Monitoramento da Exposição a Substâncias Químicas de Interesse Ambiental e Ocupacional Armando Meyer IESC/UFRJ
Roteiro Monitoramento ocupacional e ambiental Porque monitorar? O que é? O que medir? Onde medir? Quais os valores de referência?
Monitoramento Exposição Humana a Substâncias Químicas
FASES DA FASE DE EXPOSIÇÃO AGENTE QUÍMICO no AR ÁGUA ALIMENTOS INTOXICAÇÃO MONITORAMENTO AMBIENTAL VIAS DE INTRODUÇÃO FASE TOXICOCINÉTICA FASE TOXICODINÁMICA ELIMINAÇÃO LIGAÇÃO EM MOLÉCULAS CRÍTICAS ABSORÇÃO DISTRIBUIÇÃO BIOTRANSFORMAÇÃO LIGAÇÃO EM MOLÉCULAS NÃO-CRÍTICAS MONITORAMENTO BIOLÓGICA EFEITOS ADVERSOS EFEITOS NÃO ADVERSOS FASE CLÍNICA LESÕES PRÉ-CLINICA LESÕES CLINICA VIGILÂNCIA DA SAÚDE
Estratégias de monitoramento ocupacional de caráter preventivo Monitoramento Ambiental Monitoramento Biológico Outras estaratégias Monitoramento pré-clinico Monitoramento clinico
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL: Preferível Estabelecer limites de tolerância No Brasil: Portaria 3.214 (MT e Previ, 1978) NR15, anexo 11 EUA: Threshold Limit Value (TLV), ACGIH Substâncias no ar; Valores medianos, trabalhadores susceptíveis Trabalhadores: adultos saudáveis
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL: TLV-TWA (Time Weighted Average) Média ponderada pelo tempo; Para substâncias com efeitos de médio e longo prazo. A exposição pode ultrapassar a TLV por curto intervalo de tempo. TLV-STEL (Short Term Exposure Limit) Limite de exposição de curto prazo; Exposições de curto prazo sem ocorrência de: 1) Irritação; 2) lesão tecidual e 3) Narcose TLV-C (Ceiling) Teto; Substâncias de elevada toxicidade. Concentração não pode ser ultrapassada
Monitorização Biológica Atividade sistemática destinada a quantificar os níveis de agentes químicos e/ou seus produtos de biotransformação, ou ainda, alterações biológicas (bioquímica, fiosiológica, morfológica) que ainda não tem relação com agravo a saúde, em tecidos, fluidos, excreções, ar exalado, com o objetivo de caracterizar os riscos a saúde decorrentes da exposição a substâncias químicas Indicadores biológicos de exposição (IBE)
Existem 3 categorias de IBE Indicadores biológicos de dose interna Indicadores biológicos de efeito Indicadores biológicos de susceptibilidade
Existem 3 categorias de IBE Indicadores biológicos de dose interna Indicadores biológicos de efeito Indicadores biológicos de susceptibilidade
Indicadores Biológicos de Dose Interna Substância e/ou seus produtos de biotransformação em fluidos (sangue), excreções (urina, fezes), tecidos, outros (ar exalado, cabelo). Ex.: Chumbo no Sangue, Mercúrio na Urina, Benzeno no Ar exalado, Ác. Fórmico na urina, Chumbo em cabelo, Organoclorados em leite materno
Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposiçã ção Ocupacional a Alguns Agentes Químicos
Metais
Indicadores Biológicos de Dose Interna Exemplos METAIS Arsênio (As) arsênio na urina Cádmio (Cd) cádmio na urina Cromo (Cr) Cromo na urina
Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposiçã ção Ocupacional a Alguns Agentes Químicos
Indicadores Biológicos de Dose Interna Exemplos METAIS Mercúrio metálico (Hg 0 ) mercúrio na urina Mercúrio inorgânico (Hg 2+ ) mercúrio na urina Mercúrio orgânico (metilmercúrio MeHg) mercúrio no cabelo
Solventes
IBE - Dose Interna Exemplos - METANOL
IBE Dose Interna Exemplos ESTIRENO
Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposiçã ção Ocupacional a Alguns Agentes Químicos
Indicadores Biológicos de Efeito Quantificação das alterações biológicas (Bioquímicas, fisiológicas, morfológicas) produzidas pela interação do agente químico com o organismo. Ex.: Atividade da Acetilcolinesterase eritrocitária, Atividade da Ácido Delta-Aminolevulínico desidratase no sangue, níveis de ácido deltaaminolevulínico na urina.
Agrotóxicos
Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposiçã ção Ocupacional a Alguns Agentes Químicos
Quadro I da NR-7 Parâmetros para Controle da Exposiçã ção Ocupacional a Alguns Agentes Químicos
Anilina Benzocaína Cloratos Nitratos y nitritos Nitrofenol Plaguicidas como el propanil Nitrito de sodio
Indicadores de Susceptibilidade Diferenças (variabilidade) biológicas que confere à diferentes populações habilidades distintas de responder a exposições a agentes tóxicos. Ex.: expressão de diferentes subtipos da enzima paraoxonase, polimorfismos genéticos Porque alguns individuos adoecem e outros não?
Indicadores de Susceptibilidade - exemplos Polimorfismos gênicos Enzimas de biotransformação polimórficas
Indicadores de Susceptibilidade - exemplos Enzima paraoxonase intoxicação por inseticidas organofosforados
Indicadores de Susceptibilidade - exemplos Enzima Glutationa-S-Transferase intoxicação por metais
Monitoramento pré-clinico Biomarcadores de nefrotoxicidade marcadores funcionais (por exemplo, creatinina sérica e b2 microglobulina); prote proteínas de baixo ou alto peso molecular (por exemplo, albumina, transferina, globulina ligada ao retinol); marcadores de citotoxicidade (por exemplo, antígenos tubulares); enzimas urinárias rias (por exemplo, N-acetilglicosaminidade acetilglicosaminidade, b-galactosidade galactosidade).
Monitoramento pré-clinico Biomarcadores de neurotoxicidade Neurofisilogicos conduçã ção nervosa, eletroencefalograma Neurocomportamentais testes para funçoes motoras, cognitivas, humor e afeiçã ção Neuroqu Neuroquímicos atividade de enzimas de metabolismo de neurotransmissores, níveis de neurotransmissores
Monitoramento pré-clinico Biomarcadores de genotoxicidade micronucleo Aberra Aberraçõ ções cromossômicas micas Ensaio cometa
Testes para mutagênese Testes Testes. ABERRAÇÕ ÇÕES CROMOSSÔMICAS MICAS Mais um ensaio in vitro de curta duraçã ção Detecta mutaçõ ções estruturais Cultura Linfócitos mamíferos (roedores) Cultura Linfócitos humanos
Testes para mutagênese Testes Testes. MICRONÚCLEO CLEO Teste in vivo Eritrócitos policromático medula óssea de camundongos (ratos também) m) Divisão celular (telófase) Perda de fragmentos ou cromossomos inteiros Pequenos núcleos (micronúcleos) cleos)
Testes para mutagênese Testes Testes. ENSAIO COMETA Grande variedade de material celular Linfócitos Eletroforese Rápido e sensível Migraçã ção de fragmentos