DIRPF Regras Gerais para Preenchimento e Apresentação

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Transcrição:

DIRPF 2016 - Regras Gerais para Preenchimento e Apresentação Thiago de Oliveira Santos

Curso: DIRPF 2016 - Regras para Apresentação Palestrante: Thiago de Oliveira Santos

Sumário 1 - INTRODUÇÃO... 8 2 - INFORMAÇÕES GERAIS... 8 2.1 - Obrigatoriedade de Apresentação da Declaração... 8 2.1.1- Definição de Residente no País... 9 2.2 - Modelos de Declaração... 10 2.2.1 - Declaração Completa... 10 2.2.2 - Declaração Simplificada... 10 2.3 - Tipos de declaração... 11 2.3.1 - Declaração em Separado... 11 2.3.2 - Declaração em Conjunto... 11 2.4 - Formas de Apresentação... 12 2.4.1 - Vedações à Utilização dos Serviços Declaração IRPF 2016 On-line e Fazer Declaração... 12 2.4.2 Da Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida... 14 2.4.3 - Utilização do Certificado Digital... 14 2.5 - Prazo de Apresentação... 15 2.5.1 - Apresentação Depois do Prazo... 15 2.6 - Multa por Atraso na Entrega da Declaração ou Não Apresentação... 16 2.7 - Retificação... 16 2.8 - Pagamento e Restituição do Imposto... 17 2.8.1 - Pagamento do Imposto... 17 2.8.1.1 - Formas de Pagamento... 19 2.8.1.2 - Débito Automático... 19 2.8.1.3 - Cancelamento Automático do Débito em Conta... 21 2.8.2 - Restituição... 21 2.8.3 - Retificação com Mudança no Valor do Imposto... 22 3 - RENDIMENTOS... 22 3.1 - Rendimentos Tributáveis... 22 3.1.1 - Rendimentos do Trabalho... 22 3.1.1.1 - Rendimentos de Férias... 23 3.1.1.2 - Recebimento de Prêmios... 24 3.1.1.3 - Pessoa Física, Ausente no Exterior, a Serviço de Autarquias e Repartições do Governo Brasileiro... 25 3.1.2 - Rendimentos Tributáveis - Alugueis... 25 3

3.1.2.1 - Fato Gerador... 25 3.1.2.2 - Rendimentos oriundos de contrato de arrendamento de imóvel rural... 26 3.1.2.3 - Imóvel Pertencente a Mais de Uma Pessoa Física... 26 3.1.2.4 - Imóvel com Clausula de Usufruto... 27 3.1.2.5 - Alíquota e Base de Cálculo IRRF... 27 3.1.2.6 - Deduções Específicas na Locação de Bens Imóveis... 28 3.1.3 - Rendimentos Tributáveis - Pensão... 28 3.1.4 - Rendimentos Tributáveis - Outros... 28 3.1.4.1 - PGBL e VGBL... 29 3.1.4.2 - Demais Rendimentos Tributáveis... 30 3.1.5 - Rendimentos Recebidos Acumuladamente... 30 3.1.5.1 RRA Submetidos à Incidência do Imposto sobre a Renda com Base na Tabela Progressiva Correspondentes a Anos-calendário Anteriores ao do Recebimento... 30 3.1.5.1.1 Obrigação pelo Recolhimento do Imposto Retido sobre o RRA... 31 3.1.5.1.2 Cálculo do Valor do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o RRA... 31 3.1.5.1.3 Opção de Tributação na Declaração de Ajuste Anual... 32 3.1.5.2 Demais Rendimentos Recebidos Acumuladamente... 33 3.1.5.2.1 RRA pagos em cumprimento de decisão da Justiça Federal, mediante precatório ou requisição de pequeno valor... 33 3.1.5.2.2 RRA pagos em cumprimento de decisão da Justiça do Trabalho... 33 3.1.5.2.3 RRA Relativo a demais hipóteses... 34 3.1.5.2.4 - Rendimentos Recebidos Acumuladamente Isentos do Imposto de Renda... 34 3.1.5.2.5 - Da Sucessão Causa Mortis... 34 3.1.5.3 RRA Relativos ao Ano Calendário do Recebimento... 34 3.1.5.4 - Rendimentos Recebidos Acumuladamente por Portador de Doença Grave... 35 3.1.6 - Carnê-Leão... 35 3.1.6.1 - Base de Cálculo do Recolhimento Mensal... 36 3.1.6.2 - Identificação da Fonte Pagadora... 37 3.1.6.3 - Rendimentos e Despesas Recebidos por Dois ou Mais Profissionais que não constituem sociedade... 37 3.2 - Rendimentos Isentos... 38 3.2.1 - Rendimentos Originários do Trabalho e Assemelhados... 38 3.2.2 - Rendimentos Pagos por Previdências... 40 3.2.2.1 - Pessoa Física com 65 anos ou Mais que Recebe Proventos de Aposentadoria ou Pensão de mais de um Órgão... 42 4

3.2.3 - Rendimentos Decorrentes de Indenizações e Assemelhados... 42 3.2.4 - Rendimentos de Participações Societárias... 43 3.2.5 - Rendimentos Obtidos no Mercado Financeiro e Assemelhados... 44 3.2.6 - Rendimentos Obtidos na Alienação de Bens e Direitos... 45 3.2.7 - Demais Rendimentos... 47 3.3 - Rendimentos com Tributação Exclusiva na Fonte/Definitiva... 49 3.3.1 - Gratificação Natalina (13º Salário)... 49 3.3.2 - Participação nos Lucros ou Resultados das Empresas... 50 3.3.3 - Demais Rendimentos... 50 3.3.4 - Rendimentos Sujeitos à Tributação Definitiva... 52 4 - DEDUÇÕES LEGAIS CABÍVEIS... 53 4.1 - Contribuição Previdenciária... 53 4.2 - Dependentes... 54 4.3 - Despesas com Instrução... 56 4.3.1 - Despesas Não Dedutíveis... 57 4.4 - Despesas Médicas... 57 4.4.1 - Aparelhos e Próteses... 59 4.4.2 - Despesas Não Dedutíveis... 60 4.5 - Pensão Alimentícia... 60 4.6 - Despesas Escrituradas no Livro Caixa... 61 4.7 - Deduções do Imposto Apurado... 62 4.7.1 - Doações efetuadas a candidatos a cargos eletivos, a comitês financeiros de partidos políticos e a partidos políticos... 64 4.7.2 - Doação ao Estatuto da Criança... 64 4.7.3 - Doação ao Fundo do Idoso... 66 4.7.4 - Incentivo à Cultura... 66 4.7.5 - Incentivo à Atividade Audiovisual... 67 4.7.6 - Incentivo ao Desporto... 67 4.7.7 - Contribuição Patronal Paga pelo Empregador Doméstico... 68 4.7.8 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS-PCD)... 68 4.7.9 - Incentivo ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON)... 69 4.8 - Despesas Pagas em Moeda Estrangeira... 69 5 - CASOS ESPECIFÍCOS... 69 5.1 Declaração de Bens e Direitos... 69 5

5.1.1 - Dispensa de Informações... 71 5.1.2 - Contribuinte Equiparado a Pessoa Jurídica... 71 5.1.3 - Bens Comuns ao Casal... 71 5.1.4 - Bens e Direitos de Dependentes... 72 5.1.5 - Imóvel Rural... 72 5.1.6 - Consórcio... 72 5.1.7 - Bens Recebidos em Doação com Clausula de Usufruto... 73 5.1.8 - Leasing... 73 5.1.9 - Atualização no Valor de Bens... 74 5.1.10 - Pessoa Física que Passou a Condição de Residente no Brasil... 75 5.2 - Ganho de Capital... 76 5.2.1 - Bens Vendidos em Partes... 77 5.2.2 - Alienação Recebida Parceladamente... 77 5.2.3 - Transferência de Bens e Direitos para Integralização de Capital... 77 5.2.4 - Transferência de bens e Direitos Dissolução de Sociedade Conjugal... 77 5.2.5 - Transferência de Bens ou Direitos por Herança ou Legado... 78 5.2.6 - Venda de Bens Comuns ao Casal... 78 5.2.7 - Permuta... 79 5.2.8 - Permuta entre Pessoas Ligadas... 79 5.2.9 - Ganho de Capital Imóvel Rural... 80 5.3 Atividade Rural... 81 5.3.1 Atividade Rural Exercida no Brasil por não Residente... 85 5.3.2 - Valores Recebidos Adiantadamente na Atividade Rural... 85 5.3.3 - Despesa de Bens Adquiridos por Intermédio de Consórcio... 86 5.3.4 - Despesas Com Financiamento ou Empréstimo... 86 5.4 - Renda Fixa e Renda Variável... 87 5.4.1 - Tributação de IR nas Operações do Mercado de Renda Variável Realizadas em Bolsa... 87 5.4.2 - Demonstrativo de Apuração de Ganhos Renda Variável... 88 5.5 - Espólio - Contribuinte Falecido... 89 5.5.1 - Declaração Inicial, Intermediária e Final de Espólio... 90 5.5.2 - Bens Comuns ao Casal... 91 5.5.3 - Declaração de Bens e Direitos da Declaração Final de Espólio... 91 5.6 - Exterior... 92 5.6.1 - Obrigações... 92 6

5.6.2 - Rendimentos Recebidos no Brasil por não Residente... 93 5.6.2.1 - Alienação de Bens e Direitos... 93 5.6.2.2 - Operações Financeiras... 93 5.6.2.3 - Remuneração do Trabalho e de Serviços... 94 5.6.2.4 - Royalties e Serviços Técnicos e de Assistência Técnica e Administrativa... 94 5.6.2.5 - Instalação e Manutenção de Escritórios Comerciais e de Representação, de Armazéns, Depósitos ou Entrepostos... 95 5.6.2.6 - Juros, Comissões, Despesas e Descontos Decorrentes de Colocações no Exterior de Títulos de Créditos Internacionais... 95 5.6.2.7 - Comissões Pagas por Exportadores, Fretes, Afretamentos, Aluguéis ou Arrendamento de Embarcações ou Aeronaves, Aluguel de Containers, Sobrestadia e Demais Serviços de Instalações Portuárias... 95 5.6.2.8 - Despesas com Promoção, Propaganda e Pesquisas de Mercado, Aluguéis e Arrendamentos... 95 5.6.2.9 - Demais Rendimentos... 95 5.6.2.10 - Pensão Alimentícia... 96 6 - PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA DIRPF 2016 EM RELAÇÃO À DIRPF 2015... 96 7

DIRPF 2016 REGRAS PARA APRESENTAÇÃO (Apostila elaborada com base na legislação vigente em 24/02/2016) Todos os homens, por natureza, desejam saber. Aristóteles 1 - INTRODUÇÃO Nesta palestra serão abordadas as regras para apresentação da Declaração de Ajuste Anual - DIRPF em relação ao ano calendário de 2015, exercício 2016, tomando como base a Instrução Normativa nº 1.613/2016, a Instrução Normativa nº 1.500/2015 e o Manual de Perguntas e Respostas - IRPF. 2 - INFORMAÇÕES GERAIS A Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda Pessoa Física (DIRPF) é uma obrigação anual de cada contribuinte pessoa física do imposto de renda, que deve ser apresentada segundo as normas estipuladas pela Receita Federal. 2.1 - Obrigatoriedade de Apresentação da Declaração Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do imposto sobre a renda referente ao ano calendário de 2015, exercício 2016, a pessoa física, residente no Brasil, que no ano calendário de 2015: Critérios Renda Ganho de capital e operações em bolsa de valores Condições - Recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um centavos); - Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). - Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 8

- Optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. - Relativamente à atividade rural: Atividade rural Bens e direitos Condição de residente no Brasil a) Obteve receita bruta em valor superior a R$ 140.619,55 (cento e quarenta mil, seiscentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos); b) Pretenda compensar, no ano-calendário de 2015 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2015; - Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). - Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição encontrava-se em 31 de dezembro. A pessoa física obrigada a apresentação da Declaração de Ajuste Anual, ficará dispensada da mesma, caso conste como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua. A pessoa física obrigada a apresentação da Declaração de Ajuste Anual devido ter a posse ou a propriedade de bens e direitos em 31 de dezembro de 2015 cujo valor total foi superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), e que na constância da sociedade conjugal ou da união estável, os bens comuns tenham sido declarados pelo outro cônjuge, companheiro, fica dispensada da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual, contudo é vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma Declaração de Ajuste Anual, seja como titular ou dependente, exceto nos casos de alteração na relação de dependência no ano calendário de 2015. Fundamentação Legal: Art. 2 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.1.1- Definição de Residente no País Considera-se residente no Brasil a pessoa física: I - que resida no Brasil em caráter permanente; II - que se ausente para prestar serviços como assalariada a autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior; 9

III - que ingresse no Brasil: a) com visto permanente, na data da chegada; b) com visto temporário: 1. Para trabalhar com vínculo empregatício ou atuar como médico bolsista no âmbito do Programa Mais Médicos de que trata a Medida Provisória nº 621, de 8 de julho de 2013, convertida na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, na data da chegada; 2. Na data em que complete 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses; 3. Na data da obtenção de visto permanente ou de vínculo empregatício, se ocorrida antes de completar 184 dias, consecutivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de um período de até doze meses; IV - brasileira que adquiriu a condição de não residente no Brasil e retorne ao País com ânimo definitivo, na data da chegada; V - que se ausente do Brasil em caráter temporário, ou se retire em caráter permanente do território nacional sem entregar a Comunicação de Saída Definitiva do País, durante os primeiros doze meses consecutivos de ausência. Fundamentação Legal: Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 12; Medida Provisória nº 621, de 8 de julho de 2013, convertida na Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, Instrução Normativa SRF nº 208, de 27 de setembro de 2002, art. 2º, com as alterações dadas pelas Instrução Normativa RFB nº 1.008, de 9 de fevereiro de 2010, e Instrução Normativa RFB nº 1.383, de 7 de agosto de 2013. 2.2 - Modelos de Declaração O contribuinte pode apresentar a declaração de ajuste anual em dois modelos: 2.2.1 - Declaração Completa É a declaração em que podem ser utilizadas todas as deduções legais, desde que comprovadas com documentão idônea. Este modelo deve ser utilizado pelo contribuinte que deseja compensar resultado negativo da atividade rural com resultado positivo nesta mesma atividade ou compensar imposto pago no exterior. 2.2.2 - Declaração Simplificada A opção pelo desconto simplificado implica na substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária, pelo valor correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do 10

valor dos rendimentos tributáveis informados na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 16.754,34 (dezesseis mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta centavos). NOTA ITC! Não é possível a opção pelo desconto simplificado na Declaração Final de Espólio e na Declaração de Saída Definitiva. O valor utilizado a título de desconto simplificado não justifica variação patrimonial, sendo considerado rendimento consumido. NOTA ITC! Independentemente da forma de tributação escolhida pelo contribuinte, deve-se preencher as fichas Pagamentos Efetuados e Doações Efetuadas incluindo todos os pagamentos e doações efetuados a: I - pessoas físicas, tais como pensão alimentícia, aluguéis, arrendamento rural, instrução, pagamentos a profissionais autônomos (médicos, dentistas, psicólogos, advogados, engenheiros, arquitetos, corretores, professores, mecânicos, e outros), contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico; II - pessoas jurídicas, quando constituam exclusão ou dedução na declaração do contribuinte. A falta dessas informações sujeita o contribuinte à multa de 20% do valor não declarado. Fundamentação Legal: Decreto-lei nº 2.396/87, art. 13; Decreto nº 3.000/99 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/1999), arts. 930 e 967; Art. 3 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.3 - Tipos de declaração O contribuinte casado pode apresentar a declaração em separado ou, opcionalmente, em conjunto com o cônjuge. 2.3.1 - Declaração em Separado Neste tipo de declaração cada cônjuge deve incluir na sua declaração o total dos rendimentos próprios e 50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns, compensando 50% do imposto pago ou retido sobre os rendimentos produzidos pelos bens comuns, independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento. Opcionalmente um dos cônjuges pode incluir na sua declaração os rendimentos próprios e o total dos rendimentos produzidos pelos bens comuns, compensando o valor do imposto pago ou retido na fonte, independentemente de qual dos cônjuges tenha sofrido a retenção ou efetuado o recolhimento. 2.3.2 - Declaração em Conjunto 11

A declaração em conjunto é apresentada em nome de um dos cônjuges, abrangendo todos os rendimentos, inclusive os provenientes de bens gravados com cláusula de incomunicabilidade ou inalienabilidade, e das pensões de gozo privativo. A declaração em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentação da declaração de ajuste anual a que porventura estiver sujeito o outro cônjuge. 2.4 - Formas de Apresentação A Declaração de Ajuste Anual deve ser elaborada, exclusivamente, com o uso de: I - Computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2016, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço http://rfb.gov.br; II - Computador, mediante acesso ao serviço Declaração IRPF 2016 on-line, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-cac) no sítio da RFB na Internet; ou III - dispositivos móveis, tablets e smartphones, mediante a utilização do serviço Fazer Declaração. O serviço Fazer Declaração mencionado no Item III acima é acessado por meio do aplicativo APP IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou APP Store, para o sistema operacional ios. NOTA ITC! A utilização do serviço Declaração IRPF 2016 on-line dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo contribuinte, ou representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 29 de maio de 2009. Fundamentação Legal: Art. 4 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.4.1 - Vedações à Utilização dos Serviços Declaração IRPF 2016 On-line e Fazer Declaração É vedada a utilização dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda na hipótese de o declarante ou seus dependentes informados nessa declaração, no ano calendário de 2015: I - terem auferido: a) rendimentos tributáveis: 1. Sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração ; ou 2. Recebidos do exterior. b) os seguintes rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva: 12

1. Ganhos de capital na alienação de bens ou direitos; 2. Ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira; 3. Ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; 4. Ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, e fundos de investimento imobiliário; ou 5. Recebidos acumuladamente (RRA) de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; c) os seguintes rendimentos isentos e não tributáveis: 1. Rendimentos cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração ; 2. Parcela isenta correspondente à atividade rural; 3. Recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário); 4. Lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial; ou 5. Lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de 1969; ou d) rendimentos tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração ; II - terem-se sujeitado: a) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda na fonte de que tratam os 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; ou b) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital na alienação de bens e direitos, ao ganho de capital em moeda estrangeira ou à renda variável ou das informações relativas a doações efetuadas; ou III - terem realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração. 13

Fundamentação Legal: Art. 5 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.4.2 Da Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida A Receita Federal disponibiliza ao contribuinte que optar em utilizar a Declaração de Ajuste Pré-preenchida um arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual já contendo algumas informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais. NOTA ITC! A opção mencionada não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com a utilização dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração. O acesso no e-cac para obter o arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual, dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo contribuinte ou representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 2009. Para a utilização da Declaração de Ajuste Anual Pré-preenchida é necessário que: I - O contribuinte tenha apresentado a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2015, ano-calendário de 2014; e II - No momento da importação do arquivo as fontes pagadoras ou as pessoas jurídicas ou equiparadas, conforme o caso, tenham enviado para a RFB informações relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2016, ano-calendário de 2015, por meio da: a) Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf); b) Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed); ou c) Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob). NOTA ITC! É de inteira responsabilidade do contribuinte a verificação de todos os dados pré-preenchidos na Declaração de Ajuste Anual, devendo realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso. Fundamentação Legal: Art. 6 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.4.3 - Utilização do Certificado Digital Deve transmitir a Declaração de Ajuste Anual, com a utilização de certificado digital, o contribuinte que se enquadrou, no ano calendário de 2015, em pelo menos uma das seguintes situações: I - Recebeu rendimentos: a) Tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); b) Isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); 14

c) Tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou II - Realizou pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), em cada caso ou no total. NOTA ITC! A obrigatoriedade de transmissão da Declaração de Ajuste Anual com a utilização de certificado digital não se aplica a declaração elaborada com o uso do serviço Declaração IRPF 2016 on-line e a Declaração de Ajuste Anual relativa a espólio, independentemente de ser inicial, intermediária ou Declaração final de Espólio. Fundamentação Legal: 3º a 5º do art. 7 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.5 - Prazo de Apresentação A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 1º de março a 29 de abril de 2016, pela internet, mediante a utilização: I - do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB; ou II - dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração. NOTA ITC! O serviço de recepção da Declaração de Ajuste Anual será interrompido às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 29 de abril de 2016. A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no dispositivo móvel que contenha a declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo do contribuinte e deve ser feita mediante a utilização do PGD relativo ao exercício de 2016. Fundamentação Legal: Art. 7 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.5.1 - Apresentação Depois do Prazo A apresentação da Declaração de Ajuste Anual após o dia 29 de abril de 2016 deve ser realizada: I - pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet; II - utilizando os serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração, observado as vedações para a utilização destes serviços; ou III - em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente. Fundamentação Legal: Art. 8º da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 15

2.6 - Multa por Atraso na Entrega da Declaração ou Não Apresentação A entrega da Declaração de Ajuste Anual depois do dia 29 de abril de 2016, ou a sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte a multa de 1% (um por cento) ao mêscalendário ou fração de atraso, limitado a 20% (vinte por cento), calculado sobre o total do imposto devido, ainda que integralmente pago. A referida multa será objeto de lançamento de ofício e tem como valor mínimo R$ 165, 74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e como termo inicial, o primeiro dia subsequente ao término do período fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual e, por termo final, o mês da entrega ou, no caso de não apresentação, do lançamento de ofício. NOTA ITC! No caso de declarações com direito a restituição, a multa por atraso na entrega não paga dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida, com os respectivos acréscimos legais decorrentes do não pagamento, será deduzida do valor do imposto a ser restituído. Fundamentação Legal: Art. 10 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.7 - Retificação Caso a pessoa física perceba que cometeu erros, omissões ou inexatidões em Declaração de Ajuste Anual já entregue poderá apresentar declaração retificadora: I - Pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet, ou serviço Retificação on-line ; II - em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente, se após o dia 29 de abril de 2016. A Declaração de Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionais, se for o caso. Para a elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora deve ser informado o número constante do recibo de entrega referente à última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano calendário. Na declaração retificadora apresentada após o dia 29 de abril de 2016 não é permitido a troca de opção da forma de tributação escolhida na declaração original. NOTA ITC! As disposições mencionadas neste item relativas a retificação da Declaração de Ajuste Anual não se aplicam as declarações elaboradas com o uso dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração. Fundamentação Legal: Art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 16

NOTA ITC! A partir da DIRPF 2016 será possível ao contribuinte retificar a DAA apresentada, independente da opção da forma de tributação, para Declaração Final de Espólio ou Declaração de Saída Definitiva do País, conforme o caso. Da mesma forma, também é possível a retificação da Declaração Final de Espólio ou Declaração de Saída Definitiva do País para a DAA. Ressalta-se, porém, que na hipótese de o contribuinte ter apresentado: a) dentro do prazo, uma DAA e após o prazo apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da última DAA apresentada dentro do prazo; b) após o prazo, uma DAA original e depois apresentar DFE ou DSDP e, posteriormente, retificar esta novamente para uma DAA, deverá, necessariamente, utilizar a mesma forma de tributação da DAA original. 2.8 - Pagamento e Restituição do Imposto A base de cálculo do imposto de renda devido na Declaração de Ajuste Anual é a diferença entre a soma dos rendimentos recebidos durante o ano calendário (exceto os isentos, não tributáveis, tributáveis exclusivamente na fonte ou sujeitos à tributação definitiva) e as deduções permitidas pela legislação. O imposto sobre a renda será apurado com base na utilização da seguinte tabela: Base de Cálculo em R$ Alíquota (%) Parcela a Deduzir do Imposto em R$ Até 22.499,13 - - De 22.499,14 até 33.477,72 7,5 1.687,43 De 33.477,73 até 44.476,74 15 4.198,26 De 44.476,75 até 55.373,55 22,5 7.534,02 Acima de 55.373,55 27,5 10.302,70 Fundamentação Legal: Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/1999, art. 83. 2.8.1 - Pagamento do Imposto O saldo do imposto a pagar apurado na Declaração de Ajuste Anual pode ser pago em até 8 (oito) quotas, mensais e sucessivas, observado o seguinte: a) nenhuma quota pode ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais); b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única. c) a primeira quota ou quota única vence em 29 de abril de 2016, sem acréscimo de juros, se recolhida até essa data. 17

d) as demais quotas vencem no último dia útil de cada mês subsequente ao da entrega, e seu valor sofre acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do mês subsequente ao previsto para a apresentação da declaração até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% referente ao mês do pagamento, ainda que as quotas sejam pagas até as respectivas datas de vencimento. 1ª quota ou quota única: o valor apurado na declaração; 2ª quota: valor apurado, mais 1%; 3ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic de maio, mais 1%; 4ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic acumulada (maio e junho), mais 1%; 5ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic acumulada (maio, junho e julho), mais 1%; 6ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic acumulada (maio, junho, julho e agosto), mais 1%; 7ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic acumulada (maio, junho, julho, agosto e setembro), mais 1%; 8ª quota: valor apurado, mais juros à taxa Selic acumulada (maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro), mais 1%. Caso o pagamento venha a ser efetuado posteriormente ao prazo legal, haverá a incidência de multa de mora de 0,33% ao dia, limitada a 20%, mais juros à taxa SELIC acumulada até o mês anterior ao do pagamento, mais 1% relativo ao mês do pagamento. NOTA ITC! O saldo do imposto a pagar que resultar em valor inferior a R$ 10,00 (dez reais) não deve ser pago, devendo ser adicionado ao imposto correspondente aos exercícios subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais), quando, então, deve ser pago no prazo estabelecido na legislação para este último exercício. É facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não sendo necessário, nesse caso, apresentar Declaração de Ajuste Anual retificadora com a nova opção de pagamento. Também é possível ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na Declaração de Ajuste Anual, até a data de vencimento da última quota pretendida, mediante a apresentação de declaração retificadora ou o acesso ao sítio da Receita Federal na internet, opção Extrato da DIRPF, desde que observado as regras para pagamento do imposto devido, conforme mencionadas anteriormente. Fundamentação Legal: Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 14, alterada pela Lei nº 11.311, de 13 de junho de 2006; Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 68, 1º; art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 18

2.8.1.1 - Formas de Pagamento O pagamento integral do imposto ou de suas quotas e de seus respectivos acréscimos legais pode ser efetuado das seguintes formas: I - transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação; II - em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), no caso de pagamento efetuado no Brasil; ou III - débito automático em conta corrente bancária. NOTA ITC! No caso de pessoa física que receba rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do Governo brasileiro situado no exterior, o pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais, pode ser efetuado, além das formas mencionadas acima, mediante remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no DARF, no respectivo valor em reais ou em moeda estrangeira, a favor da Receita Federal, por meio do Banco do Brasil S.A., Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior - Brasília-DF (GECEX - BRASÍLIA-DF), prefixo 1609-X. Fundamentação Legal: art. 12 e 13 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.8.1.2 - Débito Automático Para o pagamento do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual, ou de suas quotas, através de débito automático devem ser observados os seguintes procedimentos: Ação Como proceder 19

Opção 1: Durante o preenchimento da declaração (original ou retificadora, elaborada em computador, entregue até 29/04/2016), assinale a opção de débito automático e informe o banco, a agência e o número da conta. A comprovação da opção será formalizada no recibo de entrega da declaração. Opção AVISO: Para solicitar o débito automático da 1ª quota, a declaração deve ser transmitida até 31/03/2016. E, no período entre 1º a 29 de abril, para solicitar a partir da 2ª quota. Opção 2: Utilizar Extrato da DIRPF (apenas após o processamento da declaração). A inclusão somente surtirá efeitos no próprio mês se for executada até as 23h59mim59s, horário de Brasília, do dia 14 de cada mês. Opção 1: Retificar a declaração até 29/04/2016. Alteração Cancelamento Opção 2: Utilizar o Extrato da DIRPF (apenas após o processamento da declaração). A alteração somente surtirá efeitos no próprio mês se for executada até o dia 14. Utilizar o Extrato da DIRPF (após o processamento da declaração). O cancelamento somente surtirá efeitos no próprio mês se for executada até as 23h59mim59s, horário de Brasília, do dia 14 de cada mês. O débito em conta é efetivado no último dia útil de cada mês e será contínuo até o pagamento total do imposto. Somente pode ser utilizada conta corrente ou poupança de titularidade do declarante (individual ou conjunta). Caso fique comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação, o débito automático pode ser estornado, a pedido do contribuinte titular da conta corrente. Quando se tratar de conta conjunta, ela deve ser do tipo solidária, ou seja, aquela que pode ser movimentada em conjunto ou isoladamente pelos titulares. O número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na declaração deve ser o mesmo daquele vinculado à conta corrente bancária. Em qualquer situação é responsabilidade do contribuinte acompanhar se as quotas estão sendo devidamente debitadas em sua conta bancária. Este acompanhamento pode ser realizado através do Extrato da Declaração no e-cac. O débito em conta está sujeito à exatidão das informações bancárias (banco, agência e conta). Erros nessas informações impedirão que o débito aconteça. Caso o débito não seja realizado por qualquer motivo, o pagamento deverá ser efetuado através de DARF diretamente na rede bancária autorizada, com os devidos acréscimos legais. Os pagamentos adicionais realizados fora da sistemática de débito automático (em DARF) liquidarão o saldo devedor da última quota para a primeira. Nesse caso, na última quota, poderá haver débito automático de valor parcial. 20

Caso o valor pago seja superior ao saldo devedor, o contribuinte deverá solicitar restituição do valor recolhido a maior utilizando o Programa PER/DCOMP. O prazo para o pedido de restituição do referido crédito é de cinco anos. Fundamentação Legal: art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.8.1.3 - Cancelamento Automático do Débito em Conta O débito em conta será automaticamente cancelado na hipótese de: a) entrega de Declaração de Ajuste Anual retificadora após o prazo original de entrega (29/04/2016); b) envio de informações bancárias com dados inexatos; c) o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na Declaração de Ajuste Anual for diferente daquele vinculado à conta corrente bancária; ou d) os dados bancários informados na Declaração de Ajuste Anual referir-se à conta corrente do tipo não solidária. Fundamentação Legal: art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 1.613/2016. 2.8.2 - Restituição Na Declaração de Ajuste Anual, quando o valor do imposto devido for inferior ao valor total de imposto pago, o contribuinte terá direito a restituir o valor pago a maior. O crédito da restituição só pode ser efetuado em conta corrente ou de poupança de titularidade do contribuinte. Em se tratando de rendimentos recebidos ao longo do ano-calendário sujeitos ao ajuste anual, e tendo havido antecipação do pagamento do imposto mediante retenção pela fonte pagadora, o termo inicial da contagem de prazo de 5 anos para fins de restituição é o dia 31 de dezembro do ano-calendário correspondente. Esse mesmo prazo aplica-se também à restituição do imposto sobre a renda na fonte incidente sobre os rendimentos recebidos como verbas indenizatórias a título de incentivo à adesão a Programas de Desligamento Voluntário (PDV). Os declarantes no exterior deve indicar a conta bancária de sua titularidade, em qualquer banco no Brasil autorizado pela Receita Federal a efetuar a restituição. Caso o contribuinte não possua conta bancária no Brasil, deve nomear um procurador no País para receber a sua restituição. O procurador, munido de procuração pública, deve comparecer a uma agência do Banco do Brasil e indicar uma conta de sua titularidade, em qualquer banco, para que seja feito o respectivo crédito. Fundamentação Legal: Instrução Normativa SRF nº 76, de 18 de setembro de 2001; Instrução Normativa RFB nº 1.300, de 20 de novembro de 2012, arts. 85 e 86; Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), arts. 165, I e 168, I; Ato Declaratório SRF nº 96, de 26 de novembro de 1999, Parecer Normativo Cosit/RFB nº 6, de 4 de agosto de 2014. 21

2.8.3 - Retificação com Mudança no Valor do Imposto Quando a retificação da declaração resultar em aumento do imposto declarado, será observado o seguinte procedimento: I - calcula-se o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada; e II - sobre a diferença correspondente a cada quota vencida incidem acréscimos legais, juros e multa de mora. Na hipótese de a retificação da declaração resultar em redução do imposto a pagar declarado, será observado o seguinte procedimento: I - calcula-se o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada, desde que respeitado o valor mínimo estabelecido; e II - os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, bem como os acréscimos legais referentes a esses valores, podem ser compensados nas quotas vincendas, ou ser objeto de restituição. Fundamentação Legal: Art. 84 a 85 da Instrução Normativa nº 1.500/2014. 3 - RENDIMENTOS Os rendimentos a serem informados na Declaração de Ajuste Anual dividem-se em Tributáveis, Não-Tributáveis, Isentos, Tributados Exclusivamente na Fonte ou com tributação definitiva, conforme for a sua natureza. A determinação da classificação dos rendimentos auferidos está prevista na Instrução Normativa SRF nº 1500/2014. 3.1 - Rendimentos Tributáveis São considerados como rendimentos tributáveis 3.1.1 - Rendimentos do Trabalho São tributáveis os rendimentos provenientes de toda forma de remuneração por trabalho ou serviços prestados, com ou sem vinculo empregatício, tais como: I - Pagamento de salário, inclusive adiantamento de salário a qualquer título e férias, indenização sujeita à tributação, ordenado, vencimento, soldo, pro labore, remuneração indireta, retirada, vantagem, subsídio, comissão, corretagem, benefício (remuneração mensal ou prestação única) da previdência social, remuneração de conselheiro fiscal e de administração, diretor e administrador de pessoa jurídica, titular de empresa individual, gratificação e participação dos dirigentes no lucro e demais remunerações decorrentes de vínculo empregatício. 22

II - complementação de aposentadoria ou de pensão recebida de entidade de previdência complementar; III - resgate de valores acumulados relativos a planos de caráter previdenciário estruturados na modalidade de benefício definido; IV - rendimentos de empreitadas de obras exclusivamente de lavor; V - 10% (dez por cento), no mínimo, dos rendimentos decorrentes do transporte de carga e serviços com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, e 60% (sessenta por cento), no mínimo, dos rendimentos decorrentes do transporte de passageiros; VI - gratificações e participações pagas aos empregados ou quaisquer outros beneficiários, exceto participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das empresas; VII - despesas ou encargos, cujo ônus seja do empregado, pagos pelo empregador em favor daquele, tais como aluguel, contribuição previdenciária, imposto sobre a renda e seguro de vida; VIII - juros e indenizações por lucros cessantes, decorrentes de sentença judicial; IX - salário-educação; X - multas e vantagens por rescisão de contrato; XI - rendimentos efetivamente pagos a sócios ou titular de microempresa ou de empresa de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional, correspondentes a prólabore, aluguéis ou serviços prestados; XII - salários indiretos concedidos pelas empresas e pagos a administradores, diretores, gerentes e seus assessores, como benefícios e vantagens adicionais decorrentes de cargos, funções ou empregos, quando identificado o beneficiário; XIII - 10% (dez por cento), no mínimo, dos rendimentos recebidos pelos garimpeiros na venda, a empresas legalmente habilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas; XIV - valor do resgate de partes beneficiárias ou de fundador e de outros títulos semelhantes, bem como rendimentos provenientes desses títulos; XV - lucros efetivamente pagos a sócios, acionistas ou titular de empresa individual, tributados pelo regime do lucro presumido, e escriturados no livro Caixa ou nos livros de escrituração contábil, que ultrapassarem o valor do lucro presumido deduzido dos impostos e contribuições correspondentes ou o valor do lucro contábil e dos lucros acumulados ou reservas de lucros de períodos-base anteriores. Fundamentação Legal: Art. 22 da Instrução Normativa nº 1.500/2014. 3.1.1.1 - Rendimentos de Férias 23

O valor pago a título de férias, acrescido do adicional previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal (terço constitucional), deve ser tributado no mês de seu pagamento e em separado de qualquer outro rendimento pago no mês. Para determinação da base de cálculo mensal podem ser efetuadas as deduções dos valores correspondentes a pensão alimentícia, dependentes e contribuições à previdência oficial, às entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil e aos Fundos de Aposentadoria Programada Individual (Fapi). Na Declaração de Ajuste Anual, as férias são tributadas em conjunto com os demais rendimentos. Em decorrência do disposto no art. 19 da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, com a redação dada pelo art. 21 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, não são tributados pelo Imposto sobre a Renda na fonte, nem na Declaração de Ajuste Anual, os pagamentos efetuados sob as rubricas de férias não gozadas - integrais, proporcionais ou em dobro - convertidas em pecúnia, e de adicional de um terço constitucional quando agregado a pagamento de férias, por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, aposentadoria, ou exoneração, observados os termos dos atos declaratórios editados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional em relação a essas matérias. Pela mesma razão, não são tributados os pagamentos efetuados sob as rubricas de abono pecuniário relativo à conversão de 1/3 do período de férias, de que trata o art. 143 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.535, de 13 de abril de 1977. Fundamentação Legal: Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, art.19, com a redação dada pelo art. 21 da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; Instrução Normativa RFB nº 936, de 5 de maio de 2009; Solução de Consulta Interna Cosit nº 3, de 8 de fevereiro de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 29. 3.1.1.2 - Recebimento de Prêmios Na hipótese da ocorrência de concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou a outros títulos assemelhados, com distribuição de prêmios efetuada por pessoa jurídica a pessoa física, quando houver vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, hipótese na qual tais prêmios assumem o aspecto de remuneração do trabalho, independentemente se distribuídos em dinheiro ou sob a forma de bens e serviços, o imposto sobre a renda incide na fonte, calculado de acordo com a tabela progressiva mensal, a título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual (DAA). No caso de não ocorrência da vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes o prêmio é tributado exclusivamente na fonte. Fundamentação Legal: Lei nº 4.506, 30 de novembro de 1964, art. 14; Decreto-lei nº 1.493, de 7 de dezembro de 1976, art. 10; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 Regulamento do Imposto sobre a Renda RIR/1999, art. 685, inciso II, a ; Parecer Normativo CST nº 173, de 26 de setembro de 1974; Parecer Normativo CST nº 62, de 1976. 24

3.1.1.3 - Pessoa Física, Ausente no Exterior, a Serviço de Autarquias e Repartições do Governo Brasileiro A pessoa física, ausente no exterior, a serviço de autarquias ou repartições do governo brasileiro situados no exterior está obrigada a manter a condição de residente no Brasil para fins tributários, havendo a incidência mensal do imposto de renda e na Declaração de Ajuste Anual de 25% do valor total dos rendimentos do trabalho recebidos, sendo os 75% restantes considerados rendimentos não tributáveis. 3.1.2 - Rendimentos Tributáveis - Alugueis Os rendimentos recebidos por pessoa física relativos a alugueis, royalties e arrendamento de bens ou direitos estão sujeitos ao IRRF, quando recebidos de pessoa jurídica e ao Carnê- Leão, quando recebidos de pessoa física, a título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual. 3.1.2.1 - Fato Gerador Configura-se como fato gerador para incidência de IRRF os rendimentos mensais de aluguéis ou royalties, efetivamente pagos as pessoas físicas, tais como: Aforamento; locação ou sublocação; arrendamento ou subarrendamento; direito de uso ou passagem de terrenos, de aproveitamento de águas, de exploração de películas cinematográficas, de outros bens móveis, de conjuntos industriais, invenções; direitos autorais (quando não percebidos pelo autor ou criador da obra); direitos de colher ou extrair recursos vegetais, pesquisar e extrair recursos minerais; juros de mora e quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento de royalties; o produto da alienação de marcas de indústria e comércio, patentes de invenção e processo ou fórmulas de fabricação; importâncias pagas por terceiros por conta do locador do bem ou do cedente dos direitos (juros, comissões etc.); importâncias pagas ao locador ou cedente do direito, pelo contrato celebrado (luvas, prêmios etc.); benfeitorias e quaisquer melhoramentos realizados no bem locado; despesas para conservação dos direitos cedidos (quando compensadas pelo uso do bem ou direito). Enquadra-se nesta regra os juros pagos à pessoa física decorrente da alienação a prazo de bens ou direitos e a multa por rescisão de contrato de aluguel. O fato gerador do IRRF incidente sobre o rendimento de aluguel ocorre no mês em que o locatário efetuar o pagamento do aluguel à imobiliária responsável por administrar o imóvel da pessoa física, independentemente de quando o mesmo tenha sido repassado para o locador. No caso de cessão gratuita de imóvel, exceto para cônjuge, pais ou filhos do contribuinte, é considerado rendimento anual de aluguel, no ano-calendário, o equivalente a 10% do valor venal do imóvel. Para efeito desse cálculo, pode ser utilizado o valor constante na guia do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), correspondente ao anocalendário da declaração. 25

NOTA ITC! Não há incidência do imposto quando o imóvel for ocupado por seu proprietário ou cedido gratuitamente para uso do cônjuge ou de parentes de 1º grau (pais e filhos). Fundamentação Legal: Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, art. 6º, inciso III; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 Regulamento do Imposto sobre a Renda RIR/1999, arts. 39, inciso IX, 49, 1º, e 50; Solução de Consulta n 27/2001; Instrução Normativa SRF nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 31, 2º. 3.1.2.2 - Rendimentos oriundos de contrato de arrendamento de imóvel rural Os rendimentos provenientes de arrendamento de imóvel rural, ainda que o contrato celebrado refira-se a parceria rural, se o cedente perceber quantia fixa sem partilhar os riscos do negócio, que é da essência do contrato de parceria rural, os valores recebidos estarão sujeitos a incidência do imposto sobre a renda na fonte, se pagos por pessoa jurídica, e ao carnê-leão, se pagos por pessoa física e na declaração de ajuste anual. Quando o contrato celebrado referir-se a parceria rural e o cedente não receber quantia fixa e participar dos riscos do negócio, a tributação desses rendimentos é efetuada como atividade rural. Fundamentação Legal: Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 Regulamento do Imposto sobre a Renda RIR/1999, art. 49, inciso I; Instrução Normativa SRF nº 83, de 11 de outubro de 2001, arts. 2º e 14; Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, arts. 22, inciso VI, e 53, inciso I. 3.1.2.3 - Imóvel Pertencente a Mais de Uma Pessoa Física Quando o imóvel locado pertencer a mais de uma pessoa física, em condomínio, o contrato de locação deve discriminar a percentagem do aluguel que cabe a cada condômino. Caso não conste no contrato essa cláusula, recomenda-se fazer um aditivo ao mesmo. Quando o locatário for pessoa jurídica, essa deve efetuar a retenção na fonte aplicando a tabela progressiva mensal em relação ao valor pago individualmente a cada condômino. Anualmente, a pessoa jurídica locatária deve fornecer comprovante de rendimento que couber a cada um dos condôminos, com a indicação do respectivo valor retido na fonte. Quando o locatário for pessoa física, cada locador deverá levar ao carne-leão o valor representativo do percentual que lhe cabe sobre o referido aluguel. NOTA ITC! Em se tratando de bens comuns, em decorrência do regime de casamento, os rendimentos são tributados na proporção de 50% em nome de cada cônjuge ou, opcionalmente, podem ser tributados pelo total em nome de um dos cônjuges. Na união estável, adota-se idêntico tratamento, salvo contrato escrito entre os companheiros (neste caso, será fixado o percentual nele previsto), aplicando-se o regime da comunhão parcial de bens (bens comuns, em decorrência do regime de casamento). Fundamentação Legal: Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 4º. 26