Ciclos Biogeoquímicos DEFINIÇÃO Trata-se de movimentos cíclicos que envolvem elementos químicos presentes no meio biológico e o ambiente geológico; Elementos que são necessários ao desenvolvimento dos tecidos vivos; BIO GEO QUÍMICOS Porque os organismos vivos interagem no processo de síntese orgânica e decomposição dos elementos Porque o meio terrestre é a fonte principal dos elementos Porque são ciclos de elementos químicos
Elementos químicos mais presentes nos seres vivos ( % por peso) Fonte: BIOLOGIA BSCS: versão Verde, vol.1, 1979
Ciclos Gasosos - o depósito está na atmosfera ou hidrosfera, composto dos seguintes nutrientes: Oxigênio Carbono Nitrogênio Reservatório é a atmosfera Grande reservatório está na hidrosfera, na forma de gás carbônico, embora também esteja presente na atmosfera; Reservatório é a atmosfera. Ciclos Sedimentares - depósito está na crosta terrestre, composto dos seguintes nutrientes: Água Os depósitos são o mar, rios, lagos, rochas sedimentares. Fósforo Os reservatórios são as rochas formadas em remotas eras geológicas. Enxofre O maior reservatório são as rochas e sedimentos.
As principais características observadas nos ciclos biogeoquímicos são: Um deposito, ou reservatório (Atmosfera ou litosfera); Inclusão dos seres vivos (vegetais, animais e microrganismos); Câmbios químicos; Movimento do elemento químico desde o meio físico até os organismos e seu retorno a este. Para a ecologia, o fator mais importante de um ciclo biogeoquímicos é o fato de que os componentes bióticos e abióticos aparecem intimamente entrelaçados.
Desta forma os ciclos biogeoquímicos podem ser divididos em dois tipos: Ciclos (de nutrientes) gasosos Cujo depósito ou reservatório geológico é a atmosfera: (rápidos e fechados quase não ocorre perda de elementos nutrientes) - Ciclo do Carbono; - Ciclo do Oxigênio; - Ciclo do Nitrogênio Ciclos (de nutrientes) sedimentares Cujo reservatório geológico são as rochas sedimentares: ( lentos devido o seu acesso limitado aos seres vivos) - Ciclo do Fósforo; - Ciclo do Enxofre.
CICLO DO CARBONO O elemento carbono (C) é o principal constituinte de tudo o que é orgânico e embora o dióxido de carbono (CO2) represente apenas 0,35% dos gases que compõem a atmosfera, o carbono é um elemento que nos últimos anos tem provocado mudanças profundas em todo a terra. O Ciclo do carbono se inicia a partir do momento em que as plantas, ou outros organismos autótrofos, absorvem o gás carbônico da atmosfera e o utilizam na fotossíntese (ou quimiossíntese no caso de alguns organismos) incorporando-o às suas moléculas. Então o carbono passa para o próximo nível trófico quando os animais herbívoros ingerem as plantas e absorvem parte do carbono incorporado na forma de açúcares.
Ciclo do Carbono Uma parte do CO2 do ar combina-se com a chuva formando ácido carbônico (H2CO3). No solo, este passa a bicarbonato de (HCO3) e, posteriormente, a carbonato (CO3). Este reage com os ácidos existentes no solo, liberando CO2 para a atmosfera.
Parte dos restos de animais e vegetais pode não sofrer decomposição e transformar-se em combustíveis fósseis (carvão e petróleo). Boa parte do carbono que estava preso durante milhões de anos nessas substâncias, está sendo devolvido à atmosfera, através da queima de combustíveis. Em conseqüência destas queimas, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou nos últimos anos
Ciclo do Carbono
EFEITO ESTUFA O efeito estufa é hoje uma das principais preocupações de governos e de instituições internacionais ligadas ao problema ambiental.
Resultados de medições de concentração a partir de 1750, obtidos pela análise de ar contido em camada de gelo polar, e informações sobre o estoque florestal, obtidos do exame de anéis de crescimento de árvores, permitiram estabelecer uma base de informações da qual se pode deduzir a contribuição dos combustíveis fósseis para o carbono atmosférico Fonte: Ferreira. em http://ecen.com/eee26/emis_omar.htm. pesquisado em 15/01/09
O carbono emitido pelas fontes bióticas e pelo uso da energia é parcialmente absorvido nos sumidouros naturais (biomassa e oceanos), ficando o restante na atmosfera. Esta última parte é a causa das preocupações a curto prazo. Naturalmente é impossível carimbar o carbono conforme sua origem, de forma que um confronto entre a emissão e a retenção na atmosfera referir-se-á ao carbono total em circulação. Fonte: Ferreira. em http://ecen.com/eee26/emis_omar.htm. pesquisado em 15/01/09
CICLO DO OXIGÊNIO O Oxigênio se distribui em três reservatórios: a atmosfera (os gases que rodeiam a superfície da terra), a biosfera (os organismos vivos e o seu ambiente próximo) e a litosfera (a parte sólida exterior da terra) O oxigênio é o elemento mais abundante na crosta terrestre e nos oceanos, e o segundo na atmosfera; Na atmosfera encontra-se como oxigênio diatômico/oxigênio molecular (O2), dióxido de carbono (CO2), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de enxofre (SO2), etc.
Ciclo do Oxigênio
FLUXO DO OXIGÊNIO A maior fonte do oxigênio presente na atmosfera e biosfera vem da fotossíntese que transforma dióxido de carbono e água em oxigênio e açúcar; 6CO 2 + 6H 2 O + energia C 6 H 12 O 6 + 6O 2 O oxigênio também tem um ciclo entre a biosfera e a litosfera, através das conchas de carbonato de cálcio (CaCO 3 ) produzidas por organismos marinhos A fotossíntese nos oceanos contribui aproximadamente com 45% do oxigênio total livre no ciclo do oxigênio. O crescimento da população de organismos que fazem fotossíntese é limitada principalmente pela disponibilidade de fósforo dissolvido
CICLO DO NITROGÊNIO O nitrogênio é um componente que entra na composição de duas moléculas orgânicas de considerável importância para os seres vivos: as proteínas e os ácidos nucléicos. Embora presente em grande concentração no ar atmosférico, essencialmente na combinação molecular N2, poucos são os organismos que o assimilam nessa forma. Apenas certas bactérias e algas cianofíceas podem retirá-lo do ar na forma de N2 e incorporá-lo às suas moléculas orgânicas. Algumas bactérias nitrificantes na superfície do solo realizam a conversão do nitrogênio, transformam a amônia em nitratos, disponibilizando esse elemento diretamente às plantas e indiretamente aos animais, através das relações tróficas: produtor e consumidor.
CICLO DO FÓSFORO o ciclo do fósforo é mais simples do que os ciclos do carbono e do nitrogênio, pois não existem muitos compostos gasosos de fósforo, apenas um composto de fósforo realmente importante para os seres vivos que é o íon fosfato O fósforo é o material genético constituinte das moléculas dos ácidos ribonucléico (RNA) e desoxirribonucléico (DNA) e componente dos ossos e dentes. O fósforo aparece principalmente na forma de fosfato (PO4-3), obtido a partir da degradação das rochas (minerais). Drenado gradativamente para o mar, o fosfato passa por processos de sedimentação, sendo incorporado às rochas. Podendo retornar ao ecossistema terrestre por meio dos processos geológicos, como a elevação do leito no mar ou o rebaixamento do nível das águas.
Observação Existem dois ciclos do fósforo que acontecem em escalas de tempo bem diferentes. Uma parte do elemento recicla-se localmente entre o solo, as plantas, consumidores e decompositores, em uma escala de tempo relativamente curta, que podemos chamar ciclo de tempo ecológico. Outra parte do fósforo ambiental sedimenta-se e é incorporada às rochas; seu ciclo envolve uma escala de tempo muito mais longa, que pode ser chamada ciclo de tempo geológico.
CICLO DA ÁGUA Pode definir-se ciclo hidrológico como a seqüência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera, na fase de vapor, e regressa àquele, nas fases líquida e sólida. A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce, onde 77% está congelada, 22% compõem-se de água subterrânea, o restante esta na atmosfera, animais, plantas. Apenas 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso A água é uma das matérias-primas da fotossíntese: seus átomos de hidrogênio irão fazer parte da glicose fabricada, e seus átomos de oxigênio se unem para formar o O2 (gás oxigênio) liberado para a atmosfera
O grande problema dos recursos hídricos é a sua irregularidade no que se refere A distribuição espacial e as demandas.
Situação do Brasil
ETAPAS DO CICLO HIDROLÓGICO
ALTERAÇÕES NO CICLO O desmatamento e a retirada da cobertura vegetal deixa o solo desprotegido, facilitando a erosão e o assoreamento dos rios, lagos e lagoas A erosão do solo deixa-o impróprio para a agricultura e atividades pastoris e o assoreamento dos rios pode provocar enchentes catastróficas
LINKS http://www.youtube.com/watch?v=xczydpd wc6a&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=b0zoum2 CKZE&feature=related
Alterações no Ciclo da Água Retiramos grandes quantidades de água doce de córregos, lagos e fontes subterrâneas; Removemos a vegetação para dar lugar à agricultura, à mineração, à construção de estradas e às edificações,além de outras atividades; por vezes, cobrimos a terra com prédios, concreto ou asfalto. Isso aumenta o escoamento, diminui a infiltração quer reabastece as águas subterrâneas, eleva o risco de enchentes, acelera a erosão e provoca deslizamentos de terra. Também aumentamos a ocorrência de enchentes ao destruir as áreas alagadiças, que atuam a como esponjas ao absorver e reter as correntes de água; Adicionamos à água nutrientes (como fosfatos e nitratos encontrados nos fertilizantes) e outros poluentes. Essa sobrecarga de nutrientes para as plantas pode alterar ou prejudicar os processos naturais que purificam a água.
Alterações no Ciclo do Carbono Removendo árvores e outras plantas que absorvem CO2 pela fotossíntese antes que elas possam crescer novamente; Adicionando grandes quantidades de CO2 por meio da queima de combustíveis fósseis e madeira.
Alterações no Ciclo do Nitrogênio Adicionamos grandes quantidades de óxido nítrico (NO) na atmosfera quando ocorre a combinação de N2 e O2 ao queimarmos qualquer combustível fóssil a altas temperaturas. Na atmosfera, esse gás pode ser convertido em dióxido de nitrogênio (NO2) e em ácido nítrico (HNO3), os quais retornam à superfície da Terra na forma da prejudicial deposição ácida, mais conhecida como chuva ácida. Adicionamos o óxido nitroso (N2O) à atmosfera por meio da ação da bactéria anaeróbica nos resíduos de criações e fertilizantes inorgânicos comerciais aplicados no solo. Esse gás pode esquentar atmosfera e esgotar o ozônio na estratosfera.
Alterações no Ciclo do Nitrogênio O nitrato nos fertilizantes orgânicos pode lixiviar através do solo e contaminar as águas subterrâneas. Essa água contaminada é prejudicial à saúde, especialmente de bebês e crianças pequenas; Ao destruirmos florestas, campos e áreas alagadiças, liberamos na atmosfera grandes quantidades de nitrogênio armazenado no solo e nas plantas em forma de compostos gasosos; Prejudicamos os ecossistemas aquáticos com a adição de nitratos em excesso nos escoamentos agrícolas e com as descargas dos sistemas de esgoto municipais; Retiramos o nitrogênio da camada superficial do solo ao colher safras ricas em nitrogênio, irrigar as plantações, queimar ou remover a vegetação de campos e florestas antes de efetuar o plantio.
Alterações no Ciclo do Fósforo Extraímos grandes quantidades de rochas de fosfato para fabricar detergentes e fertilizantes inorgânicos; Reduzimos o fosfato disponível nos solos tropicais ao devastarmos florestas tropicais; Destruímos os ecossistemas aquáticos com fosfatos provenientes do escoamento de resíduos de animais e fertilizantes e descargas dos sistemas de tratamento de esgoto.