WORKSHOP SÃO JOSÉ DOS CAMPOS MESA REDONDA O DESAFIO DO TRATAMENTO DE EFLUENTES LIQUIDOS

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Transcrição:

WORKSHOP SÃO JOSÉ DOS CAMPOS MESA REDONDA O DESAFIO DO TRATAMENTO DE EFLUENTES LIQUIDOS Eng. Elso Vitoratto engenharia@novaeraambiental.com.br

TABELA Variação da composição do lixiviado para 25 aterros brasileiros Parâmetros Faixa máxima mais provável ph 5,7-8,6 7,2-8,6 DQO (mg/l) 190 80.000 190-22.300 DBO (mg/l) < 20 30.000 < 20-8.600 N-amoniacal (mg/l) 0,4 3.000 0,4-2.000 N-orgânico (mg/l) 5 1.200 400-1.200 P (Fósforo total) (mg/l) 0,1-40 0,1-15 Ácidos Orgânicos Volatéis(mg/L) 10.000 100-3.000 Ácidos Húmicos / Fúlvicos - - Óleos e graxas (mg/l) 10-480 10-170 Fenóis (mg/l de C6H5OH) 0,9-10 0,9-4,0 Alcalinidade total(mg/lcaco3) 750-11.400 750-7.100 Dureza(mg/L de CaCO3) 95-3.100 95-2100 Sulfeto (mg/l) 0 35 0-10 Sulfato (mg/l) 5 400 0-1.800 Cloreto (mg/l) 500 5.200 500-3000 Sólidos totais(mg/l) 3.200 21.900 3.200-14400 Sólidos totais fixos(mg/l) 630 20.000 630-5.000 Sólidos totais voláteis(mg/l) 2.100 14.500 2.100-8300 Sólidos suspenso totais(mg/l) 5-2800 5-700 Sólidos Suspenso Voláteis(mg/L) 5-530 5-200 Ferro (mg/l) 0,01-260 0,01-65 Manganês (mg/l) 0,04-2,6 0,04-2,0 Cobre (mg/l) 0,005-0,6 0,05-0,15 Níquel (mg/l) 0,03-1,1 0,03-0,5 Cromo (mg/l) 0,003-0,8 0,003-0,5 Cádmio (mg/l) 0-0,26 0-0,065 Chumbo (mg/l) 0,01-2,8 0,01-0,5 Zinco (mg/l) Fonte: SOUTO & POVINELLI, 2007 0,01-8,0 0,01-1,5

Processo de tratamento do chorume Tratamento primário Tratamento secundário Tratamento terciário Chorume Bruto Equalização Chorume após tratamento Físico químico Chorume após tratamento Biológico Cal Al, Fe, Mg, P Gases e ou sólidos Peneiramento, Grade Precipitação Química Decantação Primária Stripping da Amônia ou Estruvita Nutrientes Lodo biológico Lodo físico- químico Anaeróbio seguido de aeróbio Decantador Sec. Polimento Fito Depuração Filtração e ou oxidação química Correção PH Nanofiltração Chorume tratado Lavador Gases Correção PH

PROCESSO FÍSICO QUÍMICO Parâmetros passíveis de remoção pela precipitação química com coagulante primário ( Al, Fe, Ca, Mg ) e decantação DQO e DBO Ácidos Húmicos / Fúlvico Sólidos totais e suspenso Metais como: Ferro, Manganês, Cobre, Níquel, Zinco

ESTRUVITA Remoção de N amoniacal pela precipitação química com ( Mg e P ) e decantação DQO e DBO N-amoniacal e N-orgânico Ácidos Húmicos / Fúlvicos Sólidos totais e suspenso Metais como: Ferro, Manganês, Cobre, Níquel, Zinco

Remoção química da Amônia precipitação química formando mineral insolúvel Magnésio + Fósforo + Amônia (estequiometria1:1:1) A Estruvita conhecido como Fosfato Hidratado de Magnésio e Amônia MAP

Tratamento de Chorume

Stripping Amônia 8

Processo de tratamento do chorume Tratamento primário Tratamento secundário Tratamento terciário Chorume Bruto Equalização Chorume após tratamento Físico químico Chorume após tratamento Biológico Cal Al, Fe, Mg, P Gases e ou sólidos Peneiramento, Grade Precipitação Química Decantação Primária Stripping da Amônia ou Estruvita Nutrientes Lodo biológico Lodo físico- químico Anaeróbio seguido de aeróbio Decantador Sec. Polimento Fito Depuração Filtração e ou oxidação química Correção PH Nanofiltração Chorume tratado Lavador Gases Correção PH

Processos Biológicos Processos Anaeróbios Matéria Orgânica CH4 + CO 2 + Energia Baixa Consumo de Energia com < Biomassa Processos ANÓXICOS - facultativos Processos Aeróbios Matéria Orgânica + 0 2 CO 2 + H 2 0 + Energia Elevada Consumo de Energia com > Biomassa

Fases de produção do chorume e biogás em aterro I Aeróbia Horas a 1 semana II Anóxica 3 meses a 3 anos III Anaeróbia, metanogênica, instável 8 a 40 anos IV Anaeróbia, metanogênica, estável 1 a 40 anos V Anaeróbia, metanogênica, declinante 10 a 80 anos

Reator LAFA - Lagoa anaeróbia de fluxo ascendente Aplicado a efluente com alta carga orgânica

Tratamento secundário Processos aeróbios Lagoas aeradas; Lodos ativados nas diversas variantes; Reator aeróbio com biodisco; Filtro percolador aeróbio. Lagoas fotossintéticas,

Nitrificação e Desnitrificação As bactérias nitrossomonas oxidam o nitrogênio amoniacal - NH 4, para nitrito N-N0 2 NH 4 OH + 3/2O 2 NO 2 + 2H 2 O (2) As bactérias nitrobacter oxidam o nitrito N NO 2 para nitrato N NO 3 NO 2 + 1/2O 2 NO 3 (3) A desnitrificação é realizada por bactérias desnitrificantes, em condições anóxica: 2NO3 3O2 + N2 (4)

Tratamento terciário ou avançado TRATAMENTO COM REMOÇÃO DE NITROGÊNIO Sistema Anaeróbio / Anóxico / 3 estágios de aeração Recirculação de Licor Afluente Reator Anaeróbio Reator Anóxico Reator aeróbio Decantador Efluente Tratado RAFA ou LAFA Reciclo de lodo

FILTRO SUBMERSO AERÓBIO

FILTRO PERCOLADOR AERÓBIO

Reator de Leito Fixo BIODISCO

Sistema físico químico e biológico

Remoção de nutrientes e polimento por Fitodepuração

Processo de tratamento do chorume Tratamento primário Tratamento secundário Tratamento terciário Chorume Bruto Equalização Chorume após tratamento Físico químico Chorume após tratamento Biológico Cal Al, Fe, Mg, P Gases e ou sólidos Peneiramento, Grade Precipitação Química Decantação Primária Stripping da Amônia ou Estruvita Nutrientes Lodo biológico Lodo físico- químico Anaeróbio seguido de aeróbio Decantador Sec. Polimento Fito Depuração Filtração e ou oxidação química Correção PH Nanofiltração Chorume tratado Lavador Gases Correção PH

OZÔNIO - O3 : PROCESSOS

Membranas utilizadas para Água e Esgoto Membrana Porosidade Material Retido Microfiltração (MF) 0,1 μm 0,2 μm Protozoários, bactérias, vírus (maioria), partículas Ultrafiltração (UF) Nanofiltração (NF) Osmose Reversa (OR) 1.000 100.000 D 200 1.000 D <200 D Material removido na MF + colóides, totalidade de vírus Íons divalentes e trivalentes, moléculas orgânicas com tamanho maior do que a porosidade média da membrana Íons, praticamente toda a matéria orgânica (SCHNEIDER; TSUTIYA, 2001)

Dr. Elso Vitoratto 11 2781-9270 ou 2781-2854 ou 2359-8014 engenharia@novaeraambiental.com.br