A Primeira Interpretação Marxista sobre o Brasil

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Transcrição:

RESENHA A Primeira Interpretação Marxista sobre o Brasil Felipe Castilho de Lacerda Estudante de História da USP Na madrugada de 5 de julho de 1924, militares de média e baixa patentes iniciam uma sublevação que tomaria a cidade de São Paulo até o dia 28 do mesmo mês. O movimento fora tramado, entre outros, pelos mesmos militares que participaram da sublevação de Copacabana dois anos antes. Lideranças do movimento operário se ofereceram para pegar em armas, mas os revoltosos pequenoburgueses recusaram. Astrojildo Pereira e outros emissários do PCB chegaram a parlamentar em 1923 com o General Isidoro Dias Lopes (um dos comandantes do levantamento de São Paulo), oferecendose para tomar parte na sublevação que estava então sendo planejada. Mas, segundo Brandão, os revoltosos não confiaram nas promessas reais do PCB (1978, p. 280). No mesmo dia em que os revoltosos evacuaram a cidade, Octávio Brandão iniciou a redação de seu livro Agrarismo e industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brasil. Toda a escrita deste livro foi feita em condições precárias: desde o dia 5 de julho, com o início da quarta perseguição ao PCB pela polícia de Artur Bernardes, Brandão vivia na clandestinidade (1978, p. 282). De acordo com o próprio autor,

ele terminou a parte fundamental menos de um mês depois, a 22 de agosto de 1924 (1978, p. 285). Brandão tirou cópias deste texto e espalhou-as entre amigos e ainda mandou um exemplar à Internacional Comunista, em Moscou. No entanto, a publicação do livro sofreu com as condições nas quais se encontrava seu autor. Na primeira tentativa de publicação, após estarem já compostas cerca de 200 páginas em uma tipografia no Rio de Janeiro, em janeiro de 1926 a polícia política de Bernardes invadiu o estabelecimento provavelmente por denúncia de algum informante. Os policiais revistaram todo o local, mas os operários conseguiram descartar a composição na caldeira das linotipos, protegendo-se de consequências piores. Assim, salvaram-se apenas os originais. Mais tarde, recomeçaram os trabalhos na mesma tipografia, saindo o livro em abril de 1926. A obra apareceu tendo como autor o pseudônimo de Brandão, Fritz Mayer e Buenos Aires como local de publicação para despistar a polícia política (BRANDÃO, 1978, pp. 285-286). A obra é constituída por três partes e um apêndice. As duas primeiras conformam a parte fundamental do texto que foi finalizada em 22 de agosto de 1924. A terceira parte foi finalizada em 13 de março de 1925 e o apêndice, intitulado Em Marcha para o Futuro é de 9 de março de 1926. A primeira destas partes, que é o grosso do livro, é dividida em dezessete breves capítulos. Esta obra que J. Q. de Moraes chamou de um livro fundador - é considerada a primeira tentativa de uso do arcabouço teórico marxista para a interpretação da realidade brasileira (BIANCHI, 2012, p. 141; BRANDÃO, 1978, p. 287). Brandão busca construir suas teses por meio da enumeração de um número admirável de dados sobre a realidade nacional e internacional. O livro é uma mistura de ensaio de interpretação e panfleto de agitação política (BIANCHI, 2012, p. 139), variando entre a apresentação de dados sobre a economia, política, sociologia etc. tanto do Brasil quanto do exterior e exercícios de interpretação da teoria de Marx, Engels e Lênin (exatamente na ordem que Brandão gostava de citá-los). Constrói sua explicação sobre o imperialismo baseando-se nos textos de Lênin que havia conhecido havia poucos anos, especialmente O Imperialismo, estágio superior do capitalismo que leu em tradução francesa (BRANDÃO, 1978, p. 285). Dessa forma, o imperialismo aparece como o momento preciso da história do capitalismo em que a livre concorrência é substituída pelo monopólio, com a formação

de grandes trustes industriais, comerciais e financeiros. A luta pelos monopólios seria a causa de o capitalismo se encontrar em constante estado de guerra. Em relação à situação nacional, Brandão demonstra que tanto econômica quanto politicamente (já que a primeira determinaria a segunda) o Brasil era um país agrário, feudal, medieval... A falta de precisão conceitual quanto a esta questão é algo que já foi lembrado pela maioria de seus comentadores. Contraposta aos interesses dos agrários estaria a grande burguesia industrialista e daí advém a tese central que dá nome ao livro. Os interesses imperialistas seriam fator importante para esse embate de classes. A oligarquia agrária (e seu apêndice que era o setor financeiro) estava ligada aos interesses do imperialismo inglês enquanto a burguesia industrialista (e também a pequena burguesia) estaria ligada aos interesses estadunidenses. Portanto a contradição de interesses dessas classes em disputa está também condicionada ao movimento mais global do imperialismo. A primeira e a segunda revoltas da pequena burguesia, isto é, as sublevações de 1922 e 1924 seriam, para o autor, somente dois episódios ligados ao movimento mais geral da contradição entre o agrarismo e o industrialismo, especialmente nos países periféricos. Quanto aos revoltosos pequeno-burgueses, aliás, Brandão é duro e taxativo: (...) o erro fundamental (...) foi a inexperiência política, o desconhecimento dos segredos da arte séria que é a insurreição armada (2006, p. 55). Brandão apregoa leis da insurreição armada revolucionária e insiste que, apesar de conhecerem a técnica, os pequeno-burgueses foram maus políticos, sendo derrotados por isso. Por fim, apesar das críticas aos revoltosos, Brandão proclama a necessidade de a classe operária, por meio do PCB, fazer a aliança com a pequena (e grande) burguesia na terceira revolta, que estaria por vir. Essa análise da realidade nacional e internacional pautaria a política do PCB até o fim da década de 1920, tendo servido de base para as resoluções do II Congresso do Partido, redigidas por Astrogildo Pereira (ver PEREIRA, 1976, pp.87-93). Dessa forma, é preciso notar que, se por um lado em suas digressões teóricas Brandão demonstra (ele mesmo o admitiu) uma compreensão mecânica da dialética materialista, por outro, a riqueza que o comunista demonstra na apresentação da realidade brasileira e sua relação com o imperialismo é suficiente para tornar esta obra um documento de inestimável valor tanto para

o pesquisador quanto para o militante interessado na gênese do movimento comunista brasileiro. Por isso é de extrema importância que essa obra tenha sido recolocada em circulação. Da primeira edição, são raros os exemplares que restaram disponíveis. Até então, da obra só restavam as suas ideias mais gerais expostas em Combates e Batalhas (BRANDÃO, 1978, pp. 288-301) e de seus comentadores, como Edgard Carone em sua República Velha (CARONE, 1970, pp. 336-338). A segunda edição sai em 2006, 80 anos após a primeira. A nova edição tornou-se realidade graças, primeiramente, aos esforços de alguns intelectuais ligados ao PC do B, como José Carlos Ruy, Augusto Buonicore e João Quartim de Moraes, que propôs a publicação do livro à Editora Anita Garibaldi (RUY, 2006, orelha). A iniciativa foi apoiada por outras instituições. O Arquivo Edgard Leuenroth ligado à UNICAMP e atual maior arquivo possuindo documentos sobre a esquerda e os movimentos populares no Brasil (RIDENTI, 2006, p. 9) cedeu o exemplar de cópia do original revisada pelo próprio Brandão e que se encontra em seu acervo. A publicação foi também apoiada pela Secretaria da Cultura do Estado de Alagoas, em nome do então Secretário Eduardo Bonfim. Esta excelente segunda edição de Agrarismo e industrialismo conta, além do texto completo contendo anotações baseadas nas revisões do próprio autor, com textos de apresentação de Marcelo Ridenti, João Quartim de Moraes, Marisa Brandão (neta de Octávio) e Eduardo Bonfim, além de um anexo: o artigo Uma etapa da história de lutas, publicado no jornal Imprensa Popular em 20 de janeiro de 1957, em que Brandão comenta aquilo que ele encarava então como erros do seu texto publicado em 1926. É um convite ao estudo da gênese histórica do movimento comunista brasileiro. Referências BIANCHI, Alvaro. Octavio Brandão e o confisco da memória: nota à margem da história do comunismo brasileiro. Crítica Marxista, São Paulo, Editora UNESP, n. 34, 2012. BRANDÃO, Octávio. Agrarismo e industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brasil 1924. São Paulo: Anita Garibaldi, 2ª ed., 2006.. Combates e Batalhas (Memórias) vol. I. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1978.

CARONE, Edgard. A República Velha v. 1 (instituições e classes sociais). Rio de Janeiro: Difel, 4ª ed., 1978. PEREIRA, Astrojildo. Formação do PCB (1922-1928). Lisboa: Prelo, 1976. RIDENTI, Marcelo. Nota introdutória. in: BRANDÃO, Octávio. Agrarismo e industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brasil 1924. São Paulo: Anita Garibaldi, 2ª ed., 2006. RUY, José Carlos. Documento histórico indispensável. in: BRANDÃO, Octávio. Agrarismo e industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brasil 1924. São Paulo: Anita Garibaldi, 2ª ed., 2006, orelha do livro.