Pressão sobre os salários continua em queda, apesar da taxa de desemprego estável Estimativa da Fipe e da Catho para a taxa de desemprego do décimo mês do ano é de 5,0%, 0,1 ponto percentual maior do que em setembro A taxa de desemprego de agosto nas seis regiões metropolitanas acompanhadas pela PME/IBGE deve ficar em 5,0% em outubro de 2014, segundo a projeção Catho-Fipe. Esse valor é 0,1 ponto percentual maior do que o registrado em setembro de 2014 e 0,2 ponto percentual menor que o registrado em outubro de 2013, o que confirma a longa trajetória de queda apresentada por este indicador. A Fipe e a Catho também apresentam nesse mês a evolução da pressão salarial, que é a razão entre o salário médio de admissão e o salário médio de desligamento. Na série dessazonalizada, esse indicador vem caindo desde meados de 2012; em setembro de 2014, último dado disponível, registrou seu menor valor desde dezembro de 2009. Isso significa que a relação entre o salário oferecido para os novos contratados tem ficado relativamente mais baixo em comparação com os salários daqueles que deixam seus empregos. Os Indicadores do Mercado de Trabalho Catho-Fipe, desenvolvidos e calculados pela Fipe em parceria com a Catho, utilizam informações do banco de dados da Catho e de outras fontes da Internet. A metodologia completa está disponível em www.fipe.org.br. http://www.catho.com.br/catho-fipe 1
Taxa de Desemprego Antecipada (PME) - Outubro/2014 Taxa de Desemprego Antecipada 5,2 5,1 5,1 4,8 4,9 4,9 4,8 4,9 5,0 4,9 4,6 4,3 5,0 Ao compilar e processar informações de currículos, anúncios de vagas e de contratações disponibilizados pela Catho, a Fipe calcula uma estimativa para a taxa de desemprego da Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE)*. A estimativa da Taxa de Desemprego Antecipada de outubro de 2014 é de 5,0%, 0,2 ponto percentual menor em relação ao mesmo mês de 2013. Este resultado, se for confirmado, representará a menor taxa de desemprego já apurada pelo IBGE para o mês de setembro desde a introdução da atual metodologia da PME, iniciada em 2002. out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 A estimativa da Taxa de Desemprego Antecipada é feita por meio da técnica do nowcasting, que utiliza dados disponibilizados em tempo real para produzir informações e estatísticas precisas, Nota: Até set/2014, valores são os divulgados pelo IBGE. Fonte: IBGE e Catho; Elaboração: Fipe sem a necessidade de esperar semanas ou meses até os institutos de pesquisa divulgarem os indicadores oficiais e defasados. No caso da Taxa de Desemprego, a Fipe cruza informações obtidas com buscas na Internet (por meio de palavras chave relacionadas a emprego, por exemplo) com informações de vagas, candidatos e contratações da Catho, além de outros dados econômicos e também a própria série da PME dos meses anteriores para estimar a taxa de desemprego do mês corrente, sempre divulgada no último dia útil do mês. * A Taxa de desemprego do IBGE é calculada com base na Pesquisa Mensal do Emprego (PME), que abrange seis regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador. http://www.catho.com.br/catho-fipe 2
Pressão salarial A comparação dos salários médios de admissão e de desligamento é útil para mostrar a dificuldade que as empresas encontram quando precisam contratar novos funcionários. Ou, por outro ângulo, mostra também a condição que os postulantes a novos empregos encontram na hora de negociar seus salários. 0,95 A medida é calculada de forma simples: é a divisão entre o salário de admissão médio pelo salário médio de todos os trabalhadores deligados em um determinado mês, segundo o Caged/MTE. Se for igual a 1, significa que em média os trabalhadores novos estão sendo contratados pelo mesmo salário daqueles que deixam seus empregos. Porém, normalmente, esse valor é menor do que 1, já que os novos contratados costumam ser menos experientes (seja na nova função, seja pela menor idade). Conforme o vínculo entre a empresa e o empregado se fortalece, o tempo passa e aumentos salariais permitem o crescimento da remuneração. Portanto, quanto maior a pressão salarial, maior o aperto no mercado de trabalho. Os dados exibidos no gráfico da próxima página mostram a série dessazonalizada da Pressão Salarial para o Brasil desde 2007. Durante a crise financeira de 2008-2009 houve forte queda nesse indicador, que voltou a subir em 2010 e atingiu o pico de 0,941 em abril de 2014. A partir de então, lentamente, a pressão salarial apresenta tendência de queda e já está ligeiramente menor do que a média do período 2007-2014. 0,94 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,87 0,86 0,85 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Caged/MTE. Elaboração: Fipe. Nota: Série dessazonalizada e média móvel de 3 meses. Média 2007-2014 http://www.catho.com.br/catho-fipe 3
Pressão salarial Na comparação por Unidades da Federação, as maiores pressões salariais de setembro foram registradas no Acre (0,980), no Mato Grosso do Sul (0,958) e no Maranhão (0,956), enquanto as menores ficaram em Pernambuco (0,836), Sergipe (0,838) e Rondônia (0,850). São Paulo (0,923) teve uma pressão maior do que a média nacional, enquanto que o Rio de Janeiro (0,902) registrou um nível menor do que o do país como um todo. 0,980 0,956 0,958 0,884 0,893 0,900 0,900 0,902 0,906 0,909 0,915 0,915 0,915 0,916 0,923 0,923 0,924 0,925 0,931 0,933 0,938 0,938 0,939 0,910 0,866 0,836 0,838 0,850 Santa Catarina Alagoas Amazonas Rondônia Sergipe Pernambuco Fonte: Caged/MTE. Elaboração: Fipe. Distrito Federal Rio Grande do Norte Rio de Janeiro Paraná Amapa Piaui Goiás Roraima Rio Grande do Sul Tocantins São Paulo Ceará Bahia Paraíba Minas Gerais Mato Grosso Espírito Santo Para Maranhão Mato Grosso do Sul Acre Brasil http://www.catho.com.br/catho-fipe 4
Indicadores do Mercado de Trabalho Catho-Fipe Metodologia disponível em: www.fipe.org.br Séries históricas disponíveis para download em: www.catho.com.br/catho-fipe Para mais informações: cathofipe@fipe.org.br http://www.catho.com.br/catho-fipe 5