Anexo I Articulação com as Entidades para Afixação da Informação relativa a Interdição

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Transcrição:

ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DAS ÁGUAS BALNEARES INTERIORES ANO 2008 Março de 2008

ÍNDICE PÁG. 1. Enquadramento 1 2. Actividades a Desenvolver no Âmbito da Vigilância Sanitária da Qualidade das Águas Balneares 2 2.1. Vertente Tecnológica 2 2.2 Vertente Analítica 3 2.2.1. Parâmetros 4 Parâmetros Microbiológicos 4 Parâmetros Físico-Químicos 4 Cianobactérias 4 Outros Parâmetros 5 2.2.2. Resultados das Análises e sua Divulgação 5 2.2.3. Interdições 5 2.2.4. Derrogações 6 2.3 Vertente Epidemiológica 7 Anexo I Articulação com as Entidades para Afixação da Informação relativa a Interdição Anexo II Procedimentos de Colheita

Águas balneares As águas doces lóticas e lênticas, comummente designadas de correntes e paradas, assim como a água do mar e as águas estuarinas, que se encontrem classificadas como águas balneares ou não estando classificadas, onde o banho não esteja interdito ou seja habitualmente praticado por um número considerável de banhistas (aproximadamente 100/dia, durante a época balnear). Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto 1 ENQUADRAMENTO A qualidade das águas balneares é regulamentada actualmente pela Directiva Comunitária 76/160/CEE, transposta para o direito nacional pelo Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto. Após um longo percurso foi aprovada pelo Parlamento Europeu a nova Directiva Comunitária 2006/7/CE relativa à gestão da qualidade das águas balneares, com data próxima para a respectiva transposição para o Direito Nacional, mas já em vigor no que concerne à pesquisa e análise dos parâmetros microbiológicos. Assim e, de acordo com o estabelecido no art.º 53º do Capítulo IV do Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto, bem como no ponto 1 da alínea r), do art.º 8, do Decreto-Lei n.º 336/93, de 29 de Setembro, compete às Autoridades de Saúde coordenar as acções de vigilância sanitária das águas balneares. O Programa de vigilância sanitária a desenvolver, decorrerá entre 1 de Junho e 30 de Setembro e tem como finalidades: Dotar as autoridades competentes de informação sobre a localização e identificação dos factores de risco existentes ou potenciais, com vista à protecção da saúde das populações; A colaboração na fixação de normas de qualidade das águas balneares e na classificação de novas zonas balneares; A manutenção da base de dados existente nos serviços de saúde pública com informação actualizada. Entende-se por Vigilância Sanitária o conjunto de acções de fiscalização e monitorização, de carácter periódico, sob a responsabilidade das Autoridades de Saúde, destinadas a localizar, identificar e procurar evitar, anular ou corrigir, riscos para a saúde humana. As acções de Vigilância Sanitária deverão estar integradas nas seguintes vertentes: Vertente Tecnológica; Vertente Analítica; Vertente Epidemiológica. De modo a cumprir as acções de Vigilância Sanitária integradas nas vertentes atrás mencionadas, deverá ter-se em atenção os seguintes aspectos: A avaliação das condições de segurança e funcionamento das instalações envolventes das zonas balneares; A realização de análises que complementem a avaliação da qualidade da água de zonas balneares;

A avaliação dos dados de verificação de conformidade, de forma a estabelecer um plano de intervenção sempre que esteja em risco a saúde; A realização de estudos orientados para a avaliação de factores de risco, quando justificados pelos dados ambientais e ou epidemiológicos; A identificação dos perigos e a avaliação dos riscos para a saúde pública associados à qualidade das águas balneares. O Programa de Vigilância Sanitária da Qualidade das Águas Balneares tem como principais objectivos: Actualizar a caracterização e a avaliação das condições de segurança e funcionamento das instalações envolventes das zonas balneares da região norte; Melhorar a articulação dentro dos serviços de saúde pública e destes com as restantes entidades envolvidas; Incrementar a utilização da aplicação SisÁgua pelos serviços de saúde pública locais ligados à RIS. Deverão ser incluídas no Programa de Vigilância Sanitária as seguintes zonas balneares: As zonas balneares designadas à EU pela entidade competente; As zonas balneares não designadas à EU, mas consideradas relevantes do ponto de vista do risco para a saúde. 2. ACTIVIDADES A DESENVOLVER NO ÂMBITO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DAS ÁGUAS BALNEARES 2.1. VERTENTE TECNOLÓGICA Esta vertente implica a realização de vistorias às praias, com a finalidade de caracterizar a zona balnear e avaliar as condições de segurança e funcionamento das instalações envolventes das zonas balneares, por forma a que, em resultado destas vistorias se consiga identificar as zonas balneares que não representam perigo para a saúde dos utilizadores, relativamente às áreas de salubridade, segurança e estruturas de apoio e fontes de poluição. Por outro lado, pretende-se promover a realização de acções inspectivas aos designados apoios de praia, com o objectivo de avaliar as condições estruturais e de funcionamento (atendendo aos aspectos da segurança alimentar, de manipulação de alimentos, enquanto locais de trabalho e locais de atendimento público) e promoção da correcção das situações anómalas detectadas. ACTIVIDADE A: AVALIAÇÃO DAS ÁREAS ENVOLVENTES Proceder à Avaliação das Áreas Envolventes, através do preenchimento do Modelo C da DGS: No início da época balnear; Sempre que as situações ambientais e/ou epidemiológicas o justificarem.

ACTIVIDADE B: CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS BALNEARES Relativamente à Caracterização das Zonas Balneares deve ser preenchido o Modelo E da DGS. Os pontos de colheita devem, sempre que possível, ser identificados através de GPS (O Departamento de Saúde Pública da ARSN/IP poderá ceder o respectivo equipamento). ACTIVIDADE C: LEVANTAMENTO DAS FONTES DE POLUIÇÃO O Levantamento das Fontes de Poluição deverá ser efectuado em todas as zonas balneares que integram o Programa de Vigilância Sanitária pela primeira vez ou naquelas em que se verificaram alterações relativamente a 2007, devendo para tal ser preenchido o Modelo F da DGS. 2.2. VERTENTE ANALÍTICA Esta vertente implica a realização de colheita de amostras de água para análise que complementem as realizadas no âmbito do programa de verificação da conformidade a cargo do MCOTA (pressupõe-se que o conjunto dos dados provenientes das duas entidades é tomado em consideração para fazer a avaliação do risco para a saúde associado à utilização daquela água para fins balneares, nomeadamente no que se refere a interdições). ACTIVIDADE A: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A caracterização da qualidade da água, no âmbito do Programa de Vigilância Sanitária deverá ser realizada tendo como base a complementaridade do programa de verificação de conformidade a cargo do Ministério do Ambiente (MA). Neste sentido, os Serviços de Saúde devem assegurar que os serviços respectivos do MA forneçam o seu plano de verificação de conformidade e respectivos dados. Chama-se a atenção para o facto de o plano de amostragem dever contemplar colheitas quinzenais (em zonas balneares previamente definidas pelos serviços de saúde pública local) e não pontuais, uma vez a última situação não seria representativa da qualidade da água balnear. Quanto às colheitas complementares, nomeadamente a pesquisa de Salmonella e Cianobactérias, estas podem ser feitas pontualmente, uma vez que não são tidas em consideração para a classificação da qualidade das águas balneares. Assim, a realização de análises que complementem a informação desse programa deverá atender às características específicas de cada zona balnear, nomeadamente o seu historial e a evolução da qualidade ao longo da época balnear. Deverá ser efectuada a avaliação da qualidade das zonas balneares que, embora não designadas, pelo número de utilizadores ou pelas condições locais, o Delegado de Saúde Concelhio considere oferecerem riscos para a saúde. ACTIVIDADE B: AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS Aquando da colheita, proceder ao preenchimento do Modelo A da DGS, tendo em atenção o nome correcto da praia, o qual deve manter-se sempre. O Modelo A funciona como boletim para a maioria dos parâmetros físico-químicos de observação obrigatória, devendo nele constar quaisquer situações relevantes, verificadas no momento das colheitas. Na avaliação dos parâmetros de observação utiliza-se a seguinte classificação: 0 - Ausência 1 - Presença

2.2.1. PARÂMETROS PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS Os parâmetros microbiológicos a pesquisar durante a época balnear de 2008 são os indicados na tabela abaixo, sendo que a Escherichia coli e Enterococos intestinais, são considerados equivalentes, respectivamente, aos parâmetros Coliformes fecais e Estreptococos fecais. CRITÉRIOS DO DL N.º 236/98 ADAPTADOS À DIRECTIVA 2006/7/CE CLASSIFICAÇÃO PARÂMETROS BOA ACEITÁVEL MÁ Escherichia coli/100ml 100 > 101 e 2000 > 2000 Enterococos intestinais 100 > 101 _ PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS PARÂMETROS PH COR ÓLEOS MINERAIS FENÓIS TRANSPARÊNCIA SUBSTÂNCIAS TENSIOACTIVAS RESÍDUOS SÓLIDOS FLUTUANTES MÉTODO Por electrometria. Observação visual alteração da cor normal. Em caso de forte suspeição, deve ser confirmado laboratorialmente. Observação visual e olfactiva manchas visíveis à superfície da água e com cheiro. Em caso de forte suspeição, deve ser confirmado laboratorialmente. Observação olfactiva cheiro característico. Em caso de forte suspeição, deve ser confirmado laboratorialmente. Disco de Secchi. Observação visual presença de espumas persistentes com existência de descargas de águas residuais. Em caso de forte suspeição, deve ser confirmado laboratorialmente. Observação visual resíduos urbanos e resíduos associados à descarga de efluentes. CIANOBACTÉRIAS Devem ser pesquisadas no caso das zonas balneares fluviais e de albufeira que o justifiquem, nomeadamente, as situadas em albufeiras. A sua pesquisa deverá ser mensal de Maio a Outubro. A presença de florescência implica, por precaução, a interdição da praia, seguida de avaliação de risco. Deste modo, os Serviços de Saúde devem promover, no âmbito do Programa de Vigilância Sanitária, o Programa de Monitorização de Cianobactérias.

OUTROS PARÂMETROS Chama-se a atenção para o facto de o parâmetro Salmonella não ser efectuado por rotina, seguindo-se as orientações constantes do Anexo XV do Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto. 2.2.2. RESULTADOS DAS ANÁLISES E SUA DIVULGAÇÃO A troca de informação entre a CCDRNorte e os Serviços de Saúde é essencial para a eficiente aplicação do Programa de Vigilância Sanitária. ANÁLISES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Os resultados analíticos obtidos através do programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares devem ser introduzidos na aplicação SisAGUA. Os laboratórios de Bragança, Porto e Viana do Castelo disponibilizam os dados relativos às análises das águas balneares na aplicação informática LabWay. ANÁLISES DA VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE Os resultados de verificação de conformidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR/N) devem ser introduzidos na aplicação informática SISÁGUA, podendo os boletins de análise referentes às águas balneares marítimas e estuarinas ser consultados nos seguintes endereços electrónicos: http://www.iambiente.pt e http://snirh.pt 2.2.3. INTERDIÇÕES As interdições aplicam-se às zonas balneares designadas e não designadas, desde que o banho não esteja interdito e seja habitualmente praticado por um número considerável de banhistas, aproximadamente 100/dia. O Delegado Regional de Saúde (DRS) interdita o uso destas zonas, quando, com base na informação disponível e nos dados analíticos de verificação da conformidade, para as designadas, constata que a qualidade das águas põe em risco a saúde dos utilizadores (n.º 2 do art.º 53 do DL n.º 236/98, de 1 de Agosto). Nestes casos, as Autoridades de Saúde Concelhias devem: Solicitar informação à CCDR/N relativamente ao acontecimento (causas, extensão do problema, medidas tomadas); avaliar o potencial risco para a saúde humana; promover a gestão do risco. Sempre que o laboratório detecte qualquer incumprimento, relativamente aos parâmetros analisados, quer microbiológicos, quer parâmetros complementares (pesquisados em termos de gestão do risco), deverá contactar de imediato, o DCS e enviar este resultado por fax ou outro meio expedito. Não devem os Laboratórios proceder à classificação pontual da cada análise, uma vez que essa atribuição é da competência do INAG.

Serão interditas as zonas balneares que nos últimos 5 anos apresentaram má qualidade e em que os factores de risco se mantenham, bem como aquelas que em 2007 se encontrem nas seguintes situações (após consulta à AS local): Mais que um resultado analítico de má qualidade ; Presença de contaminantes (biológicos, físicos ou químicos) passíveis de constituírem perigo para a saúde dos banhistas. Poderá igualmente ser interdita a prática balnear em qualquer situação que a Autoridade de Saúde Concelhia considere susceptível de representar risco para a saúde de eventuais utilizadores. Nesse caso o DRS notificará do facto a CCDR/N, a quem compete o cumprimento dos pontos 6, 7 e 8 do artigo 52º e informará a DGS das medidas tomadas, quer do ponto de vista ambiental, quer do ponto de vista epidemiológico. Dará igualmente conhecimento da interdição ao DCS e ao Presidente da Câmara Municipal respectiva. Os cartazes a colocar na zona balnear alvo de interdição foram enviados aos ADRS nos respectivos distritos, que deverão ser disponibilizados aos respectivos Delegados Concelhios de Saúde, quando os mesmos o solicitarem no âmbito de uma interdição. A articulação com as Entidades para afixação do cartaz de interdição e informação ao público deverá ser efectuada de acordo com o estabelecido no fluxograma em anexo (Anexo I). Além do cartaz de interdição será igualmente afixado informação ao público, no intuito de alertar os banhistas para os motivos e consequências da interdição. Importa referir que apesar de algumas zonas balneares possuírem várias praias/estações, a interdição a ocorrer será da zona balnear e não por praia. Chama-se ainda a atenção para o facto de que o Delegado Concelhio de Saúde deverá estar atento aos resultados obtidos pelos serviços de saúde local, no âmbito do Programa de vigilância sanitária, no intuito de elaborar parecer a propor a interdição ou levantamento de interdição, sempre que se justificar. 2.2.4. DERROGAÇÕES Sempre que se verificarem circunstâncias excepcionais de acordo com o n.º 1 do artigo 55º do DL n.º 236/98 de 1 de Agosto, compete à CCDRN apresentar ao DRS um pedido de derrogação devidamente fundamentado, com a indicação do prazo previsto para a derrogação, dos valores paramétricos que podem ser observados durante esse prazo e da proposta de medidas a tomar, competindo às DCS certificar a existência de risco para a saúde pública, conceder ou não a derrogação e publicitar a sua decisão. A CCDRN deverá ser de imediato informada pelo DRS do teor das decisões tomadas neste âmbito, competindo-lhe a sua comunicação ao Instituto da Água (n.ºs 3 e 4 do art.º 55 do DL n.º 236/98, de 1 de Agosto). O DRS dará conhecimento das derrogações à DGS, devendo essa informação ser inserida na aplicação SisÁGUA.

2.3. VERTENTE EPIDEMIOLÓGICA Permite efectuar a comparação e interpretação dos dados obtidos através do programa realizado sob a tutela do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, com os dados de caracterização do estado de saúde da população frequentadoras das zonas balneares (obtidos, nomeadamente, através da base de dados de morbilidade ou inquéritos epidemiológicos). O DL nº 236/98, as alíneas c) e d) do nº 1 do art. 53º, refere como um dos aspectos importantes da vigilância sanitária, a realização de estudos orientados para a avaliação de factores de risco, quando justificados pelos dados ambientais e epidemiológicos. Estes estudos devem ser promovidos a nível local e/ou regional, conforme as situações em apreço, devendo a DGS ser informada da sua realização. O Departamento de Saúde Pública da ARSN/IP fornecerá aos serviços de saúde pública locais o apoio técnico necessário para o desenvolvimento dos estudos atrás referidos.

ANEXO I ARTICULAÇÃO COM AS ENTIDADES PARA AFIXAÇÃO DA INFORMAÇÃO RELATIVA A UMA INTERDIÇÃO INTERDIÇÃO Zonas Balneares Designadas Zonas Balneares Não Designadas A CCDRN procede à afixação da informação. ADRS Disponibiliza ao DCS a informação a afixar relativa à interdição: Cartaz de Interdição; Informação ao Público. DCS Pode ainda solicitar à Câmara Municipal/Junta de Freguesia a fixação da informação em editais/placards. Pode solicitar a articulação com o SEPNA da área, bem como com a CCDRN (sempre via DRS), para afixação da informação.

ANEXO II PROCEDIMENTOS DE COLHEITA Durante a colheita, o técnico de saúde ambiental (TSA) deve seguir as regras de segurança adequadas ao estado do mar. As amostras são sempre colhidas nas mesmas condições de maré, se possível em baixa-mar, no período da manhã; A colheita de amostras é efectuada na zona em que a profundidade da água se situe entre 1 a 1,5 metros, de preferência 30 cm abaixo da superfície da água, nos locais onde a densidade média diária de banhistas é mais elevada e nos pontos previamente seleccionados e distanciadas entre si cerca de 250 metros; Quando o TSA estiver na posição acima definida, deve seguir os seguintes passos: 1. Destapar o frasco inclinado, não tocando no gargalo ou interior da rolha; 2. Mergulhar o frasco verticalmente, com gargalo para baixo, até uma profundidade de 30 cm; 3. Retirar o frasco, fechando-o de seguida. O frasco não deve ficar completamente cheio (mínimo 2 cm de ar); 4. Identificar o frasco; 5. Colocar o frasco em mala térmica, e transportá-lo ao laboratório no prazo máximo de 6 horas. Nas zonas balneares sem areal, a colheita deve ser realizada, com frasco de mergulho, a partir de um pontão ou com auxílio de bote, a 1 metro da margem e a 30 cm de profundidade. Neste caso, o TSA deve seguir os seguintes passos: 1. Prender as cordas ao dispositivo da armação do frasco, mantendo o frasco dentro da caixa de protecção, ou preparar outro tipo de equipamento, de acordo com as respectivas instruções; 2. Retirar a tira de papel que impede a rolha de colar ao gargalo, sem tocar neste, caso se verifique a sua existência; 3. Submergir o frasco à profundidade pretendida; 4. Accionar a corda de abertura do frasco; 5. Depois de cheio, fechar o frasco e retirá-lo. Se o frasco estiver completamente cheio deitar fora um pouco da água (mínimo 2 cm de ar); 6. Identificar o frasco; 7. Colocar o frasco em mala térmica, e transportá-lo ao laboratório no prazo máximo aconselhável de 6 horas.