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Transcrição:

Prevalência de Transtorno de Humor na População Universitária de uma Universidade Privada do Município de Porto Alegre ÂNGELA LEGGERINI DE FIGUEIREDO ORIENTADORA: Professora Doutora Irani Iracema Argimon Mestrado em Psicologia Clínica, Faculdade de Psicologia. PUCRS. Resumo O presente estudo teve o objetivo de avaliar a prevalência do transtorno de humor numa população universitária de Porto Alegre. A partir de um estudo transversal com o uso de duas escalas específica para transtorno de humor e uma ficha sócio-demográfica. Introdução O transtorno bipolar é um transtorno psiquiátrico grave, recorrente e crônico. Ele se caracteriza por desregulação do humor com impulsividade associada, comportamentos de risco (i.e., abuso de álcool, indiscrições sexuais, gastos excessivos) e problemas interpessoais. Por causa destes problemas, os indivíduos com transtorno bipolar experimentam mortalidade elevada por suicídio, causas naturais (p.ex., doenças cardiovasculares), homicídio e acidentes (Hirschfeld et al., 2000). O transtorno bipolar tipo I tem sido foco da maioria das pesquisas sobre o transtorno bipolar. O diagnóstico de transtorno bipolar tipo I requer, no mínimo, um episódio de mania definido como uma semana ou mais de humor anormalmente elevado ou irritável associado a outros sintomas, como diminuição da necessidade de sono, estar mais falante que o habitual, aumento na velocidade dos pensamentos e excessivo envolvimento em atividades de alto risco. Um episódio maníaco causa um prejuízo marcado no funcionamento social ou ocupacional do indivíduo e costuma requerer hospitalização.

O transtorno bipolar, contudo, compreende uma esfera muito maior de doença que somente o tipo I. Esta esfera compreende o tipo I, o tipo II e outras formas de transtorno bipolar, atualmente referida como transtorno do espectro bipolar. Muitos autores (Angst et al., 2003; Akiskal et al., 2000; Dunner, 2003; Ghaemi, Ko & Goodwin, 2002; Hirschfeld et al., 2000) têm sugerido que estas formas leves de transtorno bipolar são muito mais freqüentes que o tipo I. A prevalência ao longo da vida para o espectro bipolar tem sido relatada entre 3,0 e 6,5%. Contudo, a maioria destes estudos usou definições variáveis do transtorno do espectro bipolar. A despeito de sua severidade e cronicidade, o TB é freqüentemente tanto não detectado e não diagnosticado, quanto não tratado adequadamente. O transtorno está associado com um alto grau de sofrimento humano. Na década passada, o TB esteve nivelado como a 6 a causa de incapacidade para indivíduos entre 15 e 44 anos (Woods, 2000). Foi estimado que o custo anual para a sociedade produzido pelo TB totalizou U$45 bilhões, com aproximadamente U$8 bilhões sendo direcionados para suicídio (Wyatt, Henter, Leary & Taylor, 1995). O risco de suicídio para a vida para pacientes com TB - de aproximadamente 19% - é mais alto que qualquer outro transtorno mental (Goodwin & Jamison, 1990). Dado o significativo grau de morbidade e mortalidade associado com esta doença, atividades clínicas e de pesquisa têm se focado na identificação de intervenções farmacológicas e psicossociais que trariam um maior grau de eficácia terapêutica. Na esfera psicossocial, uma associação entre estressores e aparecimento de episódios bipolares tem sido claramente documentada (Johnson & Roberts, 1995; Malkoff-Schwartz e cols., 1998); conseqüentemente, intervenções psicológicas estão, de forma crescente, sendo reconhecidas como um componente integral do tratamento compreensivo. Os transtornos afetivos, principalmente os relacionados com a depressão, são uns dos mais comuns transtornos mentais com prevalência para a vida, em muitos estudos, entre 17 e 24% (Bijl, Ravelli & van Zerssen, 1998; Jacobi et al., 2004; Kessler et al., 2003; Szadoczky, Papp, Vitrai, Rihmer, & Furedi, 1998). Por exemplo, em uma reavaliação dos dados, Kessler et al. (2003) acharam uma taxa de 24,2% de Transtorno Depressivo Maior (TDM), similar ao estudo de Zurique com 24,2% para todos os

transtornos de humor (Angst, Gamma et al., 2005). A depressão é altamente recorrente; mais que 75% dos pacientes experimentam mais de um episódio (Keller & Bolland, 1998), mas a questão é se isto é verdadeiramente unipolar (UP) ou se sinais de bipolaridade são subestimados. Nos últimos anos tem-se visto um interesse aumentado no estudo da prevalência e identificação do espectro bipolar, o qual inclui formas clássicas do transtorno do humor bipolar e formas mais leves, inclusive temperamentais, e que não preenchem os atuais critérios diagnósticos da Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição (CID 10, OMS, 1993) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico, nas edições 3ª (DSM-III, APA, 1980), 3ª revisada (DSM-III- R, APA, 1987) e 4ª (DSM-IV-R, APA, 1994). As manifestações mais suaves dos sintomas maníacos são difíceis de determinar, porque os pacientes tendem a se queixar apenas dos sintomas depressivos, muito mais freqüentes ao longo da vida, dando-se conta dos sintomas maníacos como momentos ou períodos de bem-estar ou remissão (Ghaemi, Ko & Goodwin, 2002). Por outro lado, os psiquiatras tendem a não pesquisar ativamente os sintomas do espectro maníaco, detendo a noção de que o TB é raro (Bowden, 2001). De fato, grandes levantamentos biológicos apontaram para uma prevalência do TB ao longo da vida em torno de 1% (Bebbington, 1995), mas estudos clínicos e populacionais mais recentes evidenciaram taxas entre 3,0 e 8,8% (Angst, 1998). A identificação de pacientes pertencentes ao espectro bipolar possui grande importância clínica, social e econômica (Hirschfeld et al., 2003a; Simon, 2003). Apesar da terapêutica disponível, o TB continua sendo pouco diagnosticado e inadequadamente tratado (Akiskal et al., 2000; Ghaemi et al., 2000). Entre as conseqüências da falta de diagnóstico estão o agravamento do curso pelo tratamento iatrogênico com antidepressivos, maior risco de suicídio, alcoolismo, drogadição, risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, principalmente AIDS, e problemas legais (Calabrese et al., 2003; Dunner, 2003). Os transtornos bipolares são doenças psiquiátricas crônicas que demoram, em média, 10 anos, desde o início dos sintomas, para serem corretamente diagnosticados e tratados (Suppes et al., 2001; Hirschfeld et al., 2003) e mesmo suas formas subsindrômicas carregam elevado potencial de desfechos negativos sociais e funcionais em adolescentes (Lewinsohn et al., 1995) e

adultos (Angst et al., 2003). Provavelmente as taxas elevadas de comorbidades com alcoolismo e abuso/dependência de substâncias e com transtornos ansiosos potencializam as conseqüências negativas do TB (Goodwin & Jamison, 1990). Este trabalho tem como objetivos verificar a prevalência de transtorno de humor na população universitária de uma universidade privada do Município de Porto Alegre e participar da validação de um instrumento para verificar os sintomas depressivos (BDI-II). Metodologia O delineamento será quantitativo e transversal com a população de discentes dos cursos de graduação de uma universidade privada do município de Porto Alegre. A amostra probabilística será estratificada de acordo com as faculdades, sendo os participantes sorteados por turmas de cada faculdade, de acordo com o cálculo amostral. Aos participantes será solicitado um consentimento informado, preenchido e assinado. Serão coletados dados sócio-demográficos, assim como status marital e educacional. Resultados (ou Resultados e Discussão) O estudo está em andamento, portanto não há resultados. Conclusão Estudo em andamento. Referências Akiskal, H. S., Bourgeois, M. L., Angst, J., Post, R., Moller, H. & Hirschfeld, R. (2000). Re-evaluating the prevalence of and diagnostic composition within the

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