meninos a pedirem que ele lhes enviasse mais histórias, as folhas de papel foramse acabando e chegou o dia que menino já só tinha folhas para uma última história. Escreveu-a. No final dizia que aquela seria a última vez que recebiam histórias dele, pois as folhinhas, infelizmente, tinham-se acabado.
O menino com o desgosto ficou doente, tão doente que os pais tiveram que o levar ao doutor que ia lá à aldeia e às aldeias que ficavam em redor. O doutor abanou a cabeça, não podia fazer muito. O menino adoecera com o desgosto de já não poder enviar as histórias que imaginava e escrevia, e a cura não era fácil. As meninas e os meninos que recebiam as histórias, bem perguntavam ao pai do menino, quando ele aparecia a distribuir o correio. Mas ele só levava as cartas e os postais, do costume, mais nada. Mas um dia aconteceu um milagre. O pai do menino chegou a casa com algumas folhas de papel. E no dia seguinte trouxe mais. E, todos os dias, trazia mais e mais. Chegavam de todos os lados, milhares, branquinhas, às cores, lisas ou com riscas. Todos mandavam folhas para que o menino pudesse continuar a escrever as histórias que imaginava. E o menino pôs-se outra vez bom de saúde, tornou a rir e, cheio de alegria, começou novamente a enviar as folhinhas, que voltaram a ser tantas, que já quase não cabiam no saco, grande, verde da cor dos campos, que o pai arranjara. E o menino nunca mais deixou de escrever e enviar as suas histórinhas, porque as crianças da aldeia, das aldeias em redor e, até, da cidade que ficava tão longe, que nem se via no horizonte, nunca mais deixariam acabar as folhas. Isto, meus amiguinhos disse o Tio João ao acabar a história é o que se chama um acto de solidariedade. E fiquem sabendo que o menino, cresceu, fez- -se adulto e ainda hoje continua a escrever histórias para crianças. O Jornalinho do Campo precisa das vossas assinaturas para continuar a ser editado.
provérbios, adivinhas, curiosidades da Pimpim Olá minhas meninas e meus meninos. Estão todos bem e de saúde. Espero que estejam todos de boa saúde. Mas, como sei que alguns estão doentinhos, desejo, para eles, rápidas melhoras. Cá estou novamente com as coisinhas que eu gosto tanto de escrever para vocês se divertirem. BEIJINHOS PARA TODOS! Hoje trago-vos Provérbios. São frases populares cheias de sabedoria. Vamos lá ver se vocês sabem o que eles nos dizem I II A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha! A cavalo dado não se olha o dente! III Longe da vista, longe do coração! IV V VI Homem prevenido vale por dois! É cão que não conhece o dono! Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo! VII As conversas são como as cerejas! VIII Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és! IX Quem corre por gosto, não se cansa! Charada 1) C R LI A (nome) 2) A DA (passarinho) 3) P L (para escrever) 4) L CO O I A ( do comboio) 5) E (dá luz) 6) C C (animal engraçado) 7) A E A (para sentar) 8) AN I A (música) 9) P A A (dá flor) 10) A R (no Verão) A) Redondinha e encerada Deslizo como uma roda Se me acendem o fiozinho Ilumino a casa toda. As Adivinhas B) No campo sou semeado Sou alto e vou rodando Conforme o Sol vai girando Lá estou eu, para ele virado. C) Tenho pé mas sem sapatos E não é que eu não mereça Mas também tenho chapéu E nunca tive cabeça! Soluções
As férias das aves Sabias que as aves também vão de férias? Chama-se migração aos movimentos regulares que as aves (e outros animais) realizam entre diversas partes do mundo onde vivem em diferentes alturas do ano. Isto porque, nesses locais, o clima varia de tal maneira entre estações, que se torna impossível para as aves aí permanecerem durante todo o ano. De uma maneira geral, as aves abandonam os locais de nidificação (a norte) no fim do Verão e durante o Outono, deslocando-se para as zonas mais a sul, onde encontrarão alimento para todo o Inverno. Por exemplo, muitas aves que nidificam no norte da Europa durante a Primavera e o Verão, deslocam-se para o sul da Europa e para África para passarem o Inverno, regressando ao norte da Europa no início da Primavera, para construírem os ninhos e se reproduzirem. Para realizarem estas deslocações, as aves utilizam rotas migratórias, que são percursos estabelecidos que lhes permitem ultrapassar algumas das dificuldades da migração, por exemplo, a travessia entre continentes. As aves migradoras orientam-se sobretudo pelo sol, pelas estrelas e pelo campo magnético terrestre. Algumas recorrem também a referências na paisagem. Dependendo da altura do ano em que as várias espécies ocorrem num local, é lhes atribuída uma categoria. Assim, temos as residentes, que são aquelas que ocorrem durante todo o ano, as invernantes, que só aparecem durante o Inverno, as nidificantes, que apenas se reproduzem e as migradoras, que ocorrem durante os períodos de migração. Passatempo: lê as pistas e tenta adivinhar as palavras que faltam completar (como na pista 3) 1- Ave, muito comum nos nossos jardins, que tem o bico amarelo e é toda preta. 2- Estação do ano em que estás agora. 3- Método utilizado para estudar os movimentos migratórios das aves. 4- Nome que se dá a uma espécie que ocorre apenas durante o Inverno numa determinada área. 5- Aquilo que reveste o corpo das aves. 6- Nome do continente para onde se deslocam as aves para passarem o Inverno. 7- Ave aquática com pernas e pescoço muito compridos, que tem um bico diferente das outras aves e é toda cor-derosa. 8- Ave que se reproduz no nosso país e que anuncia a chegada da Primavera. Esta página tem a colaboração especial de Joana Andrade da SPEA-Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
José Eduardo - Rio Maior Ruben (11 anos) - Bugalhos Andreia (10 anos) - Entradas Ana (4 anos) - Ourondo Telmo (9 anos) - Castelo Andreia (10 anos) Entradas Carlos (10 anos) - Urgeiriça Joana (6 anos) - Lisboa Vanessa (6 anos) - Caxinas José (10 anos) Alvações do Corvo Miguel (10 anos) - Vilares André (11 anos) - Entradas Ema (3 anos) - Ourondo Alexandre (8 anos) - Vilares Gonçalo (7 anos) - Lisboa Mariana (9 anos) - Vilares PARABÉNS!!! A Soraia de 8 anos vai receber uma t-shirt com o seu desenho e nome, e para a Escola do 1º Ciclo de Casos Novos Alcaravela - Sardoal, vai um puzzle com o desenho da capa do Jornalinho do Campo de Abril. Com o patrocínio da empresa de material desportivo BulSport, amiguinha do Jornalinho, todos os meses tiramos à sorte porque todos os desenhos são bonitos um dos desenhos publicados nessa edição. O autor do desenho premiado recebe, como oferta, uma T-shirt com o seu desenho e nome impressos. A escola, jardim-de-infância, ou outra entidade a que pertença para que todos se possam divertir receberá um pequeno puzzle com a imagem da capa do Jornalinho. Na edição seguinte é sempre publicado quem teve a sorte pelo seu lado. Não esqueçam de enviar sempre o vosso nome e a idade.
Aqui está mais um desenho que já conhecem das páginas do Jornalinho. Para ficar muito bonito, podem colori-lo com as cores que desejarem. Cupão de Assinatura Anual do Jornalinho do Campo (10 ) Nome Morada Cód. Postal - Localidade Concelho Tel. NIF Nome e morada do destinatário da assinatura Os pagamentos devem ser endereçados à CAP Jornalinho do Campo Av. do Colégio Militar, Lote 1786 1549-012 Lisboa (NIF-501155350) Vale Postal Cheque Dinheiro NIB 003 300 000 148 014 198 007 (obrigatório o talão de dep. ou transf. junto do cupão) Data / / Assinatura Obrigado, em nome de todos os nossos amiguinhos espalhados pelo País!