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Transcrição:

Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região - 1º Grau Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região - 1º Grau O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0001517-27.2014.5.06.0141 em 14/10/2014 21:37:32 e assinado por: - LUCAS BARBALHO DE LIMA Consulte este documento em: https://pje.trt6.jus.br/primeirograu/processo/consultadocumento/listview.seam usando o código: 14101421373282400000004427395 14101421373282400000004427395

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE JABOATÃO DOS GUARARAPES - PE FERNANDO ANTONIO DOS ANJOS, brasileiro, portador do CPF n.º 528.079.832-00, com endereço na Rua Dr. Leopoldo Lins, 166, Apartamento 302, Boa Vista, Recife/PE, CEP 50.500-300, através de seu advogado devidamente constituído com procuração anexa, vem perante Vossa Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face da CONSTRUTORA TENDA S/A, inscrita no CNPJ sob o n. 71.476.527/0001-35 situada na Avenida das Nações Unidas, 8501, 18 Andar, Pinheiros, São Paulo/SP, CEP 05.425-070, tendo em vista as judiciosas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA Nos termos do artigo 14, parágrafo 1º da Lei 5.584/70 e da Lei 1.060/50, o Reclamante declara para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre, encontrando-se desempregado e não tendo como arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de seus familiares, assim, pelo que requer os benefícios da assistência judiciária gratuita, juntando para tanto nos termos da Lei 7.115/83, declaração anexa.

DA INTIMAÇÃO DO PATRONO Inicialmente, requer que as publicações sejam efetuadas em nome do advogado DR. LUCAS BARBALHO DE LIMA, OAB/PE 30.905, sob pena de caracterização das nulidades contempladas no parágrafo 1º, do artigo 236, do Código de Processo Civil. DO CONTRATO DE TRABALHO O reclamante iniciou seu CONTRATO DE TRABALHO com a reclamada na data de 08/11/2010, para exercer a função de ASSISTENTE ADMINISTRATIVO, tal informação pode ser verificada em anotação em sua CTPS aqui acostada, entretanto, em dezembro de 2012 o reclamante foi promovido para a função de ENCARREGADO ADMINISTRATIVO, permanecendo nesta função até o final do contrato. A título de salário, o reclamante recebeu a época como último salário a importância de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais), conforme se verifica nos documentos em anexo. No que se refere ao término do contrato de trabalho, o reclamante foi dispensado por justa causa, entretanto sem ter cometido falta grave que ensejasse a aplicação da penalidade máxima de dispensa por justa causa. Cumpre salientar que o reclamante sempre desempenhou sua atividade com empenho e dedicação, sem realizar qualquer medida

desabonadora de sua honra, ademais, todos os procedimentos realizados pelo reclamante eram vistoriados e autorizados pelos superiores hierárquicos, sendo a empresa reclamada uma organização com muitas normas internas e que concede pouca autonomia para os funcionários. Ademais, em nenhum momento foi oportunizado ao reclamante que apresentasse informações necessárias para a empresa reclamada, razão pela qual requer que a empresa reclamada comprove a causa da justa causa e, caso não comprove, requer a conversão de dispensa por justa causa em dispensa sem justa e a consequente condenação da empresa reclamada no pagamento das verbas que seguem abaixo discriminadas. DAS HORAS EXTRAS DE 70% E 100% Quanto à jornada do reclamante, é imperioso dizer que este laborava em jornada extraordinária de trabalho de forma constante, sem nenhum recebimento de horas extras ou mesmo tendo folgas compensatórias. Como se sabe, na Construção Civil a jornada de trabalho diária é bastante extensa e, em algumas empresas como ocorria na empresa reclamada, há uma corrida contra o tempo para aceleração da produtividade e antecipar o término da obra. Ademais, caso não fosse suficiente, a obra recebia constantes vistorias, auditorias internas e visita de diretores de outros estados, provocando um ritmo acelerado de trabalho.

A jornada de trabalho do reclamante era de segunda a sexta de 07h às 19h30, de segunda a sexta, com menos de 01 (uma) hora de intervalo. O reclamante laborava os sábados das 07h às 16h, aproximadamente, com menos de 01 (uma) hora de intervalo. E, o reclamante laborava 02 (dois) domingos por mês de 7h às 12h, sendo um no final do mês decorrente referente ao fechamento da folha de pagamento e outro no começo do mês em razão dos lançamentos de notas fiscais no sistema da empresa reclamada e outra atividades administrativas que não havia tempo para serem executadas durante a semana. Portanto, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento de horas diárias extras, com o adicional de 70% (com fundamento na Convenção Coletiva da Categoria em anexo) referente às horas trabalhadas durante a semana e durante os sábados e com adicional de 100% sobre as horas extras trabalhadas nos domingos durante todo o contrato de trabalho. DOS INTERVALOS INTRAJORNADAS Tendo em vista que o reclamante, não gozava de 01 (uma) hora de intervalo intrajornada em razão da dinâmica de seu trabalho na empresa reclamada, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento de 01 (uma) hora extra por intervalo não usufruído pelo reclamante por dia de trabalho de segunda a sábado durante todo o contrato de trabalho. DA INCORPORAÇÃO DAS HORAS EXTRAS E DIFERENÇAS

Tendo em vista que o reclamante realizava horas extras habituais conforme a jornada de trabalho informada anteriormente, requer que os valores que deveriam ter sido pagos ao reclamante mensalmente, sejam incorporados para fins de cálculo da rescisão e que a empresa reclamada seja condenada a efetuar o pagamento das diferenças nas seguintes verbas: 1. Aviso Prévio; 2. Férias de 2010/2011; 2011/2012; 2012/2013 e 2013/2014 e proporcional de 2014 (03/12) e os respectivos terços constitucionais; 3. 13º Salário de 2010/2011; 2011/2012; 2012/2013; 2013/2014 e proporcional de 2014 (02/12); 4. FGTS e multa de 40%; 5. Saldo de Salário; 6. Multa do Artigo 477, da CLT; DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO No que se refere ao término do contrato de trabalho, o reclamante foi dispensado por justa causa, entretanto sem ter cometido falta grave que ensejasse a aplicação da penalidade máxima de dispensa por justa causa. Cumpre salientar que o reclamante sempre desempenhou sua atividade com empenho e dedicação, sem realizar qualquer medida desabonadora de sua honra, ademais, todos os procedimentos realizados pelo reclamante eram vistoriados e autorizados pelos superiores hierárquicos, sendo a empresa reclamada uma organização com muitas normas internas e que concede pouca autonomia para os funcionários.

Ademais, em nenhum momento foi oportunizado ao reclamante que apresentasse informações necessárias para a empresa reclamada, razão pela qual requer que a empresa reclamada comprove a causa da justa causa e, caso não comprove, requer a conversão de dispensa por justa causa em dispensa sem justa e a consequente condenação da empresa reclamada no pagamento das verbas que seguem abaixo discriminadas. DO AVISO PRÉVIO Tendo em vista que a empresa reclamada não efetuou o pagamento da referida verba ao reclamante, restando comprovado que inexistiu justificativa hábil para a dispensa por justa causa do reclamante, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento do aviso prévio. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 CONSTITUCIONAL (03/12) Tendo em vista que a empresa reclamada não efetuou o pagamento da referida verba ao reclamante, restando comprovado que inexistiu justificativa hábil para a dispensa por justa causa do reclamante, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento das férias proporcionais + 1/3 Constitucional. DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL Tendo em vista que a empresa reclamada não efetuou o pagamento da referida verba ao reclamante, restando comprovado que inexistiu

justificativa hábil para a dispensa por justa causa do reclamante, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento do 13º Salário de 2014. DA MULTA DE 40% DO FGTS Tendo em vista que a empresa reclamada não efetuou o pagamento da referida verba ao reclamante, restando comprovado que inexistiu justificativa hábil para a dispensa por justa causa do reclamante, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento da multa de 40% sobre o saldo do FGTS, devendo ser considerado os valores que deveriam ser depositados pela empresa reclamada em razão da repercussão das horas extras realizadas pelo reclamante de forma habitual. DA LIBERAÇÃO DO SALDO DO FGTS Tendo em vista que deveria ter sido liberado para o reclamante o saldo do FGTS depositado pela empresa reclamada, requer a condenação da empresa reclamada para que entregue as guias e a chave de conectividade para que o reclamante realize o saque do saldo depositado. DAS DIFERENÇAS DO FGTS Tendo em vista que o reclamante realizava horas extras de forma habitual e que a empresa reclamada nunca efetuou o pagamento de horas extras, requer a condenação da empresa reclamada no pagamento das diferenças de valores que deveriam ter sido

recolhidas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em razão das horas extras pleiteadas. DOS JUROS E DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA Tendo em vista que a empresa reclamada não efetuou o pagamento das horas extras e das verbas rescisórias, o reclamante faz jus ao recebimento de juros e correção monetária, portanto, requer a aplicação de juros e correção monetária. MULTA DO ART. 477, DA CLT A Reclamada extrapolou o prazo de que trata o 6º do artigo 477 da CLT. Assim, o Reclamante faz jus a perceber a multa que trata o 8º daquele mesmo artigo, arbitrada em uma remuneração mensal do reclamante, considerada a repercussão das horas extras. MULTA DO ART. 467, DA CLT Não tendo havido pagamento das verbas incontroversas, deve ser a Reclamada condenada ao pagamento de multa em favor do Reclamante, nos exatos termos do que preceitua o art. 467 da CLT, ou seja, acrescidas estas da multa de 50% sobre seu total.

DOS PEDIDOS Ante todo o exposto, REQUER: 1 A concessão do benefício da Justiça Gratuita, com supedâneo legal no art. 14 da Lei nº 5.584/70 c/c Lei nº 1.060/50, em vista da atual situação de desemprego ostentada pela Reclamante que não pode demandar sem que incorra em prejuízo no que concerne ao sustento próprio e de sua família. 2- A total procedência da presente reclamação trabalhista, condenando a Empresa reclamada ao pagamento de todas as verbas discriminadas nesta reclamatória. a) DAS HORAS EXTRAS DE 70% SOBRE AS HORAS QUE EXCEDEM A 08 (OITAVA) HORA DIÁRIA E A 44ª (QUADRAGÉSIMA QUARTA) DE SEGUNDA A SÁBADO E DAS HORAS EXTRAS DE 100% SOBRE AS HORAS TRABALHADAS NOS DOMINGOS; b) DOS INTERVALOS INTRAJORNADAS; c) DA INCORPORAÇÃO DAS HORAS EXTRAS E DIFERENÇAS DAS SEGUINTES VERBAS EM RAZÃO DA REPERCUSSÃO DAS HORAS EXTRAS:

1. Aviso Prévio; 2. Férias de 2010/2011; 2011/2012; 2012/2013 e 2013/2014 e proporcional de 2014 (03/12) e os respectivos terços constitucionais; 3. 13º Salário de 2010/2011; 2011/2012; 2012/2013; 2013/2014 e proporcional de 2014 (02/12); 4. FGTS e multa de 40%; 5. Saldo de Salário; 6. Multa do Artigo 477, da CLT; a) DA CONVERSÃO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR JUSTA CAUSA PARA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA b) DO AVISO PRÉVIO c) DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS DE 2014 + 1/3 CONSTITUCIONAL (03/12) d) DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL e) DA MULTA DE 40% DO FGTS f) DA LIBERAÇÃO DO SALDO DO FGTS g) DAS DIFERENÇAS DO FGTS EM RAZÃO DAS HORAS EXTRAS h) DOS JUROS E DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

i) MULTA DO ART. 477, DA CLT j) MULTA DO ART. 467, DA CLT 3 - Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, dentre elas, inquirição de testemunhas, juntada de documentos, perícia, depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de confissão presumida (En. 74 do TST), e etc. Dá-se à causa o valor de R$ 120.000,00 (CENTO E VINTE MIL REAIS). Nestes termos, Pede deferimento. Recife, 14 de outubro de 2014. LUCAS BARBALHO DE LIMA OAB/PE 30.905