MONITORAMENTO EDÁFICO HÍDRICO

Documentos relacionados
MONITORAMENTO EDÁFICO HÍDRICO

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da Cor pelo método espectrofotométrico - comprimento de onda único LQ: 10 CU

Portaria IAP nº 259 DE 26/11/2014

Documento Assinado Digitalmente

Reserva Particular do. Patrimônio Natural

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Química das Águas - parte 2

I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - COBESA

Saneamento I. João Karlos Locastro contato:

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Química das Águas - parte 2

Documento Assinado Digitalmente

Química das Águas - parte 2

Documento Assinado Digitalmente

Diagnóstico da qualidade química das águas superficiais e subterrâneas do Campus Carreiros/FURG.

IMPACTOS AMBIENTAIS DA PISCICULTURA DE TANQUE ESCAVADO NO RESERVATÓRIO ITAPARICA, SEMIÁRIDO PERNAMBUCANO

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia

Documento Assinado Digitalmente

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Amônia e Nitrogênio Amoniacal Destilação/Titulometria LQ: 3,00mg/L

RELATÓRIO DO PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DO ECO PARQUE DO RELVÃO

Ciências do Ambiente

SECRETARIA DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE PORTARIA N.º 05/89 - SSMA

Processo Nº PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS Mod:18.

A Qualidade da Água Superficial e Subterrânea

Ciências do Ambiente

SUMÁRIO. Capítulo 1 ESCOPO DA FERTILIDADE DO SOLO... 1

.-, FATMA MUNICIPIO:

Documento Assinado Digitalmente

Boletim de Serviço é uma publicação do Instituto Estadual do Ambiente,

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

PROBLEMAS COM METAIS PESADOS

ESCOPO DA HABILITAÇÃO REBLAS - ABNT NBR ISO/IEC 17025

Parâmetros de qualidade de água SANEAMENTO AMBIENTAL EXPERIMENTAL TH 758

LISTA DE ENSAIOS SOB ACREDITAÇÃO FLEXÍVEL INTERMÉDIA

Matriz I Acreditação Flexível Intermédia - Lista de Ensaios Acreditados Acreditação Nº L Data:

CONTAMINAÇÃO NA ÁGUA SUBTERRÂNEA PROVOCADA PELO LIXIVIADO DE ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

MONITORIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NOS AÇORES: RESULTADOS PRELIMINARES. Manuela Cabral, Marisa Domingos, Manuela Macedo, J.

MONITORAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO BENFICA COM VISTAS À SUA PRESERVAÇÃO

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

ph, 25oC... Escala de Sorensen 6,5-8,5 5,5-9,0 5,5-9,0 Cor (após filtração simples)... mg/l, escala Pt-Co 10 O) (O) (O) 200

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO

ENGIE BRASIL ENERGIA S/A COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA - CTJL

6 - Dados. TH036 - Gerenciamento de RH

TRATAMENTO DO EFLUENTES

Ambientes de água doce. Esses se dividem em ambientes: -Lóticos: água corrente -Lênticos: água parada

Lista de Ensaios Acreditados Sob Acreditação Flexível Referente ao Anexo Técnico Acreditação Nº L (Ed.20 Data: )

Poluição Ambiental Poluição Hídrica

Documento Assinado Digitalmente

Caracterização da Situação de Referência. Pedreiras de Lourosa

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM QUALIDADE DA ÁGUA

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Alumínio Total pelo método colorimétrico LQ: 0,008 mg/l

Reabilitação da célula de lamas não estabilizadas da ETAR de Alcanena Sessão Pública no Concelho de Alcanena

Depende do alimento. Depende do alimento. Método interno. Método interno. Depende do alimento. Depende do alimento. Método interno.

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

INFLUÊNCIA DO LANÇAMENTO DE ESGOTO ORGÂNICO NAS CARACTERÍSTICAS LIMNOLÓGICAS DE CÓRREGOS AFLUENTES DO RIO CAMANDOCAIA, AMPARO/SP ETAPA II

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Campina Grande-PB

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

Caracterização das Águas Residuárias das Principais ETAs do Estado da Paraíba

LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DO AMBIENTE

Boletim de Serviço é uma publicação do Instituto Estadual do Ambiente,

RELATÓRIO DO PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DO ECO PARQUE DO RELVÃO

ECAP 65 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA SELEÇÃO VARIÁVEIS DA QUALIADE DA ÁGUA

Derivação de Critérios de Qualidade da Água para Substâncias Químicas no Brasil- Avanços e Desafios

CENTRO TECNOLÓGICO DO COURO SENAI PESQUISA APLICADA PARA A INDÚSTRIA NO PORTFÓLIO DOS SERVIÇOS CT COURO SENAI

Documento Assinado Digitalmente

ENGIE BRASIL ENERGIA S/A COMPLEXO TERMELÉTRICO JORGE LACERDA - CTJL

Lista de Ensaios Acreditados Sob Acreditação Flexível

DOCUMENTO AUXILIAR DA QUALIDADE PREÇOS DOS PARÂMETROS DE ENSAIO Águas para Consumo Humano

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da Demanda Química de Oxigênio pelo método colorimétrico com refluxo fechado

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA DE CORPO HÍDRICO E DE EFLUENTE TRATADO DE ABATEDOURO DE BOVINOS

FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DA ÁGUA EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS COM PLANTIOS DE EUCALIPTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIVATES LABORATÓRIO UNIANÁLISES Sistema de Gestão da Qualidade INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAGEM

Uso de PEP's para Controle da Qualidade de Ensaios Ambientais na CMPC Celulose Riograndense

RESOLUÇÃO ARSAE-MG 45, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2014.

Escola Politécnica da USP PHD Aula 2 Legislação sobre Reúso de Água

NBR ISO/IEC 17025:2005

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ALGUNS AFLUENTES DO RIO IGUAÇU NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE UMA FONTE NA SAPUCAIA.

ESCLARECIMENTOS. Água do Rio Doce e do mar Bioacumulação de peixes Diálogo

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA DE UM POÇO TUBULAR LOCALIZADO NO SÍTIO VÁRZEA NO MUNICÍPIO DE GURJÃO-PB

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N / Processo Comercial N 10572/2018-1

Poluição Ambiental Poluição Hídrica. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

AMBIENTAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE RIBA DE AVE

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N / Processo Comercial N 12186/2017-4

Poluição Ambiental Nitrogênio e Fósforo. Prof. Dr. Antonio Donizetti G. de Souza UNIFAL-MG Campus Poços de Caldas

Documento Assinado Digitalmente

PG001A6 LISTA DE ENSAIOS SOB ACREDITAÇÃO FLEXÍVEL INTERMÉDIA

ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA NO CÓRREGO ANDRÉ, MIRASSOL D OESTE MT 1

RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N / Processo Comercial N 11232/2016-1

QUALIDADE DA ÁGUA DO AÇUDE EURÍPEDES NA CIDADE DE QUIXADÁ-CE: UMA ANÁLISE DOS PARÂMETROS FÍSICO- QUÍMICOS

RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA - CEPIC INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Transcrição:

MONITORAMENTO EDÁFICO HÍDRICO A Veracel realiza monitoramento dos solos e da água de rios nas áreas de influência dos plantios de eucalipto, com o objetivo de acompanhar os impactos da atividade silvicultural em microbacias cultivadas com eucalipto. Por meio de coleta de amostras e avaliação de diversos parâmetros de qualidade da água e solo, este monitoramento permitirá acompanhamento temporal, gerando informações e dados indicadores da adequação das práticas de manejo adotadas pela empresa. Dentre os rios existentes na região, os rios Buranhém, Caraíva, Santo Antônio, Santa Cruz e São José do Rio Salsa apresentam grande importância ao empreendimento, uma vez que estão sob influência direta dos plantios ou inseridos no escopo do projeto. As áreas destinadas ao monitoramento edáfico hídrico da região sob influência dos plantios estão definidas em 11 pontos amostrais, sendo as amostras das análises de qualidade de água superficial coletadas nos rios: São José do Rio Salsa - código: SS; Santo Antônio (Projeto Putumuju e Ponto Central) - códigos: SA- 01 e SA-02; Santa Cruz- código: SC; Buranhém - código: BN; Caraívas - código: CV; Poço Microbacia (Projeto Perobas II) - código: PP. As amostras de água subterrânea e de solos são coletada em pontos dos projetos Putumuju II (PT), Oiti (OT), Liberdade (LI) e Peroba II (PP). Estas amostras são coletadas à jusante dos plantios da Veracel, visando acompanhar o padrão de água e possíveis contaminações dos mananciais por Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 2

Glifosato (controle ervas daninhas) e Sulfuramida (controle de formigas cortadeiras), principais produtos utilizados no manejo florestal pela empresa. São analisados parâmetros físico-químicos, teste de nutrientes e determinação de metais nas amostras evidenciando presença ou traços de Glifosato ou Sulfuramida. Para comparação dos parâmetros e a caracterização da qualidade das águas são considerados os padrões adotados pela Resolução CONAMA 357/2005 a qual dispõe sobre a classificação dos corpos d água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamentos de efluentes e dá outras providências. Para efeito de comparação dos resultados, foi considerado os limites preconizados para águas doces de classe 2, conforme disposto no artigo 42 da referida Resolução. Especificamente para o ponto Peroba III PP foram adotados parâmetros físicos e químicos para o monitoramento, os quais permitem avaliar a qualidade das águas subterrâneas e, caso existente, os níveis de contaminação. Vale ressaltar que foi utilizado, para a caracterização da qualidade das águas subterrâneas, os Valores Máximos Permitidos (VMP) estabelecidos no anexo I, nível para consumo humano da Resolução CONAMA n.º 396/08 e, em complementação, também ao CONAMA 420/2009. Para caracterizar a qualidade dos solos e avaliar um possível grau de contaminação nos pontos de coleta, foram adotados parâmetros físicos, químicos e ecotoxicológicos. Estes resultados, por sua vez, foram comparados aos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 420/2009 (valores de investigação (VI) estabelecidos para uso agrícola ). Os resultados apresentados a seguir, são referentes à campanha amostral realizada em setembro de 2010. Os parâmetros avaliados, os resultados obtidos e os limites preconizados legalmente pelas Resoluções pertinentes para as análises de água estão apresentados nas tabelas 01 e 02. Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 3

Tabela 01: Resultado dos parâmetros físico-químicos coletados durante a campanha de setembro/2010. Conama 357/05 PARÂMETROS BN CV SA-01 SA-02 SC SS Classe 2 Temperatura (ºC) 26,8 24,9 23,4 23,6 25,1 24,3 - ph 6,02 5,29 5,94 5,94 6,22 6,99 6 9 OD (mg/l) 7,0 7,0 6,8 7,2 7,9 7,0 >5,0 Eh (µs/cm) 503 231 538 290 540 223 - Salinidade (% ) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - DBO (mg/l) <2 <2 3 3 3 <2 5 mg/l DQO (mg/l) <5 <5 11 16 7 <5 - Condutividade µs/cm) 104 68 112 77 132 378 - Sól. Suspensos (mg/l) <3 <3 <3 <3 4 3 - Sólidos Totais (mg/l) 82 87 96 75 124 245 - Sól.Totais Dissolvidos (mg/l) 62 61 78 59 40 216 500 mg/l Alcalinidade Total <10 <10 <10 <10 10 23 - Cor Real (APHA) 38 24 56 50 59 27 75 Cor Aparente (APHA) 47 61 71 68 89 70 - Turbidez (NTU) <2 4,0 <2 2,8 3,4 <2 100 NTU N-NH3 (Nit. Amoniacal) mg/l 0,10 <0,05 0,17 0,21 0,07 <0,05 2,0 mg/l N-Nitrito (mg/l) <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 1 mg/l N-Nitrato (mg/l) <0,1 <0,1 0,2 <0,1 <0,1 <0,1 10 mg/l Nitrogênio Kjeldahl (mg/l) 2,5 1,2 1,9 1,1 1,5 1,4 - Fósforo Total (mg/l) 0,1 <0,1 0,1 0,2 0,3 <0,1 0,1 mg/l Sulfato (mg/l) 2 2 8 4 3 3 250 mg/l Cloreto (mg/l) 18 13 14 13 21 14 250 mg/l Clorato (mg/l) <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 - Alumínio Dissolvido (mg/l) 0,01 0,07 0,05 0,14 0,09 0,03 0,1 mg/l Bário Total (mg/l) 0,05 0,03 0,04 0,06 0,06 0,01 0,7 mg/l Cádmio Total (mg/l) <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,001 mg/l Cálcio Total (mg/l) 2,4 1,7 6,0 2,3 3,1 44 - Cobalto Total (mg/l) <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,05 mg/l Cobre Dissolvido (mg/l) <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 <0,005 0,009 mg/l Chumbo Total (mg/l) <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,01 mg/l Ferro Total (mg/l) 0,36 0,81 0,51 0,67 0,87 0,10 - Ferro Dissolvido (mg/l) 0,11 0,50 0,32 0,62 0,43 0,07 0,3 mg/l Magnésio Total (mg/l) 2,0 1,3 3,2 1,9 3,1 23 - Manganês Total (mg/l) 0,02 <0,01 <0,01 <0,01 0,04 <0,01 0,1 mg/l Mercúrio Total (mg/l) <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 <0,0002 0,0002 mg/l Molibdênio Total (mg/l) <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 - Níquel Total (mg/l) <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,02 mg/l Potássio Total (mg/l) 2,1 1,1 0,66 0,91 1,4 0,35 - Sódio Total (mg/l) 11 7,3 8,7 7,0 14 8,0 - Zinco Total (mg/l) <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 0,18 mg/l Glifosato (µg/l) <60 <60 <60 <60 <60 <60 65 µg/l Sulfuramida (µg/l) <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 - Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 4

Tabela 02- Resultados dos parâmetros físico-químicos na amostra coletada no poço Peroba III. PARÂMETROS PP Conama 396/08 Anexo I (Dessedentação de Animais) CONAMA 420/09 Valores de Investigação Temperatura (ºC) 21,3 - - ph 5,49 - - OD (mg/l) 7,9 - - Eh (µs/cm) 450 - - Salinidade (% ) 0,0 - - DBO (mg/l) <2 - - DQO (mg/l) 6 - - Condutividade (µs/cm) 58 - - Sól. Suspensos (mg/l) <3 - - Sólidos Totais (mg/l) 64 - - Sól.Totais Dissolvidos (mg/l) 40 - - Alcalinidade Total <10 - - Cor Real (APHA) 51 - - Cor Aparente (APHA) 78 - - Turbidez (NTU) 2,7 - - N-NH3 (Nit. Amoniacal) mg/l <0,05 - - N-Nitrito (mg/l) <0,1 10 mg/l - N-Nitrato (mg/l) <0,1 90 mg/l 10 mg/l Nitrogênio Kjeldahl (mg/l) 1,6 - - Fósforo Total (mg/l) <0,1 - - Sulfato (mg/l) 3 1000 mg/l - Cloreto (mg/l) 12 - - Clorato (mg/l) <0,1 - - Alumínio Dissolvido (mg/l) 0,23 5 mg/l - Bário Total (mg/l) 0,02-0,7 mg/l Cádmio Total (mg/l) <0,005 0,05 mg/l 0,005 mg/l Cálcio Total (mg/l) 0,75 - - Cobalto Total (mg/l) <0,01 1 mg/l 0,07 mg/l Cobre Dissolvido (mg/l) <0,005 0,5 mg/l - Chumbo Total (mg/l) <0,01 0,1 mg/l 0,01 mg/l Ferro Total (mg/l) 0,32-2,45 mg/l Magnésio Total (mg/l) 1,1 - - Manganês Total (mg/l) <0,01 0,05 mg/l 0,4 mg/l Mercúrio Total (mg/l) <0,0002 0,01 mg/l 0,001 mg/l Molibdênio Total (mg/l) <0,05 0,15 mg/l 0,07 mg/l Níquel Total (mg/l) <0,01 1 mg/l 0,02 mg/l Potássio Total (mg/l) 0,51 - - Sódio Total (mg/l) 6,5 200 mg/l - Zinco Total (mg/l) <0,02 24 mg/l 1,05 mg/l Glifosato (µg/l) <60 500 µg/l - Sulfuramida (µg/l) <0,1 - - Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 5

Em desacordo com a Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces de classe 02, foram observados valores de ph abaixo do limite preconizado nos rios Caraíva e Santo Antônio (pontos 01 e 02). No entanto, o histórico da região retrata a ocorrência de inúmeras substâncias minerais, fato que pode estar relacionado à presença do ph ácido. Outro fato a ser considerado é que apenas valores abaixo de 4,4 podem indicar presença de acidez verdadeira. A variação do ph no meio aquático está relacionada com a dissolução de rochas, absorção de gases da atmosfera, oxidação da matéria orgânica e fotossíntese. Com relação ao estado trófico, as concentrações de fósforo total encontradas ultrapassaram o limite de 0,1 mg/l estabelecido pela Resolução CONAMA 357, 2005 para águas doces de classe 02, nos rios Santo Antônio (SA-02) e Santa Cruz. Os compostos de fósforo são fatores de relevância à vida dos organismos aquáticos. A origem antropogênica é oriunda dos despejos domésticos, detergentes, excrementos de animais e fertilizantes. Concentrações muito elevadas destes constituintes em longo prazo (ambientes hipertróficos) provocam queda nos índices de sobrevivência dos organismos aquáticos devido ao desenvolvimento do fenômeno da eutrofização. Entre os metais, os elementos que apresentaram valores acima dos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 357, 2005 para águas doces de classe 2 foram o Alumínio Dissolvido (Rio Santo Antônio SA-02) e o Ferro Dissolvido (Caraíva, Santo Antônio (pontos 01 e 02) e Santa Cruz). A presença desses metais já faz parte do histórico de resultados encontrados nessa área de monitoramento. Essas ocorrências são comuns à qualidade da água e estão relacionadas às características geológicas da região. Reforçando essa percepção, pode-se observar valores elevados desses compostos ao se analisar o solo dos pontos monitorados. Os resultados das amostras de solo encontram-se na tabela 3. Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 6

Tabela 3: Resultados dos ensaios realizados na matriz solo. PARÂMETROS PT OT LI PP CONAMA 420/09 Uso Agrícola VP VI Alumínio Total (mg/kg) 2463 3113 5669 3486 - - Bário Total (mg/kg) <1 <1 <1 <1 150 300 Cádmio Total (mg/kg) <1 <1 <1 <1 1,3 3 Cálcio Total (mg/kg) 328 282 632 471 - - Cobalto Total (mg/kg) <2 <2 <2 <2 25 35 Cobre Total (mg/kg) 2 2 <1 1 60 200 Chumbo Total (mg/kg) <10 <10 <10 <10 72 180 Ferro Total (mg/kg) 6976 4172 2547 3163 - - Magnésio Total (mg/kg) 41 65 74 46 - - Manganês Total (mg/kg) 11 4 9 16 - - Mercúrio Total (mg/kg) 0,05 <0,05 0,07 0,06 0,5 12 Molibdênio Total (mg/kg) <5 <5 <5 <5 30 50 Níquel Total (mg/kg) <5 <5 <5 <5 30 70 Potássio Total (mg/kg) 33 50 32 29 - - Sódio Total (mg/kg) 31 49 40 31 - - Zinco Total (mg/kg) 3 4 2 3 300 450 Glifosato (mg/kg) <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 - - Sulfuramida (µg/kg) <10 <10 <10 <10 - - AOX (mg/kg) 0,02 0,02 0,03 0,03 - - Toxicidade Aguda Daphnia similis (CE 50%) >100 89,6 >100 >100 - - Toxicidade Crônica Ceriodaphnia dubia CENO (%) <6,25 <6,25 <6,25 25,0 - - CEO (%) 6,25 6,25 6,25 50,0 - - VC (%) 6,25 6,25 6,25 37,5 - - Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 7

Todos os metais analisados estiveram de acordo com os limites preconizados pela Resolução CONAMA 420/2009, a qual dispõe sobre critérios e valores orientadores da qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas. As concentrações de compostos organoclorados adsorvíveis representados pelo seu somatório (AOX) apresentaram resultados entre 0,02 e 0,03 mg/kg. Esses valores podem ser considerados como insignificantes ou como valores naturais. Todas as amostras analisadas não apresentaram concentrações dos compostos orgânicos Glifosato e Sulfuramida. Por conseguinte, os resultados analíticos foram reportados como menor que o limite de quantificação do método. A análise ecotoxicológica sempre deve ser vista como uma ferramenta de apoio na análise ambiental. Para se avaliar melhor os resultados ecotoxicológicos encontrados, uma série temporal de dados mais abrangente, pode revelar alguma relação ainda não vista. O monitoramento anual faz-se necessário para uma constância dos resultados e consequentemente um melhor entendimento dos mesmos e melhoria nos processos de manejo, principalmente no que diz respeito a correlação entre os dados químicos e biológicos, os quais por muitas vezes podem não existir. Além disso, as anormalidades, observadas no presente trabalho, se persistentes, devem ser investigadas para uma maior eficiência de ação mitigadora, se cabível. Monitoramento Edáfico-Hídrico Julho/2009 8