ÍNDICE HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. 03 O QUE É E O QUE FAZ O ESCOTISMO 07



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Transcrição:

ÍNDICE HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. 03 O QUE É E O QUE FAZ O ESCOTISMO 07 PAPEL DO ADULTOS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO E NAS DISTINTAS LINHAS DE ATUAÇÃO 10 A POLÍTICA NACIONAL DE ADULTOS - APOIO QUE É PRESTADO AOS ADULTOS 11 ACORDO MÚTUO 13 ASSESSOR PESSOAL 16 SEÇÃO TIRA DÚVIDAS 17 CURSANTE: DIRETOR DO CURSO: DATA DO CURSO: / /. 2 Versão 001 - Abril/2007

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. 03 Conteúdo da Unidade Juventude de B.P. e relação com a natureza; Carreira militar, disciplina e organização; Marcos: Cerco de Malfeking (trabalho com jovens), Brownsea (experiência com escotismo); Escotismo para Rapazes; Início do Escotismo no Brasil. INTRODUÇÃO Todos os que participam do Movimento Escoteiro devem conhecer sua história. A história de B-P se confunde com a do Escotismo: Robert Baden- Powell Fundador do Movimento Escoteiro Se você deseja compreender bem o Escotismo, tem que saber algo sobre o homem que fundou o Movimento Escoteiro - Lord Baden-Powell of Giwell - Escoteiro Chefe Mundial, conhecido por todos os escoteiros pelo apelido afetuoso de "B-P" (leiase bi-pi). Robert Stephenson Smith Baden Powell nasceu em Londres, Inglaterra, a 22 de Fevereiro de 1857. Seu pai era o Reverendo H. G. Baden Powell, professor em Oxford. Sua mãe era filha do Almirante inglês W. T. Smyth. Seu bisavô, Joseph Brewer Smyth, tinha ido como colonizador para New Jersey (América do Norte) mas voltou para a Inglaterra e naufragou na viagem de regresso. Baden-Powell era pois descendente, por um lado, de um Ministro Evangélico e, por outro, de um colonizador aventureiro do Novo Mundo. B-P na Juventude Seu pai morreu quando Robert tinha perto de três anos, deixando sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho não tinha ainda catorze anos. Havia, com freqüência, momentos difíceis para uma família tão grande, mas o amor mútuo entre mãe e filhos ajudava-lhes a continuar em frente. Robert viveu uma bela vida ao ar livre com seus quatro irmãos, excursionando e acampando com eles em muitos lugares da Inglaterra. Em 1870, B.P. ingressou na Escola Chaterhouse em Londres com uma bolsa de estudos. Não era um estudante que se destacava - mas era um dos mais vivos. Estava sempre metido em tudo que acontecia no pátio do colégio e cedo se tornou popular pela sua perícia como goleiro da equipe de futebol de Chaterhouse. Seus camaradas da escola muito apreciavam suas habilidades como ator. Sempre que pediam, ele improvisava uma representação que fazia a escola toda morrer de rir. Tinha também vocação para a música, e seu dom para o desenho permitiu-lhe, mais tarde, ilustrar todas as suas obras. B-P na Índia Aos dezenove anos, B-P colou grau na Escola Chaterhouse e aproveitou uma oportunidade para ir à Índia como Subtenente que formaria a ala direita da Cavalaria na célebre "Carga da Cavalaria Ligeira" da Guerra da Criméia. Além de uma excelente carreira militar - chegando a Capitão aos vinte e seis anos - ganhou o troféu esportivo mais desejado de toda a Índia - o troféu de "sangrar o porco", caça ao javali selvagem, a cavalo, tendo como única arma uma lança curta. Vocês compreenderão como este esporte é perigoso ao saber que o javali selvagem é habitualmente citado como "o único animal que se atreve a beber água no mesmo bebedouro com um tigre".

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. 04 Combatendo na África Em 1887 encontramos B-P na África participando da campanha contra os Zulus e, mais tarde, contra as ferozes tribos dos Ashantís e os selvagens guerreiros Matabeles. Os nativos o temiam tanto que lhe davam o nome de "Impisa", o "lobo-quenunca-dorme", devido à sua coragem, sua perícia como explorador e sua impressionante habilidade em seguir pistas. As promoções de Baden-Powell na carreira militar eram quase automáticas, tal regularidade com que ocorriam, até que, subitamente, se tornou famoso. Corria o ano de 1899 e Baden-Powell tinha sido promovido a coronel. Na África do Sul fermentava uma agitação. As relações entre a Inglaterra e o governo da República do Transvaal tinham chegado ao ponto de rompimento. Baden-Powell recebeu ordens de organizar dois batalhões de carabineiros montados e marchar para Mafeking, uma cidade no coração da África do Sul. "Quem tem Mafeking, tem as rédeas da África do Sul", era um dito corrente entre os nativos, que se verificou ser verdadeiro. O Cêrco de Mafeking Veio a guerra e, durante 217 dias - a partir de 13 de outubro de 1899, B-P defendeu Mafeking cercado por forças esmagadoramente superiores do inimigo, até que tropas de socorro conseguiram finalmente abrir caminho, lutando para auxiliá-lo, no dia 18 de maio de 1900. Nessa ocasião, em razão do emprego de todos os homens para a defesa da cidade, B-P teve sua primeira experiência com os jovens, mobilizandoos em atividades de apoio logístico, como ordenanças, estafetas, carteiros, etc. A Inglaterra estivera de respiração suspensa durante esses longos meses. Quando finalmente chegou a notícia: "Mafeking foi socorrida" ficou louca de alegria. Procure "Mafeking" em seu dicionário de inglês e junto a esta palavra você encontrará duas outras criadas nesse dia tumultuoso, derivadas do nome da cidade africana: "Maffick" e "Maffication" - significando "celebração tumultuosa". B-P, promovido agora ao posto de Major-General, torna-se um herói aos olhos de seus compatriotas. Nasce o Escotismo Foi como um herói dos adultos e das crianças que, em 1901, ele regressou da África do Sul à Inglaterra, para ser cumulado de honrarias e para descobrir, surpreso, que a sua popularidade pessoal dera popularidade ao livro que escrevera para militares - "Aids to Scouting" - "Ajuda à Exploração Militar". O livro estava sendo usado como um compêndio nas escolas masculinas. B-P viu nisto uma provocação e um desafio. Compreendeu que estava aí a oportunidade de ajudar os rapazes de sua Pátria a se desenvolverem para uma robusta varonilidade. Se um Mal tinha começado a aparecer nas livrarias a nas bancas de jornal o "Escotismo para rapazes", e já surgiam Patrulhas e Tropas Escoteiras - principalmente na Inglaterra, e depois em muitos outros países. livro para adultos sobre as atividades dos exploradores podia exercer tal atração sobre os rapazes e servir-lhes de fonte de inspiração, outro livro, escrito especialmente para os rapazes, poderia despertar maior interesse! Pôs-se então a trabalhar, aproveitando e adaptando suas experiências na Índia e na África, entre os Zulus e outras tribos selvagens. Reuniu uma biblioteca especial e estudou nestes livros os métodos usados em todas as épocas para a educação e o adestramento dos rapazes, desde os jovens espartanos, os antigos bretões e os peles-vermelhas, até os nossos dias. Lenta e cuidadosamente B-P foi desenvolvendo a idéia do Escotismo. Queria estar certo de que a idéia podia ser posta em prática e, por isso, no verão de 1907, foi com um grupo de vinte rapazes para a ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro que o mundo presenciou. O acampamento teve completo êxito.

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. 05 "Escotismo para Rapazes" E a seguir, nos primeiros meses de 1908, lançou em seis fascículos quinzenais o seu manual de adestramento, "Escotismo para rapazes" - sem sequer sonhar que este livro ia por em ação um Movimento que iria afetar a juventude do mundo inteiro. Mal tinha começado a aparecer nas livrarias e nas bancas de jornal o Escotismo para Rapazes, e já surgiam Patrulhas e Tropas Escoteiras - principalmente na Inglaterra, e depois em muitos outros paises. A Segunda Vida de B-P O Movimento cresceu tanto, tendo em 1910, atingido tais proporções que B-P compreendeu que o Escotismo seria a obra a que dedicaria sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que podia fazer mais pelo seu país adestrando a nova geração para a boa cidadania do que preparando um punhado de homens para uma possível guerra futura. E, assim, pediu demissão do Exército onde havia chegado a Tenente-General, e ingressou na sua "segunda vida" - como costumava chamá-la - sua vida de serviço ao mundo por meio do Escotismo. Os frutos que colheu como recompensa desta decisão foram o crescimento do Movimento Escoteiro e o amor e o respeito dos rapazes do mundo inteiro. Fraternidade Mundial Em 1912, fez uma viagem ao redor do mundo para entrar em contato com os Escoteiros de muitos países. Foi este o primeiro passo para fazer do Escotismo uma Fraternidade Mundial. Veio a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e momentaneamente interrompeu este trabalho; mas com o fim das hostilidades foi recomeçado e, em 1920, os Escoteiros de todas as partes mundo se reuniram em Londres para a primeira concentração internacional de Escoteiros - o Primeiro Jamboree Mundial. Na última noite desse Jamboree, a 6 de agosto, B-P foi aclamado "Escoteiro-Chefe Mundial", com os aplausos da multidão de rapazes. O Movimento Escoteiro continuou a crescer. No dia em que atingiu a "maioridade" completando vinte e um anos, contava com mais de dois milhões de membros em praticamente todos os países civilizados do mundo. Naquela ocasião B-P recebeu de seu Rei, Jorge V, a honra de ser elevado a Barão, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas, apesar desse título, para todos os Escoteiros ele continuou e continuará sendo sempre - B-P, o Escoteiro- Chefe- Mundial. O Primeiro Jamboree Mundial foi seguido por muitos outros - em 1924 na Dinamarca, em 1929 na Inglaterra, em 1933 na Hungria, em 1937 na Holanda. Em cada um desses Jamborees, Baden- Powell foi a figura principal, calorosamente saudado pelos "seus" rapazes onde quer que estivesse. Mas os Jamborees eram apenas uma parte do esforço no sentido de se formar uma Fraternidade Mundial de Escoteiros. B-P fez longas viagens cuidando dos interesses do Escotismo, mantinha correspondência com os dirigentes escoteiros de numerosos países e continuou a escrever sobre assuntos escoteiros, ilustrando com seus próprios desenhos artigos e livros.

HISTÓRIA DO ESCOTISMO E DA BIOGRAFIA DE B.P. Os últimos anos de B-P Quando suas forças afinal começaram a declinar, depois de completar oitenta anos de idade, regressou à sua amada África, com sua esposa, Lady Olave Baden-Powell, que fora uma entusiasta e que era a Chefe Mundial das "Girl Guides" (Bandeirantes) - movimento também iniciado por Baden-Powell. Fixaram residência no Kenia, num lugar tranqüilo, com um panorama maravilhoso: florestas de quilômetros de extensão, tendo ao fundo montanhas de picos cobertos de neve. Foi lá que morreu B-P, em 8 de Janeiro de 1941 - faltando pouco mais de um mês para completar oitenta e quatro anos de idade. Em nossos dias o Escotismo tem mais de 28 milhões de membros ativos, em todos os Países reconhecidos pela O.N.U., sendo o maior Movimento Educacional de Jovens do mundo. data marcou a chegada do Escotismo no Brasil. Em 1914, foi fundada a A.B.E. Associação Brasileira de Escotismo. Em 15/11/1915, com um público de mais de 15.000 pessoas no Prado da Mooca - São Paulo, realizou-se a Cerimônia de Juramento de 1.000 escoteiros. Naquele ano foi apresentado um projeto para reconhecimento do Escotismo como de Utilidade Pública em todo o país, tendo sido o Decreto sancionado pelo Presidente da República em 1917. Em 4 de novembro de 1924 foi fundada a U.E.B. -, nome sugerido pelo Padre Leovigildo Franca e aprovado por unanimidade. Em 1928, foi sancionado Decreto Federal reconhecendo a U.E.B. como dirigente máxima do Escotismo Brasileiro, bem como de utilidade pública. O Escotismo no Brasil A decisão de implantar no Brasil o sistema educacional criado por B-P, foi tomada na Inglaterra por um grupo de Suboficiais da Marinha que pertenciam às guarnições dos navios da Esquadra Brasileira em construção naquele país no início do século. Os navios da nova Esquadra navegaram para o Rio de Janeiro à medida em que ficavam prontos. No dia 17 de abril de 1910, cruzou a Baía da Guanabara, em sua viagem inaugural, o Encouraçado Minas Gerais onde estava embarcado o maior número de Suboficiais interessados no Escotismo. Em 14 de junho de 1910, todos os Suboficiais interessados pelo Escotismo, embarcados nos navios que já haviam chegado ao Brasil, fundaram o Centro de Boys Scouts do Brasil, na Cidade do Rio de Janeiro. A 06

O QUE É E O QUE FAZ O ESCOTISMO Conteúdo da Unidade Noções Gerais dos Fundamentos; - Definição; - Propósito; - Princípios; - Métodos escoteiro; Noções Gerais do Programa de Jovens; - Plano de desenvolvimento pessoal; - Simbolismo (marcos simbólicos); - As Atividades (Ramos Lobinho, Escoteiro e Sênior e Pioneiro). Organização das Seções do Grupo Escoteiro. DEFINIÇÃO DO ESCOTISMO - REGRA 001 DO P.O.R. O Escotismo é um movimento educacional de jovens, sem vínculo a partidos políticos, voluntário, que conta com a colaboração de adultos, e valoriza a participação de pessoas de todas as origens sociais, raças e crenças, de acordo com seu Propósito e o Método Escoteiro concebidos pelo Fundador Baden-Powell e adotados pela UEB. PROPÓSITO DO ESCOTISMO - REGRA 002 DO P.O.R. O P.O.R. pode ser encontrado em arquivo digital disponibilizado no site da U.E.B ou em edição impressa vendida nas lojas escoteiras. O propósito do Movimento Escoteiro é contribuir para que os jovens assumam seu próprio desenvolvimento, especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades, conforme definido pelo seu Projeto Educativo. PRINCÍPIOS DO ESCOTISMO - REGRA 003 DO P.O.R. Os Princípios do Escotismo são definidos na sua Promessa e Lei Escoteira, base moral que se ajusta aos progressivos graus de maturidade do indivíduo: a) Dever para com Deus - Adesão a princípios espirituais e vivência ou busca de religião que os expresse, respeitando as demais. b) Dever para com o Próximo - Lealdade ao nosso País, em harmonia com a promoção da paz, compreensão e cooperação local, nacional e internacional, exercitadas pela Fraternidade Escoteira. Participação no desenvolvimento da sociedade com reconhecimento e respeito à dignidade do ser humano e ao equilíbrio do meio ambiente. c) Dever para consigo mesmo - Responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento. 07

O QUE É E O QUE FAZ O ESCOTISMO MÉTODO ESCOTEIRO - REGRA 010 DO P.O.R. O Método Escoteiro, com aplicação eficazmente planejada e sistematicamente avaliada nos diversos níveis do Movimento, caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes pontos: a) Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira: Todos os membros assumem, voluntariamente, um compromisso de vivência da Promessa e da Lei Escoteira. b) Aprender fazendo: Educando pela ação, o Escotismo valoriza: - o aprendizado pela prática; - o treinamento para a autonomia, baseado na autoconfiança e iniciativa; - os hábitos de observação, indução e dedução. c) Vida em equipe, desenvolvendo nas Tropas "Sistema de Patrulhas", incluindo: - a descoberta e aceitação progressiva de responsabilidade: - a disciplina assumida voluntariamente; - a capacidade tanto para cooperar como para liderar. d) Atividades progressivas, atraentes e variadas, compreendendo: - jogos; - habilidade e técnicas úteis, estimuladas por um sistema de distintivos: - vida ao ar livre e em contato com a Natureza: - interação com a Comunidade: - mística e ambiente fraterno. e) Desenvolvimento pessoal com orientação individual, considerando: - a realidade e o ponto de vista dos jovens: - a confiança nas potencialidades de cada jovem; - o exemplo pessoal do adulto; - seções com número limitado de jovens e faixa etária própria. 08 PROGRAMA ESCOTEIRO - Organização das seções do Grupo Escoteiro Programa é a totalidade das experiências do jovem em sua vivência no Movimento Escoteiro, combinando os seguintes elementos: Organização - O Escotismo está psicologicamente divido em RAMOS, que se distinguem por programas e atividades diferentes: - Ramo Lobinho - para meninos e meninas de 7 a 10 anos, chamados Lobinhos e Lobinhas; - Ramo Escoteiro - para rapazes e moças de 11 a 14 anos, chamados Escoteiros e Escoteiras; - Ramo Sênior - para rapazes e moças de 15 a 17 anos, chamados Seniores e Guias; - Ramo Pioneiro - para jovens de 18 a 21 anos, chamados Pioneiros e Pioneiras. SEÇÃO - É a unidade técnica para a aplicação do Programa Escoteiro, organizado dentro de um Ramo, com uma chefia própria, e possui um número máximo de membros. - ALCATÉIA - é uma seção, dentro do Ramo Lobinho, com o máximo de 24 membros, divididos em 4 Matilhas. Cada Matilha possui um líder, denominado Primo (a), eleitos para cada ciclo de programa pelos seus companheiros, conforme o Manual do Escotista do Ramo Lobinho. Uma alcatéia pode ser masculina, feminina ou mista.

O QUE É E O QUE FAZ O ESCOTISMO 09 - TROPA DE ESCOTEIROS, TROPA DE ESCOTEIRAS OU TROPA ESCOTEIRA MISTA - é uma Seção, dentro do Ramo Escoteiro, com o máximo de 32 membros, que reúne 4 Patrulhas. Cada Patrulha possui um líder, denominado Monitor (a), e um (a)sub-monitor (a), nomeados pelo Chefe de Seção. A reunião dos Monitores de uma Tropa chama-se Corte de Honra. - TROPA DE SENIORES, TROPA DE GUIAS OU TROPA SÊNIOR MISTA - é uma Seção, dentro do Ramo Sênior, com o máximo de 24 membros, que reúne 4 Patrulhas. Cada Patrulha possui um líder, denominado Monitor (a), e um (a) Sub-monitor (a), eleitos pela Patrulha. A reunião dos Monitores de uma Tropa chama-se Corte de Honra. - CLÃ PIONEIRO - é uma Seção, dentro do Ramo Pioneiro, masculino, feminino ou misto, sem um número fixo de membros e sem divisões. O Clã é dirigido por uma Comissão Administrativa e orientado por um Mestre Pioneiro ou casal de Mestres Pioneiros. PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL Cada Ramo possui um Plano de Desenvolvimento Pessoal, nos Guias próprios, com características específicas para cada Ramo. O Plano tem como objetivo oferecer atividades que ajudem crianças e jovens a alcançar os objetivos educacionais de cada faixa etária, de forma atraente e progressiva, sendo que cada estágio é identificado por um distintivo. SIMBOLISMO É função dos símbolos criar uma identidade entre os membros do Movimento, motivar e orientar os valores éticos do mesmo. Fazem parte do simbolismo: - Marcos Simbólicos e ambientação de cada Ramo; - O Uniforme e os distintivos; - A Flor-de-Lis e os Símbolos de cada Ramo; - Os Lemas (" Melhor Possível", " Sempre Alerta", " Servir" ); - Os sinais e Saudações (Sinal de Lobinho e Sinal Escoteiro, e como saudar); - O Aperto de Mão (com a esquerda, cruzando os dedos mínimos); - Os Totens (Bastão Totem, Bandeirolas, Forquilha); - As cerimônias (promessa, passagens, etc.) AS ATIVIDADES - O RAMO LOBO - usa como marco simbólico o Livro da Jângal, de Rudyard Kipling. As atividades incentivam a socialização pela diversão e execução de tarefas em equipe. Como oportunidade de desenvolvimento, o Lobismo oferece jogos, trabalhos manuais, interpretações, canções, etc., além da introdução em técnicas escoteiras. - O RAMO ESCOTEIRO - é baseado no estudo da natureza, vida mateira, exploração, campismo, navegação e a conquista do ar, fundamentado na vida em equipe e na participação comunitária. Concentra sua ênfase no processo de criaçào e ampliação da autonomia. A principal característica está na oportunidade de aventura. - O RAMO SÊNIOR - tem suas atividade em torno dos quatro desafios: Físico, Mental, Espiritual e Social, atendendo às características da idade de auto-afirmação, intenso desenvolvimento físico e intelectual, acentuado interesse pelo grupo de idade em relação a opiniões, aceitação e interesse pelo sexo oposto. - O RAMO PIONEIRO - é uma fraternidade de ar livre e de serviço ao próximo, funcionando como um centro de interesses, de realizações, de mútua ajuda e de serviço comunitário, promovendo atividades de campismo, excursionismo e ecológicas, culturais e sociais, estimulando o jovem a evoluir em espiritualidade e perfeição humana e atingir a maturidade como cidadão feliz e eficiente. POSTURA EDUCACIONAL DO ESCOTISTA Cabe ao Escotista uma função de orientação em que exerce o papel de irmão mais velho ou, como disse Baden Powell, de ser um "homem-menino", que se coloca ao nível das crianças e dos jovens para entender suas necessidades e interesses e no papel de adulto para supri-las. Da postura educacional do adulto e da confiança que ele inspira ao membro juvenil, depende o sucesso do seu trabalho. Compete ao escotista oferecer oportunidades para que jovens experimentem, testem, acertem, errem e concluam. Oferecendo o programa aos membros juvenis, o escotista oferece também um espaço para o desenvolvimento de potencialidades. Um espaço sadio, onde vencer não significa ser melhor do que os outros e onde o que resultar em erro não é vergonha, mas uma oportunidade para refletir sobre o que está sendo feito. Um espaço de fraternidade, alegria, espontaneidade e troca.

PAPEL DO ADULTO NO MOVIMENTO ESCOTEIRO NAS DISTINTAS LINHAS DE ATUAÇÃO Conteúdo da Unidade Escotistas Dirigentes Profissionais Pais e responsáveis Para se apronfundar mais nos PAPEL DO ADULTOS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO NAS DISTINTAS LINHAS DE ATUAÇÃO ler as Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos Os recursos adultos, com que conta a U.E.B, para o cumprimento dos seus fins estão organizados da seguinte forma: Escotistas - São os adultos responsáveis pelo desenvolvimento e aplicação do Programa de Jovens. - Possuem capacitação preestabelecida para o objetivo a que se propõem. - São designados para cargos ou funções, o que implica envolvimento direto e permanente com os jovens na aplicação do Programa. - São os Responsáveis por Seções (Chefes), Assistentes, Instrutores. Dirigentes - São os adultos responsáveis pela condução da instituição. - Possuem capacitação preestabelecida para o objetivo a que se propõem. - São eleitos ou designados para ocupar cargos ou exercer funções relacionadas com a gestão institucional. - São os membros das Diretorias, Comissões Fiscais, de Coordenações, de Equipes de Formadores. Profissionais - São os adultos contratados para cargos remunerados. - Constituem o Serviço Escoteiro Profissional. - Não são sócios da UEB. Pais e Responsáveis - São os principais responsáveis pela educação de seus filhos ou menores sob sua responsabilidade. - Decidem voluntariamente utilizar a complementação educacional oferecida pela UEB. - Devem assumir o compromisso de prestar apoio, ainda que eventual, ao Grupo Escoteiro. - São sócios contribuintes da UEB. - Devem participar ativamente do Conselho de Pais da seção e da Assembléia do Grupo. 10

A POLITICA NACIONAL DE ADULTOS - APOIO QUE É PESTADO AOS ADULTOS Conteúdo da Unidade TERMOS DE REFERÊNCIA los no Movimento Escoteiro. 11 Diretrizes gerais Os três processos da Gestão de Adutos: - Captação - Formação e - Acompanhamentos Para saber mais leia: Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos A Política Nacional para a Gestão de Adultos, no âmbito da UEB, adota os seguintes termos de referência: I - A UEB é uma associação docente, o que significa que todos os adultos a ela vinculados têm alguma espécie de compromisso com a capacitação de outros adultos, como forma de assegurar a permanência e o crescimento do Movimento Escoteiro; assim, a capacitação de adultos não é responsabilidade exclusiva de um determinado componente da estrutura organizacional da UEB nem está restrita a qualquer adulto ou grupo de adultos, em particular, mas alcança e compromete, em maior ou menor grau, a todos os adultos que se dedicam à prática do Escotismo no Brasil. II - A capacitação de um grande número de adultos para o desempenho da multiplicidade de funções envolvidas na prática do Escotismo não deve nos levar à aceitação de que se esgota, na formação, todo o esforço de uma associação docente; ao contrário, a formação é apenas um dos processos a considerar, no contexto bem mais amplo da gestão de adultos, ao lado dos processos igualmente importantes da captação de adultos que correspondam ao perfil considerado desejável e satisfatório, e de acompanhamento desses adultos, no que se refere à maneira como desempenha seu papel, durante todo o tempo em que permanecerem vinculados à UEB. A Gestão de Recursos Adultos é composta por 3 processos: Captação Formação Acompanhamento Processo de captação: A captação é uma atividade que considera a necessidade de voluntários para atuar no Movimento Escoteiro. Ela consiste em identificar necessidades, recrutar, selecionar, motivar adultos e integrá- Processo de formação: É realizado através de três etapas - das Tarefas Prévias, do Curso e da Prática Supervisionada - em cada Nível de Formação. Há três Níveis de Formação - o Nível Preliminar, o Nível Básico e o Nível Avançado - em cada Linha de Formação. As Linhas de Formação são: a Linha de Escotistas, a Linha de Dirigentes Institucionais e a Linha de Dirigentes de Formação. Processo de acompanhamento: O acompanhamento é um processo de apoio ao adulto, planejando e avaliando o seu desempenho, assim como de tomada de decisões para o seu futuro no Movimento Escoteiro..Este processo é permanente enquanto o adulto permanecer no Movimento Escoteiro. Nota: Para o exercício de função como Escotista ou Dirigente, o adulto deverá submeter-se ao Processo de Formação prevista pela U.E.B., conforme o caso. O Processo de Formação dos adultos é composto por 3 (três) linhas distintas: - Linha de Formação de Escotista - para os adultos que atuarão em cargos nessa categoria de sócio. - Linha de Formação de Dirigentes Institucionais - para os adultos que atuarão em cargos como dirigentes, na gestão dos órgãos da U.E.B. - Linha de Formação de Dirigentes de Formação - para adultos que atuarão como membros das equipes dos cursos de formação. Todos os adultos, que atuarão em uma dessas linhas, contarão com o apoio de um Assessor Pessoal de Formação e serão acompanhados continuadamente no exercício de suas funções, incluindo: a) - o apoio na tarefa; b) - a avaliação de desempenho; c) - as decisões para o futuro.

A POLITICA NACIONAL DE ADULTOS - APOIO QUE É PRESTADO AOS ADULTOS PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO Adulto a quem se reporta Assessor Pessoal Escotista/Dirigente (você) Escotista Curso Formação Elemental Módulos de aperfeiçoamentos Prática supervisionada Aperfeiçoamento Contínuo Oficinas Módulos de aperfeiçoamentos Assessor Pessoal Périodo Inicial Curso Informativo Plano Pessoal de Formação Dirigente de Formação Curso Módulos de aperfeiçoamentos Prática supervisionada Oficinas Módulos de aperfeiçoamentos Dirigente Institucional Curso Módulos de aperfeiçoamentos Prática supervisionada Oficinas Módulos de aperfeiçoamentos Acordo mútuo Nomeação Registro Promessa Início do desempenho Nível de qualificação formal (Insígnia da Madeira) Apoio na tarefa Avaliação do desempenho Decisões para o futuro Processo de acompanhamento 12

ACORDO MÚTUO Conteúdo da Unidade Vinculação ao Movimento Escoteiro Elementos Essenciais do Acordo mútuo Todo e qualquer adulto somente poderá ser considerado vinculado à UEB se tiver firmado um compromisso formal. Dependendo da atuação em que se dará a vinculação, o compromisso será formalizado por meio de: a) assinatura de um Contrato de Trabalho, nos termos definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, para os integrantes do Serviço Escoteiro Profissional; b) preenchimento e assinatura da Ficha de Inscrição de Sócio Contribuinte, no caso dos Pais e Responsáveis; e c) assinatura de um Acordo Mútuo, nos casos de Escotistas e Dirigentes. No Acordo Mútuo, serão definidos os termos, as condições e as obrigações recíprocas que disciplinarão o relacionamento entre o adulto recém admitido, o órgão ao qual está se vinculando para a prestação do serviço voluntário e o seu Assessor Pessoal de Formação. Os elementos essenciais do Acordo Mútuo são os seguintes: 1. O cargo específico que o adulto desempenhará. 2. O período do exercício do cargo. Recomenda-se que o prazo de seis meses a um ano, ou que, coincida com o final do ano em curso. 3. As condições básicas em que serão desempenhadas e as tarefas do cargo: meta para o período, pessoa a quem se reportará, adultos que dependem do seu desempenho e o tempo estimado de dedicação. 4. As diferentes ações de apoio na tarefa que a pessoa receberá, ou que lhe será colocado à disposição pela UEB, durante o desempenho do cargo. 5. Os métodos de avaliação que serão utilizados e as oportunidades em que ocorrerão as avaliações. 6. As condições a serem observadas para a renovação no cargo, a relocação ou o afastamento. O Acordo Mútuo se completa com o compromisso formal das partes de fazerem tudo o que delas dependa para levar a bom termo o compromisso assumido. Uma parte fundamental do acordo é o ingresso do adulto no Sistema de Formação, para o qual se estabelecerá um prazo. O Acordo Mútuo se expressará através de documento com algumas cláusulas padronizadas e outras variáveis, podendo ser adaptado aos diferentes níveis e situações, cujo exemplo consta no Anexo. O Acordo Mútuo deve ser firmado pelo adulto captado, pelo Diretor Presidente do nível institucional em que ele atuará e pelo seu Assessor Pessoal de Formação. 13

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ASSESSOR PESSOAL Conteúdo da Unidade O papel do Assessor Pessoal de Formação É o adulto especialmente designado para acompanhar, orientar e apoiar o adulto recém admitido em seu processo de integração e de formação. Requisitos de um Assessor Pessoal de Formação: - atua na mesma estrutura em que vai atuar o recém admitido, ou tão próximo a ela quanto possível, idealmente deve ser o adulto a quem o captado irá se reportar; - tem maior conhecimento e vivência do Movimento Escoteiro, na mesma linha em que vai atuar o recém admitido; - tem nível de escolaridade compatível com o do adulto a quem assessora; Esta homologação, que implica a dispensa de participação em algumas iniciativas de formação, deve ser informada por escrito à Diretoria Regional. - Supervisionar a participação do recém admitido no processo de formação. - Orientar a participação do recém admitido em iniciativas de formação que possam contribuir para complementar a capacitação requerida para a adequação do seu perfil àquele previsto para os que concluem o respectivo Nível de Formação. - Realizar as ações de supervisão e acompanhamento previstas durante o desempenho do recém admitido no exercício normal de suas atribuições. 16 - tem maior experiência de vida e maturidade; e - está qualificado pelo Escritório Nacional ou pela respectiva Diretoria Regional para atuar como Assessor Pessoal de Formação. Para que possa realizar seu trabalho com eficiência, nenhum adulto deve assumir o encargo de atuar como Assessor Pessoal de Formação de mais do que 4 (quatro) adultos a um só tempo. O Assessor Pessoal de Formação de um adulto recém admitido deve assumir como sua meta pessoal fazer com que aquele a quem está apoiando complete o nível de formação adequado ao pleno desempenho da função que exerce ou do cargo que ocupa. O trabalho de acompanhamento realizado pelo Assessor Pessoal de Formação consiste em: - Avaliar a experiência e o grau de capacitação que o recém admitido já possui e que podem contribuir para o desempenho das funções que se propõe a exercer ou do cargo que se dispõe a ocupar, homologando-as. - Realizar todas as ações que julgue convenientes para que seu assessorado adquira a formação requerida para o pleno cumprimento das tarefas inerentes ao seu cargo ou às suas funções. - Homologar os resultados satisfatórios alcançados pelo seu assessorado, informando à Diretoria Regional ou ao Escritório Nacional, conforme o caso, quando o assessorado completar cada nível da formação, com vistas à emissão do Certificado e à outorga do reconhecimento respectivo. - Incentivar o assessorado a prosseguir em sua formação, buscando oportunidades de aperfeiçoamento que contribuam para seu melhor desempenho.

SEÇÃO TIRA DÚVIDAS Conteúdo da Unidade Livre 17