Relatório de Gestão JULHO/2012



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Transcrição:

Relatório de Gestão JULHO/2012

PODER EXECUTIVO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA ANUAL RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011 Relatório de Gestão do exercício de 2011 apresentado aos órgãos de controle interno e externo como prestação de contas anual a que esta Unidade está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo com as disposições da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, das Decisões Normativas TCU nº 108/2010 e TCU nº 117/2011, das Portarias TCU n 123/2011 e CGU n 2.546/2010, além do documento Dicas para Elaboração do Relatório de Gestão 2011 divulgado pelo TCU. Rio de Janeiro, 07/2012

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RI D.E C.A C.F P.N E&P G&E RTC RTCP SMS TIC P&D CVM SOX FEBRABAN CDES BNDES IABr OCDE OPEP BPD LGN GNL CFM MPC ANTAQ EBN NORMAM ANAC IFRS IASB MW LIBOR STF STJ CNPE GLP ANP ANEEL IBAMA SPE R/P IRR BOE BOED Relacionamento com Investidores Diretoria Executiva Conselho de Administração Conselho Fiscal Plano de Negócio Exploração e Produção Gás e Energia Refino, Transporte e Comercialização Refino, Transporte, Comercialização e Produção Segurança, Meio Ambiente e Saúde Tecnologia da Informação e Telecomunicações Pesquisa e Desenvolvimento Comissão de Valores Mobiliários Sarbanes-Oxley Federação Brasileira das Associações de Bancos Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Instituto Aço Brasil Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico Organização dos Países Exportadores de Petróleo Barris de Petróleo Dia Líquidos de Gás Natural e Condensados Gás Natural Liquefeito Condições de Fornecimento de Materiais Manual de Procedimentos Contratuais Agência Nacional Transportes Aquaviários Empresa Brasileira de Navegação Normas de Auditoria Marítima Agência nacional de Aviação Civil International Financial Reporting Standards International Accounting Standards Board Megawatts London Interbank Oferred Rate Supremo Tribunal Federal Supremo Tribunal de Justiça Conselho Nacional de Política Energética Gás Liquefeito de Petróleo Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível Agência Nacional de Energia Elétrica Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Sociedade de Propósito Específico Reserva/Produção Índice de Reposição de Reservas Barril de Óleo Equivalente Barril de Óleo Equivalente Dia 2

LISTA DE QUADROS, GRÁFICOS E FIGURAS Quadro I Acionistas 12 Figura I Estrutura da Auditoria interna 15 Figura II Estrutura da Ouvidoria Geral 16 Gráfico I Plano de Negócio 2011-15 17 Gráfico II Plano de Negócio 2011-15 17 Gráfico III Segmento de Refino 18 Gráfico IV Segmento de Biocombustíveis 19 Figura III Demonstração de Serviços do Exercício de 2011 - KPMG 26 Figura IV Posição Acionária 32 Gráfico V Produção de Gás Natural no Brasil 37 Quadro II Operações 45 Figura V Evolução das Reservas Provadas 47 Gráfico VI Reservas Provadas - Brasil 47 Gráfico VII Evolução do Volume de Vendas da BR 52 Quadro III Posicionamento Internacional 56 Gráfico VIII Produção Internacional de Óleo, Lgn, Condensado e Gás Natural (Mil Boed) 58 Gráfico IX Custo Unitário de Extração Internacional (Us$/Bbl) 58 Gráfico X Reservas Provadas 59 Quadro IV Projetos Patrocinados pela Petrobras 60 Quadro V Lista das Principais Siglas 62 Quadro VI Lucro Líquido por Segmento (R$ Milhões) 64 Quadro VII Plano Anual de Negócios 2012 65 Quadro VIII Resumo Econômico-Financeiro 65 Quadro IX Composição do Ebtida 66 Quadro X Principais Indicadores Econômicos Consolidados 66 Quadro XI Investimentos 67 Gráfico XI Desempenho das Ações (Mercado de Capitais) 69 Quadro XII Quadro Resultado Financeiro Líquido 72 Quadro XIII Demonstração Consolidada do Resultado por Área de Negócio - 2011 73 Quadro XIV Demonstração Consolidada do Resultado - R$ Milhões 75 Quadro XV Endividamento Consolidado 77 Gráfico XII Endividamento Bruto Total 78 Quadro XVI Ativos e Passivos Sujeitos à Variação Cambial 79 Gráfico XIII Valor Distribuído 80 Quadro XVII Dividendos 81 Quadro XVIII Vendas Líquidas 85 Quadro XIX Volume de Vendas 86 Quadro XX Preço Médio de Venda dos Produtos por Segmento 88 Quadro XXI Custo por Segmento 89 Quadro XXII Investimentos Consolidados 91 Quadro XXIII Mutações dos Investimentos 92 Quadro XXIV Demonstração do Lucro Básico para Cálculo dos Dividendos 97 Quadro XXV Parcelas dos Juros sobre o Capital Próprio 98 Quadro XXVI Base para Determinação da PLR 99 3

Introdução Núcleo Fixo SUMÁRIO CONTEÚDO CUSTOMIZADO DO RELATÓRIO DE GESTÃO Parte D do anexo II da DN TCU nº 108/2011 Pág. Item 1 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 7 1 - Informações gerais sobre Petrobras Item 2 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 26 2 Informações sobre a prestação de outros serviços que não sejam de Auditoria Externa pelo Auditor Independente; Currículo dos Conselheiros e Diretores, posição acionária do CF, CA e Diretoria Item 3 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 33 3 - Análise sobre ambiente de gestão, contemplando o comportamento do mercado de petróleo, a estratégia de atuação da empresa, matéria-prima e fornecedores, a atuação no setor de gás Item 4 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 45 4 - Análise sobre ambiente de negócio, contemplando desafios do crescimento, descobertas, novas concessões e reservas provadas sobre as áreas de exploração e produção, refino e produção na área de petroquímica Item 5 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 60 5 - Informações quanto aos projetos patrocinados pela empresa nas áreas social, ambiental, cultural e esportivo Item 6 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 61 6 - Informações objetiva quanto aos projetos de pesquisa e desenvolvimento existentes Item 7 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 62 7 - Lista de siglas e abreviaturas do mercado de petróleo Item 8 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 64 8 - Análise sobre o ambiente financeiro, contemplando, desempenho empresarial, investimento, desempenho das ações, financiamentos corporativos, estoques, endividamentos, exposição cambial e patrimônio líquido e dividendos Item 9 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 82 9 - Demonstrações contábeis, notas explicativas, consolidadas e da controladora, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) para a controladora. Item 10 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 82 10 - Parecer dos Auditores Independentes, PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board) e o parecer do conselho fiscal sobre as contas. Item 11 - Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 82 11.1 - Análise sobre o ambiente governamental, contemplando, no mínimo:objetivos e metas (físicas e financeiras) institucionais e/ou pactuados nos programas sob sua gerência, 82 previstos na Lei Orçamentária Anual e registrados no SIGPLAN. 11.2 - Informações sobre as transferências mediante convênio, acordo, ajuste, termo de 82 parceria ou outros instrumentos congêneres. 11.3 - Informações sobre os contratos de bens e serviços e patrocínios. 83 11.4 - Informações sobre providências adotadas para dar cumprimento às determinações 83 do TCU ou as justificativas para o caso de não cumprimento. 11.5 - Parecer da unidade de auditoria interna. 83 11.6 - Certificação do dirigente máximo de auditoria sobre o acompanhamento do resultado dos trabalhos efetuados pela Auditoria Interna e pelo Órgão ou Unidade de 83 controle interno. 4

Pág. Núcleo Variável Item 2 Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 84 2.1 - Demonstrações financeiras e notas explicativas das subsidiárias - Petrobras Netherlands B.V - PNBV - Petrobras Distribuidora S.A - BR Distribuidora - Petrobras International Finance Company - PifCO - Braspetro Oil Service Company - BRASOIL - Braspetro Oil Company - BOC - Petrobras International Braspetro B.V - PIB B.V - Downstream Participações Ltda - Petrobras Transporte S.A - TRANSPETRO - Petrobras Gás S.A - GASPETRO - Petrobras Química S.A - PETROQUISA 2.2 - Vendas líquidas, volume de vendas por segmento de negócios e por tipo de produto 85 2.3 - Informações complementares às notas explicativas das empresas que compõem o Grupo Petrobras 90 2.4 - Base de cálculo do pagamento dos Dividendos 96 2.5 - Base de cálculo da participação dos empregados e administradores nos lucros ou resultados 99 2.6 - Fornecedores 100 2.7 - Detalhamento das despesas sobre vendas, das despesas administrativas e os exploratórios para extração e refino de petróleo e gás 100 2.8 - Demonstrações financeiras e parecer dos Auditores Independentes das Subsidiárias 101 - Sociedade Fluminence de Energia Ltda - SFE - Termomacaé Ltda - Termoceará Ltda - Petrobras Comercializadora de Energia Ltda - PECEL - Petrobras International Braspetro B.V - PIB B.V 5

Introdução O Relatório de Gestão da Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras, referente ao exercício financeiro de 2011, está estruturado conforme as normas e procedimentos vigentes na Instrução Normativa (IN) nº 63, de 01.09.2010, nas Decisões Normativas (DN) TCU nº 108, de 24.11.2010 e TCU nº 117, de 19.10.2011 e na Resolução TCU nº 234, de 01.09.2010. O presente relatório segue, ainda, as orientações técnicas relativas à sua formalização emanadas da Portaria TCU nº 123 de 12.05.2011 e Portaria CGU nº 2546, de 27.12.2010, além do documento Dicas para Elaboração do Relatório de Gestão 2011 divulgado pelo TCU. Conforme anexo II, Parte A, da Decisão Normativa TCU nº 108, a Petrobras deverá elaborar o Relatório de Gestão 2011 de forma customizada, relacionando exclusivamente os conteúdos solicitados naquela DN. 6

A NÚCLEO FIXO Item 1 Parte D da DN nº 108 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2010 1.1 - Identificação da empresa (nome, CNPJ, natureza jurídica e vinculação ministerial) Nome empresarial: PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. PETROBRAS CNPJ: 33.000.167/0001-01 Natureza jurídica: Sociedade de Economia Mista Vinculação Ministerial: Ministério de Minas e Energia (MME) 1.2 - Endereço da Petrobras Holding (sede) descrição. Av. República do Chile, nº 65, 24º andar, Centro - Rio de Janeiro/RJ Brasil CEP: 20031-912 1.3 - Nome do auditor independente. KPMG Auditores Independentes. 1.4 - Descrição das atividades das subsidiárias e coligadas. a. Petrobras Distribuidora S.A. - BR Distribuidora Opera na área de distribuição, comercialização e industrialização de produtos e derivados de petróleo, álcool, energia e outros combustíveis. b. Petrobras Gás S.A. - Gaspetro Participa em sociedades que atuam no transporte de gás natural, na transmissão de sinais de dados, voz e imagem através de sistemas de telecomunicações por cabo e rádio, bem como a prestação de serviços técnicos relacionados a tais atividades. Participa também em diversas distribuidoras estaduais de gás, exercendo o controle compartilhado que são consolidados na proporção das participações no capital social. c. Petrobras Transporte S.A. - Transpetro Exerce, diretamente ou através de controlada, as operações de transporte e armazenagem de granéis, petróleo e seus derivados e de gás em geral, por meio de dutos, terminais e embarcações, próprias ou de terceiros. d. Downstream Participações Ltda. Participa em sociedades que atuam no segmento de refino. e. Petrobras International Finance Company - PifCo Exerce atividades de comercialização de petróleo e derivados no exterior, de intermediação de compra e venda de petróleo, derivados e materiais para empresas do Sistema Petrobras e de captação de recursos no exterior. f. Braspetro Oil Services Company - Brasoil Tem como objeto a prestação de serviços em todas as áreas da indústria do petróleo, bem como no comércio de petróleo e de seus derivados. 7

g. Petrobras Netherlands B.V. - PNBV Atua, diretamente ou por intermédio de controladas, nas atividades de compra, venda, lease, aluguel ou afretamento de materiais, equipamentos e plataformas para a exploração e produção de óleo e gás. h. 5283 Participações Ltda. Sociedade por cota de responsabilidade limitada, com sede na cidade do Rio de Janeiro e tem como objeto a participação no capital de outras sociedades. i. Petrobras Negócios Eletrônicos S.A. - E-PETRO Participação no capital social de sociedades que tenham por objeto atividades realizadas pela internet ou outros meios eletrônicos, inclusive pelo provimento de serviços relacionados à rede mundial, tais como desenvolvimento, desenho e gerência de website, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins, principalmente nos setores de petróleo e petroquímico j. Braspetro Oil Company - BOC Tem como objeto promover a pesquisa, lavra industrialização, comercialização, transporte, armazenamento, importação e exportação de petróleo e seus derivados, assim como na prestação de serviços e outras atividades relacionadas com os vários segmentos da indústria do petróleo. k. Fundo de Investimento Imobiliário RB Logística - FII Tem por objetivo viabilizar a construção de 4 edifícios administrativos em Macaé por meio da emissão de Certificados Recebíveis Imobiliários através da Rio Bravo Securitizadora S.A., lastreado em direitos creditórios locatícios junto à Petrobras. l. Termelétricas Baixada Santista Energia Ltda.; Termomacaé Ltda.; Sociedade Fluminense de Energia Ltda. - SFE; Termoceará Ltda.; Termobahia S.A.; e Ibiritermo S.A.; O conjunto de sociedades acima tem por objetivo a implantação e exploração comercial de centrais termelétricas, algumas com processo de cogeração, todas localizadas no território nacional, utilizando gás natural como combustível para geração de energia elétrica. São compostas por usinas termelétricas com potência instalada, ou em fase final de instalação, de 3,4 GW em sua totalidade, estando esta capacidade comercializada através de leilões da ANEEL, contratos de comercialização de energia e exportações. m. Bioenergética Britarumã S.A Tem por objetivo específico a implantação da UTE Utarumã, termelétrica de 60 MW para a geração e comercialização de energia elétrica e vapor, na forma de produtor independente de energia elétrica. n. Breitener Energética S.A. Tem como objeto social a produção de energia elétrica para fornecimento exclusivo à Comercializadora Brasileira de Energia Elétrica Emergencial (CBEE), par suprimento ao Sistema Interligado, na modalidade de potência contratada e energia fornecida. o. BRK Investimentos Petroquímicos S.A Holding criada para deter participação societária representativa do controle da Braskem. 8

p. Comercializadoras de Energia Elétrica Petrobras Comercializadora de Energia Ltda. - PBEN; e Termomacaé Comercializadora de Energia Ltda. TMC; As comercializadoras acima centralizam a gestão da carteira de compra e venda de energia elétrica do Sistema Petrobras, sendo responsáveis pelas operações de venda de energia elétrica dos ativos de geração do Sistema Petrobras, e eventual compra de energia elétrica do mercado. q. Petrobras Biocombustível S.A. Tem como objeto desenvolver a produção de etanol, biodiesel e de quaisquer outros produtos e atividades correlatos ou afins e a geração de energia elétrica associada às suas operações, podendo também explorar todas essas atividades através da participação em outras sociedades, bem como promover a integração de diversas áreas da empresa em torno do tema biocombustíveis. r. Refinaria Abreu e Lima S.A. Sociedade anônima de capital fechado e tem como objeto a construção e operação de uma Refinaria de Petróleo em Ipojuca - PE, bem como refino, processamento, comercialização, importação, exportação e transporte de petróleo e seus derivados, correlatos e biocombustíveis. s. Cordoba Financial Services Gmbh - CFS Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada, com sede em Viena, Áustria, que tem como objeto a participação no capital de outras sociedades na Áustria e no exterior. Cordoba é a única acionista do World Fund Financial Services (WFFS), Companhia estabelecida sob as leis das Ilhas Cayman, que tem como objeto atuar em operações bancárias e financeiras fora das Ilhas Cayman. t. Companhia Locadora de Equipamentos Petrolíferos - CLEP Sociedade anônima de capital fechado, com sede na cidade do Rio de Janeiro, cuja finalidade é a locação de ativos para exploração e produção de petróleo e gás natural, incluindo a prestação e a contratação de serviços relacionados à produção de petróleo e todas as outras atividades relacionadas. u. Energética Suape II Tem por objetivo principal a construção da Usina Termelétrica (UTE) Suape II, localizada no município de Cabo de Santo agostinho - Pernambuco, no complexo industrial portuário de Suape. v. Eólicas: Eólica Mangue Seco 1 Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. Eólica Mangue Seco 2 Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. Eólica Mangue Seco 3 Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A. Eólica Mangue Seco 4 Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica S.A; As sociedades acima têm como objetivo as construções, instalações, implantações, operações, explorações e manutenções das centrais geradoras eólicas denominadas: Usinas de Mangue Seco 1, Mangue Seco 2, Mangue Seco 3 e Mangue Seco 4 com capacidades instaladas de 26MW. Comercializam também as energias elétricas geradas pelas usinas. 9

w. Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - COMPERJ O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj tem como principal objetivo aumentar a produção de produtos petroquímicos, com o processamento de cerca de 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional. Para este fim foram criadas as seguintes sociedades: Comperj Participações S.A. - Sociedade de Propósito Específico, que deterá as participações da Petrobras nas sociedades produtoras do COMPERJ; Comperj Estirênicos S.A. - Sociedade produtora de Estireno; Comperj MEG S.A. - Sociedade produtora de Etileno Glicol e Óxido de Eteno; e Comperj Poliolefinas S.A. - Sociedade produtora de Poliolefinas (PP/PE). x. GNL do Nordeste Ltda Tem como objetivo a construção e operação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) no porto de Suape, incluindo o recebimento, estocagem e regaseificação. y. Ipiranga Asfalto S.A. Opera na área de distribuição, comercialização e industrialização de produtos derivados de petróleo, emulsões asfálticas e asfaltos em geral, produtos químicos, anticorrosivos, detergentes, óleos, graxas lubrificantes e produtos derivados de hulha; serviços tecnológicos e administrativos. z. Participações em Complexos Bioenergéticos S.A. - PC BIOS Tem como objeto a participação em complexos bioenergéticos, na qualidade de acionista, ou em qualquer outra sociedade ou empreendimento no Brasil, especialmente para o investimento em sociedades constituídas para o desenvolvimento de bioenergia, sujeito ao prévio e expresso consentimento mútuo dos acionistas. aa. LOGUM Logística S.A. Tem como objeto a realização de estudos que permitam reavaliar a oportunidade de estender a futura construção e operação de uma rede de dutos entre os trechos do Terminal de Senador Canedo e o Terminal de Buriti Alegre, para transportar álcool ao mercado nacional e internacional. bb. UEG Araucária LTDA Tem como objeto social a exploração de serviço de geração de energia, na qualidade de produtor independente. cc. Petrobras Química S.A. Participa em sociedades que objetivam a fabricação, comercialização, distribuição, transporte, importação e exportação de produtos das indústrias química e petroquímica e na prestação de serviços técnicos e administrativos relacionados com as referidas atividades. 10

1.5 - Descrição simples das áreas Exploração e Produção, Gás e Energia, Abastecimento, Distribuição, Internacional e Corporativo. E&P Exploração e Produção: Abrange as atividades de exploração, desenvolvimento da produção e produção de petróleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil, objetivando atender, prioritariamente, as refinarias do país e, ainda, comercializando nos mercados interno e externo o excedente de petróleo, bem como derivados produzidos em suas plantas de processamento de gás natural. Abastecimento Contempla as atividades de refino, logística, transporte e comercialização de derivados e petróleo, exportação de etanol, extração e processamento de xisto, além das participações em empresas do setor petroquímico no Brasil. Gás e Energia Engloba as atividades de transporte e comercialização do gás natural produzido no país ou importado, de transporte e comercialização de GNL, de geração e comercialização de energia elétrica, assim como as participações societárias em transportadoras e distribuidoras de gás natural e em termoelétricas no Brasil, além de ser responsável pelos negócios com fertilizantes. Distribuição Responsável pela distribuição de derivados, etanol e gás natural veicular no Brasil, representada pelas operações da Petrobras Distribuidora. Biocombustíveis Contempla as atividades de produção de biodiesel e seus co-produtos e as atividades de etanol, através de participações acionárias, da produção e da comercialização de etanol, açúcar e o excedente de energia elétrica gerado a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Internacional Abrange as atividades de exploração e produção de petróleo e gás, de abastecimento, de gás e energia e de distribuição, realizadas no exterior, em diversos países das Américas, África, Europa e Ásia. Corporativo No grupo de órgãos corporativos são alocadas as estruturas que não estão associadas às áreas de negócios. 11

1.6 - Posição acionária dos acionistas com mais de 5% de ações ordinárias e/ou preferenciais, destacando a participação acionária da União. Quadro I Acionistas Fonte: Formulário de Referência/Petrobras 1.7 - Descrição e composição da estrutura e de governança corporativa (Conselho de Administração e seus comitês, Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Auditoria Interna, Ouvidoria Geral, Comitê de Negócios e os Comitês de Gestão). A estrutura de governança corporativa é composta pelo Conselho de Administração e seus Comitês, Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Auditoria Interna, Comitê de Negócios e Comitês de Integração. Conselho de Administração: É um órgão de natureza colegiada e autônomo dentro de suas prerrogativas e responsabilidades, na forma da lei e do Estatuto Social. É composto por, no mínimo, cinco membros até dez membros eleitos, cabendo à Assembleia Geral dos Acionistas designar dentre eles o Presidente do Conselho, todos com prazo de gestão que não poderá ser superior a 1 (um) ano, admitida a reeleição. Composição do Conselho de Administração Guido Mantega José Sérgio Gabrielli de Azevedo Jorge Gerdau Johannpeter Luciano Galvão Coutinho Sérgio Franklin Quintella Marcio Pereira Zimmermann Miriam Aparecida Belchior Josué Christiano Gomes da Silva 12

D iretoria Executiva: É composta por um Presidente, escolhido dentre os membros do Conselho de Administração, e sete Diretores, eleitos pelo Conselho de Administração, dentre brasileiros residentes no País, com mandato de três anos, permitida a reeleição, podendo ser destituídos a qualquer tempo. Entre os membros da Diretoria Executiva, apenas o presidente é membro do Conselho de Administração sem, no entanto, presidir o órgão. Exerce a gestão dos negócios da Companhia, de acordo com a missão, os objetivos, as estratégias e diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração. Composição da Diretoria Executiva José Sérgio Gabrielli de Azevedo Almir Guilherme Barbassa Renato de Souza Duque Guilherme de Oliveira Estrella Paulo Roberto Costa Maria das Graças Silva Foster Jorge Luiz Zelada C onselho Fiscal: Constituído de forma permanente, é independente da administração e dos auditores externos, conforme exigido pela Lei das Sociedades Anônimas. É composto por cinco membros, com mandato de um ano, permitida reeleição, sendo um representante dos acionistas minoritários, um representante dos acionistas titulares de ações preferenciais e três representantes da União, sendo um indicado pelo ministro de Estado da Fazenda, como representante do Tesouro Nacional. Composição do Conselho Fiscal Titulares Marcus Pereira Aucélio César Acosta Rech Nelson Rocha Augusto Maria Lúcia de Oliveira Falcón Marisete Fátima Dadald Pereira C omitês: Realizam o amadurecimento e aprofundamento de temas a serem apresentados ao Conselho de Administração e/ou à Diretoria Executiva. Constituem fóruns de discussão que têm por escopo possibilitar, maior amadurecimento e alinhamento das proposições antes de seu encaminhamento para instâncias superiores, contribuindo para a consistência dos processos decisórios e qualidade das decisões. A Companhia é composta dos seguintes Comitês: a) Comitês do Conselho de Administração: A Companhia possui três comitês do Conselho de Administração: Auditoria; Meio Ambiente; e Remuneração e Sucessão. São compostos por membros do Conselho e têm por objetivo assessorar o órgão no cumprimento das suas responsabilidades de orientação e direção superior da Companhia, com atribuições específicas relacionadas ao escopo de atuação. 13

Atribuições do Comitê de Auditoria: Assessorar o Conselho de Administração, no sentido de que as demonstrações financeiras da Companhia sejam elaboradas em conformidade com as exigências legais; Acompanhar e avaliar as atividades exercidas pelas Auditorias Interna e Independente; Facilitar e otimizar a comunicação, quando apropriado, entre o Conselho de Administração e: Conselho Fiscal, Diretoria Executiva e as Auditorias Interna e Independente; Acompanhar o processo de elaboração das Demonstrações Contábeis e de aprimoramento dos sistemas de controle interno. Atribuições do Comitê de Meio Ambiente: Aconselhar o Conselho de Administração nas estratégias a serem desenvolvidas em relação às questões ambientais, de forma a alcançar o desenvolvimento sustentável da Companhia; Avaliar o gerenciamento dos riscos ambientais e de segurança do trabalho que possam afetar a Companhia, acompanhando as ações tomadas para mitigação e controle desses riscos; Revisar e recomendar ao Conselho a aprovação de políticas de segurança, meio ambiente e saúde, bem como eventuais mudanças de política ambiental, consistentes com as expectativas da comunidade e dos órgãos reguladores; Avaliar e integrar as funções de segurança, meio ambiente e saúde, estabelecendo metas ambientais mensuráveis e acompanhando seu desempenho; Revisar e aprovar o programa de auditoria ambiental. Atribuições do Comitê de Remuneração e Sucessão: Propor ao Conselho as metas de desempenho dos membros da Diretoria Executiva; Propor ao Conselho a estrutura de compensação dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, incluindo salários, bônus e outros incentivos; Acompanhar e avaliar o processo de planejamento sucessório das posições críticas da Companhia, acompanhando o desempenho dos executivos com alto potencial; Avaliar a eficácia do processo de retenção de talentos na Companhia; Analisar e submeter ao Conselho propostas com relação à designação de novos membros da Diretoria Executiva. b) Comitê de Negócios O Comitê de Negócios funciona como fórum de integração dos assuntos relevantes e estratégicos, visando promover o alinhamento entre o desenvolvimento dos negócios, a gestão da Companhia e as diretrizes do Plano Estratégico da Petrobras. Este Comitê suporta o processo decisório referente às matérias que envolvam mais de um Segmento ou Área de Negócio, bem como aquelas cuja importância e relevância demandem um debate mais amplo. c) Comitês de Integração: Os Comitês de Integração funcionam como fóruns de análise e aprofundamento dos temas do seu escopo, podendo auxiliar na estruturação de informações a serem apresentadas ao Comitê de Negócios e Diretoria Executiva. Os Comitês de Integração dividem-se em: Comitês de Segmentos e Comitês Corporativos. As atribuições e regras de funcionamento dos Comitês de Integração são estabelecidas em seus respectivos Regimentos Internos. 14

Auditoria Interna A Auditoria Interna da Petrobras é uma unidade organizacional vinculada ao Conselho de Administração (CA). Sua finalidade é assessorar, de forma efetiva, integrada e estratégica, a Alta Administração no exercício do controle das atividades do Sistema Petrobras no Brasil e no Exterior. Figura I - Estrutura da Auditoria Interna Fonte: Auditoria/Petrobras Ouvidoria Geral: Criar mecanismos e assegurar o acolhimento de denúncias, reclamações, pedidos, sugestões e solicitações de informação de todos os públicos de interesse da Petrobras, contribuindo para a garantia de direitos e o fortalecimento da cidadania e da transparência; Gerir a Ouvidoria Geral como canal oficial de denúncias para atendimento aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley e para o acolhimento de denúncias acerca de transgressões éticas; Articular-se com as demais unidades organizacionais visando intermediar as demandas e contribuir para o aperfeiçoamento da gestão, das normas e procedimentos da Companhia; Representar a Petrobras junto a comunidades e fóruns nacionais e internacionais relacionados aos temas de combate à corrupção e transparência; Prestar contas à Direção Superior da Companhia das informações relevantes oriundas do exercício da função Ouvidoria, respeitando o sigilo necessário ao desempenho da função; Contribuir para a gestão das empresas do Sistema Petrobras com recomendações formuladas a partir dos conhecimentos e experiências adquiridos no exercício de sua função. Ouvidoria Geral Tratamento de demandas Gerenciar o processo de recebimento e tratamento de denúncias, demandas e manifestações gerais dos públicos de interesse da Petrobras; Monitorar as providências oriundas das denúncias, demandas e manifestações junto às unidades organizacionais, fazendo interações quando necessário; Subsidiar o Ouvidor Geral com informações sobre demandas relevantes; Promover reuniões de análise crítica para monitorar o atendimento aos procedimentos de tratamento de demandas e uso adequado do Sistema de Tratamento de Demandas; 15

Substituir o titular da função na sua ausência ou vacância. Ouvidoria Geral Planejamento e gestão Prover subsídios para a elaboração do planejamento anual de atividades da Ouvidoria Geral; Promover a elaboração e acompanhamento do orçamento; Apoiar a gestão dos recursos humanos; Gerenciar a contratação de bens e serviços; Gerir processos de comunicação interna e divulgação da Ouvidoria Geral perante seus públicos de interesse; Implementar processos de gestão do conhecimento. Figura II Estrutura da Ouvidoria Geral Conselho de Administração Ouvidoria Geral Assistente Coordenador da Secretaria Executiva da Comissão de Ética Coordenador Coordenador de Transparência Planejamento e Gestão Tratamento de Demandas Coordenador de Tratamento de Demandas- Sul e Centro-Oeste Coordenador de Tratamento de Demandas- Bahia e Sergipe Coordenador de Tratamento de Demandas- Norte e Nordeste Coordenador de Tratamento de demandas- São Paulo Coordenador de Tratamento de Demandas - Sudeste Fonte: Ouvidoria/Petrobras 1.8 - Breve análise sobre o plano de negócios da empresa e a regulamentação do setor de petróleo, com breve descrição do ambiente no qual a Petrobras se encontra. Plano de Negócios O Plano de Negócios 2011-2015, divulgado pela Companhia em 22/07/2011, prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões, representando uma média de US$ 44,9 bilhões por ano. Desse total, 95% (US$ 213,5 bilhões) destinam-se a projetos no Brasil e 5% (US$ 11,2 bilhões) a atividades no exterior. 16

Gráfico I Plano de Negócios 2011-15 Em termos globais, o valor do investimento do PN 2011-15 está alinhado com o publicado no Plano anterior (Plano de Negócios 2010-2014), Dos projetos mantidos, houve uma redução de investimento de aproximadamente 9,7%, devido principalmente a alterações no cronograma. Está previsto o investimento de US$ 32,1 bilhões em projetos novos, dos quais 87% dedicados à área de E&P (Exploração e Produção), com destaque para a Cessão Onerosa (US$12,4 bilhões). Gráfico II Plano de Negócios 2011-15 De acordo com o Plano de Negócios 2011-2015, o segmento de Exploração e Produção (E&P) deverá receber investimentos de US$ 127,5 bilhões, representando um aumento de 7,3% em relação ao Plano de Negócios 2010-2014. Com esses recursos, pretende-se garantir a descoberta e 17

apropriação de reservas, maximizar a recuperação de petróleo e gás nas concessões em produção, além de desenvolver a produção do Pré-sal da Bacia de Santos e intensificar o esforço exploratório nas outras áreas do pré-sal e em novas fronteiras no Brasil e no exterior. Os investimentos no présal correspondem a 45,4% do valor total do E&P no Brasil e aproximadamente 50% do montante destinado ao desenvolvimento da produção. O segmento de Refino, Transporte e Comercialização tem investimentos previstos de US$ 70,6 bilhões. A estratégia visa expandir a capacidade de refino de forma a atender a totalidade da demanda esperada no mercado nacional de derivados. Novas refinarias, qualidade dos combustíveis e modernização somam 74 % dos investimentos. Está prevista a construção de quatro refinarias: Refinaria do Nordeste, Comperj, Refinaria Premium I e Refinaria Premium II. Gráfico III Segmento de Refino Já os investimentos previstos em Petroquímica somam US$ 3,8 bilhões, focando na ampliação da produção de petroquímicos e de biopolímeros preferencialmente através de participações societárias, principalmente no Brasil, de forma integrada com os outros segmentos da Companhia. No que tange os projetos da área, vale destacar a implantação da Petroquímica Suape. O negócio de Distribuição deverá receber investimentos de US$ 3,1 bilhões, visando garantir a liderança na distribuição nacional, com meta de 40,6% de participação no mercado nacional em 2015, com destaque para os investimentos em logística visando acompanhar o crescimento do mercado domestico e atender demandas legais/ regulatórias. Após uma fase de investimentos em infraestrutura no transporte de gás natural para escoamento da produção e alcance do mercado consumidor, o segmento de Gás e Energia deverá receber US$ 13,2 bilhões, que serão direcionados para o segundo ciclo de investimentos de forma a assegurar mercado ao gás associado à produção de petróleo, particularmente à produção do pré-sal. A maior parte dos investimentos no setor, aproximadamente US$ 9 bilhões, visa atender o mercado consumidor incluindo ampliação das térmicas a gás e das plantas de transformação química do gás natural em fertilizantes. Está prevista a construção de três plantas de fertilizantes para a produção de nitrogenados (Amônia e Uréia) em sinergia com outros ativos da Petrobras. Os demais investimentos estão direcionados principalmente à construção de terminais de regaseificação de GNL e de liquefação/processamento de gás natural. Apesar do maior direcionamento dos investimentos no mercado doméstico, na área internacional serão investidos US$ 11 bilhões, com foco no desenvolvimento da exploração e produção no Golfo do México (Cascade, Chinook, Saint Malo e Tiber), Costa Oeste da África (Nigéria). O segmento de E&P representa aproximadamente 87% do total da área internacional. 18

Gráfico IV Segmento de Biocombustíveis O segmento de Biocombustíveis receberá US$ 4,1 bilhões, sendo US$ 2,8 bilhões em investimentos diretos através da subsidiária integral Petrobras Biocombustível (PBIO), com foco de atuação integrada na produção, logística e comercialização dos biocombustíveis, participando na cadeia de valor no Brasil e no exterior, explorando sinergias. Deste investimento, 79% destinam-se ao negócio de etanol e logística para etanol. Ainda no âmbito do Plano de Negócios 2011-2015, a Companhia pretende destinar investimentos para a superação de desafios tecnológicos, segurança operacional e recursos humanos. Na área de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde (SMES) serão investidos US$ 4,2 bilhões, US$ 2,7 bilhões da área de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (TIC) e US$ 4,6 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) totalizando um investimento de US$ 11,5 bilhões. Para impulsionar o desenvolvimento da cadeia de fornecedores nacionais e a entrada de empresas estrangeiras no mercado doméstico, a Companhia buscará consolidar as demandas e realizar contratações de longo prazo com requisitos de conteúdo local crescentes; implementar ações para aumentar a participação dos subfornecedores nacionais; apoiar o desenvolvimento de empresas nacionais inovadoras; agregar novos fornecedores (atualmente fora da cadeia); apoiar iniciativas de capacitação de pessoal e ampliar o apoio ao Programa Progredir, destinado a melhorar a financiabilidade da cadeia de fornecedores. Para atendimento dos requisitos de conteúdo local, diversas empresas pretendem desenvolver centros tecnológicos no país. O Plano de Negócios 2011-2015 requer a aquisição e o gerenciamento de recursos críticos para a sua execução. Mão-de-obra qualificada, cadeia de suprimento fortalecida e capacidade de financiamento serão necessárias para a realização do elevado número de projetos. A Companhia está trabalhando para a superação desses desafios. Em fevereiro de 2012, a Petrobras apresentou o seu Plano de Anual de Investimentos para o ano de 2012 de R$ 87,5 bilhões. Este valor representa um aumento de 19,9% quando comparado ao valor de investimento de R$ 73 bilhões realizado pela Companhia em 2011. Regulamentação do setor de petróleo com breve descrição do ambiente no qual a Petrobras se encontra a) Necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações Atividades de Exploração e Produção O Governo Federal iniciou em 1995 uma ampla reforma do marco regulatório para as atividades do setor de petróleo e gás. Em 9 de novembro de 1995, a Constituição Federal brasileira foi 19

modificada para autorizar a contratação, pelo Governo Federal, de empresas estatais ou privadas para a realização das atividades previstas nos incisos I a IV do artigo 177 da CF, dentre as quais aquelas referentes aos segmentos de exploração e produção e de abastecimento da indústria brasileira de petróleo e gás. Com o advento da Lei 9.478/97, de 06 de agosto de 1997 (Lei do Petróleo), foi revogada a Lei 2004/53 e a Petrobras deixou de ser a única executora do monopólio da União sobre as atividades de exploração e produção. A Lei do Petróleo instituiu a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP e estabeleceu, diante da modificação constitucional, que a Petrobras desenvolveria as suas atividades em caráter de livre competição. Segundo a Lei do Petróleo, por ocasião da sua promulgação, a Petrobras teria ratificados seus direitos sobre cada um dos campos que se encontravam em efetiva produção e teria o direito a prosseguir nas atividades de exploração ou desenvolvimento da produção em áreas onde a Companhia comprovasse a capacidade de investimento, inclusive por meio de financiamentos. Em ambas as situações o prosseguimento das atividades de exploração e produção se deu efetivamente mediante a celebração, com a ANP, de Contratos de Concessão, dispensada a licitação. Tais contratos se tornaram conhecidos como Contratos de Concessão da Rodada Zero. A condução das atividades de exploração, desenvolvimento e produção no Brasil é realizada através de Contratos de Concessão, precedidos de licitações realizadas pela ANP. Algumas das atuais concessões da Companhia foram outorgadas pela ANP diretamente à Companhia, em 1998, em conformidade com a Lei do Petróleo. Trata-se dos Contratos de Concessão da Rodada Zero. Desde aquela época, à exceção dos chamados Contratos de Concessão da Rodada Zero, os quais, como acima destacado, foram outorgados a Petrobras mediante dispensa de licitação, todos os demais Contratos de Concessão firmados entre a Petrobras e a ANP foram oriundos da participação vencedora da Companhia nas rodadas de licitação promovidas pela Agência. Além disso, nos termos do artigo 29 da referida Lei, é permitida a transferência do Contrato de Concessão, preservando-se seu objeto e as condições contratuais, desde que o novo concessionário atenda aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pela ANP e, mediante sua prévia e expressa aprovação. Novo Marco Regulatório A nova fronteira exploratória descoberta na camada Pré-sal, de elevado potencial e baixo risco, levou o Governo Brasileiro a promulgar as Leis nºs 12.276/10 (Cessão Onerosa), 12.304/10 (Pré-Sal Petróleo S.A PPSA) e 12.351/10 (Partilha de Produção), que constituem o novo marco regulatório para a exploração e a produção de petróleo e gás natural em áreas do Pré-sal. As Leis do Novo Marco Regulatório não alteram os termos dos Contratos de Concessão já firmados para aproximadamente 28% da área mapeada do Pré-sal. Dentre as Leis promulgadas, destaca-se a Lei nº 12.351/10 que criou o regime de partilha de produção para as áreas do Pré-sal e áreas que venham a ser consideradas estratégicas pelo Governo Federal. Nos termos da Lei, a Petrobras será a operadora única, com um percentual mínimo de 30% de participação nos projetos. Com isso, a Companhia fica responsável pela condução das atividades de exploração e produção no regime de partilha de produção e, como conseqüência da sua qualidade de operador único, responsável por providenciar os recursos críticos para o cumprimento desses objetivos. No regime de partilha de produção, os Contratos poderão ser celebrados diretamente com a Petrobras, dispensada a licitação ou, mediante licitação na modalidade leilão. Na segunda hipótese, o julgamento da licitação identificará a proposta mais vantajosa segundo o critério da oferta de maior excedente em óleo para a União, respeitado o percentual mínimo proposto definido pelo CNPE. O excedente em óleo, ou também chamado de "lucro em óleo", é a 20

produção de um determinado campo após a dedução de royalties e do custo em óleo, que são os custos relacionados à produção do petróleo. A Lei nº 12.351/10 criou também o Fundo Social, a ser constituído com recursos obtidos (i) de parcela do valor do bônus de assinatura relativos aos Contratos de Partilha de Produção; (ii) de parcela dos royalties que cabe à União; (iii) da receita advinda da comercialização de petróleo e gás natural da União; (iv) dos royalties e da participação especial das áreas localizadas no Présal contratadas sob o regime de concessão destinados à administração da União; (v) dos resultados de aplicações financeiras e, (vi) de outros recursos destinados ao Fundo por Lei. Além da Lei nº 12.351/10, que estabeleceu o regime de partilha de produção e o Fundo Social, o Governo Brasileiro promulgou a Lei nº 12.276/10, que autorizou a União a ceder onerosamente à Petrobras o exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos até o limite de 5 bilhões de boe. Esta Lei autorizou ainda a capitalização da Companhia. O Contrato de Cessão Onerosa foi firmado entre Petrobras e União, por intermédio do MME, do MF e da PGFN, na data de 03 de setembro de 2010, sendo o valor total inicial do Contrato de R$ 74.807.616.407,00, sujeito a revisão. A ANP figura como interveniente anuente neste Contrato. A Companhia pagou pelo valor inicial da Cessão Onerosa com recursos da oferta pública, cujo pedido de registro foi protocolado junto a CVM em 03 de setembro de 2010. (A íntegra do Contrato de Cessão Onerosa poderá ser encontrada na nossa página da rede mundial de computadores www.petrobras.com.br/ri). Por fim, foi promulgada a Lei nº 12.304/10, que autorizou o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S. A Pré- Sal Petróleo S.A. (PPSA), à qual competirá, dentre outros, praticar atos necessários à gestão dos Contratos de Partilha de Produção. Diante do novo marco regulatório, pode-se afirmar que a indústria convive com três regimes distintos de exploração e produção de petróleo e gás natural: concessão partilha de produção e cessão onerosa. Contratação de Bens e Serviços relacionados à Exploração e Produção Relacionamento com a Agência Nacional de Transporte Aquaviários ANTAQ e com a Agência Nacional de Aviação Civil ANAC Com a finalidade de desempenhar as atividades de exploração, desenvolvimento e produção das suas áreas de concessão, a Petrobras contrata no mercado fornecedor da cadeia de óleo e gás, bens e serviços que servem de insumos para a execução de sua atividade. Para tanto, observa o regramento jurídico incidente na espécie conforme o tipo de área aonde vai ser alocado determinado bem ou serviço tomado. Nas áreas de concessão 100% Petrobras, segue o regramento contido no Regulamento anexo ao Decreto n. 2.745/98. Nas áreas de consórcio onde atua na qualidade de operadora, segue o regramento incidente conforme o tipo de consorciamento existente. Dentro desse contexto, é importante ressaltar que algumas dessas atividades contratadas no mercado necessitam de autorizações governamentais, demandando, dos prestadores de bens e serviços, ou ainda da própria Petrobras a depender do caso concreto, um relacionamento com determinada Agência Reguladora. Um exemplo desses é o afretamento de embarcações utilizadas no transporte de cargas e de passageiros, cuja atividade é regulamentada pela Agência de Transportes Aquaviários - ANTAQ. No caso de afretamento por tempo de embarcação de apoio marítimo, detentora de bandeira estrangeira, que pode ser citado a título de exemplo, a Petrobras, conforme Resolução ANTAQ 495, de 13 de setembro de 2005, tem que realizar procedimento prévio junto à ANTAQ 21

denominado circularização, onde informa ao mercado o tipo de embarcação desejada, a modalidade de afretamento, o período de mobilização e o prazo de duração do contrato, a descrição dos serviços que serão desempenhados pela embarcação, buscando a certificação que inexiste embarcação de bandeira brasileira apta para atendimento da referida demanda existente na Companhia. Caso exista embarcação de bandeira nacional disponível, esta poderá oferecer bloqueio, que, se aceito pela ANTAQ, importará na contratação obrigatória da embarcação de bandeira nacional. Ocorre, assim, uma regulamentação especial sobre os afretamentos de embarcações que dão apoio às Unidades Marítimas da Companhia. Por outro lado, citando outra hipótese a título exemplificativo, quando a Petrobras pretende afretar uma determinada embarcação de apoio marítimo a casco nu, atua utilizando-se de sua própria condição de Empresa Brasileira de Navegação (EBN), necessitando, para tanto, comprovar junto à ANTAQ todas as exigências descritas na legislação incidente, tal como a detenção da gestão náutica da embarcação que será armada e tripulada pela própria Companhia. Em suma, a Petrobras como possuidora de autorização para ser Empresa Brasileira de Navegação (EBN) no segmento de apoio marítimo, segue as regras constantes na Resolução 843 de 14 de agosto de 2007, submetendo-se diretamente à fiscalização da ANTAQ, para que seu certificado seja, periodicamente, renovado. Para as atividades portuárias desempenhadas pela Petrobras, a ANTAQ concede autorizações específicas, conforme previsto na Lei 8.630/93 e em Resoluções da citada Agência Reguladora, como, por exemplo, a Resolução n.º 1655 de 30 de março de 2010. Algumas contratações também demandam que a Petrobras se relacione com a Marinha do Brasil. Conforme NORMAM 01/DPC/2005, a Petrobras deve solicitar autorizações específicas para exercer atividades de prospecção e extração de petróleo e minerais quando utilizar unidades marítimas e embarcações que detenham condução náutica. O mesmo ocorre quando a Petrobras afreta embarcação especial a casco nu, cujo emprego não é regulamentado pela ANTAQ, hipótese na qual a internalização da referida embarcação ocorre via Tribunal Marítimo, havendo a suspensão da sua bandeira de origem, com hasteamento do pavilhão nacional. Para renovar as referenciadas autorizações, a Petrobras submete-se, periodicamente, à fiscalização da Marinha, conforme as regras contidas na NORMAM 07. Para executar atividades portuárias a Petrobras, também necessita de aval da Marinha, que, inclusive, realiza fiscalizações nas instalações portuárias utilizadas pela Companhia. Por fim, para realizar os afretamentos de aeronaves de asa fixa (aviões) e rotativas (helicópteros), a Petrobras contrata no mercado empresas transportadoras que se encontram submetidas às regras contidas na Lei n.º 7.565 de 19 de dezembro de 1986, mas não necessita solicitar, junto à ANAC, autorizações para realizar estes afretamentos, visto que a legislação de regência não reclama o procedimento denominado circularização aplicável às embarcações de apoio marítimo regulamentadas pela ANTAQ. Todas as autorizações para operação são obtidas diretamente pelas empresas transportadoras que prestam serviços à Petrobras, visto que tais empresas mantêm contato direto e sofrem fiscalização da ANAC em razão da qualidade e da natureza da atividade que desempenham, não possuindo a Petrobras, em nenhum aspecto, qualquer condição ou qualidade que a qualifique, até a presente data, como em condição para operar diretamente uma aeronave em espaço aéreo brasileiro. Aproveitamento de substâncias minerais A PETROBRAS MINERAÇÃO S.A (PETROMISA) foi extinta por decreto governamental, fundado no art. 4º da Lei 8.029/90, bem como no art. 5º, II da CF/88 e, conforme regulado na mencionada Lei, coube à Petrobras, em decorrência do controle acionário da PETROMISA, a sucessão dos ativos e direitos remanescentes desta sociedade, na forma estabelecida pelo 22

Decreto 244/91 em consonância com a Lei 8.029/90 que dispõe sobre a extinção e dissolução de entidades da Administração Publica Federal. Entre outros direitos e ativos remanescentes, foi outorgado à PETROBRAS o de concessão para pesquisa e lavra da silvinita, carnalita, salgema e taquiditra em relação a algumas áreas situadas no Estado de Sergipe listadas no Decreto 78.716/76, que pertenciam à PETROMISA. Nesse contexto, a PETROBRAS, como titular da concessão de lavra outorgada pelo Decreto 78.716 firmou em 28/10/1991 Contrato de Arrendamento com a VALE para pesquisa e lavra mineral com interveniência do Ministério da Infra-Estrutura, pelo prazo de 25 (vinte cinco) anos, o qual se encontra averbado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Nesse cenário, a PETROBRAS, em relação a sua atividade minerária, deverá observar o Código de Mineração (Decreto-Lei 227/67), diplomas legais complementares e Portarias do DNPM e sujeita-se a regulação e fiscalização da referida autarquia. Destaque-se que consoante dispõe o Código de Mineração regulado por Portaria do DNPM, os atos de cessão ou transferência de direitos minerários deverão ser submetidos à anuência prévia e averbação do DNPM, sem o que não terão validade. Atividades de Gás e Energia No que concerne à regulação da indústria do gás natural, de acordo com a Lei nº 11.909/09 (Lei do Gás), há a necessidade de autorizações da Agência Nacional do Petróleo para a exploração de monopólio estatal da União, referentes às atividades insculpidas no artigo 177 da CF (autorização para transporte de gás envolvendo acordo internacional e autorização de importação ou exportação de gás natural,), e autorizações para o desenvolvimento de atividades econômicas não monopolizadas (autorizações para construção e operação dos Terminais de GNL, Unidades de Liquefação e Regaseificação, Instalações de Tratamento e Processamento, gasodutos de transferência e escoamento da produção, bem como para o exercício das atividades de acondicionamento e estocagem e de comercialização de gás natural). Além disso, a Lei 9.478/97 (Lei do Petróleo) previu o regime de concessão para a exploração e produção de gás natural e a Lei do Gás determinou regime similar para a exploração da atividade de transporte de gás natural envolvendo interesse geral. Regulação das Atividades no Setor Elétrico No que se refere à regulação das atividades da Petrobras no setor elétrico, são exigidas, conforme determinação dos artigos 4º, 6º e 7º da Lei 9.074/95 e artigos 3º e 4º do Decreto 2.003/96, autorizações (geração, autoprodução e comercialização de energia), permissões (geração de energia) ou concessões (geração de energia) outorgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, nos termos do Decreto 2.335/97, que regulamentou a Lei 9.427/96 (Lei que instituiu a ANEEL). Quanto à autorização para a geração de energia elétrica, há dois tipos: uma para o Produtor Independente de Energia - PIE (artigo 11 da Lei 9.074/95), que se enquadra no caso das UTE's, e outra para o Autoprodutor APE (artigo 7º, I da Lei 9.074/95), que se enquadra no caso das refinarias. Atividades de Produção de Fertilizantes Quanto às atividades de produção de fertilizantes, são exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ("MAPA"), conforme disposição da Lei nº 6.894/80, o registro das pessoas físicas ou jurídicas que produzam ou comercializem fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, bem como o registro dos produtos supra mencionados (regulamentadas pela IN MAPA nº 10/2004, posteriormente alterada pela IN nº 20/09). 23